Letícia B.

Zoo mostra uma abordagem muito interessante da situação em que a humanidade se encontra, sempre com a necessidade de se autoafirmar "o topo da cadeia alimentar". Embora seja uma série de ficção, a essência apocalíptica de um planeta onde os outros animais cansem de serem objetos de entretenimento e satisfação dos humanos é extremamente digna de atenção. É uma série com uma premissa nova de um futuro distópico (ou utópico?), que levante críticas essenciais sobre o modo que tratamos os animais e o meio ambiente, principalmente em um momento da história do planeta no qual estamos desmatando nossas florestas, que são o pulmão da Terra, para nos satisfazer.
O desenvolvimento da série não é o melhor da atualidade, entretanto me deixou tão entusiasmada que vi os 13 eps em dois dias. Ela se desenvolve sempre no mesmo ritmo, em cada episódio, nem tão empolgante mas nem tão morta. Embora seja uma ficção, a história tem bastante embasamento científico. Entretanto, eu considerei o descaso da situação psicológica dos personagens uma falha. No decorrer dos eps eles enfrentam muitas mortes e nunca parecem ser afetados, embora nenhum deles sejam treinados profissionalmente para lidar com isso.
Mas o mais importante é que no ep final tem a música What's Up, que também teve em Sense8, outra série linda <3

Tive um sentimento parecido com o que tive quando comecei a assistir Fringe, do J.J. Abrams. Não que a série seja semelhante, mas a sensação que passou foi. Sense8 tem aquele ar completamente misterioso até o último episódio da temporada, sendo cada um mais sufocantemente bom que o outro. Achei uma proposta bem inovadora, ainda não sei como descrever exatamente a série, mas é com certeza muito foda.
O modo como retrata as diferenças é sensacional. Desde o primeiro episódio trata sobre machismo, homofobia, transfobia, racismo, e a diversidade cultural que a série mostra é fantástica. Os atores não foram escolhidos por serem do padrão de beleza imposto pela mídia e sim por parecem muito com pessoas comuns como os telespectadores. E nessa semelhança com o mundo real e com as dificuldades do mundo real, encontra-se o incrível do surreal, que é essa parte que a série deixa misteriosa. É exótica, apavorante, misteriosa, sensual e engraçada em algumas partes. Tô é apaixonada.

Não mudaria em nada o episódio final.