Victório Davis

Se a pessoa dá menos de 2.5 nesse filme pode apostar que é anticristão ateu do satanás

Depois de anos, resolvi ver Tropa de Elite 1 e 2. Após ver a primeira parte, fiquei surpreso pelo Capitão Nascimento realmente ser essa figura encantadora que dizem. Um filme brasileiro que não romantiza criminoso? Raridade. Daí resolvi fazer uma rápida pesquisa e descobri que o senhor Wagner Moura não esperava o resultado obtido - a simpatia da população pelo membro do BOPE interpretado por ele.
Wagner Moura não deixou de ser Capitão Nascimento. Ele NUNCA foi. A intenção do filme era fazer o telespectador ficar com mais ódio pelas forças armadas. Mas foi um tiro da esquerda que saiu pela culatra. Fizeram um filme mostrando a realidade, e quando isso acontece a narrativa esquerdista é destruída. Arrependidos do desastre ocorrido, anos depois se juntaram novamente para fazer Tropa de Elite 2 e jogar toda a culpa no governo. O Capitão Nascimento, no fim do filme, chega até a dizer que percebeu que o inimigo enfrentado por ele a vida toda não era seu inimigo de verdade - pois, no longa-metragem, o inimigo é em forma de polícia e políticos corruptos. Descaracterização total de personagem e forçada, tendo em vista que para odiar policial e político corrupto não é necessário ter simpatia por traficante, basta querer ambos no inferno.

Os dois filmes são ótimos (o primeiro é melhor), mas a continuação é visivelmente uma tentativa de destruir a narrativa do primeiro.

Não obstante, falham novamente, tendo em vista que durante o governo do PT a criminalidade e as milícias cresceram. Ou seja, Tropa de Elite 1 escancara que "Ninguém faz ONG em favela sem autorização do dono do morro. E esse papo de consciência social é uma puta de uma hipocrisia. Pra mim, traficante é traficante" e a sequência escancara o fato de que governo esquerdista só alastrou a praga. "Tem muito intelectualzinho de esquerda que ganha a vida defendendo vagabundo. E o pior é que esses caras fazem a cabeça de muita gente".

Que porcaria. Cópia piorada de um filme espanhol. Artista brasileiro não tem criatividade pra criar nada decente? Usam MILHÕES do dinheiro público pra essa merda?

Se os responsáveis por esse filme fizessem um "Jogos Mortais", fariam o Jigsaw ser um personagem que toda hora se intitula "cidadão de bem, trabalhador, pai de família, cristão e revoltado com marginais".

Eu gostaria muito de entender o porquê de o cinema brasileiro ter TARA em fazer do assaltante um coitado e do cidadão indignado com o assaltante um vilão. E falo isso bem francamente.

Um show de diálogos merdas. Meteram até "Deus acima de todos", "sou pai de família, tá ok?", "no jornal diz que a Amazônia tá pegando fogo. Isso é fake news".

A princípio, Doutor Henrique Ferrari seria o herói sem capa (um cidadão que já foi assaltado e traumatizado tantas vezes por bandidos), e o protagonista seria o vilão (um cara que tem ficha criminal contendo até homicídio). Mas todos os personagens desse filme são tão mal desenvolvidos, são tão escrotos, que se todos morressem, tanto faz. O filme força em fazer do ginecologista um escroto. O filme força tanto fazer dele um escroto, coloca diálogos tão merdas nele, ações tão babacas (como ele beijar a mão da policial) que realmente não tem mais como simpatizar com tal personagem.

Um show de diálogo merda. Há mais furos no roteiro do que na perna do Djalma. Aquela mediadora da polícia KKK ela chegando foi como a Capitã Marvel chegando em Ultimato KKK cheia de marra. Mais brega que dançar forró com a avó.

É por filme como esse que tem muita gente contra Lei Rounet KKK

E, na moral, o careca queria o quê? Manter o cara dentro do carro pro resto da vida? Que roteiro tosco. A cena do casal fornicando fora do carro. Esses diretores adoram usar mulher pelada sempre que possível, mesmo que em situações completamente gratuitas e desnecessárias. Fico me perguntando se são uns pervertidos que aproveitam do cargo para ver uns peitos.