Adoro este filme. Assistido agora pela segunda vez após anos afastado, percebo o quão fissurado Chirchton é com a premissa dos nossos prazeres se voltando contra nós mesmos. Nossas fantasias, aspirações e desejos luxuriosos se voltam num piscar de olhos quando simplesmente evoluem com o passar dos dias. A trilha muito bem colocada não só aprimora a experiência como ajuda no tom de humor leve necessário para a primeira parte da trama. O atirador, personagem que inspirou o exterminador do futuro e rouba a cena na trama, está eternamente entre os vilões implacáveis do cinema de ficção. Inteligente o suficiente para ser ressucitado pela HBO quarenta anos depois, o filme de Chirchton é unico em sua espécie, e mesmo que sua trama seja simplória e o humor seja pastelão demais para os padrões de hoje, o experimento como entretenimento ainda preserva seu valor. Os robôs que por algum motivo desconhecido se rebelam contra seus criadores, são representados pela serpente que fere um dos convidados. A metáfora da descoberta do pecado e da memória permanecem intactos em seus vários desdobramentos, como em "Future World" e "Beyond Westworld" e a mais recente adaptação televisiva, que não só cobre todas as camadas do filme, como adicionada à elas muito mais conteudo e reflexão. O mérito inicial é claro, permanece com Chirchton.
Vagas de emprego, relações afetivas, o valor agregado à cultura que construímos, o conceito da beleza define aquilo que nos agrada e que nos causa repulsa e em nossa sede por criar conceitos, buscamos harmonia em nossas criações e no ambiente que nos rodeia. A beleza como resultado de elementos harmônicos que elevam a experiência humana nos causando alegria e bem estar, nos define de maneiras tão profundas que sequer imaginamos.
Discutido à exaustão nas aulas de estética durante meu tempo na faculdade, o conceito de belo é um assunto que sempre me intrigara por suas ramificações se estenderem por todas as áreas do que concerne a criação humana. A semiótica e seu impacto na arte audiovisual são em grande parte meu interesse no universo cinematográfico. A fotografia com seu poder de capturar uma emoção ganha outras dimensões no cinema e aprofunda suas camadas de interpretação ao incluir música, texto e movimento à sua imagem.
Crescido no cinema de Stanley Kubrick, Dario Argento, Abel Ferrara e Alejandro Jodorowsky – diretores com trabalhos extremamente calcados na semiótica e resignificação visual, o diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn (Só Deus Perdoa, Drive, Trilogia Pusher) sempre se preocupa com a qualidade estética de seus filmes. Tachado pela crítica como plástico e raso, Refn continua a executar seus filmes quase unicamente preocupado com o valor estético de suas imagens. Em seu novo trabalho “O Demônio de Neon”, Refn eleva sua qualidade visual a mais um patamar.
Narrando a trajetória de uma garota interiorana de dezesseis anos em busca do sonho de ser modelo em Los Angeles, o diretor se utiliza dos holofotes da moda e das cores das maquiagens para imprimir sua fábula em relação a beleza. Detentora de uma beleza natural muito requisitada no mundo da moda, Jesse, interpretada magistralmente por Elle Fanning, logo descobre a animosidade e competitividade das passarelas. Inocente e despreparada, Jesse sente-se rodeada de ameaças. Perturbada pela natureza violenta de seu ambiente, a aspirante à modelo vacila entre momentos de pura confiança e insegurança e pânico.
Construindo a psiquê das modelos, Refn faz uso do visual para expressar o ambiente feroz onde Jesse se encontra. Nos vemelhos e rosas berrantes, as jovens garotas viram semblantes violentos e perigosos. A beleza das coadjuvantes Bella Heatcote e Abbey Lee desaparecerem para dar lugar a olhares cruéis e sorrisos falsificados. De belo e real só existe Jesse. Seja na maquiadora que de dia maquia modelos e de noite trabalha em um necrotério, para os gritos da vizinha de apartamento que parece ser violentada, todos os sinais indicam não só o quão mórbido é nosso desejo pela beleza, mas o quão violentamente a desejamos.
Nas cores e na atmosfera de terror inspirados diretamente em “Suspiria” de Argento, Refn cria sua própria Los Angeles e entrega o seu trabalho mais atraente visualmente, e por mais que à primeira vista o filme aparente se apoiar unicamente em seu apelo visual, o trabalho do diretor – como todos os seus filmes – se revela muito mais do que um eye candy.
Massivamente criticado pelo público e crítica por sua falta de conteúdo e unilateralidade, o filme sofre em criar público em sua primeira semana nos cinemas. Assim como “Mad Max: Estrada da Fúria”, “Sob a Pele” e “O homem duplicado” – filmes acusados errôneamente de favorecer o visual em detrimento do conteúdo – “O Demônio de Neon” sofre com um ponto de vista equivocado e um marketing dúbio. Vendido no trailer como um dinâmico thriller no mundo fashion, o comedido e desacerelado suspense incomoda o espectador desavisado.
Com imagens repletas de significado, o filme dedicado à filha de Winding Refn toma as proporções de uma história de moral, um cautionary tale sobre a obsessão com a beleza e como ela corrompe a inocência do caráter. Apresentado o ambiente nocivo da beleza, o tom de terror acompanha a trilha sonora e torna o filme uma experiência desconcertante. Na pele de Jesse, sentimos a paranóia e o medo de ser atraente no mundo que consome beleza. O deleite visual nada mais é do que o embelezamento do consumo, e a prória beleza que consumimos.
Cruelmente bonito, “O Demônio de Neon” representa mais uma adição ao universo torpe do diretor. Da mesma fonte responsável por “O Guerreiro Silencioso”,“Medo X” e “Bronson” a paranóia e a violencia proveniente dela são terreno conhecido para Winding Refn. Se distanciando cada vez mais dos trabalhos lineares e das histórias calcadas em diálogos, o diretor se separa do cinema que supervaloriza o texto, e perpetua suas raízes no thriller visual. Competente como suspense, como fábula e como exercício visual, ao espectador avisado e aos fãs do diretor, “O Demônio de Neon” é uma experiência única, como devem ser todos os bons filmes.
Da até cansaço ler comentários destas pessoas que não conseguem passar do "relação com uma menina de 17 anos" e não conseguem ver além disso. Se não sabem assistir um filme não assistam, ou pelo menos não queiram opinar.
Vamos ver se eu entendi. Lex luthor, rico psicótico com "daddy issues", acha que o superman é uma fraude e resolve por ele à prova, numa luta com um cara que tem como única vantagem uma pedra que degenera células Kryptonianas. Para isso, além de aquirir a pedra, ele bola um plano para desmoralizar a credibilidade do super homem enquanto faz jogos psicológicos com o batman para convencer o batman de que o superman é uma ameaça, forçando o batman a roubar a kryptonita e tentar fazer justiça com as próprias mãos. Ou seja, o filme é sobre um cara louco que não foi com a cara de um alienígena e resolveu ver se conseguia desmoralizar o cara. Enquanto isso tem uma mulher que mesmo abandonando a sociedade 100 anos atrás, volta pra pegar uma foto de volta, mas mesmo não pegando a foto ela não se importa e resolve pegar um avião de volta pra casa, mas volta pra lutar porque né, mesmo não lutando pela humanidade nesses últimos 100 anos, agora é diferente. No final temos um filme que : usou a Lois de mais à toa. Apresentou um Lex luthor que não é nem um pouco cativante porque bem, é completamente louco e de dificil assimilação. Fez um batman "maior detetive da terra" ser enganado por um lunático e feito de idiota por uma desconhecida. E um superman tão confuso que nem se sacrificando pela humanidade fica mais humano. De quebra joga umas aparições só pra dar uma vibe "interessante" pra coisa e falha, e resolve jogar o filme numa escala de azul e cinza só porque pros produtores cores frias são sinal de drama dark.
marvel e dc tão brincando de arrancar dinheiro de nerd enquanto riem da cara deles.
Fogo alimenta a vida das pessoas que resolvem ficar na ilha há pouco abandonada pelos demais. Deixados para trás para se tornar parte da paisagem, dois moradores vagam por sua terra agora que tudo lhes pertence, e a eles não resta nada além daquelas terras. Vítimas do tempo, sofrem as consequências de uma existência milenar que degrada tudo aos poucos, mesmo a vida natural. Vagam nos escombros do mundo antigo, entre casas que agora se fundem com o todo, cada vez mais conectados à natureza que os envolve. São toco, são pedra, são elemento dentro da cena, se tornam um com o ambiente e vão se esvaindo aos poucos, sofrendo os ajustes do tempo. Os cães, a representação da última fagulha de vida, desaparecem como quem foge do destino iminente, deixando para atrás aqueles que perderam seu lugar no mundo, fadados a transformar-se e fundir-se com a ilha, farfalhar e extinguir-se para queimar de novo, como fogo.
Queria entender quem assiste suspense policial procurando filme de ação. Não é porque tem arma no poster e gente fardada que o filme vai ser um show de tiroteios. Filme sensacional, ótima trilha sonora, fotografia competente, ótimas atuações e uma história extremamente complexa sobre os efeitos do crime organizado. Para os que se atentaram a apenas uma camada do filme, e ficaram focados apenas na trama principal, uma pena. Ótimo estudo sobre a pressão psicológica na fronteira do méxico, tão desesperadora quanto a situação dos soldados de "guerra ao terror". Não importa onde, guerra é guerra.
Os efeitos especiais são muito artificiais. As sequências de ação mal coreografadas, e o ritmo do filme não se decide. A história não faz o menor sentido e as desculpas nas quais o roteiro se apoia não se sustentam de maneira alguma. Com exceção do Schwarznegger, que está à vontade em seu papel, os demais simplesmente não convencem. Até o Connor do Bale foi melhor. Uma franquia que sempre se sustentou em seus efeitos técnicos, em suas sequências de ação originais, e sua história de ficção científica mirabolante, tem o pior destino de todos: continuações sofríveis, transformando a franquia em algo tão genérico quanto os filmes do Resident Evil.
"Não é uma história de fantasmas, senhor, é apenas uma alegoria" Diz Edith no início do filme, deixando claro ao espectador que este não é um filme de terror. Fazendo jus aos filmes de "Haunted Houses" e aos romances góticos nos quais se inspira, "A colina Escarlate" é pura beleza em composição e atmosfera. Narrando a perda da inocência e a descoberta das amarguras do amor de uma escritora que prefere ser comparada à Mary Shelley à Jane Austen, a trama se alia a fotografia e mixagem de som para dar seu próprio tom para a narrativa. Com uma fotografia que realça a beleza do gótico assim como Burton fizera em "Cavaleiro sem Cabeça", "Colina escarlate" porém está sujeito as limitações de seu próprio gênero. Com um desenrolar linear e com desfechos típicos dos romances góticos nos quais se inspira, a trama do filme pode soar previsível à aqueles que buscam tramas inovadoras e reviravoltas chocantes, mas não se engane pela simplicidade de sua história, "Colina Escarlate" não é menos envolvente ou apaixonante por isso.
Não apenas por ser Disney, mas também por pertencer a Brad Bird, "Tomorrowland" talvez funcionasse melhor em animação. O conselho aqui dado, porém, não afirma que o mesmo da maneira que está, não seja suficiente por si só, apenas sugere a "conversão" para que alguns tentem analizar o filme por outro ângulo.
Trajado numa roupagem inocente e repetindo recursos do gênero, o novo filme de Bird tem a essência de seus longas animados, cheios de coração e personagens cativantes. O roteiro de Lindelof tem seus furos - e o roteirista é famoso por eles - mas sua originalidade, já que a história não é adaptada de nenhuma ficção, engrandece o filme nos momentos necessários. A mensagem, não menos importante por seu tom alarmante, é bonita e seu argumento repleto de justificativa. Se a trama peca por replicar certos maeirismos, ganha em seu elenco e na diversão que proporciona.
"Algo não pode ser Apenas divertido?" questiona um personagem em certo momento do filme.
Ainda que tenha personagens não tão icônicos quanto seu predecessor, esta releitura atual de "Poltergeist" desenvolve melhor de Griffin, o garoto da família, e consegue criar um elo emocional com a família, mesmo que fraco. Dando tempo na tela para a relação se consolidar aos poucos, o filme perde em tentar emular uma atmosfera assustadora com sustos desnecessários durante o primeiro ato da trama. Apoiando-se demais em efeitos gráficos, perde um pouco de sua veracidade pela plasticidade do efeito computadorizado, o que diminui a tensão em alguns pontos, mas concede boas sequências quando utilizado com precisão. A trama é praticamente a mesma e para aqueles que já conhecem a história, o filme só traz surpresas em seu ato final. Para a nova geração, uma boa apresentação à história, mas nunca eclipsando o marco cinematográfico e cultural de seu original. Ainda vale ser assistido, sem expectativas.
Pra quem é fã de Star Trek e consegue captar todas as referências à série, um prato repleto de gargalhadas. Envelheceu muito bem, o 3D muito cartunizado mas ainda sim resistindo e o elenco tem o timing certo para as piadas, ótima comédia.
Todas as mulheres rodeiam Mitch, todos os pássaros circundam Mitch. De todas as formas, tamanhos e sabores, passando pela irmã mais nova, a professora apaixonada, a pretendente modernete e a mãe controladora. Andorinhas, gaivotas, corvos e periquitos, todos parecem hipnotizados pela presença do homem, todas precisam de sua existência para justificar sua natureza, seja para suprir a ausência do marido, o papel do pai, a conquista desejada da socialite e o amor verdadeiro da sensual e mundana professora e e melhor amiga. Comprimido pelas diversas posturas que precisa adotar como único homem capaz de resolver os problemas, Mitch é o único capaz de manter em silêncio os violentos pássaros que o sitiam. Trabalhando com excelência a paranóia da pressão do ser homem naquela época, assim como permeia toda a atmosfera de Bodega bay com um instigante universo de desconforto, "Pássaros" é o mais enigmático e dúbio trabalho de Hitchcock. Com atores selecionados a dedo para a execução de sua trama violenta, cheia de terror e cenas de violência intensa, "Pássaros" é a natureza inebriante e violenta do desejo tomando formas inovadoras para consumir seus alvos. Seja uma representação das mulheres que rodeiam Mitch, da presença esmagadora da mãe que afasta as pretendentes como uma fera, ou da necessidade de atenção da irmã, o único elo que força Mitch a voltar para Bodega numa vida Novaiorquina e cheia de prazeres da cidade grande, os pássaros do filme são o elemento mais feroz e violento do cinema Hitchcockiano. Síntese de toda a violência evocada pelo diretor, é talvez o filme que mais exija do espectador um olhar nas entrelinhas.
Dos resultados de um ciclo injusto e de uma alienação da sociedade as questões sociais e aos traumas psicológicos, surgem crianças frutos da pura violência animal de nossa própria natureza. Indivíduos que devido as circunstâncias de suas torpes vidas, acabam aprisionados entre as crueldades que compôem sua realidade. Encarcerados por suas próprias angústias, estes como todo e qualquer indivíduo querem ser ouvidos, querem ser tratados como pessoas que são, e que nunca tiveram a oportunidade de realmente os ser. Seco, sem trilha para romantizar qualquer cena, "Starred Up" é simples porem conciso em sua proposta. Todos só querem ter o direito de ser alguém.
Apoiado num universo no qual pouco referencia, "Era de Ultron" é o mais fraco dos filmes da Marvel, até mesmo os abcessos da primeira fase como os filmes do Capitão ou do Thor. Com a completa ausência de ritmo, tom definido ou linha concreta para progredir na história, o filme sustenta-se em uma trama que faz pouco sentido por não ser bem embasada em tela. Inexistente também são os momentos lentos na trama, que servem para equilibrar o filme e aprofundar os personagens. Optando por sequências que foram projetadas para passar muita informação mas com pouca emoção, as sequencias não duram tempo suficiente para nos ligarmos à ela, seja um relacionamento forçado alimentado majoritariamente no mesmo filme que busca um desenvolvimento para o mesmo, Whedon peca e não dar tempo para nada em tela, nem mesmo para resolução das próprias questões levantadas em cena. Ultron é enfadonho, pouco carismático, sua lógica é ultrapassada e repetidamente explorada no gênero. Visão tem as melhores sequências do longa, mas todas mal exploradas pela falta de tempo em tela, tudo em detrimento da ação, que sequer é bem elaborada, quase tão confusa quanto os trabalhos de michael Bay e as vezes tão enfadonha quanto o primeiro "vingadores". Depois de um primeiro filme mediano, um guardiões da galáxia passável, "era de ultron" é a certeza de que Marvel ainda não aprendeu a lidar com diversos protagonistas em tela. Tem chão. Resta saber se a audiência vai aguentar este ritmo até 2020.
Um dia eu ainda entendo porque Marvel/DC insistem em fazer esses longas de animação meia boa com quadros mal desenhados, cell shading óbvio, algumas cenas de ação mais ou menos e uns roteiros simplórios pra caramba, além da descaracterização de seus próprios personagens. Mas tem quem goste, paciência.
Adaptando uma das famosas "obras inadaptáveis" da literatura, Paul Thomas Anderson mais uma vez consegue com maestria transportar o espectador para uma época na história. Cores frias e quentes, névoas de embriaguez e personagens imersos em seus vícios, a trama aprofunda-se não só numa investigação, mas num estudo sobre um momento na américa. Ritmo acelerado e diálogos afiados, "vício inerente" é uma concatenação de informações que montam um quadro da onda geral do fim dos anos 70. Doc amarra-se e amarra junto o espectador nessa trama de riscos necessários. Pois todos os riscos são necessários quando se fala de amor. It´s all about Shasta.
O roteiro não é ruim, e as cenas, em suma maioria, são bem fiéis ao livro, pelo menos nos diálogos. Quanto à atmosfera e o ritmo do livro foram totalmente postos de lado. A trama que cresce gradualmente no livro de acordo com as informações reveladas, se estende por três horas de filme num clímax que nunca acontece numa velocidade típica de séries televisivas. Não é um péssimo filme, pelo contrário, já vi adaptações de livros muito piores, mas deixa a desejar tirando o impacto de todos os grandes momentos da história. E não, não curti o gigante loiro.
Será que todo mundo precisa ficar repetindo que o George Lucas se inspirou no filme? A colcha de retalhos que é Star Wars bebeu de milhares de fontes. Não vamos reduzir o mérito do Kurosawa a um simples filme comparativo. Aventura maravilhosamente bem dirigida, destaque para o eterno fluído movimento de Kurosawa, sem contar a maravilhosa geometria de suas cenas. Entre montanhas áridas, Florestas chuvosas, Planícies alagadas e o sopé do monte Fuji, "A fortaleza Escondida" é qualidade em todos os aspectos, como era de se esperar de Kurosawa.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista Agorao problema não é ele parecer um filme Marvel, é ele parecer um Marvel geração 1.
Meus deus aquela boca de CG tava me matando, aquele vilão de ps2 tb
Lily C.A.T
3.4 6alien/aliens meets the thing
Batman vs Superman: A Origem da Justiça
3.4 4,9K Assista AgoraÉ.
Podia ser.
Mas não foi.
Westworld - Onde Ninguém Tem Alma
3.3 199 Assista AgoraAdoro este filme. Assistido agora pela segunda vez após anos afastado, percebo o quão fissurado Chirchton é com a premissa dos nossos prazeres se voltando contra nós mesmos. Nossas fantasias, aspirações e desejos luxuriosos se voltam num piscar de olhos quando simplesmente evoluem com o passar dos dias. A trilha muito bem colocada não só aprimora a experiência como ajuda no tom de humor leve necessário para a primeira parte da trama. O atirador, personagem que inspirou o exterminador do futuro e rouba a cena na trama, está eternamente entre os vilões implacáveis do cinema de ficção. Inteligente o suficiente para ser ressucitado pela HBO quarenta anos depois, o filme de Chirchton é unico em sua espécie, e mesmo que sua trama seja simplória e o humor seja pastelão demais para os padrões de hoje, o experimento como entretenimento ainda preserva seu valor. Os robôs que por algum motivo desconhecido se rebelam contra seus criadores, são representados pela serpente que fere um dos convidados. A metáfora da descoberta do pecado e da memória permanecem intactos em seus vários desdobramentos, como em "Future World" e "Beyond Westworld" e a mais recente adaptação televisiva, que não só cobre todas as camadas do filme, como adicionada à elas muito mais conteudo e reflexão. O mérito inicial é claro, permanece com Chirchton.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraVagas de emprego, relações afetivas, o valor agregado à cultura que construímos, o conceito da beleza define aquilo que nos agrada e que nos causa repulsa e em nossa sede por criar conceitos, buscamos harmonia em nossas criações e no ambiente que nos rodeia. A beleza como resultado de elementos harmônicos que elevam a experiência humana nos causando alegria e bem estar, nos define de maneiras tão profundas que sequer imaginamos.
Discutido à exaustão nas aulas de estética durante meu tempo na faculdade, o conceito de belo é um assunto que sempre me intrigara por suas ramificações se estenderem por todas as áreas do que concerne a criação humana. A semiótica e seu impacto na arte audiovisual são em grande parte meu interesse no universo cinematográfico. A fotografia com seu poder de capturar uma emoção ganha outras dimensões no cinema e aprofunda suas camadas de interpretação ao incluir música, texto e movimento à sua imagem.
Crescido no cinema de Stanley Kubrick, Dario Argento, Abel Ferrara e Alejandro Jodorowsky – diretores com trabalhos extremamente calcados na semiótica e resignificação visual, o diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn (Só Deus Perdoa, Drive, Trilogia Pusher) sempre se preocupa com a qualidade estética de seus filmes. Tachado pela crítica como plástico e raso, Refn continua a executar seus filmes quase unicamente preocupado com o valor estético de suas imagens. Em seu novo trabalho “O Demônio de Neon”, Refn eleva sua qualidade visual a mais um patamar.
Narrando a trajetória de uma garota interiorana de dezesseis anos em busca do sonho de ser modelo em Los Angeles, o diretor se utiliza dos holofotes da moda e das cores das maquiagens para imprimir sua fábula em relação a beleza. Detentora de uma beleza natural muito requisitada no mundo da moda, Jesse, interpretada magistralmente por Elle Fanning, logo descobre a animosidade e competitividade das passarelas. Inocente e despreparada, Jesse sente-se rodeada de ameaças. Perturbada pela natureza violenta de seu ambiente, a aspirante à modelo vacila entre momentos de pura confiança e insegurança e pânico.
Construindo a psiquê das modelos, Refn faz uso do visual para expressar o ambiente feroz onde Jesse se encontra. Nos vemelhos e rosas berrantes, as jovens garotas viram semblantes violentos e perigosos. A beleza das coadjuvantes Bella Heatcote e Abbey Lee desaparecerem para dar lugar a olhares cruéis e sorrisos falsificados. De belo e real só existe Jesse. Seja na maquiadora que de dia maquia modelos e de noite trabalha em um necrotério, para os gritos da vizinha de apartamento que parece ser violentada, todos os sinais indicam não só o quão mórbido é nosso desejo pela beleza, mas o quão violentamente a desejamos.
Nas cores e na atmosfera de terror inspirados diretamente em “Suspiria” de Argento, Refn cria sua própria Los Angeles e entrega o seu trabalho mais atraente visualmente, e por mais que à primeira vista o filme aparente se apoiar unicamente em seu apelo visual, o trabalho do diretor – como todos os seus filmes – se revela muito mais do que um eye candy.
Massivamente criticado pelo público e crítica por sua falta de conteúdo e unilateralidade, o filme sofre em criar público em sua primeira semana nos cinemas. Assim como “Mad Max: Estrada da Fúria”, “Sob a Pele” e “O homem duplicado” – filmes acusados errôneamente de favorecer o visual em detrimento do conteúdo – “O Demônio de Neon” sofre com um ponto de vista equivocado e um marketing dúbio. Vendido no trailer como um dinâmico thriller no mundo fashion, o comedido e desacerelado suspense incomoda o espectador desavisado.
Com imagens repletas de significado, o filme dedicado à filha de Winding Refn toma as proporções de uma história de moral, um cautionary tale sobre a obsessão com a beleza e como ela corrompe a inocência do caráter. Apresentado o ambiente nocivo da beleza, o tom de terror acompanha a trilha sonora e torna o filme uma experiência desconcertante. Na pele de Jesse, sentimos a paranóia e o medo de ser atraente no mundo que consome beleza. O deleite visual nada mais é do que o embelezamento do consumo, e a prória beleza que consumimos.
Cruelmente bonito, “O Demônio de Neon” representa mais uma adição ao universo torpe do diretor. Da mesma fonte responsável por “O Guerreiro Silencioso”,“Medo X” e “Bronson” a paranóia e a violencia proveniente dela são terreno conhecido para Winding Refn. Se distanciando cada vez mais dos trabalhos lineares e das histórias calcadas em diálogos, o diretor se separa do cinema que supervaloriza o texto, e perpetua suas raízes no thriller visual. Competente como suspense, como fábula e como exercício visual, ao espectador avisado e aos fãs do diretor, “O Demônio de Neon” é uma experiência única, como devem ser todos os bons filmes.
Manhattan
4.1 593 Assista AgoraDa até cansaço ler comentários destas pessoas que não conseguem passar do "relação com uma menina de 17 anos" e não conseguem ver além disso. Se não sabem assistir um filme não assistam, ou pelo menos não queiram opinar.
Heavy Metal: Universo em Fantasia
3.6 123Só quem leu Heavy Metal pra realmente entender. Filme incrível do começo ao fim, sem tirar nem por.
Batman vs Superman: A Origem da Justiça
3.4 4,9K Assista AgoraVamos ver se eu entendi. Lex luthor, rico psicótico com "daddy issues", acha que o superman é uma fraude e resolve por ele à prova, numa luta com um cara que tem como única vantagem uma pedra que degenera células Kryptonianas. Para isso, além de aquirir a pedra, ele bola um plano para desmoralizar a credibilidade do super homem enquanto faz jogos psicológicos com o batman para convencer o batman de que o superman é uma ameaça, forçando o batman a roubar a kryptonita e tentar fazer justiça com as próprias mãos. Ou seja, o filme é sobre um cara louco que não foi com a cara de um alienígena e resolveu ver se conseguia desmoralizar o cara. Enquanto isso tem uma mulher que mesmo abandonando a sociedade 100 anos atrás, volta pra pegar uma foto de volta, mas mesmo não pegando a foto ela não se importa e resolve pegar um avião de volta pra casa, mas volta pra lutar porque né, mesmo não lutando pela humanidade nesses últimos 100 anos, agora é diferente. No final temos um filme que : usou a Lois de mais à toa. Apresentou um Lex luthor que não é nem um pouco cativante porque bem, é completamente louco e de dificil assimilação. Fez um batman "maior detetive da terra" ser enganado por um lunático e feito de idiota por uma desconhecida. E um superman tão confuso que nem se sacrificando pela humanidade fica mais humano. De quebra joga umas aparições só pra dar uma vibe "interessante" pra coisa e falha, e resolve jogar o filme numa escala de azul e cinza só porque pros produtores cores frias são sinal de drama dark.
marvel e dc tão brincando de arrancar dinheiro de nerd enquanto riem da cara deles.
Fogo
2.6 6Fogo alimenta a vida das pessoas que resolvem ficar na ilha há pouco abandonada pelos demais. Deixados para trás para se tornar parte da paisagem, dois moradores vagam por sua terra agora que tudo lhes pertence, e a eles não resta nada além daquelas terras. Vítimas do tempo, sofrem as consequências de uma existência milenar que degrada tudo aos poucos, mesmo a vida natural. Vagam nos escombros do mundo antigo, entre casas que agora se fundem com o todo, cada vez mais conectados à natureza que os envolve. São toco, são pedra, são elemento dentro da cena, se tornam um com o ambiente e vão se esvaindo aos poucos, sofrendo os ajustes do tempo. Os cães, a representação da última fagulha de vida, desaparecem como quem foge do destino iminente, deixando para atrás aqueles que perderam seu lugar no mundo, fadados a transformar-se e fundir-se com a ilha, farfalhar e extinguir-se para queimar de novo, como fogo.
Sicario: Terra de Ninguém
3.7 952 Assista AgoraQueria entender quem assiste suspense policial procurando filme de ação. Não é porque tem arma no poster e gente fardada que o filme vai ser um show de tiroteios. Filme sensacional, ótima trilha sonora, fotografia competente, ótimas atuações e uma história extremamente complexa sobre os efeitos do crime organizado. Para os que se atentaram a apenas uma camada do filme, e ficaram focados apenas na trama principal, uma pena. Ótimo estudo sobre a pressão psicológica na fronteira do méxico, tão desesperadora quanto a situação dos soldados de "guerra ao terror". Não importa onde, guerra é guerra.
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraOs efeitos especiais são muito artificiais. As sequências de ação mal coreografadas, e o ritmo do filme não se decide. A história não faz o menor sentido e as desculpas nas quais o roteiro se apoia não se sustentam de maneira alguma. Com exceção do Schwarznegger, que está à vontade em seu papel, os demais simplesmente não convencem. Até o Connor do Bale foi melhor. Uma franquia que sempre se sustentou em seus efeitos técnicos, em suas sequências de ação originais, e sua história de ficção científica mirabolante, tem o pior destino de todos: continuações sofríveis, transformando a franquia em algo tão genérico quanto os filmes do Resident Evil.
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista Agora"Não é uma história de fantasmas, senhor, é apenas uma alegoria" Diz Edith no início do filme, deixando claro ao espectador que este não é um filme de terror. Fazendo jus aos filmes de "Haunted Houses" e aos romances góticos nos quais se inspira, "A colina Escarlate" é pura beleza em composição e atmosfera. Narrando a perda da inocência e a descoberta das amarguras do amor de uma escritora que prefere ser comparada à Mary Shelley à Jane Austen, a trama se alia a fotografia e mixagem de som para dar seu próprio tom para a narrativa. Com uma fotografia que realça a beleza do gótico assim como Burton fizera em "Cavaleiro sem Cabeça", "Colina escarlate" porém está sujeito as limitações de seu próprio gênero. Com um desenrolar linear e com desfechos típicos dos romances góticos nos quais se inspira, a trama do filme pode soar previsível à aqueles que buscam tramas inovadoras e reviravoltas chocantes, mas não se engane pela simplicidade de sua história, "Colina Escarlate" não é menos envolvente ou apaixonante por isso.
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
3.2 735 Assista AgoraNão apenas por ser Disney, mas também por pertencer a Brad Bird, "Tomorrowland" talvez funcionasse melhor em animação. O conselho aqui dado, porém, não afirma que o mesmo da maneira que está, não seja suficiente por si só, apenas sugere a "conversão" para que alguns tentem analizar o filme por outro ângulo.
Trajado numa roupagem inocente e repetindo recursos do gênero, o novo filme de Bird tem a essência de seus longas animados, cheios de coração e personagens cativantes. O roteiro de Lindelof tem seus furos - e o roteirista é famoso por eles - mas sua originalidade, já que a história não é adaptada de nenhuma ficção, engrandece o filme nos momentos necessários. A mensagem, não menos importante por seu tom alarmante, é bonita e seu argumento repleto de justificativa. Se a trama peca por replicar certos maeirismos, ganha em seu elenco e na diversão que proporciona.
"Algo não pode ser Apenas divertido?" questiona um personagem em certo momento do filme.
Poltergeist: O Fenômeno
2.4 1,3K Assista AgoraAinda que tenha personagens não tão icônicos quanto seu predecessor, esta releitura atual de "Poltergeist" desenvolve melhor de Griffin, o garoto da família, e consegue criar um elo emocional com a família, mesmo que fraco. Dando tempo na tela para a relação se consolidar aos poucos, o filme perde em tentar emular uma atmosfera assustadora com sustos desnecessários durante o primeiro ato da trama. Apoiando-se demais em efeitos gráficos, perde um pouco de sua veracidade pela plasticidade do efeito computadorizado, o que diminui a tensão em alguns pontos, mas concede boas sequências quando utilizado com precisão. A trama é praticamente a mesma e para aqueles que já conhecem a história, o filme só traz surpresas em seu ato final. Para a nova geração, uma boa apresentação à história, mas nunca eclipsando o marco cinematográfico e cultural de seu original. Ainda vale ser assistido, sem expectativas.
Quem Sabe?
3.7 6Achei que tava vendo um filme do Woody Allen.
Lawrence da Arábia
4.2 427 Assista Agora"Se eu o temo, e o amo, imagine ele que se teme e se odeia."
Heróis Fora de Órbita
3.5 101 Assista AgoraPra quem é fã de Star Trek e consegue captar todas as referências à série, um prato repleto de gargalhadas. Envelheceu muito bem, o 3D muito cartunizado mas ainda sim resistindo e o elenco tem o timing certo para as piadas, ótima comédia.
Os Pássaros
3.9 1,1KTodas as mulheres rodeiam Mitch, todos os pássaros circundam Mitch. De todas as formas, tamanhos e sabores, passando pela irmã mais nova, a professora apaixonada, a pretendente modernete e a mãe controladora. Andorinhas, gaivotas, corvos e periquitos, todos parecem hipnotizados pela presença do homem, todas precisam de sua existência para justificar sua natureza, seja para suprir a ausência do marido, o papel do pai, a conquista desejada da socialite e o amor verdadeiro da sensual e mundana professora e e melhor amiga. Comprimido pelas diversas posturas que precisa adotar como único homem capaz de resolver os problemas, Mitch é o único capaz de manter em silêncio os violentos pássaros que o sitiam. Trabalhando com excelência a paranóia da pressão do ser homem naquela época, assim como permeia toda a atmosfera de Bodega bay com um instigante universo de desconforto, "Pássaros" é o mais enigmático e dúbio trabalho de Hitchcock. Com atores selecionados a dedo para a execução de sua trama violenta, cheia de terror e cenas de violência intensa, "Pássaros" é a natureza inebriante e violenta do desejo tomando formas inovadoras para consumir seus alvos. Seja uma representação das mulheres que rodeiam Mitch, da presença esmagadora da mãe que afasta as pretendentes como uma fera, ou da necessidade de atenção da irmã, o único elo que força Mitch a voltar para Bodega numa vida Novaiorquina e cheia de prazeres da cidade grande, os pássaros do filme são o elemento mais feroz e violento do cinema Hitchcockiano. Síntese de toda a violência evocada pelo diretor, é talvez o filme que mais exija do espectador um olhar nas entrelinhas.
Encarcerado
3.7 183Dos resultados de um ciclo injusto e de uma alienação da sociedade as questões sociais e aos traumas psicológicos, surgem crianças frutos da pura violência animal de nossa própria natureza. Indivíduos que devido as circunstâncias de suas torpes vidas, acabam aprisionados entre as crueldades que compôem sua realidade. Encarcerados por suas próprias angústias, estes como todo e qualquer indivíduo querem ser ouvidos, querem ser tratados como pessoas que são, e que nunca tiveram a oportunidade de realmente os ser. Seco, sem trilha para romantizar qualquer cena, "Starred Up" é simples porem conciso em sua proposta. Todos só querem ter o direito de ser alguém.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraApoiado num universo no qual pouco referencia, "Era de Ultron" é o mais fraco dos filmes da Marvel, até mesmo os abcessos da primeira fase como os filmes do Capitão ou do Thor. Com a completa ausência de ritmo, tom definido ou linha concreta para progredir na história, o filme sustenta-se em uma trama que faz pouco sentido por não ser bem embasada em tela. Inexistente também são os momentos lentos na trama, que servem para equilibrar o filme e aprofundar os personagens. Optando por sequências que foram projetadas para passar muita informação mas com pouca emoção, as sequencias não duram tempo suficiente para nos ligarmos à ela, seja um relacionamento forçado alimentado majoritariamente no mesmo filme que busca um desenvolvimento para o mesmo, Whedon peca e não dar tempo para nada em tela, nem mesmo para resolução das próprias questões levantadas em cena. Ultron é enfadonho, pouco carismático, sua lógica é ultrapassada e repetidamente explorada no gênero. Visão tem as melhores sequências do longa, mas todas mal exploradas pela falta de tempo em tela, tudo em detrimento da ação, que sequer é bem elaborada, quase tão confusa quanto os trabalhos de michael Bay e as vezes tão enfadonha quanto o primeiro "vingadores". Depois de um primeiro filme mediano, um guardiões da galáxia passável, "era de ultron" é a certeza de que Marvel ainda não aprendeu a lidar com diversos protagonistas em tela. Tem chão. Resta saber se a audiência vai aguentar este ritmo até 2020.
Liga da Justiça: Guerra
3.7 261 Assista AgoraUm dia eu ainda entendo porque Marvel/DC insistem em fazer esses longas de animação meia boa com quadros mal desenhados, cell shading óbvio, algumas cenas
de ação mais ou menos e uns roteiros simplórios pra caramba, além da descaracterização de seus próprios personagens. Mas tem quem goste, paciência.
Vício Inerente
3.5 553 Assista AgoraAdaptando uma das famosas "obras inadaptáveis" da literatura, Paul Thomas Anderson mais uma vez consegue com maestria transportar o espectador para uma época na história. Cores frias e quentes, névoas de embriaguez e personagens imersos em seus vícios, a trama aprofunda-se não só numa investigação, mas num estudo sobre um momento na américa. Ritmo acelerado e diálogos afiados, "vício inerente" é uma concatenação de informações que montam um quadro da onda geral do fim dos anos 70. Doc amarra-se e amarra junto o espectador nessa trama de riscos necessários. Pois todos os riscos são necessários quando se fala de amor. It´s all about Shasta.
Millennium II - A Menina que Brincava com Fogo
3.9 571O roteiro não é ruim, e as cenas, em suma maioria, são bem fiéis ao livro, pelo menos nos diálogos. Quanto à atmosfera e o ritmo do livro foram totalmente postos de lado. A trama que cresce gradualmente no livro de acordo com as informações reveladas, se estende por três horas de filme num clímax que nunca acontece numa velocidade típica de séries televisivas. Não é um péssimo filme, pelo contrário, já vi adaptações de livros muito piores, mas deixa a desejar tirando o impacto de todos os grandes momentos da história. E não, não curti o gigante loiro.
A Fortaleza Escondida
4.2 58Será que todo mundo precisa ficar repetindo que o George Lucas se inspirou no filme? A colcha de retalhos que é Star Wars bebeu de milhares de fontes. Não vamos reduzir o mérito do Kurosawa a um simples filme comparativo. Aventura maravilhosamente bem dirigida, destaque para o eterno fluído movimento de Kurosawa, sem contar a maravilhosa geometria de suas cenas. Entre montanhas áridas, Florestas chuvosas, Planícies alagadas e o sopé do monte Fuji, "A fortaleza Escondida" é qualidade em todos os aspectos, como era de se esperar de Kurosawa.