A fluidez dessa série documental é muito boa, transições e construção de ganchos de contextualização e problematizações excelentes! Claro que há um porém.....sou formado em Ciências Biológicas e o experimento realizado tem um grupo controle e um experimental, beleza, ok, faz parte de uma metodologia interessante, mas os parâmetros avaliados com relação ao rigor científico nas dietas dos gêmeos não geram resultados nem um pouco confiáveis. Diria que não poderia servir como modelo de comprovação de algum argumento cientificamente embasado.....seria mais um reforço simbólico do objetivo da série. Vale à pena assistir!
Para quem só quer deixar o tempo passar e ficar aconchegado com a série, é uma boa. Esse comentário é voltado para uma análise um pouco mais realista.
Tirando o universo restrito dos apartamentos padrão, da classe média padrão de Nova York, que pode vir a causar uma falsa noção de pertencimento a alguns espectadores, é uma série bem acabada, cumpre seu objetivo pra o seu público alvo. É como ler as seções da revista Veja São Paulo hahah, mas apesar da "burguesice" tem suas crônicas, encontros e desencontros bem interessantes. Não gostei do primeiro episódio, puxa vida,
nada é aprofundado sobre o Guzmin, será que todo aquele afeto dele não era uma lacuna? Ele tinha uma filha em sua cidade natal? Ele teve de abandonar sua família para viver o cotidiano do porteiro nova iorquino? Fiquei bem triste por tratarem todo esse background, aliás, nem tratarem, toda a construção do personagem fica como satélite. Lembrei do filme "que horas ela volta".....onde está a vida do homem que é o porteiro? Ou ele é só um "porteiro ao seu dispor?"
Esse é um dos momentos em que vemos nossa série preferida começar a se desgastar e empacar. Em comparação com as outras temporadas essa foi bem ruim....o que será que aconteceu pra dar errado? Arcos de personagens mal resolvidos e desinteressantes, resoluções de situações importantes sem grandes explicações, contextos que se perdem, personagens com grande potencial pouco explorados...enfim, o carisma do roteiro deixou à desejar.
Alguns arcos até se demonstraram interessantes no início com o Frank dando um lampejo de esperança para nós, sendo que depois recai na malandragem. Foi interessante a demonstração de falha do sistema econômico norte americano com filas de profissionais desvalorizados e a honestidade e esforço não fornecendo resultados concretos, mas poderiam ter aproveitado melhor esses fatos.
Com o Lip foi a mesma coisa, quando você acha que haverão momentos mais cruciais e bem finalizados com relação à co-dependência dele, a embromação vai longe, e você se irrita com a falta de rumo do personagem, que se dedica a ficar resolvendo os problemas dos outros a temporada inteira, Ok, sabemos que ele tem co-dependência, porque não explorar isso direito? Sua nova "madrinha" aparece pouquíssimo, poderia ser uma baita personagem.
Os problemas com relação ao apartamento se arrastam também, e o Ford é insuportável e limitado, sempre com aquela expressão canastrona de macho que só se garante com frases de efeito e um olhar à La Marlboro man de: "não saio desse diálogo sem demonstrar como sou sexy, misterioso e irresistível"...chaaato, e o Ford tinha seus interesses e vontades, poderia ser melhor trabalhado. Quando ele fica bêbado deve revelar um lado panaca, controlador e sem graça.
Assim como Lip, ao invés do roteiro nos cativar com reflexões sobre seu sofrimento mental e desenvolvimento do personagem com base em suas ações ficamos fadados à acompanhar de forma desagradável, enrolada e desinteressante seu andamento.
Por incrível que pareça a história dela foi mais efetiva pra o avanço da personagem, fatos importantes ocorreram em sua vida, mesmo que não tão bem trabalhados como poderiam; pelo menos interessava saber o que iria acontecer com ela.
Este ficaria em segundo lugar com a irritante namorada/esposa. O personagem mostrou uma fraqueza que não possuía anteriormente, deixando ser dominado pela sua amada até o limite. Poderia ser melhor desenvolvido, mas em comparação com os arcos do Lip, Fiona e Ian, está melhor.
Os três rendem momentos cômicos e ágeis, são um alívio para o arrasto trazido por Lip, Fiona e Ian. Novamente, ressalvo que poderia ser melhor, mas está de bom tamanho para o núcleo dos três, há um certo desenvolvimento e descobrimos algumas coisas a mais sobre Kevin, Veronica e até Svetlana.
Liam: Assim como a Debbs, um dos melhores aproveitamentos, temos noção da personalidade do Liam, suas vontades, seu universo se revelando no show, o ator que o interpreta Christian Isaiah está ótimo e cativante, pude sentir empatia pelo personagem e torcer por ele.....diria que a grande surpresa e uma das melhores contribuições dessa temporada, é o Liam.
A trilha sonora entra ás vezes de forma bem banalizada em momentos que a direção e roteiro precisam exprimir ação e reviravolta nos episódios, você já espera aquilo e pensa, puxa vida, não poderiam criar melhor o momento pra inserir tal música? Um ponto positivo é o retorno dos atores secundários e terciários em seus personagens originais.
Os problemas de roteiro e desenvolvimento dos arcos dos personagens nessa temporada causam impaciência, você torce para que os episódios avancem a fim de ver certas situações mal resolvidas se resolverem.
Vamos sem aprofundar a análise demais a alguns dos calcanhares de Aquiles que incomodaram e logo após os pontos positivos:
Problemas: -Lagertha: Uma personagem forte que desenvolveu um romance muito forte sem nenhuma construção de intensidade de emoções e envolvimento com o Bispo que se justificasse, teve sua força reduzida.
-Bjorn: Não foi possível considerá-lo tão importante ou forte como Ragnar, o que contrasta com o fechamento da temporada, aliás tive a percepção dele ser bem inferior com relação à sagacidade do pai. Nessa temporada se apresentou com uma personalidade chata, casca grossa e teimosa num sentido negativo, que não se alinhou com o indivíduo que se viu anteriormente, sem contar seu envolvimento raso com diferentes mulheres.
-Ausência de figuras novas e cativantes da época retratada.
-Rei Harald: Poderia ter sido muito mais bem aproveitado, até porque durou bastante tempo sempre em uma posição acertadamente incômoda pelos roteiristas de sede por poder mas impossibilidade de alcançá-lo.
-Episódios arrastados demais.
-Apresentação de vários personagens sem carisma.
-Gunnhild: Personagem mal aproveitada, poderia surgir como uma mulher forte e inabalável, mas cede à Bjorn e a uma ideia de aproveitar o destino, uma vez que o final estava próximo....poderia ter representado a força feminina que teria o rei Harald e Bjorn em suas mãos, ou seja, uma ideia de projeto de poder e de vida, não apenas a aceitação do fim.
-Pouco tempo dedicado aos lapões.
Há outros pontos negativos, mas vamos aos positivos.
- Fotografia continua interessante.
-Uso acertado do CGI e efeitos práticos.
- Coreografias de batalha se mantendo de razoáveis a boas.
-Locações que preenchem a tela.
-Rainha Judith: Protegeu o poder da família como pôde, teve atitudes enérgicas nos momentos exatos, sacrificou muito de si constituindo um bom fechamento de uma personagem crível.
- Ivar: Apesar de desbancar para a tirania e excesso de expressões faciais do tipo "vilão malvado clichê" consegue fazer o espectador sentir raiva e revolta por suas ações, apesar de não haver um aprofundamento menos maniqueísta cumpre seu papel. A analogia com uma serpente caiu como uma luva em determinada cena.
- Percurso do Floki: Além de trazer uma mensagem interessante sobre o comportamento humano e questões sociais, a missão do Floki termina de modo muito irônico, engraçado e inesperado.
Uma ótima surpresa essa série. Para além dos detalhes de andamento dos episódios e demais características técnicas e de narrativa eu não me identifiquei com a personagem da fleabag....aliás ela é justamente o tipo de pessoa que prefiro manter uma distância segura. Isso porque: Após alguns episódios
já é possível notar como ela usa a quarta parede como estratégia escapista, tanto é que parece não levar à sério vários momentos, simplesmente precisa sabotá-lo. Senti uma impressão de pouca empatia embora ela tenha uma família e viva situações que violentam e minam qualquer chance da pessoa poder baixar um pouco a guarda. São em momentos dramáticos que ela não quebra a quarta parede, justamente porque aí o sentimento é legítimo, ela está sendo ela mesma.
Que bela surpresa começar e não conseguir parar de assistir essa série. A impressão é que o estilo "documental" garante uma noção de veracidade e naturalidade dos modos de agir dos personagens, tanto é que simplesmente esquecemos a equipe com seu microfone e câmera.
A série expande um universo, faz homenagens, aprofunda personagens e rememora muito bem os filmes anteriores. Que algum dia façam uma tão boa quanto para a franquia do Massacre da Serra Elétrica....história tão detonada e explorada quanto uma vítima de serial killer. Criei empatia pelos personagens a mais ainda pelo Ash na série do que assistindo os filmes.
Passei uns anos em uma cidade até que grande no interior paulista. Declaro que notei muitas semelhanças entre as personas da série e muitas pessoas e atitudes sociais de lá. Havia muita circulação de pessoas das cidades menores do entorno. Declaro também que haviam muitas pessoas boas, as quais podemos contar nos dedos em Sharp Objects. É aquela tradição, aquele conservadorismo teatral, fracassado e irracional. Pose perante Deus....ou melhor, perante aquelas fofoqueiras que também estão dentro da igreja, acreditar em si....ou melhor, no que é moda, buscar a ideia do casamento perfeito...ou melhor, buscar resgatar o que sobra de relacionamentos baseados em ideais, num desespero em busca de uma moralidade, e por aí vai. Até então eu não fazia ideia de como seria uma existência baseada em uma moral relativista e ignorante e como a presença forte de religião sem reflexão pode ser tão tóxica. A série retrata isso nos tempos presentes, e demonstra como WInd Gap é sufocante. Relembrando, interagi com muitas boas pessoas também.
Amy Adams incorpora a destruição e angústia. Patricia Clarkson a neurose. Eliza Scanlin a ira, ódio e também neurose. Henry Czerny, um dos piores tipos. Tão péssimo quanto os outros, mas discreto. No fim, a corrosão do sistema de sociedade ocorre justamente pelos exageros de suas crenças e estilos de vida "correta"
Antes de assistir essa série vim aqui observar alguns comentários, como resultado entro para o time das avaliações positivas. Esses comentários se referem à série como um todo. É interessante notar o mundo por uma perspectiva Ocidental, mas que mantenha uma originalidade fora de um eixo de pesada influência dos EUA. As referências a políticos, comentários sobre o Euro, referências a filmes ingleses, as aparências, os sotaques e o estilo de vida Britânico fazem parte dessa nova familiarização. Me senti em um intercâmbio agradável, parecido com o que experimentei quando assisti a série australiana "Please like me", notando estilos de vida, espaços e costumes fora do padrãozinho norte americano. O humor também é excelente, o roteiro tende a buscar as situações mais constrangedoras e os pensamentos mais mesquinhos dos personagens, que felizmente não parecem ter saído de uma agência de modelos. Esses fatores são excelentes porque é justamente o que te faz se identificar com os tipos mostrados, são pessoas que você conhece ou até possui em si de alguma maneira. Precisava de uma série dessas, lembrei de "The Office" em alguns momentos. Enfim, recomendo seriamente, não sou de ficar rindo na frente da televisão ou sozinho na frente do pc porque acho meio patético, mas para essa série tive que abrir uma exceção.
Vi um episódio que me incentivou a assistir o resto da série. Apesar de estar na metade da 2º temporada ainda, descobri Rainn Wilson e outros que antes não chegava a dar atenção. Depois que vi o Wilson no Transformers criei o preconceito de não dar muito crédito à sua figura....Michael Bay, sinto que ele estraga demais a figura pública de um ator nessas sequências dos Transformers, e como preconceito pago o preço vendo seu desempenho na série até o momento, o Shia Lebouf fez uma participação razoável no Ninfomaníaca rs. Tive a impressão de ser um tipo de ''O âncora'' mas do ponto de vista do empresariado sob uma atmosfera diferente. O Carell consegue deixar o espectador com muito desconforto e vergonha alheia nas suas ações, depois de se acostumar a esses momentos só dá pra cair na risada, ele está de parabéns. Os demais além da Jenna Fischer e o Krasinski que têm bastante espaço são bem empáticos e interessantes também, Phyllis, Creed, etc. Foi uma boa escolher essa série.
Fiquei feliz de ver tantos estandartes experientes do teatro em uma série reunidos. Quando comecei a assistir ficava irritado com a voz do Derek Jacobi, mas percebi que eu que deixava o som muito alto, pois bem,
as piadas com as diferenças entre gerações e ainda mais o retrato de um grupo muito reprimido e desrespeitado pela sociedade sendo o protagonismo da série são ótimos pontos, acredito que o Sir. Ian Mckellen está feliz por poder destoar das séries banais com foco em personagens jovens e heterossexuais. Eles precisam lidar com a velhice tem amigos em tantos conflitos quanto eles, o caso de Violet e sua vida amorosa um tanto peculiar, aliás Frances está mandando ver :) . Que continue com humor mais inteligente, com esse contexto menos banal e ótimo elenco.
A Dora é um dos meus personagens preferidos...com a experiência dela, parece que a terapia ultrapassa limites que podem dificultar e impulsionar muito a situação, afinal lidar com o Theo não é pra muitos.
Foi um programa fabuloso, gosto muito das temporadas intermediárias, 2º, 3º e 5º temporadas, nelas o elenco já estava mais acostumado para começar a improvisar e fazer brincadeiras de fora do roteiro, na primeira os episódios tinham uma história melhor construída e nas 6º e 7º temporadas embora o figurino e o cenário estivessem muitos bem construídos, alguns atores do elenco como a Marisa e o Miguel estavam querendo partir para outras experiências, o número de gravações caiu para uma por dia, limitando assim as possibilidades de improvisação no meio do texto, e as histórias por episódio ficaram mais fracas, esses e mais alguns fatores contruibuíram para uma queda de qualidade nessas duas últimas temporadas. A Aracy Balabanian juntamente com Miguel foram uns dos mais engraçados, ele por extrapolar o que se esperava e ela por resistir ao máximo para não cair na gargalhada, uma face que não experimentava muito (exceto dona Armênia e alguns outros) em função de seus numerosos papéis dramáticos. A série voltará e será ótimo se junto da familiaridade que o elenco juntou nos seis anos que se passaram os episódios forem recheados de situações lúdicas e criativas como na primeira temporada de 1996.
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Você é o que Você Come: As Dietas dos Gêmeos
3.3 28 Assista AgoraA fluidez dessa série documental é muito boa, transições e construção de ganchos de contextualização e problematizações excelentes!
Claro que há um porém.....sou formado em Ciências Biológicas e o experimento realizado tem um grupo controle e um experimental, beleza, ok, faz parte de uma metodologia interessante, mas os parâmetros avaliados com relação ao rigor científico nas dietas dos gêmeos não geram resultados nem um pouco confiáveis. Diria que não poderia servir como modelo de comprovação de algum argumento cientificamente embasado.....seria mais um reforço simbólico do objetivo da série.
Vale à pena assistir!
Amor Moderno (1ª Temporada)
4.2 588Para quem só quer deixar o tempo passar e ficar aconchegado com a série, é uma boa. Esse comentário é voltado para uma análise um pouco mais realista.
Tirando o universo restrito dos apartamentos padrão, da classe média padrão de Nova York, que pode vir a causar uma falsa noção de pertencimento a alguns espectadores, é uma série bem acabada, cumpre seu objetivo pra o seu público alvo.
É como ler as seções da revista Veja São Paulo hahah, mas apesar da "burguesice" tem suas crônicas, encontros e desencontros bem interessantes.
Não gostei do primeiro episódio, puxa vida,
nada é aprofundado sobre o Guzmin, será que todo aquele afeto dele não era uma lacuna? Ele tinha uma filha em sua cidade natal? Ele teve de abandonar sua família para viver o cotidiano do porteiro nova iorquino?
Fiquei bem triste por tratarem todo esse background, aliás, nem tratarem, toda a construção do personagem fica como satélite.
Lembrei do filme "que horas ela volta".....onde está a vida do homem que é o porteiro? Ou ele é só um "porteiro ao seu dispor?"
Shameless (US) (9ª Temporada)
4.1 61 Assista AgoraPessoal, vocês estão comentando vários detalhes que podem ser spoilers...presta atenção porra.
Shameless (US) (8ª Temporada)
3.9 56 Assista AgoraEsse é um dos momentos em que vemos nossa série preferida começar a se desgastar e empacar. Em comparação com as outras temporadas essa foi bem ruim....o que será que aconteceu pra dar errado? Arcos de personagens mal resolvidos e desinteressantes, resoluções de situações importantes sem grandes explicações, contextos que se perdem, personagens com grande potencial pouco explorados...enfim, o carisma do roteiro deixou à desejar.
Começando:
Frank:
Alguns arcos até se demonstraram interessantes no início com o Frank dando um lampejo de esperança para nós, sendo que depois recai na malandragem. Foi interessante a demonstração de falha do sistema econômico norte americano com filas de profissionais desvalorizados e a honestidade e esforço não fornecendo resultados concretos, mas poderiam ter aproveitado melhor esses fatos.
Lip:
Com o Lip foi a mesma coisa, quando você acha que haverão momentos mais cruciais e bem finalizados com relação à co-dependência dele, a embromação vai longe, e você se irrita com a falta de rumo do personagem, que se dedica a ficar resolvendo os problemas dos outros a temporada inteira, Ok, sabemos que ele tem co-dependência, porque não explorar isso direito? Sua nova "madrinha" aparece pouquíssimo, poderia ser uma baita personagem.
Fiona:
Os problemas com relação ao apartamento se arrastam também, e o Ford é insuportável e limitado, sempre com aquela expressão canastrona de macho que só se garante com frases de efeito e um olhar à La Marlboro man de: "não saio desse diálogo sem demonstrar como sou sexy, misterioso e irresistível"...chaaato, e o Ford tinha seus interesses e vontades, poderia ser melhor trabalhado. Quando ele fica bêbado deve revelar um lado panaca, controlador e sem graça.
Ian:
Assim como Lip, ao invés do roteiro nos cativar com reflexões sobre seu sofrimento mental e desenvolvimento do personagem com base em suas ações ficamos fadados à acompanhar de forma desagradável, enrolada e desinteressante seu andamento.
Debbs:
Por incrível que pareça a história dela foi mais efetiva pra o avanço da personagem, fatos importantes ocorreram em sua vida, mesmo que não tão bem trabalhados como poderiam; pelo menos interessava saber o que iria acontecer com ela.
Carl:
Este ficaria em segundo lugar com a irritante namorada/esposa. O personagem mostrou uma fraqueza que não possuía anteriormente, deixando ser dominado pela sua amada até o limite. Poderia ser melhor desenvolvido, mas em comparação com os arcos do Lip, Fiona e Ian, está melhor.
Núcleo Kev, Veronica e Svetlana:
Os três rendem momentos cômicos e ágeis, são um alívio para o arrasto trazido por Lip, Fiona e Ian. Novamente, ressalvo que poderia ser melhor, mas está de bom tamanho para o núcleo dos três, há um certo desenvolvimento e descobrimos algumas coisas a mais sobre Kevin, Veronica e até Svetlana.
Liam:
Assim como a Debbs, um dos melhores aproveitamentos, temos noção da personalidade do Liam, suas vontades, seu universo se revelando no show, o ator que o interpreta Christian Isaiah está ótimo e cativante, pude sentir empatia pelo personagem e torcer por ele.....diria que a grande surpresa e uma das melhores contribuições dessa temporada, é o Liam.
A trilha sonora entra ás vezes de forma bem banalizada em momentos que a direção e roteiro precisam exprimir ação e reviravolta nos episódios, você já espera aquilo e pensa, puxa vida, não poderiam criar melhor o momento pra inserir tal música? Um ponto positivo é o retorno dos atores secundários e terciários em seus personagens originais.
Enfim, esperava mais, bem mais.
Vikings (5ª Temporada)
4.1 319 Assista AgoraSobre a 5º temporada de Vikings
Os problemas de roteiro e desenvolvimento dos arcos dos personagens nessa temporada causam impaciência, você torce para que os episódios avancem a fim de ver certas situações mal resolvidas se resolverem.
Vamos sem aprofundar a análise demais a alguns dos calcanhares de Aquiles que incomodaram e logo após os pontos positivos:
Problemas:
-Lagertha: Uma personagem forte que desenvolveu um romance muito forte sem nenhuma construção de intensidade de emoções e envolvimento com o Bispo que se justificasse, teve sua força reduzida.
-Bjorn: Não foi possível considerá-lo tão importante ou forte como Ragnar, o que contrasta com o fechamento da temporada, aliás tive a percepção dele ser bem inferior com relação à sagacidade do pai. Nessa temporada se apresentou com uma personalidade chata, casca grossa e teimosa num sentido negativo, que não se alinhou com o indivíduo que se viu anteriormente, sem contar seu envolvimento raso com diferentes mulheres.
-Ausência de figuras novas e cativantes da época retratada.
-Rei Harald: Poderia ter sido muito mais bem aproveitado, até porque durou bastante tempo sempre em uma posição acertadamente incômoda pelos roteiristas de sede por poder mas impossibilidade de alcançá-lo.
-Episódios arrastados demais.
-Apresentação de vários personagens sem carisma.
-Gunnhild: Personagem mal aproveitada, poderia surgir como uma mulher forte e inabalável, mas cede à Bjorn e a uma ideia de aproveitar o destino, uma vez que o final estava próximo....poderia ter representado a força feminina que teria o rei Harald e Bjorn em suas mãos, ou seja, uma ideia de projeto de poder e de vida, não apenas a aceitação do fim.
-Pouco tempo dedicado aos lapões.
Há outros pontos negativos, mas vamos aos positivos.
- Fotografia continua interessante.
-Uso acertado do CGI e efeitos práticos.
- Coreografias de batalha se mantendo de razoáveis a boas.
-Locações que preenchem a tela.
-Rainha Judith: Protegeu o poder da família como pôde, teve atitudes enérgicas nos momentos exatos, sacrificou muito de si constituindo um bom fechamento de uma personagem crível.
- Ivar: Apesar de desbancar para a tirania e excesso de expressões faciais do tipo "vilão malvado clichê" consegue fazer o espectador sentir raiva e revolta por suas ações, apesar de não haver um aprofundamento menos maniqueísta cumpre seu papel. A analogia com uma serpente caiu como uma luva em determinada cena.
- Percurso do Floki: Além de trazer uma mensagem interessante sobre o comportamento humano e questões sociais, a missão do Floki termina de modo muito irônico, engraçado e inesperado.
Fleabag (1ª Temporada)
4.4 627 Assista AgoraUma ótima surpresa essa série.
Para além dos detalhes de andamento dos episódios e demais características técnicas e de narrativa eu não me identifiquei com a personagem da fleabag....aliás ela é justamente o tipo de pessoa que prefiro manter uma distância segura.
Isso porque:
Após alguns episódios
já é possível notar como ela usa a quarta parede como estratégia escapista, tanto é que parece não levar à sério vários momentos, simplesmente precisa sabotá-lo. Senti uma impressão de pouca empatia embora ela tenha uma família e viva situações que violentam e minam qualquer chance da pessoa poder baixar um pouco a guarda.
São em momentos dramáticos que ela não quebra a quarta parede, justamente porque aí o sentimento é legítimo, ela está sendo ela mesma.
Adorei a primeira temporada e já baixe a segunda.
Trailer Park Boys (3ª Temporada)
4.5 17Que bela surpresa começar e não conseguir parar de assistir essa série.
A impressão é que o estilo "documental" garante uma noção de veracidade e naturalidade dos modos de agir dos personagens, tanto é que simplesmente esquecemos a equipe com seu microfone e câmera.
Ash vs Evil Dead (1ª Temporada)
4.2 457 Assista AgoraA série expande um universo, faz homenagens, aprofunda personagens e rememora muito bem os filmes anteriores. Que algum dia façam uma tão boa quanto para a franquia do Massacre da Serra Elétrica....história tão detonada e explorada quanto uma vítima de serial killer.
Criei empatia pelos personagens a mais ainda pelo Ash na série do que assistindo os filmes.
Objetos Cortantes
4.3 832 Assista AgoraPassei uns anos em uma cidade até que grande no interior paulista. Declaro que notei muitas semelhanças entre as personas da série e muitas pessoas e atitudes sociais de lá.
Havia muita circulação de pessoas das cidades menores do entorno.
Declaro também que haviam muitas pessoas boas, as quais podemos contar nos dedos em Sharp Objects.
É aquela tradição, aquele conservadorismo teatral, fracassado e irracional.
Pose perante Deus....ou melhor, perante aquelas fofoqueiras que também estão dentro da igreja, acreditar em si....ou melhor, no que é moda, buscar a ideia do casamento perfeito...ou melhor, buscar resgatar o que sobra de relacionamentos baseados em ideais, num desespero em busca de uma moralidade, e por aí vai.
Até então eu não fazia ideia de como seria uma existência baseada em uma moral relativista e ignorante e como a presença forte de religião sem reflexão pode ser tão tóxica. A série retrata isso nos tempos presentes, e demonstra como WInd Gap é sufocante.
Relembrando, interagi com muitas boas pessoas também.
Amy Adams incorpora a destruição e angústia.
Patricia Clarkson a neurose.
Eliza Scanlin a ira, ódio e também neurose.
Henry Czerny, um dos piores tipos. Tão péssimo quanto os outros, mas discreto.
No fim, a corrosão do sistema de sociedade ocorre justamente pelos exageros de suas crenças e estilos de vida "correta"
Peep Show (1ª Temporada)
4.2 19 Assista AgoraAntes de assistir essa série vim aqui observar alguns comentários, como resultado entro para o time das avaliações positivas.
Esses comentários se referem à série como um todo.
É interessante notar o mundo por uma perspectiva Ocidental, mas que mantenha uma originalidade fora de um eixo de pesada influência dos EUA.
As referências a políticos, comentários sobre o Euro, referências a filmes ingleses, as aparências, os sotaques e o estilo de vida Britânico fazem parte dessa nova familiarização.
Me senti em um intercâmbio agradável, parecido com o que experimentei quando assisti a série australiana "Please like me", notando estilos de vida, espaços e costumes fora do padrãozinho norte americano.
O humor também é excelente, o roteiro tende a buscar as situações mais constrangedoras e os pensamentos mais mesquinhos dos personagens, que felizmente não parecem ter saído de uma agência de modelos. Esses fatores são excelentes porque é justamente o que te faz se identificar com os tipos mostrados, são pessoas que você conhece ou até possui em si de alguma maneira.
Precisava de uma série dessas, lembrei de "The Office" em alguns momentos.
Enfim, recomendo seriamente, não sou de ficar rindo na frente da televisão ou sozinho na frente do pc porque acho meio patético, mas para essa série tive que abrir uma exceção.
The Office (1ª Temporada)
4.1 554Vi um episódio que me incentivou a assistir o resto da série. Apesar de estar na metade da 2º temporada ainda, descobri Rainn Wilson e outros que antes não chegava a dar atenção. Depois que vi o Wilson no Transformers criei o preconceito de não dar muito crédito à sua figura....Michael Bay, sinto que ele estraga demais a figura pública de um ator nessas sequências dos Transformers, e como preconceito pago o preço vendo seu desempenho na série até o momento, o Shia Lebouf fez uma participação razoável no Ninfomaníaca rs.
Tive a impressão de ser um tipo de ''O âncora'' mas do ponto de vista do empresariado sob uma atmosfera diferente. O Carell consegue deixar o espectador com muito desconforto e vergonha alheia nas suas ações, depois de se acostumar a esses momentos só dá pra cair na risada, ele está de parabéns. Os demais além da Jenna Fischer e o Krasinski que têm bastante espaço são bem empáticos e interessantes também, Phyllis, Creed, etc.
Foi uma boa escolher essa série.
Vicious (1ª Temporada)
4.3 94Fiquei feliz de ver tantos estandartes experientes do teatro em uma série reunidos. Quando comecei a assistir ficava irritado com a voz do Derek Jacobi, mas percebi que eu que deixava o som muito alto, pois bem,
as piadas com as diferenças entre gerações e ainda mais o retrato de um grupo muito reprimido e desrespeitado pela sociedade sendo o protagonismo da série são ótimos pontos, acredito que o Sir. Ian Mckellen está feliz por poder destoar das séries banais com foco em personagens jovens e heterossexuais.
Eles precisam lidar com a velhice tem amigos em tantos conflitos quanto eles, o caso de Violet e sua vida amorosa um tanto peculiar, aliás Frances está mandando ver :) .
Que continue com humor mais inteligente, com esse contexto menos banal e ótimo elenco.
Sessão de Terapia (1ª Temporada)
4.2 141A Dora é um dos meus personagens preferidos...com a experiência dela, parece que a terapia ultrapassa limites que podem dificultar e impulsionar muito a situação, afinal lidar com o Theo não é pra muitos.
Sai de Baixo (1ª Temporada)
4.2 175Foi um programa fabuloso, gosto muito das temporadas intermediárias, 2º, 3º e 5º temporadas, nelas o elenco já estava mais acostumado para começar a improvisar e fazer brincadeiras de fora do roteiro, na primeira os episódios tinham uma história melhor construída e nas 6º e 7º temporadas embora o figurino e o cenário estivessem muitos bem construídos, alguns atores do elenco como a Marisa e o Miguel estavam querendo partir para outras experiências, o número de gravações caiu para uma por dia, limitando assim as possibilidades de improvisação no meio do texto, e as histórias por episódio ficaram mais fracas, esses e mais alguns fatores contruibuíram para uma queda de qualidade nessas duas últimas temporadas.
A Aracy Balabanian juntamente com Miguel foram uns dos mais engraçados, ele por extrapolar o que se esperava e ela por resistir ao máximo para não cair na gargalhada, uma face que não experimentava muito (exceto dona Armênia e alguns outros) em função de seus numerosos papéis dramáticos.
A série voltará e será ótimo se junto da familiaridade que o elenco juntou nos seis anos que se passaram os episódios forem recheados de situações lúdicas e criativas como na primeira temporada de 1996.