Okja deixa muito a desejar na construção de um enredo cativante, que acaba limitando as personagens e os artistas. o começo da história promete, mas o desenrolar não entrega. terminei de assistir com uma sensação de incompletude. e além disso a refeição preferida de Mikha é um caldo de galinha, algo bizarro dentro da causa dos direitos animais e um ponto furadíssimo na trama.
ficou registrada em mim aquela sensação difícil de explicar mas fácil de compreender. consegui ler nos olhos de Ada o seu universo tão particular. e como diz o colega abaixo: transformando a poesia do som na tragédia da nota quebrada. só acrescentaria que, no fim, ela transbordou vida. e não desfecho.
aquele momento em que você acha que assistindo filmes vai deixar de ser trouxa por acreditar nos outros. só achei mesmo porque continuei sendo muito trouxa e fiquei puto no final. mais alguém? obrigado de nada.
fiquei positivamente impressionado com o filme. não é uma obra de Deus, mas eu dava muito menos antes de assistir. achei a trilha sonora, a fotografia, a produção e o enredo muito bem desenvolvidos, e o filme parece muito harmônico.
Difícil pensar em um jeito bom pra relatar a experiência que é assistir esse filme. Mason é um personagem admirável e carismático, e sua tranquilidade e serenidade são o seu mais envolvente cartão de apresentação. Às vezes a mudança de tempo choca, porque em um momento ele está baixinho e gordinho e criança e com o cabelo curto, e quando a cena muda Mason se mostra um adolescente magricela e alto, que quer se afirmar e está absorvendo muita coisa nova que a vida traz. Mas isso é confortante ao mesmo tempo que traz espanto, porque na verdade a gente se percebe olhando pra um espelho, e então comparamos algo como o nosso desenvolvimento em 16 longos anos de nossas vidas. E, sei lá, é uma sensação muito nostálgica. Algo como "the moment seizes us.." misturado com "eu sei que eu vou sentir saudade disso no futuro" e "somos uma coletânea de memórias". Muito bom.
Achei impressionante o foco que eles dão na Mary, mãe de Bobby. Conseguiram fazer o que muitos filmes e muitas histórias não conseguem: mostrar que todos somos constituições existenciais sensíveis e suscetíveis ao ambiente no qual crescemos. A fé dela foi construída pouco a pouco e se solidificou como um pilar da sua existência, e a relutância dela em aceitar a homossexualidade do filho é fruto disso, da sua criação e do ambiente no qual ela se desenvolveu. Entretanto, e o que é mais brilhante, Mary mostra que somos mais do que a interação com o nosso passado, o meio em que crescemos, a nossa origem e nossas concepções: somos humanos, e como humanos somos como massinhas de modelar. Podemos nos adaptar às situações (ainda que Bobby não tenha conseguido se adaptar, o que é triste).
Acho que uma palavra define a história: sacrifício. É um conceito que deixou de fazer parte do mundo capitalista ocidental e das relações que vinculamos nesse contexto, e talvez por isso o filme choque tanto e nos deixa pensando, amargos, e por dias, em comparações com as nossas próprias vidas.
A fotografia do filme é incrível! Muito capciosa, detalhista e viva, e com isso conseguindo projetar de forma bem clara as mensagens que cada cena procura passar pra quem está assistindo. No final só fiquei me perguntando se na nossa vida a gente precisa de um dublê pra poder vivenciar todas as possibilidades que poderiam fazer parte/fazem parte do nosso histórico ou se nós sempre fomos/somos um dublê em cada experiência que alcançamos. Sei lá, o dublê fica triste com isso, mas às vezes a gente também fica ehaheuauhea
In-crível! Humanidade e natureza como fluxos que se abrem e que se fecham. Desvios de possibilidades decorrentes da modernidade, que provocam inúmeros transtornos na saúde social e pessoal. Mas acima de tudo dinamicidade e diversidade, que implicam na crítica do quanto julgamos conhecer os fenômenos que se desvelam para nós, notadamente o que a sociedade ocidental julga conhecer; no quanto somos nada no meio de tudo, mas ainda sim um tudo no meio de um nada, porque tudo e nada só assim são porque nós os desvelamos. Sentimentos bons e sentimentos ruins, mas sentimentos puros. Outstanding.
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Okja
4.0 1,3K Assista AgoraOkja deixa muito a desejar na construção de um enredo cativante, que acaba limitando as personagens e os artistas. o começo da história promete, mas o desenrolar não entrega. terminei de assistir com uma sensação de incompletude. e além disso a refeição preferida de Mikha é um caldo de galinha, algo bizarro dentro da causa dos direitos animais e um ponto furadíssimo na trama.
Tallulah
3.6 234 Assista Agorasobre como se segurar quando se está solto. "liberdade é escolher algo a que se prender".
Incêndios
4.5 1,9K Assista Agora"Um e um são três."
Vários forninhos caindo na minha cara heuehaahe
O Piano
4.0 442ficou registrada em mim aquela sensação difícil de explicar mas fácil de compreender. consegui ler nos olhos de Ada o seu universo tão particular. e como diz o colega abaixo: transformando a poesia do som na tragédia da nota quebrada. só acrescentaria que, no fim, ela transbordou vida. e não desfecho.
Nise: O Coração da Loucura
4.3 656 Assista Agora"O pintor é feito um livro que não tem fim."
- Fernando Diniz
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista Agoraaquele momento em que você acha que assistindo filmes vai deixar de ser trouxa por acreditar nos outros. só achei mesmo porque continuei sendo muito trouxa e fiquei puto no final. mais alguém? obrigado de nada.
Carol
3.9 1,5K Assista Agoraconquistador.
No Coração do Mar
3.6 776 Assista Agorafiquei positivamente impressionado com o filme. não é uma obra de Deus, mas eu dava muito menos antes de assistir. achei a trilha sonora, a fotografia, a produção e o enredo muito bem desenvolvidos, e o filme parece muito harmônico.
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista Agora"a little friendship never killed anyone"
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraMeia estrela pela coragem de se fazer um filme como esse e divulgá-lo no cenário mundial.
Eu Maior
4.4 138 Assista Agora"A vida é muito curta para ser pequena."
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista AgoraPsicologia ♥
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraDifícil pensar em um jeito bom pra relatar a experiência que é assistir esse filme. Mason é um personagem admirável e carismático, e sua tranquilidade e serenidade são o seu mais envolvente cartão de apresentação. Às vezes a mudança de tempo choca, porque em um momento ele está baixinho e gordinho e criança e com o cabelo curto, e quando a cena muda Mason se mostra um adolescente magricela e alto, que quer se afirmar e está absorvendo muita coisa nova que a vida traz. Mas isso é confortante ao mesmo tempo que traz espanto, porque na verdade a gente se percebe olhando pra um espelho, e então comparamos algo como o nosso desenvolvimento em 16 longos anos de nossas vidas. E, sei lá, é uma sensação muito nostálgica. Algo como "the moment seizes us.." misturado com "eu sei que eu vou sentir saudade disso no futuro" e "somos uma coletânea de memórias". Muito bom.
Orações para Bobby
4.4 1,4KAchei impressionante o foco que eles dão na Mary, mãe de Bobby. Conseguiram fazer o que muitos filmes e muitas histórias não conseguem: mostrar que todos somos constituições existenciais sensíveis e suscetíveis ao ambiente no qual crescemos. A fé dela foi construída pouco a pouco e se solidificou como um pilar da sua existência, e a relutância dela em aceitar a homossexualidade do filho é fruto disso, da sua criação e do ambiente no qual ela se desenvolveu. Entretanto, e o que é mais brilhante, Mary mostra que somos mais do que a interação com o nosso passado, o meio em que crescemos, a nossa origem e nossas concepções: somos humanos, e como humanos somos como massinhas de modelar. Podemos nos adaptar às situações (ainda que Bobby não tenha conseguido se adaptar, o que é triste).
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraDepois de ver o filme: "Gente, Juliana está des-mai-a-dan!"
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraAcho que uma palavra define a história: sacrifício. É um conceito que deixou de fazer parte do mundo capitalista ocidental e das relações que vinculamos nesse contexto, e talvez por isso o filme choque tanto e nos deixa pensando, amargos, e por dias, em comparações com as nossas próprias vidas.
Dublê de Anjo
4.2 336A fotografia do filme é incrível! Muito capciosa, detalhista e viva, e com isso conseguindo projetar de forma bem clara as mensagens que cada cena procura passar pra quem está assistindo.
No final só fiquei me perguntando se na nossa vida a gente precisa de um dublê pra poder vivenciar todas as possibilidades que poderiam fazer parte/fazem parte do nosso histórico ou se nós sempre fomos/somos um dublê em cada experiência que alcançamos. Sei lá, o dublê fica triste com isso, mas às vezes a gente também fica ehaheuauhea
Samsara
4.6 126In-crível!
Humanidade e natureza como fluxos que se abrem e que se fecham. Desvios de possibilidades decorrentes da modernidade, que provocam inúmeros transtornos na saúde social e pessoal. Mas acima de tudo dinamicidade e diversidade, que implicam na crítica do quanto julgamos conhecer os fenômenos que se desvelam para nós, notadamente o que a sociedade ocidental julga conhecer; no quanto somos nada no meio de tudo, mas ainda sim um tudo no meio de um nada, porque tudo e nada só assim são porque nós os desvelamos.
Sentimentos bons e sentimentos ruins, mas sentimentos puros. Outstanding.