Luis Cirilo

Contando do início ao fim com um ótimo nível de produção, trilha sonora marcante e uma atuação firme da protagonista Thomasin McKenzie, o filme que começa muito interessante, vai decaindo a medida que a história avança, principalmente quando o mistério e o suspense que predominam a trama a princípio é substituído pelo terror, pois essa guinada acaba não sendo convincente.

Senti que o roteiro precisava de um melhor polimento e que o Edgar Wright que é muito bom com comédias, não soube impor um tom certo para esse filme, que em nenhum momento me fez sentir alguma tensão ou aflição, principalmente em momentos que eu deveria sentir isso, como por exemplo na cena da biblioteca.

Pessoalmente não achei o final tão ruim, até porque quando chega nessa parte, eu já tinha perdido a paciência com o longa, com isso a experiência com "Noite Passada em Soho" acabou sendo quase que completamente blasé e pouco satisfatória, o que é uma pena, pois tinha muito potencial e acabou sendo apenas um filme ok.

Com um inicio bastante sonolento, "Maus Momentos no Hotel Royale" melhora a medida que avança, embora em nenhum momento empolgue muito.

A história de modo geral é interessante, entretanto poderia ser muito melhor se tivesse um roteiro mais refinado, algumas situações e coincidências que ocorrem no decorrer do filme simplesmente não convencem, além dos personagens, que poderiam ser melhor desenvolvidos, mesmo que no desenrolar da trama a história dos mesmos é apresentada aos poucos, senti que faltou algo.

Um bom exemplo de "tão ruim que é bom".

O filme de modo geral é muito cafona e exagerado, mas são tantos momentos "épicos" e involuntariamente cômicos, como a cena da moto, da cobra sendo esmurrada e toda a sequência final, que o longa que me pareceu péssimo no início, no fim acabou me conquistando.

Me diverti muito assistindo.