É um belo filme, sensível, porém não exepcional. Remi mora com a mãe, sem o pai. Tem uma amizade bastante próxima com Leo, que supre, talvez, a ausência do pai e a falta de tempo da mãe (supondo aqui, afinal a mãe trabalha em hospital). Leo, por outro lado, tem uma família maior e unida, e não percebe a falta que faz para o amigo quando decide se afastar.
A cena que mais me comoveu foi quando o ano letivo terminou, e a câmera focou no rosto do Leo indo do riso para um semblante triste, olhando para o lugar que o Remi sentava, provavelmente lembrando das promessas e da alegria do início das aulas, quando souberam que iriam estudar na mesma sala
Uma situação desesperadora. Mulheres e meninas sendo dopadas e abusadas sexualmente. Uma comunidade mais preocupada em manter as aparências e manter os homens no poder. A elas é dada a "escolha" de perdoar os agressores e continuar com a vida onde são consideradas inferiores aos homens, abandonar a comunidade ou encontrar meios de se defenderem. Acredito que os homens as tenham deixado decidir por estarem certos de que elas manteriam sua posição de submissão e obediência, perdoando os agressores em nome da comunidade. Durante o período em que debatem, compartilham suas dores, se acolhem e descobrem o apoio mútuo e a força da união. Os diálogos são excelentes, mas as emoções despertadas em cada uma durante o processo dói em cada uma de nós.
Eu gostei do livro, embora achei meio exagero ganhar um Pulitzer. É um calhamaço de 800 páginas, mas flui bem, um "coming out of age" de respeito. Quanto ao filme, gostei que tenha fugido da linearidade temporal, porém a parte dele adulto deixou a desejar, não aprofundando nos dilemas e sofrimentos da personagem, que são o cerne da obra. Uma pena, mas não deixa de ser um bom filme.
Filme inspirador e emocionante. CODA, o título original, tem dois significados. Primeiro, é a abreviação de Child Of Deaf Adults (filho de adultos surdos), que descreve a protagonista do filme, uma adolescente filha de pais surdos, e que exerce papel de comunicadora da família com o resto do mundo. Segundo, CODA também tem uma denominação musical: quando um trecho de uma música é repetido, porém com um final diferente, a esse finalzinho diferente, dá-se o nome de CODA (músicos da minha timeline, me corrijam se estiver errada). E isso descreve a história de Ruby, que sonha em fazer faculdade de música, ao mesmo tempo que precisa lidar com a dependência que a família tem dela. Apesar de eu não ter gostado da parte musical do filme (aquele professor não tem afinidade com o filme, e o dueto com o boyzinho popular da escola ficou meio High School Musical), achei o filme bastante intenso, com ótimas atuações e uma história linda.
Pelos rios chineses, barcos transportam cargas, e as cidades às margens se desenvolvem através dessa atividade econômica. No filme, o jovem Gao Chun, em luto pela perda do pai, segue viagem pelo maior rio da China. No barco, encontra um caderno de poesias, e cada poesia, ao invés da assinatura do autor, tem o nome de uma cidade por onde o rio (e o barco) passa. Em cada cidade, Chun encontra uma jovem mulher, sempre a mesma, com quem vive breves histórias de um amor que parece nunca ter chance de se concretizar. É um filme lindo, imersivo, cheio de simbolismos, e com uma fotografia incrível!
Assisti como parte do meu projeto Volta ao Mundo em 80 Filmes. No Instagram @voltaaomundoemfilmes_
É um filme bem realista, a poeira e a aridez parecem ultrapassar a tela, e a edição de som complementa bem a experiência. Eu fiquei incomodada com o uso de animais, não acredito que tenham usado efeitos, e espero mesmo que não tenham sofrido. O mesmo espero das crianças que foram submetidas àquele ambiente. É uma experiência bem realista, então não espere grandes acontecimentos.
Projeto Volta ao Mundo em 80 Filmes Instagram: @voltaaomundoemfilmes_
É o segundo filme angolano que assisto, mas tenho a impressão de que as produções cinematográficas poderiam ser bem melhor. O filme conta a história de Anacleta, uma mulher que dá golpes em homens através de perfis falsos nas redes sociais. Ela cria um grau de intimidade com as vítimas, enviando fotos e vídeos em troca de dinheiro. Uma dessas vítimas é Zé Luís, que ao descobrir que foi enganado, consegue marcar um encontro, onde planeja sua vingança. O filme tem vários furos, uma trilha sonora sofrível, e interpretações bem fracas. O filme tenta passar a mensagem de "cuidado com perfis falsos na internet", mas o que vemos é o típico macho frágil, que após cair num golpe e perder dinheiro, acha que vai recuperar a dignidade através da vingança sórdida, psicopata e desumana.
Projeto Volta ao Mundo em 80 Filmes Instagram: @voltaaomundoemfilmes_
A menina nasceu no poço (fruto de um estupro, talvez). A mãe sabia onde ela estava, por isso descia para levar comida. A mulher do cachorro disse que trabalhava lá há 25 anos, então era possivel que algo assim pudesse acontecer. Como ela nasceu lá, o sistema não a rastreava e ela não mudava de andar, ou aqueles andares mais profundos não estavam "funcionando" já que não sobrevivia ninguém. Por isso não aconteceu nada quando eles não devolveram o pudim para a plataforma. Por fim, ela é a "mensagem" de que o poço estava sobrevivendo ao egoísmo e à falta de humanidade das pessoas.
Que filme incrível! Cheio de detalhes e sutilezas! Em nenhum momento nenhuma das crianças expressa o desejo de visitar os parques. Porém, esse desejo está lá e a cena final representa isso. Provavelmente todas elas já receberam a promessa de algum adulto de "um dia a gente vai". Ela tomando banho sozinha, várias vezes, me chamou a atenção. Mas depois vem a explicação: era nesse horário que a mãe se prostituía dentro do quarto. O Bobby é um fofo! Super paternalista e protetor embora sempre tentando parecer ranzinza. E o que todo mundo comenta (e com razão), a menina é excelente! Não só interpreta com maestria, mas se entrega e curte aquilo. A cena do choro, tão realista! Criança não chora com cara triste e lágrimas escorrendo. Abre o berreiro mesmo!
O filme é uma bandeira levantada contra a crueldade contra animais. Não só "cutucou" a ferida do consumo de carne ("a cara e o ânus usamos para fazer salsicha, nada se perde"), mas também provou (e bem provado) que não é necessário usar animais para fazer filme bom! Okja foi digitalmente construída, e consegue nos cativar muito bem. Como alguém falou, não é um soco no estômago, mas uma tijolada na cara. O filme é cruel, incomoda mesmo quem não consome carne.
Adorei! Delicado, mas ao mesmo tempo de um humor ímpar! É bastante teatral na montagem, leve e descontraído. Guilleume busca sua identidade (sexual e de gênero), ao longo de sua vida, a qual narra numa peça de teatro escrita por ele.
"Podem dizer que eu não sabia cantar, mas ninguém pode dizer que eu não cantei!"
<3
Ao terminar o filme eu corri para o youtube para ouvir as gravações da real Florence Foster Jenkins. E adorei! Não pela música em si (obviamente), mas para repensar tantas coisas. Como violinista me peguei pensando, "será que eu sou como a Florence?" (quem toca violino sabe que afinação é um negócio tenso). Mas cheguei à conclusão de que "se não for, deveria ser" :) O filme é uma lição de humildade, carisma e amor à música. Linda surpresa. Adorei.
Eu tinha esperanças a respeito desse filme, mas a decepção foi enorme. Não acontece NADA! Só cria expectativa no começo (casa antiga, boneco esquisito e uma história de uma criança morta). Talvez surjam algumas teorias pós cena final, mas não consigo imaginar um motivo sequer para recomendar esse filme para alguém.
Sabe aquele filme que você descobre no seu computador, que está lá há tempos e você nem lembra mais por que baixou? Foi o que aconteceu com Confissões. O filme é ótimo, perturbador, e com uma trilha linda. Terror psicológico ao estilo de Precisamos Falar Sobre O Kevin. Bela surpresa!
Venha, criança humana! Para as águas e o mundo selvagem, de mãos dadas com sua fada. O mundo tem mais tristezas do que você pode compreender". (A frase de início do filme também é citada em A.I. - Inteligência Artificial)
Uma das animações mais lindas e melancólicas que eu já vi. Conta a história das Selkies, mulheres que, segundo a lenda irlandesa, se transformam em focas. Lembra muito as animações dos Estúdios Ghibli, não só pela representação de contos e lendas populares e pelo vilão que não é totalmente mau, mas também pela forma mágica, poética e inocente com que a história é contada.
Um Sherlock Holmes mais humano que o personagem descrito por Watson, lutando contra a senilidade, mas ainda genial e cativante. Filme belíssimo. Atuações e fotografia sensacionais.
A história da Sarah tentando salvar o irmão poderia ter sido melhor desenvolvida. Foi muito curta, e quando o tema é criança e guerra, dá para estender bastante, já que essa é a parte pela qual o filme se vende. Já a parte "recente" poderia ser melhor distribuída, fazendo um "vai e vem" no tempo, sendo mais curta e "seca", deixando a parte dramática do armário e do suicídio para o final, e a parte da bebezinha logo depois.
Comédia irlandesa que descobri por acaso na Netflix. Um roteiro não tão genial, mas com uma visão bem realista de uma família que sai pela cidade procurando o colchão da avó, cheio de dinheiro. Família é mesmo tudo igual, só muda de endereço...
Mais informações: www.vinanetflixbrasil.blogspot.com.br/2015/08/lifes-breeze.html
Filme interessante. Para os desavisados, não assista esperando ação, sustos ou qualquer desses clichês de filmes de terror convencionais. Para quem viu A Inocente Face do Terror (The Other), esse filme parece ser uma releitura moderna. Mas tal como aquele mantém o clima tenso praticamente todo o filme, e ainda consegue ir um pouco além do clássico de 1972. Algumas questões parecem ficar sem resposta, mas depois que o filme acabou tentei criar algumas teorias baseadas em alguns detalhes pequenos:
O Elias causou o acidente em que o irmão morreu. Provavelmente um incêndio. Além da cena final, o que leva a pensar isso tb é a cena em que a mãe acha dois itens no quarto dele que a deixam zangada: uma garrafa pet vazia e um isqueiro. Segundo, a cirurgia plástica da mãe. Olhando as fotos antigas, a mãe não parece ter feito grandes mudanças, portanto pode ter feito a cirurgia para retirar cicatrizes do incêndio em que o filho morreu. O estoque de pizzas e comidas congeladas também podem indicar receio dela em lidar com fogo. Outra questão é se a mulher é realmente a mãe. Sim, é a mãe. Por várias razões: se não fosse, o filme traria qualquer indício. O Elias diz para ela no final "Você não é minha mãe, porque minha mãe podia ver e ouvir o Lukas". Pra mim tá aí a resposta. O foco do filme é a imaginação doentia e traumática do Elias. É ele quem procura indícios de que ela não é a mãe. Quando o pároco leva o Elias de volta para casa, a mãe cita dois eventos: um acidente (em que o Lukas morreu) e o divórcio. Esse divórcio provavelmente foi o evento que "mudou" a mãe perante os olhos do Elias. O fato dela alimentar primeiramente a fantasia dele pode ter gerado a crise no casamento que culminou no divórcio. Após o divórcio ela parou de "jogar o jogo" com o filho. Junta-se a isso a cirurgia plástica (o que pode indicar uma recuperação em relação à morte do filho). Só não consegui pensar em uma resposta para a seguinte pergunta: quem cuidou do Elias enquanto ela fez a cirurgia?
Por favor, se alguém tem alguma teoria diferente, comente aí!!
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4.2 470 Assista AgoraÉ um belo filme, sensível, porém não exepcional. Remi mora com a mãe, sem o pai. Tem uma amizade bastante próxima com Leo, que supre, talvez, a ausência do pai e a falta de tempo da mãe (supondo aqui, afinal a mãe trabalha em hospital). Leo, por outro lado, tem uma família maior e unida, e não percebe a falta que faz para o amigo quando decide se afastar.
A cena que mais me comoveu foi quando o ano letivo terminou, e a câmera focou no rosto do Leo indo do riso para um semblante triste, olhando para o lugar que o Remi sentava, provavelmente lembrando das promessas e da alegria do início das aulas, quando souberam que iriam estudar na mesma sala
Entre Mulheres
3.7 262Uma situação desesperadora. Mulheres e meninas sendo dopadas e abusadas sexualmente. Uma comunidade mais preocupada em manter as aparências e manter os homens no poder. A elas é dada a "escolha" de perdoar os agressores e continuar com a vida onde são consideradas inferiores aos homens, abandonar a comunidade ou encontrar meios de se defenderem. Acredito que os homens as tenham deixado decidir por estarem certos de que elas manteriam sua posição de submissão e obediência, perdoando os agressores em nome da comunidade. Durante o período em que debatem, compartilham suas dores, se acolhem e descobrem o apoio mútuo e a força da união. Os diálogos são excelentes, mas as emoções despertadas em cada uma durante o processo dói em cada uma de nós.
O Pintassilgo
3.3 111 Assista AgoraEu gostei do livro, embora achei meio exagero ganhar um Pulitzer. É um calhamaço de 800 páginas, mas flui bem, um "coming out of age" de respeito. Quanto ao filme, gostei que tenha fugido da linearidade temporal, porém a parte dele adulto deixou a desejar, não aprofundando nos dilemas e sofrimentos da personagem, que são o cerne da obra. Uma pena, mas não deixa de ser um bom filme.
No Ritmo do Coração
4.1 751 Assista AgoraFilme inspirador e emocionante. CODA, o título original, tem dois significados. Primeiro, é a abreviação de Child Of Deaf Adults (filho de adultos surdos), que descreve a protagonista do filme, uma adolescente filha de pais surdos, e que exerce papel de comunicadora da família com o resto do mundo. Segundo, CODA também tem uma denominação musical: quando um trecho de uma música é repetido, porém com um final diferente, a esse finalzinho diferente, dá-se o nome de CODA (músicos da minha timeline, me corrijam se estiver errada). E isso descreve a história de Ruby, que sonha em fazer faculdade de música, ao mesmo tempo que precisa lidar com a dependência que a família tem dela. Apesar de eu não ter gostado da parte musical do filme (aquele professor não tem afinidade com o filme, e o dueto com o boyzinho popular da escola ficou meio High School Musical), achei o filme bastante intenso, com ótimas atuações e uma história linda.
Crosscurrent
4.2 4Pelos rios chineses, barcos transportam cargas, e as cidades às margens se desenvolvem através dessa atividade econômica. No filme, o jovem Gao Chun, em luto pela perda do pai, segue viagem pelo maior rio da China. No barco, encontra um caderno de poesias, e cada poesia, ao invés da assinatura do autor, tem o nome de uma cidade por onde o rio (e o barco) passa. Em cada cidade, Chun encontra uma jovem mulher, sempre a mesma, com quem vive breves histórias de um amor que parece nunca ter chance de se concretizar. É um filme lindo, imersivo, cheio de simbolismos, e com uma fotografia incrível!
Assisti como parte do meu projeto Volta ao Mundo em 80 Filmes. No Instagram @voltaaomundoemfilmes_
Tulpan
3.8 28É um filme bem realista, a poeira e a aridez parecem ultrapassar a tela, e a edição de som complementa bem a experiência. Eu fiquei incomodada com o uso de animais, não acredito que tenham usado efeitos, e espero mesmo que não tenham sofrido. O mesmo espero das crianças que foram submetidas àquele ambiente. É uma experiência bem realista, então não espere grandes acontecimentos.
Projeto Volta ao Mundo em 80 Filmes
Instagram: @voltaaomundoemfilmes_
Tio Frank
3.9 240 Assista AgoraFIlme clichê, mas quentinho e com ótimas atuações.
Falso Perfil
1.9 2É o segundo filme angolano que assisto, mas tenho a impressão de que as produções cinematográficas poderiam ser bem melhor. O filme conta a história de Anacleta, uma mulher que dá golpes em homens através de perfis falsos nas redes sociais. Ela cria um grau de intimidade com as vítimas, enviando fotos e vídeos em troca de dinheiro. Uma dessas vítimas é Zé Luís, que ao descobrir que foi enganado, consegue marcar um encontro, onde planeja sua vingança. O filme tem vários furos, uma trilha sonora sofrível, e interpretações bem fracas.
O filme tenta passar a mensagem de "cuidado com perfis falsos na internet", mas o que vemos é o típico macho frágil, que após cair num golpe e perder dinheiro, acha que vai recuperar a dignidade através da vingança sórdida, psicopata e desumana.
Projeto Volta ao Mundo em 80 Filmes
Instagram: @voltaaomundoemfilmes_
Em Pedaços
3.9 235 Assista AgoraO título em português foi deveras inapropriado e de um humor sarcástico desnecessário.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraSobre o final...
Minha interpretação é essa:
A menina nasceu no poço (fruto de um estupro, talvez). A mãe sabia onde ela estava, por isso descia para levar comida. A mulher do cachorro disse que trabalhava lá há 25 anos, então era possivel que algo assim pudesse acontecer. Como ela nasceu lá, o sistema não a rastreava e ela não mudava de andar, ou aqueles andares mais profundos não estavam "funcionando" já que não sobrevivia ninguém. Por isso não aconteceu nada quando eles não devolveram o pudim para a plataforma. Por fim, ela é a "mensagem" de que o poço estava sobrevivendo ao egoísmo e à falta de humanidade das pessoas.
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraAmei o filme!!
Maaas...
Que filme mais "família"! Cadê as putarias?? Vão lançar uma versão +18 ainda né? Eu preciso!!
Projeto Flórida
4.1 1,0KQue filme incrível! Cheio de detalhes e sutilezas! Em nenhum momento nenhuma das crianças expressa o desejo de visitar os parques. Porém, esse desejo está lá e a cena final representa isso. Provavelmente todas elas já receberam a promessa de algum adulto de "um dia a gente vai". Ela tomando banho sozinha, várias vezes, me chamou a atenção. Mas depois vem a explicação: era nesse horário que a mãe se prostituía dentro do quarto. O Bobby é um fofo! Super paternalista e protetor embora sempre tentando parecer ranzinza. E o que todo mundo comenta (e com razão), a menina é excelente! Não só interpreta com maestria, mas se entrega e curte aquilo. A cena do choro, tão realista! Criança não chora com cara triste e lágrimas escorrendo. Abre o berreiro mesmo!
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraOutro anime interessante, nessa mesma pegada é O Segredo. Muito bom!!
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraO filme é uma bandeira levantada contra a crueldade contra animais. Não só "cutucou" a ferida do consumo de carne ("a cara e o ânus usamos para fazer salsicha, nada se perde"), mas também provou (e bem provado) que não é necessário usar animais para fazer filme bom! Okja foi digitalmente construída, e consegue nos cativar muito bem.
Como alguém falou, não é um soco no estômago, mas uma tijolada na cara. O filme é cruel, incomoda mesmo quem não consome carne.
A cena do estupro ainda vai ficar me incomodando por um bom tempo. E é tão real...
Todos os personagens são caricatos (me lembrou Wes Anderson), o filme é teatral, e uma baita crítica cuspida na cara.
Eu, Mamãe e os Meninos
3.7 162 Assista AgoraAdorei! Delicado, mas ao mesmo tempo de um humor ímpar! É bastante teatral na montagem, leve e descontraído. Guilleume busca sua identidade (sexual e de gênero), ao longo de sua vida, a qual narra numa peça de teatro escrita por ele.
Florence: Quem é Essa Mulher?
3.5 351 Assista Agora"Podem dizer que eu não sabia cantar, mas ninguém pode dizer que eu não cantei!"
Ao terminar o filme eu corri para o youtube para ouvir as gravações da real Florence Foster Jenkins. E adorei! Não pela música em si (obviamente), mas para repensar tantas coisas. Como violinista me peguei pensando, "será que eu sou como a Florence?" (quem toca violino sabe que afinação é um negócio tenso). Mas cheguei à conclusão de que "se não for, deveria ser" :)
O filme é uma lição de humildade, carisma e amor à música. Linda surpresa. Adorei.
Boneco do Mal
2.7 1,2K Assista AgoraEu tinha esperanças a respeito desse filme, mas a decepção foi enorme. Não acontece NADA! Só cria expectativa no começo (casa antiga, boneco esquisito e uma história de uma criança morta). Talvez surjam algumas teorias pós cena final, mas não consigo imaginar um motivo sequer para recomendar esse filme para alguém.
Confissões
4.2 854Sabe aquele filme que você descobre no seu computador, que está lá há tempos e você nem lembra mais por que baixou? Foi o que aconteceu com Confissões. O filme é ótimo, perturbador, e com uma trilha linda. Terror psicológico ao estilo de Precisamos Falar Sobre O Kevin. Bela surpresa!
A Canção do Oceano
4.4 300 Assista AgoraVenha, criança humana! Para as águas e o mundo selvagem, de mãos dadas com sua fada. O mundo tem mais tristezas do que você pode compreender". (A frase de início do filme também é citada em A.I. - Inteligência Artificial)
Uma das animações mais lindas e melancólicas que eu já vi. Conta a história das Selkies, mulheres que, segundo a lenda irlandesa, se transformam em focas. Lembra muito as animações dos Estúdios Ghibli, não só pela representação de contos e lendas populares e pelo vilão que não é totalmente mau, mas também pela forma mágica, poética e inocente com que a história é contada.
Sr. Sherlock Holmes
3.8 329 Assista AgoraUm Sherlock Holmes mais humano que o personagem descrito por Watson, lutando contra a senilidade, mas ainda genial e cativante. Filme belíssimo. Atuações e fotografia sensacionais.
Beasts of No Nation
4.3 831 Assista AgoraEsse recado foi MODERADO.
Motivo: Infração dos Termos de Uso.
Equipe Filmow.comA Chave de Sarah
4.0 251A história da Sarah tentando salvar o irmão poderia ter sido melhor desenvolvida. Foi muito curta, e quando o tema é criança e guerra, dá para estender bastante, já que essa é a parte pela qual o filme se vende. Já a parte "recente" poderia ser melhor distribuída, fazendo um "vai e vem" no tempo, sendo mais curta e "seca", deixando a parte dramática do armário e do suicídio para o final, e a parte da bebezinha logo depois.
Life's a Breeze
3.3 13Filme: LIFE'S A BREEZE
Comédia irlandesa que descobri por acaso na Netflix. Um roteiro não tão genial, mas com uma visão bem realista de uma família que sai pela cidade procurando o colchão da avó, cheio de dinheiro. Família é mesmo tudo igual, só muda de endereço...
Mais informações: www.vinanetflixbrasil.blogspot.com.br/2015/08/lifes-breeze.html
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraFilme interessante. Para os desavisados, não assista esperando ação, sustos ou qualquer desses clichês de filmes de terror convencionais.
Para quem viu A Inocente Face do Terror (The Other), esse filme parece ser uma releitura moderna. Mas tal como aquele mantém o clima tenso praticamente todo o filme, e ainda consegue ir um pouco além do clássico de 1972. Algumas questões parecem ficar sem resposta, mas depois que o filme acabou tentei criar algumas teorias baseadas em alguns detalhes pequenos:
O Elias causou o acidente em que o irmão morreu. Provavelmente um incêndio. Além da cena final, o que leva a pensar isso tb é a cena em que a mãe acha dois itens no quarto dele que a deixam zangada: uma garrafa pet vazia e um isqueiro.
Segundo, a cirurgia plástica da mãe. Olhando as fotos antigas, a mãe não parece ter feito grandes mudanças, portanto pode ter feito a cirurgia para retirar cicatrizes do incêndio em que o filho morreu. O estoque de pizzas e comidas congeladas também podem indicar receio dela em lidar com fogo.
Outra questão é se a mulher é realmente a mãe. Sim, é a mãe. Por várias razões: se não fosse, o filme traria qualquer indício. O Elias diz para ela no final "Você não é minha mãe, porque minha mãe podia ver e ouvir o Lukas". Pra mim tá aí a resposta. O foco do filme é a imaginação doentia e traumática do Elias. É ele quem procura indícios de que ela não é a mãe.
Quando o pároco leva o Elias de volta para casa, a mãe cita dois eventos: um acidente (em que o Lukas morreu) e o divórcio. Esse divórcio provavelmente foi o evento que "mudou" a mãe perante os olhos do Elias. O fato dela alimentar primeiramente a fantasia dele pode ter gerado a crise no casamento que culminou no divórcio. Após o divórcio ela parou de "jogar o jogo" com o filho. Junta-se a isso a cirurgia plástica (o que pode indicar uma recuperação em relação à morte do filho).
Só não consegui pensar em uma resposta para a seguinte pergunta: quem cuidou do Elias enquanto ela fez a cirurgia?
Por favor, se alguém tem alguma teoria diferente, comente aí!!