Experiência bastante positiva! Achei corajosa a missão de produzir uma série de gênero, com vísiveis referências do terror (algumas explícitas, como a "O Iluminado" e "Poltergeist"), e me surpreendi. Curti o clima sombrio da série. Curti a fotografia. Curti a forma em como a história foi construída - a série é lenta, mas se você se deixar envolver, vai ficando preso pela costura concisa dos detalhes. Curti não ser novelesca nem se deixar perder em tramas paralelas que não agregam à história principal. Curti o final. Curti as atuações, com destaque pra de Cláudia Abreu (a dos jovens poderiam ser melhores, mas, para mim, não comprometeu).
Muito interessante abordar a mitologia ucraniana. Li algumas opiniões de pessoas que consideraram a série "importada demais", mas, sobre isso, ressalto dois pontos: 1º a arte não é fechada, e a produção não é menos brasileira se adotar influências de outros países. 2º Temos, não uma, mas, diversas brasilidades e, antes de ver essa série, eu nem sabia que o Brasil tinha a maior comunidade ucraniana fora da Ucrânia. Acho muito positivo produções que valorizam outros aspectos dessa enorme diversidade cultural que nós temos à disposição e nos ajudam a conhecer essas realidades.
No mais, uma ótima produção de suspense para assistir, preferencialmente, em dias chuvosos (mas, nos outros, também funciona!).
PS: Só senti falta de alguma personagem negra. Por se tratar de uma cidade pequena do interior do sul, colonizada por europeus, dá pra relevar. Mas dava pra ter encaixado, por exemplo, no papel que coube à Maria Ribeiro.
Podemos ver aqui vários choques culturais entre o mundo muçulmano e o ocidental (norte-americano, mais especificamente). São estilos de vida tão conflitantes que Ramy tenta a todo tempo encontrar seu lugar entre as duas culturas. Do ponto de vista americano, ele pode se mostrar como um "frouxo, antiquado", enquanto, do ponto de vista árabe, é um pecador sem conserto. A série acerta muito em trabalhar esses choques culturais, por meio de um roteiro bem-escrito e um humor ácido (que acredito que pode até soar ofensivo para os muçulmanos de mente mais fechada). Alguns episódios são dedicados aos seus familiares, que mostram como, cada um à sua maneira, eles são afetados por esses choques. Com 10 episódios de, em média, 25 minutos, "Ramy" é aquela série pra maratonar rapidinho, dar umas boas risadas, e depois refletir sobre como as diferentes concepções de mundo são capazes de desencadear tantos conflitos.
Foi muito acertada a escolha dos roteiristas em avançar até a Era Vargas. A série se reinventou em relação à primeira temporada, mas ainda mantendo (e aperfeiçoando) as críticas sociais, a relação entre o passado e a atualidade, e a sátira à "família tradicional brasileira" e ao nacionalismo. Uma das séries nacionais mais inteligentes de 2019!
O nome da série não poderia ser mais adequado. As duas personagens da série são, cada um ao seu modo, inseguras demais quanto ao que são. Ambas não possuem aquilo que desejam. Rejeitam as pessoas que são no presente, mas se autossabotam demais para conseguirem.
A produção consegue passar para a tela a complexidade da obra escrita de Milton Hatoum, com aquele toque de Luiz Fernando Carvalho: poesia, cores vibrantes, atuações que flertam com o teatral, diálogos intensos, história lenta, e uma "aura" de poesia. É sempre bom ter produções que valorizem o Norte do país, não só porque a Amazônia é fantástica, mas para que a produção brasileira dê cada vez mais conta de valorizar o nosso vasto território, com toda a sua riqueza cultural.
O que fazer quando uma série tem personagens demais? Descentralizar o protagonismo e focar na força da construção de personagens é uma boa sacada, e OITNB parece ter pleno domínio de tal estratégia. Ao apostar nos coadjuvantes, a série ganha o espectador por fazer com que nos importemos com tanta gente. Parece que tudo na temporada foi milimetricamente equilibrado; cada uma das 123156454 personagens tiveram o tempo de tela exato para brilharem em suas próprias tramas. Teve drama, teve comédia, teve romance, tensão, intriga...Tudo na medida certa para um conjunto de episódios conciso como deve ser, aliado aos méritos que já eram evidentes na temporada de estréia.
Ainda que continue impecável em termos técnicos, "O Negócio" entregou uma segunda temporada deficiente em relação à anterior. Inconstante, teve bons episódios iniciais, amarrados pela interessante trama apresentada no gancho da temporada passada, mas caiu bastante à medida que a temporada "se desenvolvia", para se recuperar um pouco lááá no finalzinho. Na verdade, os roteiristas aqui pareceram incapazes de pensar mais alto, elevar à série em termos de ousadia, optando por soluções fáceis e clichês, pela história procedural, e pelo excesso de narração ao invés de acontecimentos visuais. É como se os mesmos desperdiçassem a faca e o queijo que possuem na mão. A série possui um plot ousado, e é de um canal tradicionalmente ousado. Por isso, é triste que ela tenha avançado tão pouco em termos de desenvolvimento, tanto de personagens quanto de história. Um dos grandes erros da primeira temporada era a falta de sintonia entre as garotas no quesito gestão da empresa. Tal erro permanece, com Karin permanecendo como figura central e as outras duas como as "caronas". Seria interessante ver Luna e Magali tão interessadas em alavancar a empresa quanto a líder, mas novamente as duas se dispersam nas suas vidas pessoais. Vidas essas que, cá pra nós, estavam pra lá de banal. Poderiam ter existido conflitos, flashbacks, construções de personagens, mas o que existiu mesmo foi briguinhas de relacionamentos. A temporada careceu de cenas memoráveis, e a opção por plots que acabavam no mesmo episódio fez falhar a eficiência de uma trama central que nos fizesse ficar eufóricos pelo próximo. Ainda é tempo. Provavelmente a série voltará para uma terceira temporada, e ela pode voltar com tudo se honrar seus tempos iniciais focando na carreira das garotas, de uma forma mais realista e centrada, e se possuir a ambição de se superar em termos de ousadia. PS: o episódio "3" pra mim foi o ápice da temporada. Conseguiu equilibrar tudo: comédia (que na minha opinião combina muito bem com a série), drama, plots interessantes, sexo, e até referências cults. PS 2: pra mim, é desnecessário gastar tanta história com namorados. Vão transar. PS 3: quem aguentava a narração da Luna??
A segunda série pioneira de longa duração da HBO (a primeira foi "Oz") apresenta uma primeira temporada, no geral, lenta e construtiva. Tendo a máfia como pano de fundo, a série foca nas relações humanas, principalmente as familiares. O que está em primeiro lugar, o parentesco ou os negócios? Como os Sopranos filhos lidam como o fato de não pertencerem a uma família normal? Como a esposa religiosa se sente sendo conivente com os crimes do marido? O protagonista é tão humano quanto qualquer um. Apesar de ser um chefe de máfia, sofre de depressão e anseia por mudanças em sua vida que o farão se sentir vivo de verdade. Por isso, é fácil se identificar com o mesmo, apesar da peculiar "profissão". Nessa temporada, os episódios possuem uma qualidade alternada. Alguns são obras-primas quanto ao roteiro (eps 4, 6, por exemplo), outros chegam a parecer fillers do quão pouco contribuem para a história principal (o 10), mas um fato é que a série engata na reta final, quando as tramas lentamente construídas ao longo do arco culminam em um final excelente, nos deixando ansiosos para o que vem a seguir.
Paciência é uma virtude. Só quem a possui vai conseguir apreciar "Hemlock Grove" como ela merece. É uma temporada, no geral, arrastada, e cercada de mistérios. Há episódios em que não acontece praticamente nada de relevante (inclusive, acho que poderia ser mais enxuta, com uns 10 episódios). Mas o final justifica o esforço. A série ganha ritmo e explica muitas de suas perguntas, inclusive em um twist muito bem bolado, capaz de surpreender os menos atentos. "Hemlock Grove" é como um livro. Grande parte do seu conteúdo é construção de personagem e história (a mitologia da série é MUITO boa), para então nos jogar um clímax de tirar o fôlego. O clima de suspense também não deixa a desejar. As atuações também estão boas, destacando-se a ótima Famke Janssen. Ao meu ver, um dos poucos defeitos é mesmo o seu roteiro arrastado. Pra mim, não se constituiu em grande problema; tinha lido o quanto o final compensava, e botei a paciência pra executar.
Uma temporada final "tristemente bela". A morte é algo tão natural quanto respirar; é, de fato, a única certeza da vida. Mesmo assim, lidar com ela é algo que a grande maioria não está preparado (eu não estou, e muito provavelmente você também não). Tenta-se não pensar nela, a não ser quando não tem mais jeito. No 4º e último capítulo desta brilhante série, Cathy não tem mais pra onde correr. Percebe que é melhor aprender a aceitar a ideia da morte a negá-la. Aprendi muito com Cathy Jamison ao longo desses 4 anos (acompanhei a série desde a estréia). Ela me ensinou que é necessário viver o tanto quanto possível, antes que seja tarde; ela me ensinou a não ter medo do que vem pela frente; me ensinou a ter força. Apesar de sofrer ao ver uma de minhas personagens favoritas definhando (maldito melanoma!), não senti pesar ao vê-la partir. Senti paz. A própria Cathy se encarregou de me ensinar a sentir isso. Talvez The Big C, trabalhando o tema por 4 anos, seja uma das grandes responsáveis pelo meu atual ponto de vista sobre a morte. Excelente final para uma excelente temporada de uma excelente série. E fazendo jus ao tema principal, vai deixar muitas saudades pra quem segue a vida do lado de cá.
Na crítica da temporada passada, escrevi "Essa temporada foi a prova de que a equipe responsável tem o total controle sobre a sua obra, e que sabe exatamente onde ela deve ir." Ainda mantenho a opinião, pra mim eles sabiam que teriam que chegar no ponto em que chegaram no final desta. No entanto, a condução desta história tomou rumos tão inesperados que, apesar do que foi mostrado continuar tendo qualidade, simplesmente não parece mais Homeland. A verdade é que se compararmos esta temporada com a passada, inevitavelmente nos questionamos a essencialidade desta. Ainda acho-a bem escrita e construída, porém não manteve os elementos que tanto me fez estimar a temporada passada: o ritmo frenético e a nivelação entre os episódios. Nessa, optaram por dividí-la em três partes de quatro episódios, cada uma com um foco e ritmo diferente. Isso acabou dando lentidão e retirando o caráter de singularidade á temporada. E, contrariando as expectativas de um final que pende pro lado imprevisível e realista (normalmente eu bateria palmas), o rumo final dado aos personagens desagrada bastante. PS: Gostaria de ter a coragem de abandoná-la aqui, pois pra mim o finale serve como conclusão (a qual não gostei). Mas quando me apego aos personagens, não tem jeito. Daqui a alguns meses certamente estarei com saudades da Carrie. PS2: A temporada passada colocou a série no meu Top Favoritos. Essa a tirou. É a vida.
Perplexo com o nível de qualidade que a série conseguiu apresentar ao longo desta temporada! Conseguiu trazer todos os elementos bons da temporada de estréia (complexidade dos personagens, perfis psicológicos bem aprofundados,. tensão, rede de intrigas, twists), o que já a definiria como louvável, mas conseguiu trazer um ritmo ainda mais eletrizante. Acertou em focar na ação e na imprevisibilidade do roteiro, sem enfraquecer no resto. Todos os episódios foram de ótima qualidade, salvo um ou dois mais lentos (compreensivelmente), e muitos deles serviriam como season finale. Falando do final, eu poderia dizer que tenho dúvidas se a terceira temporada vai conseguir manter uma história após tanta desconstrução, mas não as tenho. Essa temporada foi a prova de que a equipe responsável tem o total controle sobre a sua obra, e que sabe exatamente onde ela deve ir. PS: E foi aqui que Homeland entrou para o meu modesto ranking de favoritos <3
Esta foi uma temporada mais lenta e mais calma em relação às outras, e talvez isso seja um erro, pois uma das grandes qualidades de Boardwalk Empire é construir bem suas histórias e jogá-las para um clímax de tirar o fôlego. Porém, não tira o brilhantismo da série. Aqui, houve na verdade um conjunto de vários miniclímax ao longo dos plots e dos episódios. Por isso, a temporada teve grandes momentos, ao mesmo tempo que usou grande parte do seu tempo para edificar a complexidade do enredo e dos personagens, como sempre muito bem trabalhados. Os grande acertos da série continua sendo seu roteiro, muito bem escrito, e toda a caracterização, desde as excelentes atuações à grande reconstrução dos anos 20.
Se tornou um dos meus xodós desta temporada. Fui presenteado com o nível desta série nacional (mesmo sabendo que a HBO torna ouro tudo que toca), e grande parte disso se deve ao meu apego às três protagonistas, distintas na personalidade e iguais na força. Não consegui decidir de qual delas gostei mais. Imagina a felicidade quando soube que foi renovada não para a segunda, mas para a TERCEIRA temporada. Parece que a HBO Latin tá querendo mesmo se firmar, e todos só tem a ganhar. Apesar do sexo ser a temática central da série, achei que esta poderia explorá-lo mais do que fez, ousar mais. É necessário quebrar barreiras. O gancho deixado para a segunda temporada deixou claro que ela não vai sair do ramo empresarial, o que é bom e o diferencial da mesma, mas é ideal que esta se renove, mescle elementos, e vá além para ficar ainda melhor.
Veio pra mostrar que o Chile também sabe fazer série (carregando o selo HBO), e MUITO bem. Pelo menos nessa temporada, não há um episódio ruim sequer. Todos são eletrizantes, inteligentes, surpreendentes, e o conjunto de todo o arco da temporada muito bem amarrado expõe ainda mais o seu brilhantismo. Pena ser tão pouco conhecida no Brasil. Ajudou a suprir uma carência que Breaking Bad deixou ^^
Série sem praticamente nenhuma continuidade entre os episódios (exceto entre o penúltimo e último episódio), e com piadas fracas que raramente faziam rir. A pior comédia que a (ótima) HBO já lançou. Espero que a 2ª temporada seja melhor...
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Penny Dreadful (2ª Temporada)
4.5 620 Assista AgoraR.I.P. Helen McCrory ):
Desalma (1ª Temporada)
3.8 195Experiência bastante positiva! Achei corajosa a missão de produzir uma série de gênero, com vísiveis referências do terror (algumas explícitas, como a "O Iluminado" e "Poltergeist"), e me surpreendi. Curti o clima sombrio da série. Curti a fotografia. Curti a forma em como a história foi construída - a série é lenta, mas se você se deixar envolver, vai ficando preso pela costura concisa dos detalhes. Curti não ser novelesca nem se deixar perder em tramas paralelas que não agregam à história principal. Curti o final. Curti as atuações, com destaque pra de Cláudia Abreu (a dos jovens poderiam ser melhores, mas, para mim, não comprometeu).
Muito interessante abordar a mitologia ucraniana. Li algumas opiniões de pessoas que consideraram a série "importada demais", mas, sobre isso, ressalto dois pontos: 1º a arte não é fechada, e a produção não é menos brasileira se adotar influências de outros países. 2º Temos, não uma, mas, diversas brasilidades e, antes de ver essa série, eu nem sabia que o Brasil tinha a maior comunidade ucraniana fora da Ucrânia. Acho muito positivo produções que valorizam outros aspectos dessa enorme diversidade cultural que nós temos à disposição e nos ajudam a conhecer essas realidades.
No mais, uma ótima produção de suspense para assistir, preferencialmente, em dias chuvosos (mas, nos outros, também funciona!).
PS: Só senti falta de alguma personagem negra. Por se tratar de uma cidade pequena do interior do sul, colonizada por europeus, dá pra relevar. Mas dava pra ter encaixado, por exemplo, no papel que coube à Maria Ribeiro.
Com Amor, Victor (1ª Temporada)
4.0 180 Assista AgoraAcaba na melhor parte. Quero a segunda temporada na minha mesa em DEZ MINUTOS!!
Ramy (1ª Temporada)
4.2 8Podemos ver aqui vários choques culturais entre o mundo muçulmano e o ocidental (norte-americano, mais especificamente). São estilos de vida tão conflitantes que Ramy tenta a todo tempo encontrar seu lugar entre as duas culturas. Do ponto de vista americano, ele pode se mostrar como um "frouxo, antiquado", enquanto, do ponto de vista árabe, é um pecador sem conserto.
A série acerta muito em trabalhar esses choques culturais, por meio de um roteiro bem-escrito e um humor ácido (que acredito que pode até soar ofensivo para os muçulmanos de mente mais fechada). Alguns episódios são dedicados aos seus familiares, que mostram como, cada um à sua maneira, eles são afetados por esses choques. Com 10 episódios de, em média, 25 minutos, "Ramy" é aquela série pra maratonar rapidinho, dar umas boas risadas, e depois refletir sobre como as diferentes concepções de mundo são capazes de desencadear tantos conflitos.
Filhos da Pátria (2ª Temporada)
4.4 7Foi muito acertada a escolha dos roteiristas em avançar até a Era Vargas. A série se reinventou em relação à primeira temporada, mas ainda mantendo (e aperfeiçoando) as críticas sociais, a relação entre o passado e a atualidade, e a sátira à "família tradicional brasileira" e ao nacionalismo. Uma das séries nacionais mais inteligentes de 2019!
Insecure (1ª Temporada)
4.3 65 Assista AgoraO nome da série não poderia ser mais adequado. As duas personagens da série são, cada um ao seu modo, inseguras demais quanto ao que são. Ambas não possuem aquilo que desejam. Rejeitam as pessoas que são no presente, mas se autossabotam demais para conseguirem.
Dois Irmãos
3.9 46A produção consegue passar para a tela a complexidade da obra escrita de Milton Hatoum, com aquele toque de Luiz Fernando Carvalho: poesia, cores vibrantes, atuações que flertam com o teatral, diálogos intensos, história lenta, e uma "aura" de poesia. É sempre bom ter produções que valorizem o Norte do país, não só porque a Amazônia é fantástica, mas para que a produção brasileira dê cada vez mais conta de valorizar o nosso vasto território, com toda a sua riqueza cultural.
Orange Is The New Black (2ª Temporada)
4.4 877 Assista AgoraO que fazer quando uma série tem personagens demais? Descentralizar o protagonismo e focar na força da construção de personagens é uma boa sacada, e OITNB parece ter pleno domínio de tal estratégia. Ao apostar nos coadjuvantes, a série ganha o espectador por fazer com que nos importemos com tanta gente. Parece que tudo na temporada foi milimetricamente equilibrado; cada uma das 123156454 personagens tiveram o tempo de tela exato para brilharem em suas próprias tramas. Teve drama, teve comédia, teve romance, tensão, intriga...Tudo na medida certa para um conjunto de episódios conciso como deve ser, aliado aos méritos que já eram evidentes na temporada de estréia.
O Negócio (2ª Temporada)
4.2 95 Assista AgoraAinda que continue impecável em termos técnicos, "O Negócio" entregou uma segunda temporada deficiente em relação à anterior. Inconstante, teve bons episódios iniciais, amarrados pela interessante trama apresentada no gancho da temporada passada, mas caiu bastante à medida que a temporada "se desenvolvia", para se recuperar um pouco lááá no finalzinho. Na verdade, os roteiristas aqui pareceram incapazes de pensar mais alto, elevar à série em termos de ousadia, optando por soluções fáceis e clichês, pela história procedural, e pelo excesso de narração ao invés de acontecimentos visuais. É como se os mesmos desperdiçassem a faca e o queijo que possuem na mão. A série possui um plot ousado, e é de um canal tradicionalmente ousado. Por isso, é triste que ela tenha avançado tão pouco em termos de desenvolvimento, tanto de personagens quanto de história.
Um dos grandes erros da primeira temporada era a falta de sintonia entre as garotas no quesito gestão da empresa. Tal erro permanece, com Karin permanecendo como figura central e as outras duas como as "caronas". Seria interessante ver Luna e Magali tão interessadas em alavancar a empresa quanto a líder, mas novamente as duas se dispersam nas suas vidas pessoais. Vidas essas que, cá pra nós, estavam pra lá de banal. Poderiam ter existido conflitos, flashbacks, construções de personagens, mas o que existiu mesmo foi briguinhas de relacionamentos. A temporada careceu de cenas memoráveis, e a opção por plots que acabavam no mesmo episódio fez falhar a eficiência de uma trama central que nos fizesse ficar eufóricos pelo próximo.
Ainda é tempo. Provavelmente a série voltará para uma terceira temporada, e ela pode voltar com tudo se honrar seus tempos iniciais focando na carreira das garotas, de uma forma mais realista e centrada, e se possuir a ambição de se superar em termos de ousadia.
PS: o episódio "3" pra mim foi o ápice da temporada. Conseguiu equilibrar tudo: comédia (que na minha opinião combina muito bem com a série), drama, plots interessantes, sexo, e até referências cults.
PS 2: pra mim, é desnecessário gastar tanta história com namorados. Vão transar.
PS 3: quem aguentava a narração da Luna??
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 256 Assista AgoraA segunda série pioneira de longa duração da HBO (a primeira foi "Oz") apresenta uma primeira temporada, no geral, lenta e construtiva. Tendo a máfia como pano de fundo, a série foca nas relações humanas, principalmente as familiares. O que está em primeiro lugar, o parentesco ou os negócios? Como os Sopranos filhos lidam como o fato de não pertencerem a uma família normal? Como a esposa religiosa se sente sendo conivente com os crimes do marido? O protagonista é tão humano quanto qualquer um. Apesar de ser um chefe de máfia, sofre de depressão e anseia por mudanças em sua vida que o farão se sentir vivo de verdade. Por isso, é fácil se identificar com o mesmo, apesar da peculiar "profissão".
Nessa temporada, os episódios possuem uma qualidade alternada. Alguns são obras-primas quanto ao roteiro (eps 4, 6, por exemplo), outros chegam a parecer fillers do quão pouco contribuem para a história principal (o 10), mas um fato é que a série engata na reta final, quando as tramas lentamente construídas ao longo do arco culminam em um final excelente, nos deixando ansiosos para o que vem a seguir.
Hemlock Grove (1ª Temporada)
3.7 292Paciência é uma virtude. Só quem a possui vai conseguir apreciar "Hemlock Grove" como ela merece. É uma temporada, no geral, arrastada, e cercada de mistérios. Há episódios em que não acontece praticamente nada de relevante (inclusive, acho que poderia ser mais enxuta, com uns 10 episódios). Mas o final justifica o esforço. A série ganha ritmo e explica muitas de suas perguntas, inclusive em um twist muito bem bolado, capaz de surpreender os menos atentos.
"Hemlock Grove" é como um livro. Grande parte do seu conteúdo é construção de personagem e história (a mitologia da série é MUITO boa), para então nos jogar um clímax de tirar o fôlego. O clima de suspense também não deixa a desejar. As atuações também estão boas, destacando-se a ótima Famke Janssen. Ao meu ver, um dos poucos defeitos é mesmo o seu roteiro arrastado. Pra mim, não se constituiu em grande problema; tinha lido o quanto o final compensava, e botei a paciência pra executar.
Dexter (8ª Temporada)
3.5 1,7K Assista Agoraantes ter ido pra cadeira elétrica! :@
Aquela Doença com C (4ª Temporada)
4.6 126Uma temporada final "tristemente bela". A morte é algo tão natural quanto respirar; é, de fato, a única certeza da vida. Mesmo assim, lidar com ela é algo que a grande maioria não está preparado (eu não estou, e muito provavelmente você também não). Tenta-se não pensar nela, a não ser quando não tem mais jeito. No 4º e último capítulo desta brilhante série, Cathy não tem mais pra onde correr. Percebe que é melhor aprender a aceitar a ideia da morte a negá-la.
Aprendi muito com Cathy Jamison ao longo desses 4 anos (acompanhei a série desde a estréia). Ela me ensinou que é necessário viver o tanto quanto possível, antes que seja tarde; ela me ensinou a não ter medo do que vem pela frente; me ensinou a ter força. Apesar de sofrer ao ver uma de minhas personagens favoritas definhando (maldito melanoma!), não senti pesar ao vê-la partir. Senti paz. A própria Cathy se encarregou de me ensinar a sentir isso. Talvez The Big C, trabalhando o tema por 4 anos, seja uma das grandes responsáveis pelo meu atual ponto de vista sobre a morte.
Excelente final para uma excelente temporada de uma excelente série. E fazendo jus ao tema principal, vai deixar muitas saudades pra quem segue a vida do lado de cá.
Homeland: Segurança Nacional (3ª Temporada)
4.1 368Na crítica da temporada passada, escrevi "Essa temporada foi a prova de que a equipe responsável tem o total controle sobre a sua obra, e que sabe exatamente onde ela deve ir." Ainda mantenho a opinião, pra mim eles sabiam que teriam que chegar no ponto em que chegaram no final desta. No entanto, a condução desta história tomou rumos tão inesperados que, apesar do que foi mostrado continuar tendo qualidade, simplesmente não parece mais Homeland. A verdade é que se compararmos esta temporada com a passada, inevitavelmente nos questionamos a essencialidade desta. Ainda acho-a bem escrita e construída, porém não manteve os elementos que tanto me fez estimar a temporada passada: o ritmo frenético e a nivelação entre os episódios. Nessa, optaram por dividí-la em três partes de quatro episódios, cada uma com um foco e ritmo diferente. Isso acabou dando lentidão e retirando o caráter de singularidade á temporada. E, contrariando as expectativas de um final que pende pro lado imprevisível e realista (normalmente eu bateria palmas), o rumo final dado aos personagens desagrada bastante.
PS: Gostaria de ter a coragem de abandoná-la aqui, pois pra mim o finale serve como conclusão (a qual não gostei). Mas quando me apego aos personagens, não tem jeito. Daqui a alguns meses certamente estarei com saudades da Carrie.
PS2: A temporada passada colocou a série no meu Top Favoritos. Essa a tirou. É a vida.
Homeland: Segurança Nacional (2ª Temporada)
4.5 525 Assista AgoraPerplexo com o nível de qualidade que a série conseguiu apresentar ao longo desta temporada! Conseguiu trazer todos os elementos bons da temporada de estréia (complexidade dos personagens, perfis psicológicos bem aprofundados,. tensão, rede de intrigas, twists), o que já a definiria como louvável, mas conseguiu trazer um ritmo ainda mais eletrizante. Acertou em focar na ação e na imprevisibilidade do roteiro, sem enfraquecer no resto. Todos os episódios foram de ótima qualidade, salvo um ou dois mais lentos (compreensivelmente), e muitos deles serviriam como season finale. Falando do final, eu poderia dizer que tenho dúvidas se a terceira temporada vai conseguir manter uma história após tanta desconstrução, mas não as tenho. Essa temporada foi a prova de que a equipe responsável tem o total controle sobre a sua obra, e que sabe exatamente onde ela deve ir.
PS: E foi aqui que Homeland entrou para o meu modesto ranking de favoritos <3
Boardwalk Empire - O Império do Contrabando (4ª Temporada)
4.3 92Esta foi uma temporada mais lenta e mais calma em relação às outras, e talvez isso seja um erro, pois uma das grandes qualidades de Boardwalk Empire é construir bem suas histórias e jogá-las para um clímax de tirar o fôlego. Porém, não tira o brilhantismo da série. Aqui, houve na verdade um conjunto de vários miniclímax ao longo dos plots e dos episódios. Por isso, a temporada teve grandes momentos, ao mesmo tempo que usou grande parte do seu tempo para edificar a complexidade do enredo e dos personagens, como sempre muito bem trabalhados. Os grande acertos da série continua sendo seu roteiro, muito bem escrito, e toda a caracterização, desde as excelentes atuações à grande reconstrução dos anos 20.
O Negócio (1ª Temporada)
4.2 162 Assista AgoraSe tornou um dos meus xodós desta temporada. Fui presenteado com o nível desta série nacional (mesmo sabendo que a HBO torna ouro tudo que toca), e grande parte disso se deve ao meu apego às três protagonistas, distintas na personalidade e iguais na força. Não consegui decidir de qual delas gostei mais. Imagina a felicidade quando soube que foi renovada não para a segunda, mas para a TERCEIRA temporada. Parece que a HBO Latin tá querendo mesmo se firmar, e todos só tem a ganhar.
Apesar do sexo ser a temática central da série, achei que esta poderia explorá-lo mais do que fez, ousar mais. É necessário quebrar barreiras. O gancho deixado para a segunda temporada deixou claro que ela não vai sair do ramo empresarial, o que é bom e o diferencial da mesma, mas é ideal que esta se renove, mescle elementos, e vá além para ficar ainda melhor.
Prófugos (1ª Temporada)
3.8 8 Assista AgoraVeio pra mostrar que o Chile também sabe fazer série (carregando o selo HBO), e MUITO bem. Pelo menos nessa temporada, não há um episódio ruim sequer. Todos são eletrizantes, inteligentes, surpreendentes, e o conjunto de todo o arco da temporada muito bem amarrado expõe ainda mais o seu brilhantismo. Pena ser tão pouco conhecida no Brasil. Ajudou a suprir uma carência que Breaking Bad deixou ^^
Smallville: As Aventuras do Superboy (1ª Temporada)
3.9 256 Assista AgoraUÉ...a sinopse contou MESMO o que acontece no ultimo episódio?? oO tipo...WTF!!
Dead Set
3.8 178praticamente um filme dividido em partes [2]
Lost (6ª Temporada)
3.9 998 Assista AgoraAchei o final digno, apesar da explicação sem criatividade...mas a temporada, em si, foi enrolona e meia-boca!
Bored to Death (1ª Temporada)
4.1 35Série sem praticamente nenhuma continuidade entre os episódios (exceto entre o penúltimo e último episódio), e com piadas fracas que raramente faziam rir. A pior comédia que a (ótima) HBO já lançou. Espero que a 2ª temporada seja melhor...