Ao completar 30 anos, Sophie entra em contato com antigas memórias e revive novamente por meio de vídeos caseiros uma viagem que fez com o pai quando ela tinha 11 anos e ele, 30. Diretamente dos tempos atuais para algum lugar no final da década de 90, vai se construindo um paralelo entre pai e filha por meio da idade dos dois, das gerações, do tempo e das dores, dificuldades e frustrações que se revelam quando chegamos à vida adulta. Em alguma instância profunda em si mesma, a Sophie de 30 anos acessa sua criança interior que está passando férias com o pai em um lugar belo, solar e emocionalmente mais estável e seguro do que o seu atual. Ela, do auge dos seus 11 anos de idade na época, enxerga os 30 anos do pai como algo muito distante e inacessível, tal qual aquela típica e compreensível sensação de imortalidade das crianças, dos jovens e dos apaixonados. Durante essas férias de verão, essa garota testemunha, a partir do seu olhar de criança, seu pai experimentando a mesma idade que ela tem agora. Sucessivas perguntas parecem então surgir nas entrelinhas dessas lembranças que dualizam com os flashes da atualidade: De que maneira eu chego na idade que meu pai tinha naquelas férias? O que ele estava sentindo naquele momento? Onde eu estou agora? Onde ele está agora? Será que agora sou capaz de compreende-lo melhor? Será que agora somos parecidos? Será que agora entendo um pouco mais a razão de seu choro e de sua angústia? Será que agora eu o julgo da mesma maneira de antes? Será que tudo aquilo que eu imaginava e sonhava e que me foi prometido por ele enquanto eu era criança realmente se concretizou? Será que frustrei a minha criança interior? Será que ele teria orgulho de mim? Será que eu tenho orgulho de mim? De uma maneira poética, delicada e nada óbvia, o filme passeia por lembranças infantis que nos remetem a um espécie de lugar seguro, aconchegante e confortável que não mais conseguimos encontrar depois que crescemos e nos tornamos adultos.
O filme se propõe a tratar de um tema extremamente espinhoso, delicado e caro à nossa sociedade! Mas é pífio! Pífio em todos os sentidos! O roteiro é extremamente mal construído, desconexo, sem sentido, não levanta o debate que a trama exige, não gera os questionamentos que deveria gerar, enfim... sai de lugar nenhum para lugar nenhum, fora o fato de que os personagens são extremamente rasos, superficiais e mal construídos. Não consegue instigar a reflexão e nem emociona. A temática exige uma responsabilidade social que o filme definitivamente não se preocupou em levar em consideração. Percebo que muitas obras atuais (filmes, séries) tentam explorar o universo da adolescência contemporânea, mas acabam se perdendo, passando longe da realidade atual, sempre caindo nas mesmos rótulos e estereótipos do que era a adolescência há 15, 20 anos. Até agora não entendi o prêmio de melhor filme.
A água ganha a forma do recipiente que a contém, e nesse filme há água para muitos recipientes. A água, neste caso, pode se encaixar perfeitamente num recipiente de uma fábula romântica, num estilo A bela e a fera, numa história sobre o improvável encontro de uma jovem e um “monstro”, do surgimento de um sentimento inesperado, do enfrentamento social que uma forma de amor diferente sempre exige para aqueles sentem fora dos padrões convencionais. A água também pode assumir a forma de uma complexa história sobre Dominador e Dominado, sobre Colonizador e Colonizado, sobre quem explora e quem é explorado. Pode ser uma história cruel sobre supressão de direitos, de imposição cultural e objetificação do outro. Nesta situação nós nos deparamos com mais um fatídico encontro de raças e povos diferentes. A falta de empatia, a incapacidade de se colocar no lugar do outro e perceber humanidade no outro acaba por desaguar em ódio, intolerância, humilhação e morte. A água pode se moldar a um enredo sobre a importância do respeito a natureza, ao meio ambiente, a fauna, a flora, visto que a Forma é originária da Amazônia. O homem, sempre ganancioso, acha que a natureza está aqui para lhe servir sempre, como se estivesse sempre acima dela. O filme mostra como é importante o homem se perceber como parte da natureza, como apenas mais um elemento do todo e não como um Deus que destrói e explora sem piedade. Com mais cuidado e de maneira sustentável, poderemos extrair da natureza tantas coisas maravilhosas, como a Cura para tantos males por exemplo. A água pode assumir a forma de um enredo sobre a necessidade de se preocupar mais com o nosso próprio planeta e com nossas relações humanas aqui na terra do que com o espaço. Enquanto os americanos estavam tão preocupados em ganhar o espaço, não estavam enxergando o caos na terra (guerra fria), não estavam se dando conta da grande descoberta que tinham feito (a Forma) e nem do quanto estavam sendo ignorantes por não respeitarem uma forma de existência diferente. A forma da água é um filme brilhante pra quem se permite o mergulho numa história intensa, em uma fotografia estonteante e em uma trilha sonora impecável!
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Aftersun
4.1 700Ao completar 30 anos, Sophie entra em contato com antigas memórias e revive novamente por meio de vídeos caseiros uma viagem que fez com o pai quando ela tinha 11 anos e ele, 30. Diretamente dos tempos atuais para algum lugar no final da década de 90, vai se construindo um paralelo entre pai e filha por meio da idade dos dois, das gerações, do tempo e das dores, dificuldades e frustrações que se revelam quando chegamos à vida adulta. Em alguma instância profunda em si mesma, a Sophie de 30 anos acessa sua criança interior que está passando férias com o pai em um lugar belo, solar e emocionalmente mais estável e seguro do que o seu atual. Ela, do auge dos seus 11 anos de idade na época, enxerga os 30 anos do pai como algo muito distante e inacessível, tal qual aquela típica e compreensível sensação de imortalidade das crianças, dos jovens e dos apaixonados. Durante essas férias de verão, essa garota testemunha, a partir do seu olhar de criança, seu pai experimentando a mesma idade que ela tem agora. Sucessivas perguntas parecem então surgir nas entrelinhas dessas lembranças que dualizam com os flashes da atualidade: De que maneira eu chego na idade que meu pai tinha naquelas férias? O que ele estava sentindo naquele momento? Onde eu estou agora? Onde ele está agora? Será que agora sou capaz de compreende-lo melhor? Será que agora somos parecidos? Será que agora entendo um pouco mais a razão de seu choro e de sua angústia? Será que agora eu o julgo da mesma maneira de antes? Será que tudo aquilo que eu imaginava e sonhava e que me foi prometido por ele enquanto eu era criança realmente se concretizou? Será que frustrei a minha criança interior? Será que ele teria orgulho de mim? Será que eu tenho orgulho de mim? De uma maneira poética, delicada e nada óbvia, o filme passeia por lembranças infantis que nos remetem a um espécie de lugar seguro, aconchegante e confortável que não mais conseguimos encontrar depois que crescemos e nos tornamos adultos.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraChato demais! Decepção pura… bem melhor ir assistir Independente day! Kkkkkk
Os Miseráveis
4.0 161Um dos melhores filmes do oscar 2020!! Maravilhoso!! Estou sem palavras!
Ferrugem
2.9 129DECEPÇÃO
O filme se propõe a tratar de um tema extremamente espinhoso, delicado e caro à nossa sociedade! Mas é pífio! Pífio em todos os sentidos! O roteiro é extremamente mal construído, desconexo, sem sentido, não levanta o debate que a trama exige, não gera os questionamentos que deveria gerar, enfim... sai de lugar nenhum para lugar nenhum, fora o fato de que os personagens são extremamente rasos, superficiais e mal construídos. Não consegue instigar a reflexão e nem emociona. A temática exige uma responsabilidade social que o filme definitivamente não se preocupou em levar em consideração. Percebo que muitas obras atuais (filmes, séries) tentam explorar o universo da adolescência contemporânea, mas acabam se perdendo, passando longe da realidade atual, sempre caindo nas mesmos rótulos e estereótipos do que era a adolescência há 15, 20 anos. Até agora não entendi o prêmio de melhor filme.
A Forma da Água
3.9 2,7KA água ganha a forma do recipiente que a contém, e nesse filme há água para muitos recipientes.
A água, neste caso, pode se encaixar perfeitamente num recipiente de uma fábula romântica, num estilo A bela e a fera, numa história sobre o improvável encontro de uma jovem e um “monstro”, do surgimento de um sentimento inesperado, do enfrentamento social que uma forma de amor diferente sempre exige para aqueles sentem fora dos padrões convencionais.
A água também pode assumir a forma de uma complexa história sobre Dominador e Dominado, sobre Colonizador e Colonizado, sobre quem explora e quem é explorado. Pode ser uma história cruel sobre supressão de direitos, de imposição cultural e objetificação do outro. Nesta situação nós nos deparamos com mais um fatídico encontro de raças e povos diferentes. A falta de empatia, a incapacidade de se colocar no lugar do outro e perceber humanidade no outro acaba por desaguar em ódio, intolerância, humilhação e morte.
A água pode se moldar a um enredo sobre a importância do respeito a natureza, ao meio ambiente, a fauna, a flora, visto que a Forma é originária da Amazônia. O homem, sempre ganancioso, acha que a natureza está aqui para lhe servir sempre, como se estivesse sempre acima dela. O filme mostra como é importante o homem se perceber como parte da natureza, como apenas mais um elemento do todo e não como um Deus que destrói e explora sem piedade. Com mais cuidado e de maneira sustentável, poderemos extrair da natureza tantas coisas maravilhosas, como a Cura para tantos males por exemplo.
A água pode assumir a forma de um enredo sobre a necessidade de se preocupar mais com o nosso próprio planeta e com nossas relações humanas aqui na terra do que com o espaço. Enquanto os americanos estavam tão preocupados em ganhar o espaço, não estavam enxergando o caos na terra (guerra fria), não estavam se dando conta da grande descoberta que tinham feito (a Forma) e nem do quanto estavam sendo ignorantes por não respeitarem uma forma de existência diferente.
A forma da água é um filme brilhante pra quem se permite o mergulho numa história intensa, em uma fotografia estonteante e em uma trilha sonora impecável!