Existem muitos problemas em 3%. Acho muito importante, entretanto, destacar que boa parte deles se deve ao limitadíssimo orçamento - e neste caso, foi feito um milagre. Boa parte das cenas está (mal) redublada, por conta da falta de experiência do Brasil em gastar com som; o figurino e maquiagem não convencem nem um pouco - por que todo mundo tem roupas rasgadas, mas não carece de outras questões estéticas além de possivelmente carvão na cara?; falta de preparação dos atores - única resposta para tanta gente talentosa repetindo diálogos robóticos.
É importante DEMAIS relativizar isso tudo. Essa é uma das nossas primeiras grandes produções e um milagre foi operado em termos técnicos. É muito legal ver que sci-fi tem se tornado possível no Brasil.
O problema de 3%, entretanto, não tem absolutamente nada a ver com orçamento. Ele é, na verdade, conceitual. A premissa da série é completamente furada: por que isolar até os 20 anos pessoas sem educação ou formação cultural alguma, com ausência de alimentação adequada, e condições básicas de vida? Ninguém ali deveria ser a pessoa que é, sendo formado em meio a tanta pobreza absoluta. Além disto, quanto tempo levaria para indivíduos subnutridos e sub-educados se tornarem os tão produtivos cidadãos de Maralto? Por que esta estratégia? E este problema leva a milhares de outros, como por exemplo o desenvolvimento dos personagens - o Mauro, por exemplo: por que ele tem uma empregada se ele não consegue nem ter uma bermuda pra vestir? E a coisa da tradição familiar, por que isso se ele nunca conheceu a família dele?
Isto também leva aos diálogos que beiram o inacreditável de tão ruins, repetidos por atuações robóticas e limitadas. É um empenho muito grande para conseguir se envolver com os personagens, visto que eles contradizem a sua construção o tempo todo - o que é o final ridículo da Joana, por exemplo? Por que eles gargalham abandonando o processo?
Outra coisa que me incomodou foi a escolha de usar a famosa "câmera tremida" literalmente o tempo inteiro, não havendo nenhuma diferença em ritmo e estilo de filmagem das cenas no lugar zoado e na área do Processo - que é distópico, limpo, branco, tecnológico, simétrico e silencioso - por que tremer a câmera o tempo inteiro e não explorar nenhum mise-en-scene? A direção / fotografia são pra mim os maiores responsáveis por atrapalhar a nossa imersão na história contada, já que falham em promover nossa suspensão de realidade e crença na "grandiosidade" que Maralto deveria passar e não passa.
O que mais me entristece é saber que existe competência técnica enorme pra execução de um projeto que é um queijo suíço conceitual. É uma vitória enorme pro audiovisual brasileiro, mas eu gostaria que tivessem produzido algo que é realmente bom em termos criativos.
O final brinca muito com o nosso hábito com a narrativa hollywoodiana. Ao terminar antes de todos os terríveis eventos da noite, vemos o casal feliz, com um claro futuro pela frente e estabilidade emocional. Por esperarmos já condicionados que todo filme acabe assim, como em Hollywood, sentimos um impulso para reagirmos positivamente àquilo. Ao pereceber isto, só conseguimos sentir nojo e pena pelo que está por vir. Porra, que filme é esse cara?
A cena da Regina Casé entrando na piscina já está no hall de momentos antológicos do cinema nacional. Arrepiante demais em todos os sentidos - principalmente na força da sua mensagem.
Com certeza, a melhor trilha sonora que já vi em qualquer audiovisual em toda a minha vida - uma aula de como não o background, não os personagens, nem qualquer outro artifício, mas a trilha sonora e apenas ela é capaz de se erguer sozinha e contar uma história, descrevendo um universo muito maior através apenas de som.
O caixão de Chris Kyle, o Sniper Americano retratado no filme recente do Clint Eastwood, foi enterrado lotado de insígnias, representando seus atos de bravura e conquistas pela Guerra do Iraque. Centenas de medalhas. Conhecido pela façanha de possuir um dos maiores, senão o maior recorde de inimigos abatidos nos EUA (oficialmente, 160), Kyle é tido como herói no seu país.
O veterano de 4 tours no Iraque foi morto em 2013, num assassinato meio chocante: o ataque veio de um outro veterano. No caixão, chamam atenção as condecorações: mais de 160 tridentes do US Navy SEALS, uma das insígnias mais honrosas no exército americano. A bravura de matar uma centena e meia de insurgentes iraquianos.
American Sniper é um filme de moral questionável por isso: reforça a mentalidade e valores de Kyle, que chama em diversas ocasiões os iraquianos de "selvagens"; além disto, torna a morte de cada um - inclusive de crianças - procedimento de rotina, necessário para evitar que estes "selvagens" destruíssem a tentativa americana de trazer democracia e liberdade ao Iraque (claro, através de tanques e fuzis).
A forma com que tratam iraquianos como animais abatidos enquanto marines são heróis caídos, de maneira tão maniqueísta, faz pensar sobre a visão preta e branca de mundo que traz o filme. Não só uma mensagem desonesta como também preguiçosa, atrelada a valores antiquados, etnocêntricos e imorais.
Não é tão difícil assim calçar os sapatos do inimigo e entender o quão relativo e limitado é atribuir a si o título do bom e ao outro o do mau. É ser o herói ou vilão, libertador ou invasor. Tudo dependente de um ponto de vista.
Para efeito de comparação, o diálogo do Bear Jew, de Bastardos Inglórios, ao confrontar um soldado nazista condecorado por suas façanhas no combate aos Aliados:
- Did you get that for killing jews? - Bravery. --
- Did you get that for killing muslims?
O caixão: https://pbs.twimg.com/media/BC8NI-9CEAAF9-u.jpg
Direção meio sonolenta. O que mais chama a atenção é que dos três personagens principais, o Carell é quem tem a atuação mais fraca (ou menos confortável): Mark Ruffalo tá espetacular e até o Channing Tatum tá melhor em um papel dramático. Entendo que Carell estava reproduzindo uma figura que de fato existiu, mas ela acabou muito presa em maquiagem, visual e um excesso de maneirismos. Talvez meio oscar bait, não sei.
Infelizmente não tão bom quanto os outros, mas ainda dá pra apreciar. A sequência da ópera é provavelmente uma das melhores coisas que o Coppola já dirigiu, e destaque para as cenas em que o Andy Garcia refaz as cenas do Michael Corleone jovem com uma expressão facial assustadoramente igual.
Entretanto, o preparador de elenco desse filme deveria ter sido preso. A Sofia Coppola eu acho que dispensa comentários e pode facilmente encabeçar a lista de piores atuações em filmes grandiosos de Hollywood. O Andy Garcia, apesar de sensacional em boa parte do filme, parece o Joey Tribbiani de Friends em outras, abraçando um estereótipo italianizado meio bizarro e exagerado. E o Alpa, por sua vez, já é visto cheio de vícios nesse filme, infelizmente. Diferente dos dois primeiros, aqui reconhecemos um Al Pacino, e não um Michael Corleone. Seu personagem parece muito diferente daquele jovem dos outros dois filmes (o que até pode ser justificado pela idade), mas ainda assim deixa a desejar na figura de Don envelhecido.
Longe de achar o filme ruim. Na verdade, vi nele uma mistura dos dois primeiros (tanto na figura do velho Padrinho, Michael - como Vito no primeiro filme - como também na ascenção de Vincenzo, assim como Vito no segundo). Os últimos 40 minutos tornam este filme um encerramento digno pra trilogia.
Infelizmente a história não segura o filme. As atuações (principalmente Bale e Amy Adams) estão ótimas, mas o David O. Russel ainda tem que comer muito feijão com arroz. Aliás, acho que um dos pontos mais fracos do filme é o diálogo.
A sensação que eu tenho depois de assistir a qualquer coisa do Von Trier é a liberdade enorme que se tem para criar um filme e o quão pouco ela é aproveitada pelo cinema hollywoodiano.
O livro é muito, muito bom. Trabalha uma porrada de questões com uma abordagem extremamente delicada, e o desenvolvimento da história e dos personagens é incrível.
No entanto, é o tipo de obra que eu consideraria inadaptável, a não ser que fosse dirigido por um Ridley Scott ou outro que entenda de sci fi e curta montar algo de umas 3h de duração. Alguém que leu o livro já assistiu ao filme? Ele se aproxima, de alguma forma, da obra original?
É realmente o que promete: testosterona e porrada entre robôs e monstros gigantes. E muita, muita MARRA.
À exceção dos personagens: acho que praticamente todos são terríveis. O Del Toro optou por construir personagens extremamente excêntricos e característicos na tentativa de disfarçar o quão rasos estes são. Não conseguiu, mas não é algo que atrapalhe um filme onde máquina e intraterrestres são mais protagonistas que os humanos em si.
Eu juro que queria entender a necessidade da galera que vai assistir ao filme no cinema em fazer uma piada a cada cinco minutos. É impressionante como em todo filme de terror boa parte do público transforma num dever cívico criar o alívio cômico na sala de cinema.
Ainda temos uns bons meses de cinema, mas acho muito, mas muito difícil que qualquer coisa neste ano supere Gravity. Na empolgação, ainda diria que é um dos melhores filmes dos últimos 5 anos.
Essa é uma das primeiras vezes em que eu realmente não encontro qualquer tipo de palavra capaz de descrever esse filme. Só vejam, em 3d e no cinema. Se não, perderão boa parte da experiência.
Cumpre excepcionalmente bem o que propõe: entreter.
Além das cenas maravilhosas que narram o contexto de uma situação como essa (quem resolve ficar, o saque a mercados, as relações internacionais e como as particularidades de cada não afetam seu desempenho na pandemia, a investigação do virus), a tensão e ação são muito bem construídas. O único defeito, que ficou claro, é que o caminho que o Brad Pitt faz ao longo do filme é largamente desproporcional e forçado, inverossímil. Extremamente divertido, de qqr forma.
O final foi legal, banho-maria como os outros décimos episódios das temporadas anteriores.
A cena final foi muito brega. Mas a pior de todas foi a da Asha Greyjoy: nunca desenvolveram ela, e ainda assim conseguiram desmontá-la com uma cena qe nada tem a ver com ela, que não apresentou nenhuma profundidade emocional e que pareceu mais um devaneio da cabeça dela do que realmente algo que estava a acontecer, tão rápida foi a passagem pra expôr os planos dela.
Aliás, Dinklage MONSTRUOSO, construindo um Tyrion tão complexo quanto o do próprio livro.
Desde que terminei o terceiro livro tinha pavor de inventarem de mudar alguma coisa no evento do Red Wedding, ao mesmo tempo em que tinha uma certa segurança por conta do Dan Weiss e do Benioff afirmarem que ele era uma das razões para que se fizesse a série.
Tudo foi muito fiel. A execução dos eventos, a atmosfera e principalmente Catelyn. No livro, por ser narrado através de sua ótica, o choque e o que rola na cerimônia são de uma intensidade absurda, e ler o desespero dela palavra por palavra é o que faz o red wedding ser tão pesado. A Michelle Fairley conseguiu transparecer isso MUITO bem, de forma que a adaptação audiovisual não deveu quase nada à passagem do livro.
Vale também mencionar o arco do Jon e do Bran pela qualidade adaptativa. Com a ideia de se manterem fieis ao livro, trouxeram eventos de três pontos diferentes em momentos oportunos: o ataque do corvo de Orell, que ocorre antes mesmo de Jon se envolver com os wildlings; a separação de Oscha e Rickon do resto; e o encontro de Jon e Bran através do lobo. Tudo foi muito bem executado e costurado.
The OA (Parte 1)
4.1 981 Assista Agorauma série que mistura jutsus e Nosso Lar
3% (1ª Temporada)
3.6 772 Assista AgoraExistem muitos problemas em 3%. Acho muito importante, entretanto, destacar que boa parte deles se deve ao limitadíssimo orçamento - e neste caso, foi feito um milagre. Boa parte das cenas está (mal) redublada, por conta da falta de experiência do Brasil em gastar com som; o figurino e maquiagem não convencem nem um pouco - por que todo mundo tem roupas rasgadas, mas não carece de outras questões estéticas além de possivelmente carvão na cara?; falta de preparação dos atores - única resposta para tanta gente talentosa repetindo diálogos robóticos.
É importante DEMAIS relativizar isso tudo. Essa é uma das nossas primeiras grandes produções e um milagre foi operado em termos técnicos. É muito legal ver que sci-fi tem se tornado possível no Brasil.
O problema de 3%, entretanto, não tem absolutamente nada a ver com orçamento. Ele é, na verdade, conceitual. A premissa da série é completamente furada: por que isolar até os 20 anos pessoas sem educação ou formação cultural alguma, com ausência de alimentação adequada, e condições básicas de vida? Ninguém ali deveria ser a pessoa que é, sendo formado em meio a tanta pobreza absoluta. Além disto, quanto tempo levaria para indivíduos subnutridos e sub-educados se tornarem os tão produtivos cidadãos de Maralto? Por que esta estratégia? E este problema leva a milhares de outros, como por exemplo o desenvolvimento dos personagens - o Mauro, por exemplo: por que ele tem uma empregada se ele não consegue nem ter uma bermuda pra vestir? E a coisa da tradição familiar, por que isso se ele nunca conheceu a família dele?
Isto também leva aos diálogos que beiram o inacreditável de tão ruins, repetidos por atuações robóticas e limitadas. É um empenho muito grande para conseguir se envolver com os personagens, visto que eles contradizem a sua construção o tempo todo - o que é o final ridículo da Joana, por exemplo? Por que eles gargalham abandonando o processo?
Outra coisa que me incomodou foi a escolha de usar a famosa "câmera tremida" literalmente o tempo inteiro, não havendo nenhuma diferença em ritmo e estilo de filmagem das cenas no lugar zoado e na área do Processo - que é distópico, limpo, branco, tecnológico, simétrico e silencioso - por que tremer a câmera o tempo inteiro e não explorar nenhum mise-en-scene? A direção / fotografia são pra mim os maiores responsáveis por atrapalhar a nossa imersão na história contada, já que falham em promover nossa suspensão de realidade e crença na "grandiosidade" que Maralto deveria passar e não passa.
O que mais me entristece é saber que existe competência técnica enorme pra execução de um projeto que é um queijo suíço conceitual. É uma vitória enorme pro audiovisual brasileiro, mas eu gostaria que tivessem produzido algo que é realmente bom em termos criativos.
Introdução à Música do Sangue
1.9 9Com certeza a pior coisa que eu vi nos últimos 5 anos.
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraOuso dizer que é um dos filmes mais bem dirigidos que já vi.
O final brinca muito com o nosso hábito com a narrativa hollywoodiana. Ao terminar antes de todos os terríveis eventos da noite, vemos o casal feliz, com um claro futuro pela frente e estabilidade emocional. Por esperarmos já condicionados que todo filme acabe assim, como em Hollywood, sentimos um impulso para reagirmos positivamente àquilo. Ao pereceber isto, só conseguimos sentir nojo e pena pelo que está por vir. Porra, que filme é esse cara?
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraA cena da Regina Casé entrando na piscina já está no hall de momentos antológicos do cinema nacional. Arrepiante demais em todos os sentidos - principalmente na força da sua mensagem.
Cowboy Bebop
4.6 251 Assista AgoraUma das maiores obras-primas que já vi.
Com certeza, a melhor trilha sonora que já vi em qualquer audiovisual em toda a minha vida - uma aula de como não o background, não os personagens, nem qualquer outro artifício, mas a trilha sonora e apenas ela é capaz de se erguer sozinha e contar uma história, descrevendo um universo muito maior através apenas de som.
Recomendo pro mundo inteiro.
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraO caixão de Chris Kyle, o Sniper Americano retratado no filme recente do Clint Eastwood, foi enterrado lotado de insígnias, representando seus atos de bravura e conquistas pela Guerra do Iraque. Centenas de medalhas. Conhecido pela façanha de possuir um dos maiores, senão o maior recorde de inimigos abatidos nos EUA (oficialmente, 160), Kyle é tido como herói no seu país.
O veterano de 4 tours no Iraque foi morto em 2013, num assassinato meio chocante: o ataque veio de um outro veterano. No caixão, chamam atenção as condecorações: mais de 160 tridentes do US Navy SEALS, uma das insígnias mais honrosas no exército americano. A bravura de matar uma centena e meia de insurgentes iraquianos.
American Sniper é um filme de moral questionável por isso: reforça a mentalidade e valores de Kyle, que chama em diversas ocasiões os iraquianos de "selvagens"; além disto, torna a morte de cada um - inclusive de crianças - procedimento de rotina, necessário para evitar que estes "selvagens" destruíssem a tentativa americana de trazer democracia e liberdade ao Iraque (claro, através de tanques e fuzis).
A forma com que tratam iraquianos como animais abatidos enquanto marines são heróis caídos, de maneira tão maniqueísta, faz pensar sobre a visão preta e branca de mundo que traz o filme. Não só uma mensagem desonesta como também preguiçosa, atrelada a valores antiquados, etnocêntricos e imorais.
Não é tão difícil assim calçar os sapatos do inimigo e entender o quão relativo e limitado é atribuir a si o título do bom e ao outro o do mau. É ser o herói ou vilão, libertador ou invasor. Tudo dependente de um ponto de vista.
Para efeito de comparação, o diálogo do Bear Jew, de Bastardos Inglórios, ao confrontar um soldado nazista condecorado por suas façanhas no combate aos Aliados:
- Did you get that for killing jews?
- Bravery.
--
- Did you get that for killing muslims?
O caixão: https://pbs.twimg.com/media/BC8NI-9CEAAF9-u.jpg
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 809 Assista AgoraDireção meio sonolenta. O que mais chama a atenção é que dos três personagens principais, o Carell é quem tem a atuação mais fraca (ou menos confortável): Mark Ruffalo tá espetacular e até o Channing Tatum tá melhor em um papel dramático. Entendo que Carell estava reproduzindo uma figura que de fato existiu, mas ela acabou muito presa em maquiagem, visual e um excesso de maneirismos. Talvez meio oscar bait, não sei.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraFoda pelo desenvolvimento dos personagens e relação com o tanque. Também, pelas cenas de combate.
A cena final lembra demaaaaaaaaaais o finzinho de Full Metal Jacket! A única coisa viajada é
o cara da SS não matar ele. Não fosse a SS, não seria algo tão problemático.
O Túmulo dos Vagalumes
4.3 48Porra.
O Poderoso Chefão: Parte III
4.2 1,1K Assista AgoraInfelizmente não tão bom quanto os outros, mas ainda dá pra apreciar. A sequência da ópera é provavelmente uma das melhores coisas que o Coppola já dirigiu, e destaque para as cenas em que o Andy Garcia refaz as cenas do Michael Corleone jovem com uma expressão facial assustadoramente igual.
Entretanto, o preparador de elenco desse filme deveria ter sido preso. A Sofia Coppola eu acho que dispensa comentários e pode facilmente encabeçar a lista de piores atuações em filmes grandiosos de Hollywood. O Andy Garcia, apesar de sensacional em boa parte do filme, parece o Joey Tribbiani de Friends em outras, abraçando um estereótipo italianizado meio bizarro e exagerado. E o Alpa, por sua vez, já é visto cheio de vícios nesse filme, infelizmente. Diferente dos dois primeiros, aqui reconhecemos um Al Pacino, e não um Michael Corleone. Seu personagem parece muito diferente daquele jovem dos outros dois filmes (o que até pode ser justificado pela idade), mas ainda assim deixa a desejar na figura de Don envelhecido.
Longe de achar o filme ruim. Na verdade, vi nele uma mistura dos dois primeiros (tanto na figura do velho Padrinho, Michael - como Vito no primeiro filme - como também na ascenção de Vincenzo, assim como Vito no segundo). Os últimos 40 minutos tornam este filme um encerramento digno pra trilogia.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraInfelizmente a história não segura o filme. As atuações (principalmente Bale e Amy Adams) estão ótimas, mas o David O. Russel ainda tem que comer muito feijão com arroz. Aliás, acho que um dos pontos mais fracos do filme é o diálogo.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraA sensação que eu tenho depois de assistir a qualquer coisa do Von Trier é a liberdade enorme que se tem para criar um filme e o quão pouco ela é aproveitada pelo cinema hollywoodiano.
Ender's Game: O Jogo do Exterminador
3.4 891 Assista AgoraO livro é muito, muito bom. Trabalha uma porrada de questões com uma abordagem extremamente delicada, e o desenvolvimento da história e dos personagens é incrível.
No entanto, é o tipo de obra que eu consideraria inadaptável, a não ser que fosse dirigido por um Ridley Scott ou outro que entenda de sci fi e curta montar algo de umas 3h de duração. Alguém que leu o livro já assistiu ao filme? Ele se aproxima, de alguma forma, da obra original?
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraSenhoras e senhores, que trabalho de direção.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraÉ realmente o que promete: testosterona e porrada entre robôs e monstros gigantes. E muita, muita MARRA.
À exceção dos personagens: acho que praticamente todos são terríveis. O Del Toro optou por construir personagens extremamente excêntricos e característicos na tentativa de disfarçar o quão rasos estes são. Não conseguiu, mas não é algo que atrapalhe um filme onde máquina e intraterrestres são mais protagonistas que os humanos em si.
The Dark Side Of The Rainbow
4.4 57The Great Gig in the Sky nessa sincronia é alucinante.
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraEu juro que queria entender a necessidade da galera que vai assistir ao filme no cinema em fazer uma piada a cada cinco minutos. É impressionante como em todo filme de terror boa parte do público transforma num dever cívico criar o alívio cômico na sala de cinema.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraAinda temos uns bons meses de cinema, mas acho muito, mas muito difícil que qualquer coisa neste ano supere Gravity. Na empolgação, ainda diria que é um dos melhores filmes dos últimos 5 anos.
Essa é uma das primeiras vezes em que eu realmente não encontro qualquer tipo de palavra capaz de descrever esse filme. Só vejam, em 3d e no cinema. Se não, perderão boa parte da experiência.
Apenas Deus Perdoa
3.0 632 Assista AgoraDesisti no TAKE IT OFF!!!!
Realmente, que puta decepção. O filme é tão pseudo, mas tão pseudo, que ele consegue ser PEDANTE. Chega a ser ofensivo.
Guerra Mundial Z
3.5 3,2K Assista AgoraCumpre excepcionalmente bem o que propõe: entreter.
Além das cenas maravilhosas que narram o contexto de uma situação como essa (quem resolve ficar, o saque a mercados, as relações internacionais e como as particularidades de cada não afetam seu desempenho na pandemia, a investigação do virus), a tensão e ação são muito bem construídas. O único defeito, que ficou claro, é que o caminho que o Brad Pitt faz ao longo do filme é largamente desproporcional e forçado, inverossímil. Extremamente divertido, de qqr forma.
Game of Thrones (3ª Temporada)
4.6 1,8K Assista AgoraO final foi legal, banho-maria como os outros décimos episódios das temporadas anteriores.
A cena final foi muito brega. Mas a pior de todas foi a da Asha Greyjoy: nunca desenvolveram ela, e ainda assim conseguiram desmontá-la com uma cena qe nada tem a ver com ela, que não apresentou nenhuma profundidade emocional e que pareceu mais um devaneio da cabeça dela do que realmente algo que estava a acontecer, tão rápida foi a passagem pra expôr os planos dela.
Aliás, Dinklage MONSTRUOSO, construindo um Tyrion tão complexo quanto o do próprio livro.
Game of Thrones (3ª Temporada)
4.6 1,8K Assista AgoraDesde que terminei o terceiro livro tinha pavor de inventarem de mudar alguma coisa no evento do Red Wedding, ao mesmo tempo em que tinha uma certa segurança por conta do Dan Weiss e do Benioff afirmarem que ele era uma das razões para que se fizesse a série.
Tudo foi muito fiel. A execução dos eventos, a atmosfera e principalmente Catelyn. No livro, por ser narrado através de sua ótica, o choque e o que rola na cerimônia são de uma intensidade absurda, e ler o desespero dela palavra por palavra é o que faz o red wedding ser tão pesado. A Michelle Fairley conseguiu transparecer isso MUITO bem, de forma que a adaptação audiovisual não deveu quase nada à passagem do livro.
Vale também mencionar o arco do Jon e do Bran pela qualidade adaptativa. Com a ideia de se manterem fieis ao livro, trouxeram eventos de três pontos diferentes em momentos oportunos: o ataque do corvo de Orell, que ocorre antes mesmo de Jon se envolver com os wildlings; a separação de Oscha e Rickon do resto; e o encontro de Jon e Bran através do lobo. Tudo foi muito bem executado e costurado.
Invasão à Casa Branca
3.3 786 Assista AgoraDa série: quero ver, quero rir.