Não é à toa que é um clássico. Incrível ver como a história nos serve de comparação para esse cenário todo (de terror) que acontece no Brasil. Ciência versus fake news e lobby com o empresariado, a necropolítica... O verdadeiro vilão, e não o peixe, coitado.
Realmente um pouco datado, como li em um comentário por aqui. Ainda mais depois de ter visto Fernanda Montenegro em "A vida invisível", de Karim Aïnouz, num desfecho muito parecido com o de "Piedade", fico pensando que a comparação se torna inevitável e o filme, um pouco ofuscado perto de produções de destaque, com pegadas semelhantes - vide o próprio Bacurau, salvas as várias diferenças, claro.
Diálogos desnecessários, principalmente na primeira metade. Eu me perguntava se talvez funcionasse melhor como curta, mas nem acho que seria essa uma solução. Pouco esforço em conectar "núcleos" aparentemente distintos da trama, como as personagens jovens manifestantes (ficaram apenas alegóricos) e o drama familiar com diálogos rasos e uma tentativa de sustentar uma crítica que não se desenvolve.
O elenco é um motivo para ver o filme, mas nitidamente não é o ponto alto da carreira deles (do Cauã, talvez? que não convence como pernambucano...).
Fernanda Montenegro sentada apenas sendo ela já merece um Oscar, então já devem imaginar quem carrega o filme nas costas.
Gente, amei?? Pelos memes também, claro. Muitas camadas! Recorte inteligente da realidade política do Brasil, que se mistura à indústria da mídia e entretenimento.
O que acho mais interessante no filme é a possibilidade que nos entrega de criar uma relação entre câmera + arma + falo. Acredito que grande parte da tensão (sexual) que ocorre durante todo o filme se dá por essa relação.
E interessante pensar em como Mark performa essa subjetividade masculina, como também seu pai fazia.
.
Susan Sontag, no primeiro capítulo de "Sobre a fotografia": "O filme (A tortura do medo) supõe uma ligação entre impotência e agressão, entre o olhar profissionalizado e a crueldade, que aponta para a fantasia central, ligada à câmera. A câmera como falo é, no máximo, uma débil variante da metáfora inevitável que todos empregam de modo desinibido. Por mais que seja nebulosa nossa consciência dessa fantasia, ela é mencionada sem sutileza toda vez que falamos em 'carregar' e 'mirar' a câmera, em 'disparar' a foto."
Curioso como uma história ambientada nos anos 50, ainda que traga assuntos como o machismo na sociedade patriarcal, se faz tão atual pela forma que atua sobretudo na sensibilidade. A história é enxuta, mas os personagens são complexos - não dá para encaixarmos as figuras masculinas numa moral, acho que é um ponto onde o filme acerta: são homens que reproduzem um projeto de subjetividade masculina e também são construídos a partir dele.
Destaque para a cena onde Guida masturba o homem no banheiro. O homem, escondido a nós pela escada.
E me parece ser sobre Guida tomando posse de seu desejo e vida para driblar os desafios que lhe chegam, a partir de homens que nos soam até patéticos, "escrotos", ela diz. Como o homem das injeções e a personagem muito bem representada pelo Gregório Duvivier.
Chegar aqui e ver comentários, vindo de homens (heterossexuais ou não, que seja) deslegitimando o filme, diminuindo por conta das cenas de sexo - diga-se de passagem, que não são para dar prazer a um homem hétero que procuraria pela categoria "estupro" em sites de pornografia - é a prova de que o filme é muito contundente no que se propõe. A quem se interessar, Teoria King Kong, escrito pela diretora, pode trazer uma luz às questões que o filme lança.
Um filme mais que pertinente nos dias atuais. As comparações com Que Horas Ela Volta podem existir, mas não vão levar a muitos lugares quando o objetivo for julgar qual é melhor ou pior - são dois filmes que convergem ao explorar a classe média, mas com olhares tão distintos que os dois juntos podem facilmente se completar. Senti os conflitos de Casa Grande girando mais em torno da decadência dessa classe que não é nem pobre, porém também não dá mais conta de sustentar seus pequenos luxos - além de que, como o próprio nome sugere, neste existe uma separação maior dos territórios habitados pelo pobre e o "rico", é essa segregação, essa cidade partida, que dá a tônica do filme. E que quando essa separação se dilui por um momento, há um conflito evidente. Como quando antigamente o senhor de engenho dava suas escapadas com as escravas e a esposa a castigava, enquanto ele se livrava de qualquer culpa
(por isso acho que manter a identidade de quem tirou as fotos da empregada foi uma jogada inteligente, pois por mais que ela tenha dito o contrário, ainda pode ter sido o patrão, o filho ou mesmo uma terceira pessoa)
. Em Que Horas Ela Volta, essa separação não existe, o conflito está em justamente essas duas classes estarem interagindo em um mesmo espaço, cada vez mais carregado de tensão. Ah, e destaque para a atuação de Clarissa Pinheiro.
em como a diretora usou a cidade - sua arquitetura, suas multidões, suas luzes, o fato de se estar diante do desconhecido... - para falar tão bem da solidão. Muito lindo.
Não vejo a necessidade de ficar comparando o filme com Into the Wild só pelo fato de que nos dois há essa jornada na natureza em busca de felicidade, respostas para conflitos internos, etc. São filmes bem distintos, os motivos que levam cada protagonista a abandonar tudo e seguir seus percursos são igualmente distintos e a própria história é bem diferente. Eu particularmente gostei mais desse por ter soado mais maduro, ou, talvez, simplesmente por ter me identificado mais com os motivos - mais dramáticos - que levaram Cheryl a encarar a trilha. Ótima atuação da Reese Witherspoon, trilha sonora também muito boa.
O filme em si é bom, porém esperava um pouco mais. Não só pela repercussão envolvendo Oscar, etc., mas principalmente por saber que o Irandhir Santos e outros atores ótimos, que fizeram MUITO bonito em filmes como Tatuagem e Eles Voltam (também desse ano e do Pernambuco), estariam presentes no elenco. Não sei se eu que não captei bem a mensagem do filme, ou fui com muita expectativa, esperando involuntariamente que superasse a sensação que os dois já citados me provocaram, ou se o filme realmente não é lá grande coisa. De qualquer forma, fico muito contente com esses filmes brasileiros despontando do cenário nordestino e representando o cinema brasileiro de forma impecável. Aliás, para quem não viu Tatuagem, vale muito a pena conferir a versatilidade do Irandhir, é difícil de acreditar que se trata do mesmo ator em O Som Ao Redor, virei fã haha.
"It’s what I want in a relationship which might explain why I’m single now, ha ha. It’s, um, it’s kind of hard to… It’s that thing when you’re with someone and you love them and they know it, and they love you and you know it, but it’s a party! And you’re both talking to other people and you’re laughing and shining and you look across the room and catch each other’s eyes. But, but not because you’re possessive or it’s precisely sexual but because that is your person in this life. And it’s funny and sad but only because this life will end. And it’s this secret world that exists right there in public unnoticed that no one knows about. It’s sort of like how they say that, um, other dimensions exist all around us but we don’t have the ability to perceive them? That’s, that’s what I want out of a relationship or just life I guess. Love. Blah. I sound stoned. I’m not stoned. Thanks for dinner. Bye!"
Acho essa a melhor fala da Frances. Uma beleza tão sutil e sincera, mas tão rara. Filme lindo.
Vi pela quarta vez e chorei feito uma criança no final pela quarta vez rs. O filme aborda de uma maneira tão bonita a pureza, a inocência, amizade e infância, que chega a doer.
Vi o filme ontem e passei a noite toda pensando nele. Bom, pode parecer exagerado a outras pessoas, mas achei simplesmente genial. Impossível não colocar nos meus favoritos.
Uma relação tão desgastada que, embora ainda houvesse amor ali - percebe-se -, fiquei bastante perturbado com as tentativas de sustentar o já insustentável. A homossexualidade aqui é tratada de uma forma bastante natural, um detalhe que ajuda a amarrar todo conflito, intensidade e mesmo beleza existentes nesse relacionamento. No ambiente dos filmes que tratam de amor, de homossexuais e dos dois ao mesmo tempo, este é um que merece destaque. Muito bom.
Confesso que não esperava nada do filme, mas me surpreendi com ele em vários pontos, como a fotografia muito bem trabalhada, os efeitos especiais, e a própria inovação de trabalhar com um gênero - de uma forma também inovadora por aqui, uma narrativa descontínua - que não é recorrente nas produções brasileiras. Cumpre a proposta de ser um filme de ação nacional, um bom filme, aliás. Minha ressalva seria quanto à história e ao desfecho em si; por um lado o dinamismo da trama foi positivo, por outro gerou uma certa confusão e a impressão de que o final foi forçado, embora bem amarrado. De qualquer forma, recomendo a todos que assistam.
Impossível se sentir indiferente após assistir ao filme. Uma produção brasileira impecável, de atuações que também impressionam. Talvez o mais impactante do filme nem sejam as cenas fortes (que por si só já são de revirar o estômago) - das que sugerem algo grotesco às mais explícitas -, mas o fato de que a trama acaba por ter um caráter documental. Você termina de assisti-la e se dá conta de que tudo o que foi apresentado faz parte da triste realidade do país.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Tubarão
3.7 1,2K Assista AgoraNão é à toa que é um clássico. Incrível ver como a história nos serve de comparação para esse cenário todo (de terror) que acontece no Brasil. Ciência versus fake news e lobby com o empresariado, a necropolítica... O verdadeiro vilão, e não o peixe, coitado.
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraNossa, nada a ver...
Piedade
3.2 78 Assista AgoraRealmente um pouco datado, como li em um comentário por aqui. Ainda mais depois de ter visto Fernanda Montenegro em "A vida invisível", de Karim Aïnouz, num desfecho muito parecido com o de "Piedade", fico pensando que a comparação se torna inevitável e o filme, um pouco ofuscado perto de produções de destaque, com pegadas semelhantes - vide o próprio Bacurau, salvas as várias diferenças, claro.
Diálogos desnecessários, principalmente na primeira metade. Eu me perguntava se talvez funcionasse melhor como curta, mas nem acho que seria essa uma solução. Pouco esforço em conectar "núcleos" aparentemente distintos da trama, como as personagens jovens manifestantes (ficaram apenas alegóricos) e o drama familiar com diálogos rasos e uma tentativa de sustentar uma crítica que não se desenvolve.
O elenco é um motivo para ver o filme, mas nitidamente não é o ponto alto da carreira deles (do Cauã, talvez? que não convence como pernambucano...).
Fernanda Montenegro sentada apenas sendo ela já merece um Oscar, então já devem imaginar quem carrega o filme nas costas.
Gretchen: Filme Estrada
3.8 115Gente, amei?? Pelos memes também, claro. Muitas camadas! Recorte inteligente da realidade política do Brasil, que se mistura à indústria da mídia e entretenimento.
Vaga Carne
4.3 26A presença, própria existência, de Grace Passô é um novo fôlego.
Andrei Tarkóvski: Uma Oração de Cinema
4.3 5Alguém sabe onde tem pra assistir? (online ou download)
A Tortura do Medo
3.9 149O que acho mais interessante no filme é a possibilidade que nos entrega de criar uma relação entre câmera + arma + falo. Acredito que grande parte da tensão (sexual) que ocorre durante todo o filme se dá por essa relação.
Quando Mark exibe a gravação em que o pai o filma, e logo após um take em que a madrasta o filma aparece desfocado
E interessante pensar em como Mark performa essa subjetividade masculina, como também seu pai fazia.
Susan Sontag, no primeiro capítulo de "Sobre a fotografia": "O filme (A tortura do medo) supõe uma ligação entre impotência e agressão, entre o olhar profissionalizado e a crueldade, que aponta para a fantasia central, ligada à câmera. A câmera como falo é, no máximo, uma débil variante da metáfora inevitável que todos empregam de modo desinibido. Por mais que seja nebulosa nossa consciência dessa fantasia, ela é mencionada sem sutileza toda vez que falamos em 'carregar' e 'mirar' a câmera, em 'disparar' a foto."
A Vida Invisível
4.3 642Curioso como uma história ambientada nos anos 50, ainda que traga assuntos como o machismo na sociedade patriarcal, se faz tão atual pela forma que atua sobretudo na sensibilidade. A história é enxuta, mas os personagens são complexos - não dá para encaixarmos as figuras masculinas numa moral, acho que é um ponto onde o filme acerta: são homens que reproduzem um projeto de subjetividade masculina e também são construídos a partir dele.
Destaque para a cena onde Guida masturba o homem no banheiro. O homem, escondido a nós pela escada.
Isso tudo parece fazer ainda mais sentido quando é o filho de Eurídice que abre o cofre e a liberta, só ele quem tinha a senha, a irmã não.
Baise Moi
2.6 74Chegar aqui e ver comentários, vindo de homens (heterossexuais ou não, que seja) deslegitimando o filme, diminuindo por conta das cenas de sexo - diga-se de passagem, que não são para dar prazer a um homem hétero que procuraria pela categoria "estupro" em sites de pornografia - é a prova de que o filme é muito contundente no que se propõe. A quem se interessar, Teoria King Kong, escrito pela diretora, pode trazer uma luz às questões que o filme lança.
Pássaros, Órfãos e Tolos
4.3 39e por que a tristeza é a única beleza que dura?
Casa Grande
3.5 576 Assista AgoraUm filme mais que pertinente nos dias atuais. As comparações com Que Horas Ela Volta podem existir, mas não vão levar a muitos lugares quando o objetivo for julgar qual é melhor ou pior - são dois filmes que convergem ao explorar a classe média, mas com olhares tão distintos que os dois juntos podem facilmente se completar. Senti os conflitos de Casa Grande girando mais em torno da decadência dessa classe que não é nem pobre, porém também não dá mais conta de sustentar seus pequenos luxos - além de que, como o próprio nome sugere, neste existe uma separação maior dos territórios habitados pelo pobre e o "rico", é essa segregação, essa cidade partida, que dá a tônica do filme. E que quando essa separação se dilui por um momento, há um conflito evidente. Como quando antigamente o senhor de engenho dava suas escapadas com as escravas e a esposa a castigava, enquanto ele se livrava de qualquer culpa
(por isso acho que manter a identidade de quem tirou as fotos da empregada foi uma jogada inteligente, pois por mais que ela tenha dito o contrário, ainda pode ter sido o patrão, o filho ou mesmo uma terceira pessoa)
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraDentre tantas outras coisas que achei lindas e bem tramadas no filme, cuja (falsa) simplicidade é o que cativa, é bom prestar atenção
(principalmente nos minutos finais)
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraNão vejo a necessidade de ficar comparando o filme com Into the Wild só pelo fato de que nos dois há essa jornada na natureza em busca de felicidade, respostas para conflitos internos, etc. São filmes bem distintos, os motivos que levam cada protagonista a abandonar tudo e seguir seus percursos são igualmente distintos e a própria história é bem diferente. Eu particularmente gostei mais desse por ter soado mais maduro, ou, talvez, simplesmente por ter me identificado mais com os motivos - mais dramáticos - que levaram Cheryl a encarar a trilha. Ótima atuação da Reese Witherspoon, trilha sonora também muito boa.
Jesus Camp
3.7 135Quanta demagogia, difícil aguentar ver até o final... Mas é um bom filme.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraO filme em si é bom, porém esperava um pouco mais. Não só pela repercussão envolvendo Oscar, etc., mas principalmente por saber que o Irandhir Santos e outros atores ótimos, que fizeram MUITO bonito em filmes como Tatuagem e Eles Voltam (também desse ano e do Pernambuco), estariam presentes no elenco. Não sei se eu que não captei bem a mensagem do filme, ou fui com muita expectativa, esperando involuntariamente que superasse a sensação que os dois já citados me provocaram, ou se o filme realmente não é lá grande coisa. De qualquer forma, fico muito contente com esses filmes brasileiros despontando do cenário nordestino e representando o cinema brasileiro de forma impecável. Aliás, para quem não viu Tatuagem, vale muito a pena conferir a versatilidade do Irandhir, é difícil de acreditar que se trata do mesmo ator em O Som Ao Redor, virei fã haha.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista Agora"It’s what I want in a relationship which might explain why I’m single now, ha ha. It’s, um, it’s kind of hard to… It’s that thing when you’re with someone and you love them and they know it, and they love you and you know it, but it’s a party! And you’re both talking to other people and you’re laughing and shining and you look across the room and catch each other’s eyes. But, but not because you’re possessive or it’s precisely sexual but because that is your person in this life. And it’s funny and sad but only because this life will end. And it’s this secret world that exists right there in public unnoticed that no one knows about. It’s sort of like how they say that, um, other dimensions exist all around us but we don’t have the ability to perceive them? That’s, that’s what I want out of a relationship or just life I guess. Love. Blah. I sound stoned. I’m not stoned. Thanks for dinner. Bye!"
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista AgoraVi pela quarta vez e chorei feito uma criança no final pela quarta vez rs. O filme aborda de uma maneira tão bonita a pureza, a inocência, amizade e infância, que chega a doer.
Melhor frase:
"Don't go, I'll eat you up, I love you so."
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraVi o filme ontem e passei a noite toda pensando nele. Bom, pode parecer exagerado a outras pessoas, mas achei simplesmente genial. Impossível não colocar nos meus favoritos.
Felizes Juntos
4.2 261 Assista AgoraUma relação tão desgastada que, embora ainda houvesse amor ali - percebe-se -, fiquei bastante perturbado com as tentativas de sustentar o já insustentável. A homossexualidade aqui é tratada de uma forma bastante natural, um detalhe que ajuda a amarrar todo conflito, intensidade e mesmo beleza existentes nesse relacionamento. No ambiente dos filmes que tratam de amor, de homossexuais e dos dois ao mesmo tempo, este é um que merece destaque. Muito bom.
Elena
4.2 1,3K Assista Agora"E pouco a pouco, as dores viram água. Viram memória".
O Homem que Ri
3.4 161Gostei do filme e achei o menino que faz o Gwynplaine na infância a cara da Björk rs.
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraConfesso que não esperava nada do filme, mas me surpreendi com ele em vários pontos, como a fotografia muito bem trabalhada, os efeitos especiais, e a própria inovação de trabalhar com um gênero - de uma forma também inovadora por aqui, uma narrativa descontínua - que não é recorrente nas produções brasileiras.
Cumpre a proposta de ser um filme de ação nacional, um bom filme, aliás. Minha ressalva seria quanto à história e ao desfecho em si; por um lado o dinamismo da trama foi positivo, por outro gerou uma certa confusão e a impressão de que o final foi forçado, embora bem amarrado.
De qualquer forma, recomendo a todos que assistam.
Anjos do Sol
4.0 409Impossível se sentir indiferente após assistir ao filme. Uma produção brasileira impecável, de atuações que também impressionam. Talvez o mais impactante do filme nem sejam as cenas fortes (que por si só já são de revirar o estômago) - das que sugerem algo grotesco às mais explícitas -, mas o fato de que a trama acaba por ter um caráter documental. Você termina de assisti-la e se dá conta de que tudo o que foi apresentado faz parte da triste realidade do país.