Pequeno filme de Bergman, após a fantástica trilogia do silêncio. Não posso entender como admiradores do diretor podem não considerar este longa uma obra prima. Trata-se de uma das sátiras mais contundentes e afiadas sobre o mundo artístico e a indústria do entretenimento. O uso de elementos de slapstick e os momentos surreais, como a fantástica explosão dos fogos de artifício, coroam esta comédia que, para mim, é o melhor trabalho do sueco no gênero. Por que não falar do elenco feminino? É uma verdadeira compilação das musas do diretor, apesar de Ingrid Thulin fazer falta (e a futura Liv Ullmann). E de quebra temos Sven Nykvist e Bergman em sua primeira experiência com o cinema colorido, com uma fotografia fantástica.
Um dos mais brilhantes olhares sobre relacionamentos humanos já concebidos na história do cinema. Desde o desenrolar de uma paixão adolescente de verão até a desilusão decorrente do fardo da vida cotidiana de casal, Bergman não precisa das imponentes 5 horas de duração de sua minissérie futura "Cenas de um Casamento" para desnudar homens, mulheres e sentimentos. Brilhante, a primeira grande obra-prima do gênio sueco, provavelmente uma semente do excelente "Juventude", versando sobre temas semelhantes mas em outra perspectiva.
Bergman não era arrogante, era verdadeiro. Se é comum hoje na indústria bom mocismo e corporativismo por parte de diretores, o sueco nunca teve medo de falar o que pensava sobre companheiros de profissão. O exemplo mais famoso é Godard que rasgava elogios à Bergman e o mesmo sempre deixou claro que odiava o estilo do francês. Fellini também era assim e, em das histórias mais infames do cinema mundial, mandou seu assistente desenhar uma caricatura satirizando Bergman, que o idolatrava. Parece que essa tal "arrogância" é um mal da qual padecem os gênios...
Um dos filmes mais complexos do período francês de Buñuel, certamente apenas teólogos e estudiosos das diversas ramificações do catolicismo no ocidente poderão entendê-lo de maneira completa. De qualquer forma, é um deleite assistir o mestre do surrealismo satirizando as doutrinas com personagens e ambientações absurdas mas sempre imbuídas de um simbolismo brilhante. Certamente, um dos melhores e mais complicados roteiros escritos por Buñuel e Carrière, seu colaborador em todo o período francês do diretor.
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Cria Corvos
4.3 199 Assista AgoraAconselho a todos que apreciaram Cría Cuervos que assistam O Espírito da Colméia, também com outra interpretação absurda de Ana Torrent.
O Ovo da Serpente
4.0 130O pós-guerra nunca foi tão bem ambientado como em O Ovo da Serpente, com a excessão gloriosa de Germania Anno Zero, de Rossellini.
Para Não Falar de Todas Essas Mulheres
3.5 34Pequeno filme de Bergman, após a fantástica trilogia do silêncio.
Não posso entender como admiradores do diretor podem não considerar este longa uma obra prima. Trata-se de uma das sátiras mais contundentes e afiadas sobre o mundo artístico e a indústria do entretenimento.
O uso de elementos de slapstick e os momentos surreais, como a fantástica explosão dos fogos de artifício, coroam esta comédia que, para mim, é o melhor trabalho do sueco no gênero.
Por que não falar do elenco feminino? É uma verdadeira compilação das musas do diretor, apesar de Ingrid Thulin fazer falta (e a futura Liv Ullmann).
E de quebra temos Sven Nykvist e Bergman em sua primeira experiência com o cinema colorido, com uma fotografia fantástica.
Monika e o Desejo
4.0 120 Assista AgoraUm dos mais brilhantes olhares sobre relacionamentos humanos já concebidos na história do cinema.
Desde o desenrolar de uma paixão adolescente de verão até a desilusão decorrente do fardo da vida cotidiana de casal, Bergman não precisa das imponentes 5 horas de duração de sua minissérie futura "Cenas de um Casamento" para desnudar homens, mulheres e sentimentos.
Brilhante, a primeira grande obra-prima do gênio sueco, provavelmente uma semente do excelente "Juventude", versando sobre temas semelhantes mas em outra perspectiva.
A Ilha de Bergman
4.2 20Bergman não era arrogante, era verdadeiro. Se é comum hoje na indústria bom mocismo e corporativismo por parte de diretores, o sueco nunca teve medo de falar o que pensava sobre companheiros de profissão.
O exemplo mais famoso é Godard que rasgava elogios à Bergman e o mesmo sempre deixou claro que odiava o estilo do francês.
Fellini também era assim e, em das histórias mais infames do cinema mundial, mandou seu assistente desenhar uma caricatura satirizando Bergman, que o idolatrava.
Parece que essa tal "arrogância" é um mal da qual padecem os gênios...
Via Láctea ou O Estranho Caminho de São Tiago
3.8 30 Assista AgoraUm dos filmes mais complexos do período francês de Buñuel, certamente apenas teólogos e estudiosos das diversas ramificações do catolicismo no ocidente poderão entendê-lo de maneira completa.
De qualquer forma, é um deleite assistir o mestre do surrealismo satirizando as doutrinas com personagens e ambientações absurdas mas sempre imbuídas de um simbolismo brilhante.
Certamente, um dos melhores e mais complicados roteiros escritos por Buñuel e Carrière, seu colaborador em todo o período francês do diretor.