Michaelle

A Cabana era um livro que eu não dava muito por ele, quando o via nas estantes das livrarias achava que era alto ajuda (o que não deixa de ser), mas daqueles que parecem receitas de bolo, sabe?
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O filme me mostrou que eu estava errada, ainda não li o livro, mas depois do filme, pretendo. A história me fez refletir e colocou na tela o que eu realmente acredito que Deus possa ser. O mundo é um universo vasto, com pessoas boas e ruins e Ele não julga seus filhos como o homem acha que deve ser, isso é coisa do próprio homem. Já é uma coisa da minha personalidade achar julgamento uma coisa errada, mas todo ser humano em algum momento passa por isso, é nosso dever nos policiar para que sejamos mais empáticos e menos julgadores.
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A Cabana trás isso bem claro, Deus ama a todos e não é sua função castigar ninguém, o próprio homem já faz isso. Acho que o filme prolonga um pouco o assunto, mas eu me emocionei e no final, gostei. No entanto, acredito que vai da crença de cada um, pois ele termina por ser mais religioso que atrativo. .

A série é uma comédia dramática e tem 8 episódios de 30min apenas. Achei bem interessante ver o desenvolvimento dos personagens e o melhor é que não é centrado apenas no Sam, mas em toda sua família. Mostrando que cada um possui problemas, limitações e o que fazem para resolver. A série apresenta um pai que teve medo ao descobrir que tinha um filho com autismo e seu sistema de defesa o fez se afastar da família, uma irmã que sofre com a invisibilidade dentro desse quadro, mas tenta proteger seu irmão o quanto pode e uma mãe que tenta se redescobrir como mulher, pois depois que teve Sam ela não soube mais ser outra coisa, a não ser mãe/cuidadora.
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Acho bacana que tenha séries/filmes centrados em temas desse tipo para acabar com os esteriótipos de que pessoas com transtornos não podem ter uma vida "comum". A série não mostra a infância de Sam, seu grau do transtorno ou seu desenvolvimento nessa fase, mas é um ótimo começo para quem não entende passar a compreender e se interessar mais. Sam vai mostrando que tem limitações sim, mas que também possui outras habilidades.
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Keir Gilchrist não é autista na vida real, mas está interpretando muito bem seu papel. E para deixar a série um pouco mais real, eles fizeram questão de colocarem um ator que possui o transtorno para encenar, é o personagem de Christopher, ele aparece pouco, mas é bacana saber disso.

Sinceramente, eu não lembro de outra série que me ganhou pelo trailer ou pelo primeiro episódio, a partir de Atypical vou passar a responder essa pergunta. E tenho a esperança de que a 2a temporada seja tão boa quanto essa 1a. Preciso enfatizar que comédia dramática tem os dois "tons", com cenas cômicas e outras tristes e achei que ela acerta bem nesses quesitos.

Sobre seres humanos em uma época desumana. Esses filmes sempre vão me emocionar <3
Mais um lugar pra lista de "quero visitar um dia".