Cara, que sentimentos mistos por esse documentário. Tem horas que amo todo o frescor da estética oitentista, tem horas que acho incrível os registros das imersões e processos criativos para, em seguida, achar tudo paradoxalmente super pretensioso. Mas o que seria da criatividade artística sem uma pitada de pretensão?
entrou pra minha lista de favoritos por ser uma obra estética primorosa. uma verdadeira aula de direção de arte, fotógrafia e câmera. o plano constantemente aberto nos insere pra dentro da cena/ação. a trilha sonora também dá o seu recado. acho que o resto é detalhe passível de críticas irrelevantes dentro do contexto geral do trabalho.
há 24 horas atrás eu vi essa pancada, e toda vez que lembro de tudo que assisti, um grande incômodo toma conta de mim. tenho certeza que esse sentimento vai perdurar ainda por um bom tempo. e essa nota 3.7 não condiz com a obra, bjs.
o roteiro tem uns pontos falhos, que por pouco não cai no erro de tratar superficialmente das complexidades e questões em torno da personagem Paulie. Diana Ross em atuação monstruosa e sensível!
eu realmente precisava assistir esse filme antes de terminar 2016. foi como fazer uma retrospectiva não só de um ano (horroroso) que está encerrando, mas como de muitos outros anos (horrorosos) que passaram. tirando a parte subjetiva que me tangenciou por várias cenas, ''o que está por vir'' é uma produção bem amarrada da montagem ao roteiro. embora de uma delicadeza tremenda, se propõe a tocar em feridas abertas sem a menor preocupação em fecha-las, o que acho fascinante. a enxurrada de referencias do campo filosófico, a atuação de Isabelle Huppert e a bela fotografia - convenhamos que a Bretanha, os parques parisienses e os alpes ajudam bastante para tal resultado - também chamam a atenção. os dramas do cotidiano estão aí; cabe a nós saber o que fazer deles.
antes de assistir a ''Deux Jours, Une Nuit'' pensava: ''Marion deve estar ótima''... então, me surpreendo além da expectativa e Marion está irretocável - Juliane poderia ter perdido tranquilamente a estatueta desse ano pra ela, viu. mas não obstante a performance da atriz francesa, esse filme nos faz mergulhar em uma espiral quase frenética e melancólica de colapsos humanos (coletivos ou individuais). ficamos a par da situação econômica na Bélgica, produtivamente coalhada desde a crise econômica de 2008 - embora o roteiro não especifique o tempo corrente, sabemos que a estória se passa deste então. a personagem Sandra é um retrato fiel daqueles vitimados pela depressão, vulgarmente estigmatizados pelo senso comum com as chagas da fraqueza de espírito, personalidade e força de vontade para combater de igual pra igual no competitivo mercado de trabalho capitalista. a doença tem um papel crucial no entendimento desta problemática. as indignidades comuns decorrentes do fato de ter de confrontar-se perante todo um sistema, suas leis e jogos de interesses, para muitos pode sinalizar um caráter vexatório e humilhante, perante os colegas de trabalho. entretanto a narrativa propõe um olhar sensível, e o expectador se vê diante de dramas paralelos no decorrer da trama que põem em xeque direitos interpessoais em prol de uma unidade. aonde haveria espaço para uma suposta fraqueza, na verdade há uma lição semi heroica de força e perseverança. filme louvável que poderia tranquilamente falar de uma Sandra em qualquer parte do globo. vida longa aos diretores e seu cinema de denúncia social.
''bem, eu suponho que nada seja para sempre. temos que abrir espaço para outras pessoas. é uma roda. você está no alto, você tem que chegar ao final, e então alguém toma o seu lugar. agora vou fechar e correr para a porta ao lado para fazer o meu trabalho.''
o mal de Alzheimer é uma doença que mostra cruamente que somos feitos para deixar de ser, o processo é irreversível e as consequências devastadoras. foi exatamente isto que ''Still Alice'' retratou bem, com um viés sutilmente irônico - o fato de a protagonista ter sido uma excepcional professora de linguística até o momento do diagnóstico positivo para Alzheimer talvez seja o mais lógico de todos. Julianne impecável e afinada com os demais do elenco. minha ressalva fica apenas por conta de Kristen Stewart que já provou ser uma ótima atriz, mas me parece representar o mesmo persongem há uns dois anos.
é sempre bom rever clássicos desse tipo. as nuances obscuras que ele carrega consigo vão sendo descortinadas a cada nova re-assistida, e o filme passa a ser (ironicamente) mais claro. dessa vez cheguei a conclusão de que Blade Runner é tão vanguarda que inaugurou, por assim dizer, uma nova linguagem: o noir sci-fi. merece uma nova versão sim.
Presságio
3.1 1,8K Assista AgoraO final é memorável, o que tem pra trás é meio morno
A Cor da Romã
4.1 133Revi hoje, 01.11.2023. Só vai curtir esse filme quem ama semiótica, semântica, símbolos, signos, significados e significantes
Titãs - A Vida Até Parece uma Festa
3.9 86Cara, que sentimentos mistos por esse documentário. Tem horas que amo todo o frescor da estética oitentista, tem horas que acho incrível os registros das imersões e processos criativos para, em seguida, achar tudo paradoxalmente super pretensioso. Mas o que seria da criatividade artística sem uma pitada de pretensão?
The Innocents
3.7 157Muito parecido com o enredo do mangá de terror criado por Katsuhiro Otomo (diretor de Akira) entitulado DOMU: A Child's Dream.
Corações Sujos
3.6 264 Assista AgoraComo esse filme dialoga com os surtos da era pós-verdade é algo que me deixou abismada. Ah, a sétima arte ❤️
1917
4.2 1,8K Assista Agoraentrou pra minha lista de favoritos por ser uma obra estética primorosa. uma verdadeira aula de direção de arte, fotógrafia e câmera. o plano constantemente aberto nos insere pra dentro da cena/ação. a trilha sonora também dá o seu recado. acho que o resto é detalhe passível de críticas irrelevantes dentro do contexto geral do trabalho.
Roma
4.1 1,4K Assista Agora"estamos sozinhas, digam o que nos disserem, nós, mulheres, estamos sempre sozinhas".
Pasolini
3.2 37 Assista Agoramisery cordia!
Mary Stuart, Rainha da Escócia
3.5 17O figurino dos momentos finais da rainha Mary é de um impacto fenomenal!
Muito Além do Peso
4.4 161uma garotinha com menos de 10 anos de idade fala que falta sentido em sua vida... porra, que pesado viu.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista Agorahá 24 horas atrás eu vi essa pancada, e toda vez que lembro de tudo que assisti, um grande incômodo toma conta de mim. tenho certeza que esse sentimento vai perdurar ainda por um bom tempo. e essa nota 3.7 não condiz com a obra, bjs.
Além da Escuridão
3.8 1o roteiro tem uns pontos falhos, que por pouco não cai no erro de tratar superficialmente das complexidades e questões em torno da personagem Paulie. Diana Ross em atuação monstruosa e sensível!
O Castelo Assombrado
3.8 69- Charles, are you sure you're alright?
- perfectly sure my dear... perfectly sure...
<3
A Máscara em que Você Vive
4.5 201documentário urgente pro mundo inteiro assistir!
O Que Está Por Vir
3.8 102 Assista Agoraeu realmente precisava assistir esse filme antes de terminar 2016. foi como fazer uma retrospectiva não só de um ano (horroroso) que está encerrando, mas como de muitos outros anos (horrorosos) que passaram. tirando a parte subjetiva que me tangenciou por várias cenas, ''o que está por vir'' é uma produção bem amarrada da montagem ao roteiro. embora de uma delicadeza tremenda, se propõe a tocar em feridas abertas sem a menor preocupação em fecha-las, o que acho fascinante. a enxurrada de referencias do campo filosófico, a atuação de Isabelle Huppert e a bela fotografia - convenhamos que a Bretanha, os parques parisienses e os alpes ajudam bastante para tal resultado - também chamam a atenção. os dramas do cotidiano estão aí; cabe a nós saber o que fazer deles.
Marcas do Passado
3.0 44 Assista Agoraeu não tô bem marsela. há uma hora tentando digerir o quão pesado, trágico e belo é esse filme, minha gente.
O Universo No Olhar
4.2 1,3K"eu não vou chorar, eu não vou chorar, eu não vou chorar." foi o meu mantra nos últimos 5 minutos de filme. quase falhou, mas deu certo.
Olho Nu
3.9 36quero ser o melhor amigo de Ney! A G O R A!
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542antes de assistir a ''Deux Jours, Une Nuit'' pensava: ''Marion deve estar ótima''... então, me surpreendo além da expectativa e Marion está irretocável - Juliane poderia ter perdido tranquilamente a estatueta desse ano pra ela, viu. mas não obstante a performance da atriz francesa, esse filme nos faz mergulhar em uma espiral quase frenética e melancólica de colapsos humanos (coletivos ou individuais). ficamos a par da situação econômica na Bélgica, produtivamente coalhada desde a crise econômica de 2008 - embora o roteiro não especifique o tempo corrente, sabemos que a estória se passa deste então. a personagem Sandra é um retrato fiel daqueles vitimados pela depressão, vulgarmente estigmatizados pelo senso comum com as chagas da fraqueza de espírito, personalidade e força de vontade para combater de igual pra igual no competitivo mercado de trabalho capitalista. a doença tem um papel crucial no entendimento desta problemática. as indignidades comuns decorrentes do fato de ter de confrontar-se perante todo um sistema, suas leis e jogos de interesses, para muitos pode sinalizar um caráter vexatório e humilhante, perante os colegas de trabalho. entretanto a narrativa propõe um olhar sensível, e o expectador se vê diante de dramas paralelos no decorrer da trama que põem em xeque direitos interpessoais em prol de uma unidade. aonde haveria espaço para uma suposta fraqueza, na verdade há uma lição semi heroica de força e perseverança. filme louvável que poderia tranquilamente falar de uma Sandra em qualquer parte do globo. vida longa aos diretores e seu cinema de denúncia social.
A Fotografia Oculta de Vivian Maier
4.4 106''bem, eu suponho que nada seja para sempre. temos que abrir espaço para outras pessoas. é uma roda. você está no alto, você tem que chegar ao final, e então alguém toma o seu lugar. agora vou fechar e correr para a porta ao lado para fazer o meu trabalho.''
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista Agorao mal de Alzheimer é uma doença que mostra cruamente que somos feitos para deixar de ser, o processo é irreversível e as consequências devastadoras. foi exatamente isto que ''Still Alice'' retratou bem, com um viés sutilmente irônico - o fato de a protagonista ter sido uma excepcional professora de linguística até o momento do diagnóstico positivo para Alzheimer talvez seja o mais lógico de todos. Julianne impecável e afinada com os demais do elenco. minha ressalva fica apenas por conta de Kristen Stewart que já provou ser uma ótima atriz, mas me parece representar o mesmo persongem há uns dois anos.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista Agoraé sempre bom rever clássicos desse tipo. as nuances obscuras que ele carrega consigo vão sendo descortinadas a cada nova re-assistida, e o filme passa a ser (ironicamente) mais claro. dessa vez cheguei a conclusão de que Blade Runner é tão vanguarda que inaugurou, por assim dizer, uma nova linguagem: o noir sci-fi. merece uma nova versão sim.
Flor do Deserto
4.2 274eu só consegui lembrar dessa música durante o filme inteiro. salve Sade. <3
https://www.youtube.com/watch?v=VaajVLzS170
Herostratus
4.1 10 Assista Agoraalguém devolve meu ar? digo que estou maravilhado!