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Últimas opiniões enviadas

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    Apesar do roteiro formular, que até a metade do segundo ato acaba caindo um pouco mais raso do que esperado, Detetive Pikachu entrega uma jornada divertidíssima, cheia de alma, e um esplendor visual que deslumbra até o mais cabeça-dura dos fãs. Reynolds brilha, mais uma vez, como um personagem-título afiado, sarcástico e autoconsciente, abrindo espaço pra uma dinâmica surpreendentemente orgânica e espirituosa, enquanto aprofunda o escopo da trama em focar mais nos arcos que estabelece do que na expansão desenfreada de uma mitologia de alto renome.

    Em suma, o delivery de Detetive Pikachu acerta pontualmente em uma qualidade gráfica impressionante e recompensadora - com, enfim, a transposição dos monstrinhos de bolso parra a vida real com um dos CGIs mais bem renderizados de blockbusters dos últimos anos, especialmente dadas as circunstâncias, com um esmero encantador com detalhes e texturas -, twists astutos e provocantes, e uma gama de referências e fanservice que inequivocamente ocupa segundo plano, mas fomenta satisfatoriamente o hype e a nostalgia de um fandom enfim gratificado pela indústria.

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    Danny Boyle fez o que parecia ser impossível: uma sequência nostálgica, mas relevante, reinventando, com um apreço ímpar e delicado sobre a essência dos personagens, seus arcos e dinâmicas, o estridente e agridoce ensaio sobre as mazelas da sociedade que foi Trainspotting. Vinte anos depois, T2 se mostra atual, necessário, catártico, e igualmente pontual, ao adentrar novamente a vida de Renton, Spud, Sick Boy, e Franco, tal como suas infindáveis encarnações cíclicas de vícios - a heroína, a luxúria, o passado, a traição -, e conferir um novo fôlego às suas histórias ao passo que revisitam e desenrolam pendências do passado e urgências de um não-tão-mais nublado futuro. Embora falte ao filme um senso mais frenético de subversão e pertinência que pulsara em 96, o espírito transgressor e ambivalente da juventude, e como seus colaterais ecoam a longo prazo, se mantém firme e sustenta como um dos pilares esse fechamento mais que satisfatório para os garotos sujos de Edimburgo.

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    Desde Bastardos Inglórios, fica cada vez mais evidente como Quentin Tarantino tem amadurecido como cineasta. Peças colossais, grandiloquentes, com uma qualidade técnica sempre crescente, e maior lapidação de roteiro que vem entregando, filme por filme, uma fórmula tarantinesca mais encorpada, verborrágica no melhor dos sentidos, mantendo o que pulsa dentro de si e se traduziu tão emblematicamente em seus primeiros trabalhos, mas aparando arestas e aprimorando sua capacidade de transposição criativa em episódios maiores-que-a-vida com um built cauteloso e artesão. Bastardos Inglórios, Django Livre, Os Oito Odiados. E, em particular neste último, fica claro como Tarantino, ainda que surfando nas ondas de seus sonhos molhados de entusiasta de gênero, com todos os toques possíveis de sua formação aficionada em westerns, blaxploitation, filmes de artes marciais, e tudo que fosse inflado demais para o circuito mainstream de Hollywood nos últimos 70 anos, foge do puro referencial e das homages cruas, para buscar cada vez mais uma construção não mais de sua identidade como diretor, mas da expansão de suas possibilidades. Fazer cinema por cinema, e não pelo prazer de simplesmente reproduzir nuances mais identitárias de um cinema prévio. N'Os Oito Odiados, um ambicioso filme de câmara, e um jogo de gato e rato brilhantemente bem composto por sua sempre espaçosa assinatura criativa, seus já esperados personagens arquetípicos expansivos e over-the-top, entregam a posição dos holofotes à uma fotografia inspirada, diferentemente de qualquer outra em seu catálogo, uma trilha sonora vencedora de Oscar, sob encomenda pelo lendário Ennio Morricone, e um maior esmero no crafting do filme não só como uma história, mas como uma peça visual deslumbrante e viva por si só.

    E o passo seguinte, em Era uma Vez, foi dado com exímia maestria.

    Argumentavelmente o filme mais maduro - e, sem dúvidas, o mais contido - de Tarantino, Era Uma Vez em... Hollywood serve o maior espetáculo visual e a entrega mais delicada de toda a carreira do diretor. Uma belíssima ode ao cinema, suas instituições, seus espectros, seus vícios, e suas introjeções na vida real, que, com todo o cuidado e a articulação característicos de um roteiro Tarantino, se debruça suavemente na belle epoque de Hollywood, e as cirandas fulminantes que fechavam os anos sessenta. Metalinguistica, afiada, ácida, e, principalmente, fluída, a trama não constrói - é construída, costurada por cada evocação de personagem que a compõe, e denuncia um diretor mais astuto, um roteirista mais odisséico, e o mesmo auto-engajado movie enthusiast que concebe, primariamente, catedrais monumentais de prazer próprio. Os dois primeiros poderiam entrar em conflito direto com o último, mas é aqui que entra o fator maestral: Quentin Tarantino faz seu próprio paraíso do prazer em cada longa que escreve e dirige, mas o faz tão bem que reverbera os prazeres para qualquer um que esteja disponível o suficiente de adentrar nem que seja a ponta do pé em seu oceano particular de excentricidades e devaneios profanos. Dessa maneira, assim, seu nono insulto consegue se reinventar de cabo a rabo; uma peça de mão leve, artesanato puro, craftada, todavia, com um iminente torpor de tensão que circunda cada quadro e cada ato, atravessado, ainda, pela mão de ferro em luva de veludo do humor tarantinesco. Nenhuma atuação menor que estrelar, com Pitt e DiCaprio provando não só uma química ímpar, mas como os anos não lhes fazem nada além de (muito) bem quando o assunto é performance, e nenhum exagero gráfico menor do que esperávamos. Os twists de Tarantino reescrevendo a história sempre são um agrado delicioso de se esperar, mas nem por isso deixam de nos surpreender e arrancar bons sorrisos catárticos na beira dos assentos.

    No mais, Era Uma Vez em... Hollywood é cirúrgico, suave, com um ritmo audacioso e fluído, e marca a maturação cinematográfica de uma das assinaturas diretoriais mais inconfundíveis dos últimos 30 anos. O que antes era uma gravação à faca, aqui se dá por uma pincelada minuciosa - e um novo fôlego pra uma carreira já antes brilhante.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Ps. Puta que me pariu, quem diria que o cameraman Antonio Margheriti alçaria como diretor 20 anos depois da época da guerra? AHUAHUHAUHAU

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Bruna
    Bruna

    É pra já :3

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