Nayara

Fazia tempo que uma série não me fazia ter uma reflexão tão crítica sobre as sociedades do mundo! Me lembrou a reflexão que José Saramago fez no livro/filme Ensaio Sobre a Cegueira, ao afirmar que os homens em situações extremas volta para sua animalidade primitiva.
Alguns episódios são bem arrastados, pra um ansioso, como eu, foi quase como um infarto! Mas de uma maneira geral, a série superou minhas expectativas.

Filme muito ruim. Fraco. Com atuações nada convincentes. Em momento nenhum o telespectador consegue sentir qualquer emoção pelo que está vendo.

Mary Shepherd (Maggie Smith) é uma senhora idosa, que mora dentro de uma van que fica estacionada na rua. Devido aos seus hábitos pouco higiênicos, os moradores não gostam quando ela decide estacionar o carro próximo à sua casa. O único que a tolera é o escritor Alan Bennett (Alex Jennings), que permite que ela use seu banheiro de vez em quando. E após o moradores conseguirem com que a prefeitura local proibisse que carros ficassem estacionados na rua, Alan permite com que a senhorinha estacione a van em sua garagem, com o acordo que fosse por um curto período de tempo.
O filme traz uma abordagem tipicamente dos filmes ingleses, com um humor sarcástico, com lindas paisagens mostrando as ruas de Londres junto com uma natureza bem marcante. A paleta de cores é outro ponto que merece destaque dos filmes clássicos ingleses, e esse não fica atrás, nos encantando com tons pastéis maravilhosos, além de uma fotografia perfeita.
Maggie Smith como sempre nos encanta com uma atuação impecável. Nós conseguimos nos emocionar apenas com as expressões extremamente marcantes dessa senhora que temos o prazer de ver nas telinhas.
A medida que a historia vai evoluindo, mais e mais nós queremos saber qual o grande segredo dessa senhora tão forte e ranzinza ao mesmo tempo. No entanto, o que era para ser um filme de comédia, consegue arrancar muitas lágrimas dos telespectadores.
Terminamos o longa, com a reflexão extremamente importante sobre como: que lugar ocupa o idoso na sociedade, o poder das nossas escolhas e sobre problemas mentais.
O filme tem um enredo um pouco arrastado, então não é para quem gosta de aventura, porém contem uma narrativa filosófica, sensível e marcante. Serve para refletir sobre compaixão e amor ao próximo.
Confesso que fiquei devastada com o final, uma frase em especial machucou profundamente minha alma. É triste, porém necessário. Recomendo demais.