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  • Nathan Melo

    Taxi Driver é a obra prima de Scorsese, que demonstra da forma mais instigante possível como a imagem pode ser utilizada para contar uma história. Esta é uma jornada de redenção, loucura e queda. De Niro em uma interpretação brilhante nunca deixa com que o espectador fique totalmente seguro sobre o caráter ou estado mental de Travis. Mas principalmente, considero esta a melhor obra de Scorsese, porque é seu auge como contador de histórias. E o segredo está na imagem. Se em Bons Companheiros o diretor se utilizou de todos seus caprichos a fim de criar a epopeia sobre mafiosos, aqui ele se utiliza da simples, porém profunda construção de um cenário e a relação do personagem com este, para dar luz a esse complexo estudo sobre a moralidade humana. O cenário escolhido está presente em diversas outras obras, porém nunca foi tão bem explorado. Cada rua que Travis passa com seu Táxi, parece viva, opressora e ao mesmo tempo tão infinita e duradoura até o destino do passageiro. A narrativa é conduzida por uma linha tênue que tende a cair durante toda a obra, pendendo para o lado do herói, ou do vilão. Não é possível prever quando, e se, tudo vai explodir. O final é justamente essa explosão sangrenta. A tensão, assim como a violência são utilizadas gradualmente, subindo e subindo ao ponto em que derramar sangue se torna forma de expressão. A direção de Scorsese tem seu papel fundamental para que com apenas simples planos das viagens de Travis, consiga tão bem estabelecer na mente do espectador a tortura do protagonista. Pegando cenas individuais, é fascinante a utilização também do silêncio. De Niro não fala muito, e tendo colocado em nossa mente a loucura de seu personagem, Scorsese articula isso para que a cada pergunta, fiquemos receosos se a resposta será adequada, ou gerará conflito. Cinema é contar uma história com imagens. O que é feito nesse filme corresponde perfeita e minuciosamente a essa descrição. Não é uma obra que se utiliza de elementos cinematográficos para dar ritmo a uma cena. É um filme que utiliza os mesmos para potencializar o efeito de um plano, por mais simplório que esse seja. Taxi Driver tem muito a ensinar para diretores e roteiristas. Uma aula de como se construir um personagem, criar conflito e estabelecer uma ameaça que pode vir de qualquer lugar

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