Acabei assistindo por acaso e não esperava me deparar com um filme tão bom. Delicado e sentimental sem precisar cair no drama padrão, e talvez seja a melhor atuação Brie Larson (que ainda não acho a melhor coisa do mundo, mas encaixou bem na personagem).
Edgar Wright não é um dos melhores diretores da atualidade à toa. Que filme de ação bem feito, com uma direção e montagem alucinadas - o que não é surpresa por ser um filme do Ed. Imagino que com esse filme ele acabe caindo no mainstream e passe a ser mais valorizado, como merece, amém Edgar Wright.
Fincher e Fincher, entao nao tem como ser ruim. Porem, achei o filme meio apatico em muitos momentos, que simplesmente passam sem deixar emoçao. A relacao dele com a mae começa a se tao bem construida, mas e ignorada depois, assim como muitas outras coisas em relaçao aos personagens. Nao achei o filme cansativo, diferente do que muitos comentam, acho que Fincher sabe lidar muito bem com a duraçao de seus filmes. Enfim, finalmente assisti a todos os filmes desse homem maravilhoso.
O filme tem uma proposta muito legal e até executa muito bem em vários momentos, mas o maior problema é o ritmo, que é tão inconsistente que faz o filme parecer mais longo do que realmente é. Admito que fiquei levemente decepcionado ao ver o nome do Jorge Furtado quando o filme acabou - não lembrava que era dele -, pois tem algumas coisas no filme que parecem ser de um cineasta amador. Mas, apesar de tudo, o filme ainda é bem divertido e vale à pena.
Escrito, dirigido, produzido e estrelado por Tommy Wiseau, maior obra prima incompreendida da história do cinema, se vc nunca viu veja agora pelo seu próprio bem
Que gracinha de filme. Adoro este espírito de inocência e aventura num filme ~pra toda família~ que não cai nas piadinhas toscas que substimam a inteligência das crianças, que são seu público alvo.
Filmão da porra. James McAvoy mandando bem pra caramba, todo o clima de tensão e suspense do Shyamalan aparece aqui, muito bem construído. Achei fraca a atuação das 3 meninas e as personagens em si desinteressantes, o que prejudica um pouco, pois não desperta a vontade de torcer a favor delas, até porque você quer saber mais sobre o personagem do McAvoy do que delas. Mas o que importa é que o xaimalão tá vivo
É bacana, mas me incomodo quando um filme usa viagem no tempo apenas como um recurso narrativo e ignora a lógica da viagem no tempo. No caso deste filme, não faz sentido porque é tudo um grande paradoxo.
Adorei o filme, porém, deve ser visto quando estiver bem de boa porque é muito cansativo. 2h20 com 95% de diálogos nonstop (e eu adoro filmes só com diálogos, Antes do Amanhecer é a minha trilogia favorita)
Hidden Figures carrega um sentimento bem parecido com The Help, também com a Octavia Spencer. É um filme feel good bem trabalhado, com personagens muito carismáticas e ótimas atuações. Acho algumas coisas um pouco forçadas para gerar empatia, querendo apontar de desigualdade e o racismo de uma forma que parece estar jogando na cara de quem assiste. Apesar de achar que faltou um pouco de sutileza em alguns momentos, é um filme bem bacana e que dá destaque a três mulheres que fizeram diferença na história, mas não têm esse reconhecimento.
O filme aborda um período muito curto após o assassinato de JFK, e eu acho que isso foi uma escolha que poderia ter sido melhor aproveitada. É um filme, basicamente, para vangloriar a Jackie Kennedy, então acaba se tornando algo focado na atuação do que na trama em si. Natalie está fantástica, isso é inegável, mas fica aquela sensação de que poderia ter sido um filme muito mais marcante do que foi.
Poucos filmes conseguem ser sensíveis e profundos sem apelarem para o emocional barato. O filme carrega um fardo pesado e Casey representa isso brilhantemente. Apesar de relativamente longo, não é cansativo em momento algum por você estar envolvido demais com tudo que o filme aborda. Sem dúvida, um dos melhores de 2016.
Ele começa falando sobre a astronomia (que é forte no Chile) e vai, delicadamente, indo em direção aos resquícios da ditadura chilena (que durou de 1973 a 1990). Totalmente poético e delicado, este documentário traz uma visão cósmica para relacionar o desejo pela liberdade em um ambiente tão hostil, que é a ditadura. Recomendo fortemente.
Vou começar pelos pontos que gostei muito. Em primeiro lugar, Rogue One é um filme de guerra. E isso parece meio óbvio por estarmos falando de Star Wars, porém é a primeira vez em que a guerra em si tem total foco em um filme da franquia. Nos outros filmes, a guerra era o pano de fundo e a história se desenrolada nos bastidores, mas aqui não tem nada de subplots, tramas pessoais, é a guerra e a imersão de se estar em uma guerra.
Porém, o filme acaba se enfraquecendo em muitos aspectos. O principal para mim é a falta de empatia pelos personagens, pois nenhum tem um verdadeiro background. É possível acabar gostando de personagens como o Chirrut Îmwe, mas por ele ser um personagem legal (um ponto dele que gostei muito foi que, pela primeira vez, vemos a Força ser tratada como uma religião mesmo em Star Wars). Tirando isso, não tem como se importar com os personagens. Principalmente a personagem da Felicity Jones, que tem tanto carisma quanto uma maçaneta. A Jyn tem uma história totalmente jogada, sem desenvolvimento, sem personalidade e sem graça (principalmente quando você lembra que existe a Rey).
Rogue One podia seguir dois lados: 1) Não dar atenção a nenhum personagem específico, mas aos rebeldes, no total. 2) Desenvolver bem os personagens e focar em um deles, pelo menos. E no final ele quer dar atenção aos rebeldes, que passa por cima, e joga o holofote em uma personagem, que não funciona. O filme não tem erros, na verdade, apenas escolhas não tão boas.
Vou passar por cima da computadorização de Ps3 na cara do Tarkin, porque não vem ao caso. Boa parte dos diálogos são meramente expositivos, parece até que foi escrito pelo Nolan em alguns momentos :v a montagem e a direção se confundem em certos momentos no filme (um acaba prejudicando o outro. Se bem que é o mesmo montador do Hobbit :v)
Enfim, Rogue One é um bom filme, sim. Eu apontei os pontos que não gostei, mas de resto, adorei muitas coisas do filme. O clima mais darkness, não usar o Darth Vader como muleta, a nostalgia de ver um outro Star Wars bom. Contudo, é inegável que o filme é apenas um fan service - não no mesmo aspecto que Batman v Superman, mas uma história que não acrescenta nada, só mostra algo que os fãs de Star Wars já sabiam e queriam saber como aconteceu. E diferente de filmes que tentam fazer isso e falham (como foi com a segunda trilogia), Rogue One consegue ser competente e um bom aperitivo enquanto não sai o Episódio VIII.
O filme começou com um estilo de documentário, que até foi interessante, mas se prolongou demais a ponto de ficar meio chato. Porém, quando começam as apresentações, ele fica bem divertido. Algumas piadas são boas, algumas são cansativas, mas é um filme que vale a pena quando você só quer passar o tempo
Sequência espiritual de Dazed e Confused que chega a ser melhor <3 Muito bom do começo ao fim. Obs: Pior "tradução" de título ever Obs2: Melhor cena pós créditos da história
Achei um filme realmente muito bom. O filme consegue se sustentar sozinho, sem precisar do filme original. Os dois se complementam e é emocionante ver as referências escondidas. Tem toda a essência do primeiro longa, com certeza irá divertir muito as pessoas.
Falei mais sobre o filme no meu vídeo: https://youtu.be/xm58qzI7xkE
Quando um remake, reboot, ou mesmo uma sequência de uma obra clássica do cinema é anunciada, há sempre uma mistura de expectativa e medo. Trinta anos após sua última jornada em Além da Cúpula do Trovão, Mad Max está de volta aos cinemas, dessa vez com Tom Hardy interpretando Max, papel antes interpretado por Mel Gibson. Nos últimos meses, fomos constantemente bombardeados por imagens e trailers empolgantes, mas será que o resultado final faria jus ao prometido? A conclusão é unânime: voltar ao mundo pós-apocalíptico de Mad Max nunca foi tão insano. E isso é um elogio.
Logo no início do filme somos introduzidos a uma ação desenfreada. Assim como na trilogia original, Estrada da Fúria não tem um roteiro linear com começo, meio e fim. A história está presente a todo o momento, porém ela não é contada para você diretamente. Nos primeiros minutos, temos uma breve introdução de quem é Max e qual é a situação atual do mundo, tornando um filme independente de seus antecessores.
A trama começa após Max ser sequestrado por um grupo liderado por Immortal Joe – uma espécie de líder da região em que estamos situados -, contudo, não ficamos focados apenas em Max, e sim em Furiosa (Charlize Theron), filha de Joe. Ela está fugindo rumo a um lugar chamado Vale Verde em busca de liberdade, levando consigo cinco mulheres que são mantidas como prisioneiras para procriação por Immortal Joe.
Dentre suas muitas qualidades, Mad Max tem se destacado exclusivamente por seu discurso feminista. Furiosa se mostra uma personagem feminina extremamente forte, chegando a se igualar a Max, porém sua personalidade não é masculinizada, o que a torna um símbolo relevante ao museu de personagens femininas da história do cinema.
A direção minuciosamente cuidadosa de George Miller (criador da trilogia original) merece reconhecimento à parte. Cada cena do filme foi detalhadamente planejada em mais de 1.400 storyboards desenhados pelo próprio George Miller. A substituição do roteiro pelo storyboard fez com que cada cena fosse perfeitamente trabalhada. Em todos os momentos de ação, você nunca se perde nos acontecimentos, cada detalhe apresentado é visível, nunca confundindo o espectador ou deixando-o a se questionar o que está ocorrendo na tela. O primeiro Mad Max, de 1979, foi feito com o orçamento de 200 mil dólares, enquanto Estrada da Fúria foi feito com 200 milhões de dólares, e cada centavo investido está presente na tela.
A característica visual de Mad Max é um de seus maiores triunfos. Cada aspecto do mundo devastado é detalhadamente trabalhado, desde a estética de seus veículos (como a mistura de um carro com um tanque de guerra) até seus personagens e a população, tudo ricamente planejado para que a imersão neste universo ficasse orgânica e quase imediata.
Estrada da fúria é um filme que não perde tempo situando o espectador em seu mundo. Em nenhum momento o longa lhe pega pela mão e apresenta o que está acontecendo, não se dando ao trabalho de explicar porquê as pessoas fazem certos rituais, ou como as civilizações se dividem. George Miller simplesmente te joga no meio do deserto e deixa com que você mesmo descubra todas essas respostas, fazendo com que o filme seja sem furos e que o espectador se interesse em descobrir cada vez mais o que está ocorrendo com a humanidade.
Os efeitos visuais inovadores contribuem para a destruição criada em cada cena de perseguição que acompanhamos. Contudo, muitos dos efeitos foram efeitos práticos, aumentando ainda mais o realismo das cenas. É praticamente impossível não se empolgar durante as lutas frenéticas. Exércitos de carros e caminhões destinados a capturar Furiosa, cada veículo com sua própria característica, e assim como nas batalhas em que as tropas eram motivadas por músicos, aqui temos até um carro com amplificadores, tambores e um guitarrista, fazendo com que a perseguição seja ao som de heavy metal.
Seria muito ousado comparar Mad Max: Estrada da Fúria com clássicos de ação como Duro de Matar, Exterminador do Futuro ou até Matrix? Com certeza não! Assim como seu antecessor de 1979, Estrada da Fúria nos ensina como deve ser o novo cinema de ação. Este filme não é apenas explosões genéricas, e sim uma nova maneira de contar uma história, sem precisar de diálogos explicativos, apenas usando estímulos visuais que enchem os olhos dos espectadores. Quem não conhece a trilogia original poderá estranhar um pouco a falta de linearidade, mas não irá demorar para conseguir embarcar no mundo insanamente fantástico que irá enfrentar.
Há histórias que são desfrutadas pelas pessoas e permanecem em suas mentes por muito tempo. Porém, há outras obras que são tão marcantes que acabam entrando para a cultura de forma tão difundida que as pessoas conhecem a história sem nem conhecer a obra original. Essas histórias chegam ao nível de clássicos eternos, como os conto de fadas. Temos muitos casos de obras que alcançaram este feito; Charles Dickens, por exemplo, com A Canção de Natal; Mark Twain, com Tom Sawyer. E, é claro, A Felicidade não se Compra, de Frank Capra.
Logo no início do filme, já sabemos que algo está errado com o nosso protagonista, George Bailey (James Stewart), um homem altruísta que sempre esteve disposto a ajudar quem estivesse próximo dele. Contudo, durante uma crise financeira na véspera de natal, George decide por um fim a sua vida. Eis então que surge um anjo, Clarence (Henry Travers), mandado em missão para impedir George de cometer tal ato. Para isso, Clarence realiza o desejo de Bailey e o mostra como seria a vida de toda a sua pequena cidade se ele nunca tivesse nascido.
O aclamado diretor Frank Capra tem “A Felicidade Não Se Compra” como a sua obra prima. Um clássico do cinema e considerado um dos filmes mais poderosos já feitos, com uma mensagem que emociona e leva a refletir sobre a vida e as decisões que nela fazemos. Filmado em preto e branco, o filme é narrado por meio de flashbacks assistidas pelo Anjo, onde conhecemos todos os pontos principais para o desenvolver dos personagens, principalmente de George, que acompanhamos desde a infância até ao ponto principal de nossa trama.
A história foi readaptada e refilmada várias vezes, o que tornou o enredo tão conhecido, sendo um clássico natalino que consegue tocar até os mais pessimistas. Com o carisma de James Stewart, a direção impecável de Frank Capra e um excelente elenco, A Felicidade Não Se Compra ainda se mantem atual, quase 70 anos após de seu lançamento. Algumas obras vivem para sempre.
Como é de costume aos cinéfilos, todo mês de setembro ocorre o Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), onde diretores esperam ansiosamente para exibir seu filme que, possivelmente, conseguirá seu lugar nas principais categorias do Oscar. Dentre todos os longas aclamados no festival, o que conseguiu mais destaque foi Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), do diretor Alejandro González Iñárritu. Com um título satírico, Birdman conseguiu arrancar elogios de críticos e espectadores ao flertar com a realidade de um ator na beira do desespero pelo sucesso.
Assim como Whiplash – Em Busca da Perfeição (2014), Birdman pode ser visto como uma nova versão de Cisne Negro (2010). Após viver o super-herói Birdman nos cinemas, Riggan (Michael Keaton) tenta buscar um papel que consiga reerguer sua carreira e afaste, de uma vez por todas, sua imagem da sombra do Homem Pássaro que costumava ser sua vida. Na tentativa de dirigir e atuar uma peça na Broadway, Riggan se vê em conflito com todos que estão à sua volta, incluindo ele mesmo.
A metalinguagem usada por Alejandro González para criar o paralelo entre Riggan e Michael Keaton, o Batman de Tim Burton, faz com que o filme flerte com a realidade, ajudando na imersão da trama. Assim como no filme Festim Diabólico, de Alfred Hitchcock, o filme conta com longas cenas de plano-sequência e transições sutis para que o espectador não consiga perceber o corte e tenha a impressão de que o filme foi todo feito de uma só vez, assim como uma peça de teatro.
Birdman é a chama de esperança que Keaton conseguiu para reacender sua carreira. Tendo sua primeira indicação ao Oscar, a atuação de Keaton consegue transitar entre o lúdico e o real, segurando muito bem momentos-chave para a trama. É óbvio que ele não é a única pessoa a ser elogiada pela interpretação. Mike, o personagem vivido por Edward Norton, é o típico ator narcisista, prepotente e problemático que muitos diretores enfrentam em sua carreira, e ajuda a impulsionar a trama.
A trilha sonora, por menos diversificada que seja, merece seu reconhecimento por conseguir acompanhar a trama com suas batidas na bateria, aumentando a tensão em certos momentos, e deixando um clima mais cômico em outros.
Todavia, os elogios excedentes sobre Birdman acabaram superestimando o longa, sendo que, por fim, ele não atinge todas as expectativas. Como foi citado, as perturbações que Riggan sofre pelo seu pássaro do passado acabam se assemelhando às crises sofridas por Natalie Portman em Cisne Negro. O roteiro peca na falta de metáforas, prendendo-se apenas às referências à vida de seus atores, tentando provar, a todo custo, que é, sim, uma trama inteligente e inovadora; porém, infelizmente, não é.
Apesar de Birdman não ser o filme que promete, ainda assim é um merecedor de elogios (entretanto, menos exaltados do que estão sendo feitos). A metalinguagem entre a realidade e a ficção acabou tomando as barreiras para além de onde Alejandro esperava. Enquanto o longa fala sobre como a popularidade e sucesso dependem das mídias sociais e da internet para alcançar a repercussão desejada, acabou sendo prejudicado pelo seu próprio hype gerado. A ficção tomou conta da realidade e sua própria metáfora acabou saindo pela culatra.
Temporário 12
4.3 590Acabei assistindo por acaso e não esperava me deparar com um filme tão bom. Delicado e sentimental sem precisar cair no drama padrão, e talvez seja a melhor atuação Brie Larson (que ainda não acho a melhor coisa do mundo, mas encaixou bem na personagem).
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraEdgar Wright não é um dos melhores diretores da atualidade à toa. Que filme de ação bem feito, com uma direção e montagem alucinadas - o que não é surpresa por ser um filme do Ed. Imagino que com esse filme ele acabe caindo no mainstream e passe a ser mais valorizado, como merece, amém Edgar Wright.
O Curioso Caso de Benjamin Button
4.1 3,3K Assista AgoraFincher e Fincher, entao nao tem como ser ruim. Porem, achei o filme meio apatico em muitos momentos, que simplesmente passam sem deixar emoçao. A relacao dele com a mae começa a se tao bem construida, mas e ignorada depois, assim como muitas outras coisas em relaçao aos personagens. Nao achei o filme cansativo, diferente do que muitos comentam, acho que Fincher sabe lidar muito bem com a duraçao de seus filmes. Enfim, finalmente assisti a todos os filmes desse homem maravilhoso.
Saneamento Básico, O Filme
3.7 708 Assista AgoraO filme tem uma proposta muito legal e até executa muito bem em vários momentos, mas o maior problema é o ritmo, que é tão inconsistente que faz o filme parecer mais longo do que realmente é. Admito que fiquei levemente decepcionado ao ver o nome do Jorge Furtado quando o filme acabou - não lembrava que era dele -, pois tem algumas coisas no filme que parecem ser de um cineasta amador. Mas, apesar de tudo, o filme ainda é bem divertido e vale à pena.
Outras Pessoas
3.7 116Uma boa surpresa. Consegue equilibrar muito bem o drama com o humor, para nao cair no drama forçado que poderia acontecer facilmente pela temática.
The Room
2.3 492Escrito, dirigido, produzido e estrelado por Tommy Wiseau, maior obra prima incompreendida da história do cinema, se vc nunca viu veja agora pelo seu próprio bem
As Aventuras de Paddington
3.6 277 Assista AgoraQue gracinha de filme. Adoro este espírito de inocência e aventura num filme ~pra toda família~ que não cai nas piadinhas toscas que substimam a inteligência das crianças, que são seu público alvo.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraFilmão da porra. James McAvoy mandando bem pra caramba, todo o clima de tensão e suspense do Shyamalan aparece aqui, muito bem construído. Achei fraca a atuação das 3 meninas e as personagens em si desinteressantes, o que prejudica um pouco, pois não desperta a vontade de torcer a favor delas, até porque você quer saber mais sobre o personagem do McAvoy do que delas. Mas o que importa é que o xaimalão tá vivo
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraÉ bacana, mas me incomodo quando um filme usa viagem no tempo apenas como um recurso narrativo e ignora a lógica da viagem no tempo. No caso deste filme, não faz sentido porque é tudo um grande paradoxo.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraAdorei o filme, porém, deve ser visto quando estiver bem de boa porque é muito cansativo. 2h20 com 95% de diálogos nonstop (e eu adoro filmes só com diálogos, Antes do Amanhecer é a minha trilogia favorita)
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraHidden Figures carrega um sentimento bem parecido com The Help, também com a Octavia Spencer. É um filme feel good bem trabalhado, com personagens muito carismáticas e ótimas atuações. Acho algumas coisas um pouco forçadas para gerar empatia, querendo apontar de desigualdade e o racismo de uma forma que parece estar jogando na cara de quem assiste. Apesar de achar que faltou um pouco de sutileza em alguns momentos, é um filme bem bacana e que dá destaque a três mulheres que fizeram diferença na história, mas não têm esse reconhecimento.
Jackie
3.4 739 Assista AgoraO filme aborda um período muito curto após o assassinato de JFK, e eu acho que isso foi uma escolha que poderia ter sido melhor aproveitada. É um filme, basicamente, para vangloriar a Jackie Kennedy, então acaba se tornando algo focado na atuação do que na trama em si. Natalie está fantástica, isso é inegável, mas fica aquela sensação de que poderia ter sido um filme muito mais marcante do que foi.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraPoucos filmes conseguem ser sensíveis e profundos sem apelarem para o emocional barato. O filme carrega um fardo pesado e Casey representa isso brilhantemente. Apesar de relativamente longo, não é cansativo em momento algum por você estar envolvido demais com tudo que o filme aborda. Sem dúvida, um dos melhores de 2016.
Nostalgia da Luz
4.3 61Ele começa falando sobre a astronomia (que é forte no Chile) e vai, delicadamente, indo em direção aos resquícios da ditadura chilena (que durou de 1973 a 1990). Totalmente poético e delicado, este documentário traz uma visão cósmica para relacionar o desejo pela liberdade em um ambiente tão hostil, que é a ditadura. Recomendo fortemente.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraVou começar pelos pontos que gostei muito. Em primeiro lugar, Rogue One é um filme de guerra. E isso parece meio óbvio por estarmos falando de Star Wars, porém é a primeira vez em que a guerra em si tem total foco em um filme da franquia. Nos outros filmes, a guerra era o pano de fundo e a história se desenrolada nos bastidores, mas aqui não tem nada de subplots, tramas pessoais, é a guerra e a imersão de se estar em uma guerra.
Porém, o filme acaba se enfraquecendo em muitos aspectos. O principal para mim é a falta de empatia pelos personagens, pois nenhum tem um verdadeiro background. É possível acabar gostando de personagens como o Chirrut Îmwe, mas por ele ser um personagem legal (um ponto dele que gostei muito foi que, pela primeira vez, vemos a Força ser tratada como uma religião mesmo em Star Wars). Tirando isso, não tem como se importar com os personagens. Principalmente a personagem da Felicity Jones, que tem tanto carisma quanto uma maçaneta. A Jyn tem uma história totalmente jogada, sem desenvolvimento, sem personalidade e sem graça (principalmente quando você lembra que existe a Rey).
Rogue One podia seguir dois lados:
1) Não dar atenção a nenhum personagem específico, mas aos rebeldes, no total.
2) Desenvolver bem os personagens e focar em um deles, pelo menos.
E no final ele quer dar atenção aos rebeldes, que passa por cima, e joga o holofote em uma personagem, que não funciona.
O filme não tem erros, na verdade, apenas escolhas não tão boas.
Vou passar por cima da computadorização de Ps3 na cara do Tarkin, porque não vem ao caso. Boa parte dos diálogos são meramente expositivos, parece até que foi escrito pelo Nolan em alguns momentos :v a montagem e a direção se confundem em certos momentos no filme (um acaba prejudicando o outro. Se bem que é o mesmo montador do Hobbit :v)
Enfim, Rogue One é um bom filme, sim. Eu apontei os pontos que não gostei, mas de resto, adorei muitas coisas do filme. O clima mais darkness, não usar o Darth Vader como muleta, a nostalgia de ver um outro Star Wars bom. Contudo, é inegável que o filme é apenas um fan service - não no mesmo aspecto que Batman v Superman, mas uma história que não acrescenta nada, só mostra algo que os fãs de Star Wars já sabiam e queriam saber como aconteceu. E diferente de filmes que tentam fazer isso e falham (como foi com a segunda trilogia), Rogue One consegue ser competente e um bom aperitivo enquanto não sai o Episódio VIII.
Mascots
2.4 28 Assista AgoraO filme começou com um estilo de documentário, que até foi interessante, mas se prolongou demais a ponto de ficar meio chato. Porém, quando começam as apresentações, ele fica bem divertido. Algumas piadas são boas, algumas são cansativas, mas é um filme que vale a pena quando você só quer passar o tempo
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 936 Assista AgoraMaravilhoso! O mundo precisa ver isso!
Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
3.4 147 Assista AgoraSequência espiritual de Dazed e Confused que chega a ser melhor <3
Muito bom do começo ao fim.
Obs: Pior "tradução" de título ever
Obs2: Melhor cena pós créditos da história
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraAchei um filme realmente muito bom. O filme consegue se sustentar sozinho, sem precisar do filme original. Os dois se complementam e é emocionante ver as referências escondidas. Tem toda a essência do primeiro longa, com certeza irá divertir muito as pessoas.
Falei mais sobre o filme no meu vídeo: https://youtu.be/xm58qzI7xkE
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraQuando um remake, reboot, ou mesmo uma sequência de uma obra clássica do cinema é anunciada, há sempre uma mistura de expectativa e medo. Trinta anos após sua última jornada em Além da Cúpula do Trovão, Mad Max está de volta aos cinemas, dessa vez com Tom Hardy interpretando Max, papel antes interpretado por Mel Gibson. Nos últimos meses, fomos constantemente bombardeados por imagens e trailers empolgantes, mas será que o resultado final faria jus ao prometido? A conclusão é unânime: voltar ao mundo pós-apocalíptico de Mad Max nunca foi tão insano. E isso é um elogio.
Logo no início do filme somos introduzidos a uma ação desenfreada. Assim como na trilogia original, Estrada da Fúria não tem um roteiro linear com começo, meio e fim. A história está presente a todo o momento, porém ela não é contada para você diretamente. Nos primeiros minutos, temos uma breve introdução de quem é Max e qual é a situação atual do mundo, tornando um filme independente de seus antecessores.
A trama começa após Max ser sequestrado por um grupo liderado por Immortal Joe – uma espécie de líder da região em que estamos situados -, contudo, não ficamos focados apenas em Max, e sim em Furiosa (Charlize Theron), filha de Joe. Ela está fugindo rumo a um lugar chamado Vale Verde em busca de liberdade, levando consigo cinco mulheres que são mantidas como prisioneiras para procriação por Immortal Joe.
Dentre suas muitas qualidades, Mad Max tem se destacado exclusivamente por seu discurso feminista. Furiosa se mostra uma personagem feminina extremamente forte, chegando a se igualar a Max, porém sua personalidade não é masculinizada, o que a torna um símbolo relevante ao museu de personagens femininas da história do cinema.
A direção minuciosamente cuidadosa de George Miller (criador da trilogia original) merece reconhecimento à parte. Cada cena do filme foi detalhadamente planejada em mais de 1.400 storyboards desenhados pelo próprio George Miller. A substituição do roteiro pelo storyboard fez com que cada cena fosse perfeitamente trabalhada. Em todos os momentos de ação, você nunca se perde nos acontecimentos, cada detalhe apresentado é visível, nunca confundindo o espectador ou deixando-o a se questionar o que está ocorrendo na tela. O primeiro Mad Max, de 1979, foi feito com o orçamento de 200 mil dólares, enquanto Estrada da Fúria foi feito com 200 milhões de dólares, e cada centavo investido está presente na tela.
A característica visual de Mad Max é um de seus maiores triunfos. Cada aspecto do mundo devastado é detalhadamente trabalhado, desde a estética de seus veículos (como a mistura de um carro com um tanque de guerra) até seus personagens e a população, tudo ricamente planejado para que a imersão neste universo ficasse orgânica e quase imediata.
Estrada da fúria é um filme que não perde tempo situando o espectador em seu mundo. Em nenhum momento o longa lhe pega pela mão e apresenta o que está acontecendo, não se dando ao trabalho de explicar porquê as pessoas fazem certos rituais, ou como as civilizações se dividem. George Miller simplesmente te joga no meio do deserto e deixa com que você mesmo descubra todas essas respostas, fazendo com que o filme seja sem furos e que o espectador se interesse em descobrir cada vez mais o que está ocorrendo com a humanidade.
Os efeitos visuais inovadores contribuem para a destruição criada em cada cena de perseguição que acompanhamos. Contudo, muitos dos efeitos foram efeitos práticos, aumentando ainda mais o realismo das cenas. É praticamente impossível não se empolgar durante as lutas frenéticas. Exércitos de carros e caminhões destinados a capturar Furiosa, cada veículo com sua própria característica, e assim como nas batalhas em que as tropas eram motivadas por músicos, aqui temos até um carro com amplificadores, tambores e um guitarrista, fazendo com que a perseguição seja ao som de heavy metal.
Seria muito ousado comparar Mad Max: Estrada da Fúria com clássicos de ação como Duro de Matar, Exterminador do Futuro ou até Matrix? Com certeza não! Assim como seu antecessor de 1979, Estrada da Fúria nos ensina como deve ser o novo cinema de ação. Este filme não é apenas explosões genéricas, e sim uma nova maneira de contar uma história, sem precisar de diálogos explicativos, apenas usando estímulos visuais que enchem os olhos dos espectadores. Quem não conhece a trilogia original poderá estranhar um pouco a falta de linearidade, mas não irá demorar para conseguir embarcar no mundo insanamente fantástico que irá enfrentar.
http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/05/mad-max-estrada-da-furia-de-george.html
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraHá histórias que são desfrutadas pelas pessoas e permanecem em suas mentes por muito tempo. Porém, há outras obras que são tão marcantes que acabam entrando para a cultura de forma tão difundida que as pessoas conhecem a história sem nem conhecer a obra original. Essas histórias chegam ao nível de clássicos eternos, como os conto de fadas. Temos muitos casos de obras que alcançaram este feito; Charles Dickens, por exemplo, com A Canção de Natal; Mark Twain, com Tom Sawyer. E, é claro, A Felicidade não se Compra, de Frank Capra.
Logo no início do filme, já sabemos que algo está errado com o nosso protagonista, George Bailey (James Stewart), um homem altruísta que sempre esteve disposto a ajudar quem estivesse próximo dele. Contudo, durante uma crise financeira na véspera de natal, George decide por um fim a sua vida. Eis então que surge um anjo, Clarence (Henry Travers), mandado em missão para impedir George de cometer tal ato. Para isso, Clarence realiza o desejo de Bailey e o mostra como seria a vida de toda a sua pequena cidade se ele nunca tivesse nascido.
O aclamado diretor Frank Capra tem “A Felicidade Não Se Compra” como a sua obra prima. Um clássico do cinema e considerado um dos filmes mais poderosos já feitos, com uma mensagem que emociona e leva a refletir sobre a vida e as decisões que nela fazemos. Filmado em preto e branco, o filme é narrado por meio de flashbacks assistidas pelo Anjo, onde conhecemos todos os pontos principais para o desenvolver dos personagens, principalmente de George, que acompanhamos desde a infância até ao ponto principal de nossa trama.
A história foi readaptada e refilmada várias vezes, o que tornou o enredo tão conhecido, sendo um clássico natalino que consegue tocar até os mais pessimistas. Com o carisma de James Stewart, a direção impecável de Frank Capra e um excelente elenco, A Felicidade Não Se Compra ainda se mantem atual, quase 70 anos após de seu lançamento. Algumas obras vivem para sempre.
http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/04/a-felicidade-nao-se-compra-frank-capra.html
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraComo é de costume aos cinéfilos, todo mês de setembro ocorre o Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), onde diretores esperam ansiosamente para exibir seu filme que, possivelmente, conseguirá seu lugar nas principais categorias do Oscar. Dentre todos os longas aclamados no festival, o que conseguiu mais destaque foi Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), do diretor Alejandro González Iñárritu. Com um título satírico, Birdman conseguiu arrancar elogios de críticos e espectadores ao flertar com a realidade de um ator na beira do desespero pelo sucesso.
Assim como Whiplash – Em Busca da Perfeição (2014), Birdman pode ser visto como uma nova versão de Cisne Negro (2010). Após viver o super-herói Birdman nos cinemas, Riggan (Michael Keaton) tenta buscar um papel que consiga reerguer sua carreira e afaste, de uma vez por todas, sua imagem da sombra do Homem Pássaro que costumava ser sua vida. Na tentativa de dirigir e atuar uma peça na Broadway, Riggan se vê em conflito com todos que estão à sua volta, incluindo ele mesmo.
A metalinguagem usada por Alejandro González para criar o paralelo entre Riggan e Michael Keaton, o Batman de Tim Burton, faz com que o filme flerte com a realidade, ajudando na imersão da trama. Assim como no filme Festim Diabólico, de Alfred Hitchcock, o filme conta com longas cenas de plano-sequência e transições sutis para que o espectador não consiga perceber o corte e tenha a impressão de que o filme foi todo feito de uma só vez, assim como uma peça de teatro.
Birdman é a chama de esperança que Keaton conseguiu para reacender sua carreira. Tendo sua primeira indicação ao Oscar, a atuação de Keaton consegue transitar entre o lúdico e o real, segurando muito bem momentos-chave para a trama. É óbvio que ele não é a única pessoa a ser elogiada pela interpretação. Mike, o personagem vivido por Edward Norton, é o típico ator narcisista, prepotente e problemático que muitos diretores enfrentam em sua carreira, e ajuda a impulsionar a trama.
A trilha sonora, por menos diversificada que seja, merece seu reconhecimento por conseguir acompanhar a trama com suas batidas na bateria, aumentando a tensão em certos momentos, e deixando um clima mais cômico em outros.
Todavia, os elogios excedentes sobre Birdman acabaram superestimando o longa, sendo que, por fim, ele não atinge todas as expectativas. Como foi citado, as perturbações que Riggan sofre pelo seu pássaro do passado acabam se assemelhando às crises sofridas por Natalie Portman em Cisne Negro. O roteiro peca na falta de metáforas, prendendo-se apenas às referências à vida de seus atores, tentando provar, a todo custo, que é, sim, uma trama inteligente e inovadora; porém, infelizmente, não é.
Apesar de Birdman não ser o filme que promete, ainda assim é um merecedor de elogios (entretanto, menos exaltados do que estão sendo feitos). A metalinguagem entre a realidade e a ficção acabou tomando as barreiras para além de onde Alejandro esperava. Enquanto o longa fala sobre como a popularidade e sucesso dependem das mídias sociais e da internet para alcançar a repercussão desejada, acabou sendo prejudicado pelo seu próprio hype gerado. A ficção tomou conta da realidade e sua própria metáfora acabou saindo pela culatra.
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