É um documentário interessante. O tema é deveras complexo, e envolve uma série de teorias: políticas, sociais, econômicas, arquitetônicas...e é preciso assistir o documentário com calma e atenção para ir captando, pois o documentário se aprofunda em um ou dois caminhos e apresenta todo o resto de forma bem rasa e esparsa. Um paralelo interessante pode ser traçado em relação às favelas no Brasil, especialmente Rio e São Paulo, posto que são também uma forma de segregação racial (e não só econômica). Espero que o documentário chegue por aqui de alguma forma, pois ressoa com nossa realidade e dá boas lições sobre como políticas públicas de habitação precisam ser bem estudadas.
Então... Sabe aquele filme que você vai assistir pensando: "vou chorar muito e sentir vergonha depois por ter chorado!"? Este era um desses filmes... É uma história fofa, com personagens, ou melhor, com um casal protagonista que nós já vimos em mil outros filmes, sejam eles "cine catástrofe" ou não, até aí, tudo bem, mas, ainda assim o roteiro e a direção não fazem você se envolver com o filme - a história é simples mas colocaram muitos pendurucalhos ao longo dos 101 minutos que não fizeram diferença alguma, pois continuaram sendo meros acessórios pro roteiro se justificar. Se Melancolia "pecou" por se aprofundar demais, fazer um dramalhão maior que a vida, este pecou por tentar ser leve demais e nos poupar de algumas emoções que precisávamos sentir. Resultado: não chorei.
Um filme de terror fofinho, bem no estilo dos anos 80. Eu gostei da direção e da atuação de boa parte dos atores e a menina e o casal de idosos são estranhamente apaixonantes. É um filme com valor "sentimental", ou seja, só para aqueles que sentem falta mesmo da época dos cine trash da vida - quando se podia passar filmes de terror na parte da tarde com censura quase alguma. Analisado friamente é apenas um filme muito do mediano, que não marcou época, mas que também não chega a ser uma produção ruim.
Assisti este documentário logo após outro documentário, sobre o mesmo tema, chamado Inheritance, também de 2006 (ainda não cadastrei no filmow, quando eu tiver paciência o farei). Inheritance foi um documentário realmente provocativo, sobre a filha de um dos vilões dos Judeus (e que, estranhamente, era muito amigo de Schindler, sim, aquele do filme)...este, por sua vez, é menos dimensional e só foca em Eva e alguns outros sobreviventes. Eva me conquistou ao longo do documentário, mas, infelizmente, quando ela foi à Israel e se encontrou com Palestinos que sofriam o mesmo que ela sofreu em um campo de concentração ela acabou por mostrar que não aprendeu nada e não perdoou nada e isso acabou comigo, já que Inheritance demonstrava uma posição bem mais humana a respeito de todos os lados. O Nazismo foi uma aberração e afetou até mesmo minha família, já que meu bisavô fugiu da Alemanha Nazista e acho importante que estes documentários continuem sendo produzidos e tenham uma longa sobrevida.
Eu havia me esquecido o quanto a história é bonita... Eu li, como quase tudo do Stephen King, que eu adoro, a série todinha, assim que saia um novo eu comprava e acompanhava. Uma história belíssima, que, mais uma vez, demonstra que o Stephen King não é só o "escritor de terror", ele é *o* escritor, e é capaz de produzir histórias incríveis em qualquer gênero que escolha escrever. Darabont, nem é preciso falar, consegue dirigir e adaptar King de forma que nenhum outro conseguiu (nem mesmo o aclamado Kubrick), pois até quando ele muda o final, ou inventa um final (caso de "O Nevoeiro"), ele o faz com maestria de quem entende Stephen King como ninguém. Um filme emocionante, com atuações incríveis (principalmente o ator que faz o papel de Delacroix e, o agora eterno Michael Clarke) - e as emoções naturais que brotam ao assistir este belíssimo filme se intensificam quando surge na TV na semana da morte de Clarke - chorei pela história e pela perda deste ator incrível.
Uma comédia escrachada adorável, Richard Day novamente ataca a comunidade Hollywoodiana, desta vez através do personagem Evie (creio que em uma referência ao filme All About Eve de Bette Davis) e a dinâmica de sua relação com sua amiga submissa, a ex-atriz Coco e a nova atriz que aluga um quarto em sua casa: Varla. Eu me tornei abosluto fã de Jack Plotnick, sua Evie é caricata, se encaixa melhor no termo Drag, mas ainda assim, é absolutamente crível. O clima dos anos 70 é também um forte atrativo, assim como o roteiro com diálogos absurdos - não é nenhuma obra prima da comédia, mas diverte muito quem gosta do mundo das Drags e a dinâmica de comédia delas.
Uma coisa é inegável: Uwe melhorou um bocado como diretor. Não que ele esteja lá grandes coisas, mas, saiu do fundo do poço mais fundo e tá em algum lugar deste poço de coisas ruins. Um dia ele talvez saia de lá.
O filme é uma comédia escrachada, nonsense, satírica e mil outros subgêneros da comédia: e não consegue acertar em nenhum deles! A Blubberella é um personagem que as vezes conquista (mérito da atriz Lindsay Hollister), mas, em um roteiro tão ruim assim, coitada, ela nada pode fazer. Enfim, de qualquer forma, fecho minha breve análise com uma das frases que tem no filme e que sintetiza a dinâmica do roteiro: "Querida, não temos negros neste filme, então as putas provavelmente vão morrer primeiro, portanto, você não deveria ficar debaixo do holofote assim".
Assim que o documentário começou, com relatos soltos, quase incompreensíveis, do fatídico dia do 11 de Setembro de 2001, eu pensei "ih, este documentário vai ser uma boa porcaria". Me enganei, e fico feliz por ter me enganado: o documentário é um trabalho de paciência, cuidado e amor e acompanha quase 10 anos na vida de 4 pessoas que foram afetadas pelo 11 de Setembro - a vitima que sobreviveu, porém cheia de queimaduras e problemas de saúde, a noiva que perdeu o grande amor de sua vida, o bombeiro que viu todos seus amigos morrerem, o homem que viu seu irmão morrer e o garoto de 15 anos que perdeu sua mãe. E é uma experiência muito bonita, emocionante, sensível e interessante, não focada nos relatos do que aconteceu naquele dia em si, existem muitos documentários sobre o tema, mas, o que aconteceu com a vida das pessoas que sobreviveram ao evento. Se você tem interesse pelo tema, este, sem dúvida, é um documentário que merece ser visto, James Whitaker realizou um ótimo trabalho e mostrou uma sensibilidade única em seu trabalho de não-ficção.
Um filme razoável, com um roteiro todo trabalhado em esteriótipos pesados que não convencem como comédia, mas que realizam bem seus papéis como crítica social. O tema é interessante, o roteiro, nem tanto, e ao final das contas fica a noção de um filme que deve ser visto sim, agora, os elogios todos que li aqui, não entendo de onde surgiram.
Um documentário muito bom, realizando um apanhado de toda a cinematografia americana relacionada ao Holocausto. De certa forma, fica a impressão de que, ao contrário do que o documentário imprime, temos sim uma forte e ampla cinematografia sobre o tema, o problema (que segue até os dias de hoje) é a forma como são abordados os temas inerentes à experiência, que, de fato, são tão fortes que é muito difícil, dentro do imaginário hollywoodiano, realiza-los com a intensidade e a realidade necessária.
É um filme que tinha potencial para ser bom, mas é uma boa porcaria. Parece que foi um "grande sucesso" (hahahaha), teve até uma sequência, que não pretendo ver.
O filme é um exercício de amor e nostalgia por parte de Tim Burton e J. Depp. Apesar de ser um filme esteticamente esplendido, como quase tudo que o Tim Burton dirigiu até hoje, possui um roteiro bastante frágil, o que prejudicou e muito o filme. Quando se vê a série original (tem na netflix americana, para os que possuem acesso), ou mesmo a sinopse do filme baseado no seriado de 1970, se percebe que são muitas histórias e que nem o filme de 1970, e nem a produção de 2012 conseguem colocar a diversidade da série original em uma película. Vale pelo visual, de resto, é uma experiência frustante para os que apreciam roteiro e desenvolvimento de personagens.
Como é ser demitida pessoalmente por Woody Allen? Eu não sei, nenhum de vocês sabe, mas Annabelle Gurwitch sabe, e isso abalou o mundo dela, então ela resolve nos contar como é a experiência. O que poderia ser um documentário puramente egocêntrico e cheio de tolices acaba por se tornar uma belíssima experiência, pois Annabelle acaba por perceber que todos já foram demitidos um dia, e que todos sobreviveram - e nesta jornada ela vai conversar com artistas e pessoas "comuns" (e que representam os melhores momentos do documentário) e acaba por descortinar uma América do Norte em pleno começo do pico de sua crise econômica. Um documentário leve, com um humor gentil, sem os exageros de outros documentaristas sobre o tema, a película é muito agradável e traz reflexões básicas para quem assiste. Durante o processo, Annabelle já não é mais fã de Woody (assim como eu também não sou) e ao final lhe escreve uma cartinha bem interessante, antes de seguir para o resto de sua carreira, agora renovada - um bom final.
Um ótimo documentário sobre a realidade da classificação etária de filmes. Serve como primeiro passo para discutirmos nossa própria realidade de classificação etária.
O mais preocupante é perceber como a sexualidade é vista como uma ameaça pela MPAA, enquanto a violência ganha os louros de uma classificação etária bem mais leve, permitindo maiores ganhos e maior divulgação de idéias violentas.
Filme muito fraquinho. Um mero veiculo para satisfazer as fãs de Gere e Connery em um romance para lá de falho, em todos os sentidos. Jerry Zucker deveria se manter na direção e roteiro de clássicos eternos da comédia, algo que ele faz com genialidade, e jamais retornar aos "mela cueca" como este filme. Richard Gere risível como um Lancelot para lá de deturpado, Sean Connery simpático como Arthur, mas, não podemos deixar de sentir que é desperdício de talento. O filme chega a divertir? Sim, chega, preencheu minha noite insone, mas seria mais interessante se ele não bebesse da fonte do Rei Arthur e fosse um romance-aventura "medieval" qualquer. Com a proposta de ser uma versão diferente da lenda, acabou-se destruindo toda a lenda. Não recomendo (mas entendo que algumas pessoas tenham este filme em suas listinhas de "guilty pleasure").
Não é um bom filme, e até por isso, é uma espécie de guilty pleasure. Filme fofo, com uma mensagem simpática e que, de tempo em tempo eu acabo revendo, tanto para matar o tempo como para ver se aprendo a lição.
"Eu juntei todos os medos, taquei aquela merda toda em um só livro e exorcizei todos, isto é IT"
E, assim como IT, nós temos aqui o mesmo processo, com consequências muito maiores que na obra que citei. O filme é uma grande crítica à tudo e todos: guerra, "A serbian film", "Saw, "Cube", a sociedade americana e, principalmente, é uma crítica à nós, fãs de filmes de terror. O mais interessante deste filme é exatamente isto:
ele nos traz todos os grandes monstros da história dos filmes de terror e cospe na nossa cara a triste realidade - que nenhum monstro é pior do que nós mesmos, que, desde sempre sacrificamos nossos iguais para impedir tragédias - imaginárias ou não - e isso vai desde o sacrifício humano como prática na américa latina e central, até o sacrifício de gladiadores e cristãos no império romano.
Além disso, ele trabalha no ridículo dos esteriótipos criados nos filmes de terror, inclusive, e ponto positivo novamente,
subvertendo e atualizando a figura da virgem, além de trazer, finalmente, um personagem totalmente drogado e que é absolutamente lúcido e maravilhoso - a mensagem é clara: o mais lúcido de todos é aquele que claramente é considerado o menos capaz, por "fugir à realidade imposta".
Apologia às drogas? Seria, se a mensagem fosse outra. Muito se comentou aqui sobre o filme ser comédia, pois bem, não vi comédia alguma no filme, ele é divertido, sim, muitíssimo, mas comédia não. Não consegui perceber qual é a decepção de quem assistiu com relação ao final do filme - este filme só poderia ter um final, que foi aquele - qualquer outro fim seria uma pegadinha desagradável para quem entendeu a proposta do roteirista/diretor.
Ao final, significa isso mesmo - nós somos uma "raça" condenada à morte, vitimas de nossas próprias ilusões de controle, quando somos, na verdade, uma parte muito pequena de algo muito maior e que não nos pertence e não pode e não deve ser controlada.
Eu não sabia até agora, mas, Paul Goodman mudou a minha vida, mesmo antes d´eu nascer. Uma figura fascinante, que, como diz o próprio cartaz, é "o homem mais influente que você nunca ouviu falar". Apesar de muito interessante, senti falta de uma abordagem mais crítica, principalmente quando, logo no começo, surge a cena de uma palestrante falando sobre como o seu principal livro a influenciou tanto, mas, observando hoje, ela percebe que era um livro para homens, e somente para eles. De qualquer forma, este é um dos fundadores da Gestalt e de títulos e diversas áreas da literatura que, digo com tristeza, não chegaram ao Brasil, ou, se chegaram, não são mais encontrados com facilidade - e acredito que todos deveriam aprender um pouquinho com ele através deste documentário. Vida longa às idéias de Paul Goodman!
É o tipo de documentário que mostra como a vida é cheia de ironias...
Pois bem, temos os hemofílicos, muitos não chegavam à fase adulta por conta do tratamento pouco eficiente, então, lá pela década de 70 surge um tratamento novo, utilizando o plasma do sangue cheio do tal Fator C, só que não existiam doadores suficientes, então a industria farmacêutica utilizava os sangues pagos, que por sua vez atraia todo tipo de gente, inclusive as dispostas a mentir sobre sua saúde só para pegar o valor do sangue dado. Por sua vez, a indústria não utilizava sangue só destas pessoas, não satisfeitos, pegavam sangue de presidiários...o primeiro resultado é um monte de remédios com hepatite. Ninguém se preocupou muito, e aí, na década de 80, estes remédios começavam a vir com uma nova doença, o vírus da HIV, e eles também acharam que não deveria ser nada demais. Então temos 10,000 óbitos de hemofílicos infectados só com o HIV (aqui no Brasil vale lembrar o Betinho). Depois eles descobrem que também estão com hepatite, e a ironia máxima: por conta da hepatite muitos precisam sofrer transplante de fígado e se curam da hemofilia, mas não se curam do HIV, ou as vezes até morrem na mesa de operação, pela fraqueza do corpo. É um documentário que merece ser visto, é chocando, reflexivo, triste e bonito, é que nem a vida.
Lindo, lindo, lindo! Apesar do musical tentar resumir muitos anos (quase 10 anos) em 2 horas e alguns minutos, não dá para negar que é uma obra belíssima, muito bem dirigida por Don Roy King e com um casal de protagonistas absolutamente adorável. Montego Glover canta e encanta e Char Kimball é o branquelo mais fofo, goofy e querido da Broadway, sem dúvida alguma. É muito fácil fazer um musical, peça ou filme sobre a situação dos negros no Sul dos EUA nos anos 50, pois é muito difícil que nós não gostemos (ou ao menos que eu não goste) - apesar de que o musical merece aplausos por abordar o lado mais hardcore da época e ainda assim conseguir fazer você rir e chorar. Não é para qualquer um, mas, se você for fã de musicais de palco, não deixe de assistir o DVD ou conferir Memphis na netflix americana.
Conhecia "Oh! Rebuceteio" apenas por algumas cenas soltas cá e lá pela internet e pensava, como a maioria, que se tratava de mais um filme pornográfico bizarro da década de 80 - eu não poderia estar mais errado. Rebuceteio é um filme na mesma esteira de do que Tinto Brass, Pasolini e outros já fizeram, e se tornaram cults e estudados pela crítica especializada - com maior ou menor preconceito. Mas é aquilo, quando é filme Brasileiro, se envolve sexualidade, já descartamos como proposta cinematográfica válida. Eu sou daqueles que acha que o uso excessivo de palavrões, que se tornou cacoete na nossa cultura, é muito mais tedioso e ofensivo que o sexo jamais conseguirá ser. Enfim, é uma sátira ao "A Chorus Line", sem o lado limpinho que a Broadway apresentava naquela época, e com uma estrutura que, apesar dos exageros, não esta longe do que se pratica em muita aula de atuação por aí (famosos os relatos de um certo professor muito respeitado nos cursos de teatro, cujo nome não me recordo, e que mandava os atores tirarem as roupas e realizarem exercícios interpretativos). A mãe católica e permissiva, o homossexual recalcado, e vários personagens típicos da cultura do Brasil Brasileiro estão lá, em diálogos que vão do quase genial ao ordinário. Para resumir, uso uma das frases de um dos personagens e que tudo resume: "Essa meta-praxis é que tá me fodendo"
Que filme... Bom, eu não acredito que ele funcione muito por estas terras, ele tem uma estética e uma forma muito peculiar, que talvez agrade mais aos americanos do norte que nós, os do sul. Mas é bem aquilo que o filme diz: "é tão inacreditável que deve ser real"...e É! Não recomendo este filme para qualquer um, mas, sem dúvida, recomendo para todos a leitura deste artigo, escrito pelo sobrinho da megera Marjorie Nugent:
Já vimos este mesmo filme umas dez vezes, não há muita diferença com outras obras, seja na literatura, seja nos cinemas...The Running Man, do Stephen King, Battle Royale de Kinji Fukasaku, Os Condenados, como um dos usuários comentou abaixo e, obviamente, "O Senhor das Moscas". O que falta em "Jogos Vorazes" é o lado "voraz", tão presente em "O Senhor das Moscas" e até mesmo da obra de Stephen King. Não li o livro ainda (mas leria), por isso só posso falar a respeito do filme, e este precisava ser mais corajoso e jogar na cara da sociedade todas as críticas que o roteiro tenta fazer. É uma diversão razoável, uma boa promessa de roteiro e uma edição horrorosa, mas, ao final, merece ser conferido.
Vile
2.7 86 Assista AgoraUm filme muito ruim...
É uma espécie de "Jogos Mortais" encontra
"Perfume"
As atuações, de modo geral, são ruins, o roteiro é péssimo, a direção é simpática.
Não recomendo.
The Pruitt-Igoe Myth
4.4 2É um documentário interessante.
O tema é deveras complexo, e envolve uma série de teorias: políticas, sociais, econômicas, arquitetônicas...e é preciso assistir o documentário com calma e atenção para ir captando, pois o documentário se aprofunda em um ou dois caminhos e apresenta todo o resto de forma bem rasa e esparsa.
Um paralelo interessante pode ser traçado em relação às favelas no Brasil, especialmente Rio e São Paulo, posto que são também uma forma de segregação racial (e não só econômica).
Espero que o documentário chegue por aqui de alguma forma, pois ressoa com nossa realidade e dá boas lições sobre como políticas públicas de habitação precisam ser bem estudadas.
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista AgoraEntão...
Sabe aquele filme que você vai assistir pensando: "vou chorar muito e sentir vergonha depois por ter chorado!"?
Este era um desses filmes...
É uma história fofa, com personagens, ou melhor, com um casal protagonista que nós já vimos em mil outros filmes, sejam eles "cine catástrofe" ou não, até aí, tudo bem, mas, ainda assim o roteiro e a direção não fazem você se envolver com o filme - a história é simples mas colocaram muitos pendurucalhos ao longo dos 101 minutos que não fizeram diferença alguma, pois continuaram sendo meros acessórios pro roteiro se justificar.
Se Melancolia "pecou" por se aprofundar demais, fazer um dramalhão maior que a vida, este pecou por tentar ser leve demais e nos poupar de algumas emoções que precisávamos sentir.
Resultado: não chorei.
Bonecas Macabras
3.2 117Um filme de terror fofinho, bem no estilo dos anos 80.
Eu gostei da direção e da atuação de boa parte dos atores e a menina e o casal de idosos são estranhamente apaixonantes.
É um filme com valor "sentimental", ou seja, só para aqueles que sentem falta mesmo da época dos cine trash da vida - quando se podia passar filmes de terror na parte da tarde com censura quase alguma.
Analisado friamente é apenas um filme muito do mediano, que não marcou época, mas que também não chega a ser uma produção ruim.
Forgiving Dr. Mengele
2.8 2Assisti este documentário logo após outro documentário, sobre o mesmo tema, chamado Inheritance, também de 2006 (ainda não cadastrei no filmow, quando eu tiver paciência o farei).
Inheritance foi um documentário realmente provocativo, sobre a filha de um dos vilões dos Judeus (e que, estranhamente, era muito amigo de Schindler, sim, aquele do filme)...este, por sua vez, é menos dimensional e só foca em Eva e alguns outros sobreviventes.
Eva me conquistou ao longo do documentário, mas, infelizmente, quando ela foi à Israel e se encontrou com Palestinos que sofriam o mesmo que ela sofreu em um campo de concentração ela acabou por mostrar que não aprendeu nada e não perdoou nada e isso acabou comigo, já que Inheritance demonstrava uma posição bem mais humana a respeito de todos os lados.
O Nazismo foi uma aberração e afetou até mesmo minha família, já que meu bisavô fugiu da Alemanha Nazista e acho importante que estes documentários continuem sendo produzidos e tenham uma longa sobrevida.
À Espera de Um Milagre
4.4 2,1K Assista AgoraEu havia me esquecido o quanto a história é bonita...
Eu li, como quase tudo do Stephen King, que eu adoro, a série todinha, assim que saia um novo eu comprava e acompanhava. Uma história belíssima, que, mais uma vez, demonstra que o Stephen King não é só o "escritor de terror", ele é *o* escritor, e é capaz de produzir histórias incríveis em qualquer gênero que escolha escrever.
Darabont, nem é preciso falar, consegue dirigir e adaptar King de forma que nenhum outro conseguiu (nem mesmo o aclamado Kubrick), pois até quando ele muda o final, ou inventa um final (caso de "O Nevoeiro"), ele o faz com maestria de quem entende Stephen King como ninguém.
Um filme emocionante, com atuações incríveis (principalmente o ator que faz o papel de Delacroix e, o agora eterno Michael Clarke) - e as emoções naturais que brotam ao assistir este belíssimo filme se intensificam quando surge na TV na semana da morte de Clarke - chorei pela história e pela perda deste ator incrível.
Girls Will Be Girls
3.6 1Uma comédia escrachada adorável, Richard Day novamente ataca a comunidade Hollywoodiana, desta vez através do personagem Evie (creio que em uma referência ao filme All About Eve de Bette Davis) e a dinâmica de sua relação com sua amiga submissa, a ex-atriz Coco e a nova atriz que aluga um quarto em sua casa: Varla.
Eu me tornei abosluto fã de Jack Plotnick, sua Evie é caricata, se encaixa melhor no termo Drag, mas ainda assim, é absolutamente crível.
O clima dos anos 70 é também um forte atrativo, assim como o roteiro com diálogos absurdos - não é nenhuma obra prima da comédia, mas diverte muito quem gosta do mundo das Drags e a dinâmica de comédia delas.
Blubberella
1.3 27Uma coisa é inegável: Uwe melhorou um bocado como diretor.
Não que ele esteja lá grandes coisas, mas, saiu do fundo do poço mais fundo e tá em algum lugar deste poço de coisas ruins. Um dia ele talvez saia de lá.
O filme é uma comédia escrachada, nonsense, satírica e mil outros subgêneros da comédia: e não consegue acertar em nenhum deles! A Blubberella é um personagem que as vezes conquista (mérito da atriz Lindsay Hollister), mas, em um roteiro tão ruim assim, coitada, ela nada pode fazer.
Enfim, de qualquer forma, fecho minha breve análise com uma das frases que tem no filme e que sintetiza a dinâmica do roteiro: "Querida, não temos negros neste filme, então as putas provavelmente vão morrer primeiro, portanto, você não deveria ficar debaixo do holofote assim".
Rebirth
3.5 2Assim que o documentário começou, com relatos soltos, quase incompreensíveis, do fatídico dia do 11 de Setembro de 2001, eu pensei "ih, este documentário vai ser uma boa porcaria".
Me enganei, e fico feliz por ter me enganado: o documentário é um trabalho de paciência, cuidado e amor e acompanha quase 10 anos na vida de 4 pessoas que foram afetadas pelo 11 de Setembro - a vitima que sobreviveu, porém cheia de queimaduras e problemas de saúde, a noiva que perdeu o grande amor de sua vida, o bombeiro que viu todos seus amigos morrerem, o homem que viu seu irmão morrer e o garoto de 15 anos que perdeu sua mãe.
E é uma experiência muito bonita, emocionante, sensível e interessante, não focada nos relatos do que aconteceu naquele dia em si, existem muitos documentários sobre o tema, mas, o que aconteceu com a vida das pessoas que sobreviveram ao evento.
Se você tem interesse pelo tema, este, sem dúvida, é um documentário que merece ser visto, James Whitaker realizou um ótimo trabalho e mostrou uma sensibilidade única em seu trabalho de não-ficção.
Ruth em Questão
3.7 17Um filme razoável, com um roteiro todo trabalhado em esteriótipos pesados que não convencem como comédia, mas que realizam bem seus papéis como crítica social.
O tema é interessante, o roteiro, nem tanto, e ao final das contas fica a noção de um filme que deve ser visto sim, agora, os elogios todos que li aqui, não entendo de onde surgiram.
Testemunhas Imaginárias - Hollywood e o Holocausto
3.8 1Um documentário muito bom, realizando um apanhado de toda a cinematografia americana relacionada ao Holocausto.
De certa forma, fica a impressão de que, ao contrário do que o documentário imprime, temos sim uma forte e ampla cinematografia sobre o tema, o problema (que segue até os dias de hoje) é a forma como são abordados os temas inerentes à experiência, que, de fato, são tão fortes que é muito difícil, dentro do imaginário hollywoodiano, realiza-los com a intensidade e a realidade necessária.
Ripper: Mensageiro do Inferno
2.4 63É um filme que tinha potencial para ser bom, mas é uma boa porcaria.
Parece que foi um "grande sucesso" (hahahaha), teve até uma sequência, que não pretendo ver.
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista AgoraO filme é um exercício de amor e nostalgia por parte de Tim Burton e J. Depp.
Apesar de ser um filme esteticamente esplendido, como quase tudo que o Tim Burton dirigiu até hoje, possui um roteiro bastante frágil, o que prejudicou e muito o filme.
Quando se vê a série original (tem na netflix americana, para os que possuem acesso), ou mesmo a sinopse do filme baseado no seriado de 1970, se percebe que são muitas histórias e que nem o filme de 1970, e nem a produção de 2012 conseguem colocar a diversidade da série original em uma película.
Vale pelo visual, de resto, é uma experiência frustante para os que apreciam roteiro e desenvolvimento de personagens.
Fired!
3.2 1Como é ser demitida pessoalmente por Woody Allen?
Eu não sei, nenhum de vocês sabe, mas Annabelle Gurwitch sabe, e isso abalou o mundo dela, então ela resolve nos contar como é a experiência.
O que poderia ser um documentário puramente egocêntrico e cheio de tolices acaba por se tornar uma belíssima experiência, pois Annabelle acaba por perceber que todos já foram demitidos um dia, e que todos sobreviveram - e nesta jornada ela vai conversar com artistas e pessoas "comuns" (e que representam os melhores momentos do documentário) e acaba por descortinar uma América do Norte em pleno começo do pico de sua crise econômica.
Um documentário leve, com um humor gentil, sem os exageros de outros documentaristas sobre o tema, a película é muito agradável e traz reflexões básicas para quem assiste.
Durante o processo, Annabelle já não é mais fã de Woody (assim como eu também não sou) e ao final lhe escreve uma cartinha bem interessante, antes de seguir para o resto de sua carreira, agora renovada - um bom final.
Este Filme Ainda Não Foi Classificado
4.0 30Um ótimo documentário sobre a realidade da classificação etária de filmes.
Serve como primeiro passo para discutirmos nossa própria realidade de classificação etária.
O mais preocupante é perceber como a sexualidade é vista como uma ameaça pela MPAA, enquanto a violência ganha os louros de uma classificação etária bem mais leve, permitindo maiores ganhos e maior divulgação de idéias violentas.
Lancelot, o Primeiro Cavaleiro
3.1 106 Assista AgoraFilme muito fraquinho.
Um mero veiculo para satisfazer as fãs de Gere e Connery em um romance para lá de falho, em todos os sentidos.
Jerry Zucker deveria se manter na direção e roteiro de clássicos eternos da comédia, algo que ele faz com genialidade, e jamais retornar aos "mela cueca" como este filme.
Richard Gere risível como um Lancelot para lá de deturpado, Sean Connery simpático como Arthur, mas, não podemos deixar de sentir que é desperdício de talento.
O filme chega a divertir? Sim, chega, preencheu minha noite insone, mas seria mais interessante se ele não bebesse da fonte do Rei Arthur e fosse um romance-aventura "medieval" qualquer.
Com a proposta de ser uma versão diferente da lenda, acabou-se destruindo toda a lenda.
Não recomendo (mas entendo que algumas pessoas tenham este filme em suas listinhas de "guilty pleasure").
Uma Vida em Sete Dias
3.1 232Não é um bom filme, e até por isso, é uma espécie de guilty pleasure.
Filme fofo, com uma mensagem simpática e que, de tempo em tempo eu acabo revendo, tanto para matar o tempo como para ver se aprendo a lição.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2K Assista AgoraO filme é fantástico.
Stephen King, logo após escrever IT, comentou em uma entrevista algo como:
"Eu juntei todos os medos, taquei aquela merda toda em um só livro e exorcizei todos, isto é IT"
E, assim como IT, nós temos aqui o mesmo processo, com consequências muito maiores que na obra que citei. O filme é uma grande crítica à tudo e todos: guerra, "A serbian film", "Saw, "Cube", a sociedade americana e, principalmente, é uma crítica à nós, fãs de filmes de terror.
O mais interessante deste filme é exatamente isto:
ele nos traz todos os grandes monstros da história dos filmes de terror e cospe na nossa cara a triste realidade - que nenhum monstro é pior do que nós mesmos, que, desde sempre sacrificamos nossos iguais para impedir tragédias - imaginárias ou não - e isso vai desde o sacrifício humano como prática na américa latina e central, até o sacrifício de gladiadores e cristãos no império romano.
Além disso, ele trabalha no ridículo dos esteriótipos criados nos filmes de terror, inclusive, e ponto positivo novamente,
subvertendo e atualizando a figura da virgem, além de trazer, finalmente, um personagem totalmente drogado e que é absolutamente lúcido e maravilhoso - a mensagem é clara: o mais lúcido de todos é aquele que claramente é considerado o menos capaz, por "fugir à realidade imposta".
Muito se comentou aqui sobre o filme ser comédia, pois bem, não vi comédia alguma no filme, ele é divertido, sim, muitíssimo, mas comédia não.
Não consegui perceber qual é a decepção de quem assistiu com relação ao final do filme - este filme só poderia ter um final, que foi aquele - qualquer outro fim seria uma pegadinha desagradável para quem entendeu a proposta do roteirista/diretor.
Ao final, significa isso mesmo - nós somos uma "raça" condenada à morte, vitimas de nossas próprias ilusões de controle, quando somos, na verdade, uma parte muito pequena de algo muito maior e que não nos pertence e não pode e não deve ser controlada.
Paul Goodman Changed My Life
3.5 1Eu não sabia até agora, mas, Paul Goodman mudou a minha vida, mesmo antes d´eu nascer.
Uma figura fascinante, que, como diz o próprio cartaz, é "o homem mais influente que você nunca ouviu falar".
Apesar de muito interessante, senti falta de uma abordagem mais crítica, principalmente quando, logo no começo, surge a cena de uma palestrante falando sobre como o seu principal livro a influenciou tanto, mas, observando hoje, ela percebe que era um livro para homens, e somente para eles.
De qualquer forma, este é um dos fundadores da Gestalt e de títulos e diversas áreas da literatura que, digo com tristeza, não chegaram ao Brasil, ou, se chegaram, não são mais encontrados com facilidade - e acredito que todos deveriam aprender um pouquinho com ele através deste documentário.
Vida longa às idéias de Paul Goodman!
Bad Blood: A Cautionary Tale
4.8 1É o tipo de documentário que mostra como a vida é cheia de ironias...
Pois bem, temos os hemofílicos, muitos não chegavam à fase adulta por conta do tratamento pouco eficiente, então, lá pela década de 70 surge um tratamento novo, utilizando o plasma do sangue cheio do tal Fator C, só que não existiam doadores suficientes, então a industria farmacêutica utilizava os sangues pagos, que por sua vez atraia todo tipo de gente, inclusive as dispostas a mentir sobre sua saúde só para pegar o valor do sangue dado.
Por sua vez, a indústria não utilizava sangue só destas pessoas, não satisfeitos, pegavam sangue de presidiários...o primeiro resultado é um monte de remédios com hepatite.
Ninguém se preocupou muito, e aí, na década de 80, estes remédios começavam a vir com uma nova doença, o vírus da HIV, e eles também acharam que não deveria ser nada demais.
Então temos 10,000 óbitos de hemofílicos infectados só com o HIV (aqui no Brasil vale lembrar o Betinho).
Depois eles descobrem que também estão com hepatite, e a ironia máxima: por conta da hepatite muitos precisam sofrer transplante de fígado e se curam da hemofilia, mas não se curam do HIV, ou as vezes até morrem na mesa de operação, pela fraqueza do corpo.
É um documentário que merece ser visto, é chocando, reflexivo, triste e bonito, é que nem a vida.
Memphis: the Musical
4.1 2Lindo, lindo, lindo!
Apesar do musical tentar resumir muitos anos (quase 10 anos) em 2 horas e alguns minutos, não dá para negar que é uma obra belíssima, muito bem dirigida por Don Roy King e com um casal de protagonistas absolutamente adorável.
Montego Glover canta e encanta e Char Kimball é o branquelo mais fofo, goofy e querido da Broadway, sem dúvida alguma.
É muito fácil fazer um musical, peça ou filme sobre a situação dos negros no Sul dos EUA nos anos 50, pois é muito difícil que nós não gostemos (ou ao menos que eu não goste) - apesar de que o musical merece aplausos por abordar o lado mais hardcore da época e ainda assim conseguir fazer você rir e chorar.
Não é para qualquer um, mas, se você for fã de musicais de palco, não deixe de assistir o DVD ou conferir Memphis na netflix americana.
Oh! Rebuceteio
3.2 104Conhecia "Oh! Rebuceteio" apenas por algumas cenas soltas cá e lá pela internet e pensava, como a maioria, que se tratava de mais um filme pornográfico bizarro da década de 80 - eu não poderia estar mais errado.
Rebuceteio é um filme na mesma esteira de do que Tinto Brass, Pasolini e outros já fizeram, e se tornaram cults e estudados pela crítica especializada - com maior ou menor preconceito.
Mas é aquilo, quando é filme Brasileiro, se envolve sexualidade, já descartamos como proposta cinematográfica válida.
Eu sou daqueles que acha que o uso excessivo de palavrões, que se tornou cacoete na nossa cultura, é muito mais tedioso e ofensivo que o sexo jamais conseguirá ser.
Enfim, é uma sátira ao "A Chorus Line", sem o lado limpinho que a Broadway apresentava naquela época, e com uma estrutura que, apesar dos exageros, não esta longe do que se pratica em muita aula de atuação por aí (famosos os relatos de um certo professor muito respeitado nos cursos de teatro, cujo nome não me recordo, e que mandava os atores tirarem as roupas e realizarem exercícios interpretativos).
A mãe católica e permissiva, o homossexual recalcado, e vários personagens típicos da cultura do Brasil Brasileiro estão lá, em diálogos que vão do quase genial ao ordinário.
Para resumir, uso uma das frases de um dos personagens e que tudo resume:
"Essa meta-praxis é que tá me fodendo"
Quase um Anjo
3.3 179 Assista AgoraQue filme...
Bom, eu não acredito que ele funcione muito por estas terras, ele tem uma estética e uma forma muito peculiar, que talvez agrade mais aos americanos do norte que nós, os do sul.
Mas é bem aquilo que o filme diz: "é tão inacreditável que deve ser real"...e É!
Não recomendo este filme para qualquer um, mas, sem dúvida, recomendo para todos a leitura deste artigo, escrito pelo sobrinho da megera Marjorie Nugent:
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraJá vimos este mesmo filme umas dez vezes, não há muita diferença com outras obras, seja na literatura, seja nos cinemas...The Running Man, do Stephen King, Battle Royale de Kinji Fukasaku, Os Condenados, como um dos usuários comentou abaixo e, obviamente, "O Senhor das Moscas".
O que falta em "Jogos Vorazes" é o lado "voraz", tão presente em "O Senhor das Moscas" e até mesmo da obra de Stephen King.
Não li o livro ainda (mas leria), por isso só posso falar a respeito do filme, e este precisava ser mais corajoso e jogar na cara da sociedade todas as críticas que o roteiro tenta fazer.
É uma diversão razoável, uma boa promessa de roteiro e uma edição horrorosa, mas, ao final, merece ser conferido.