Roteiristas: "Precisamos criar um novo filme do Scooby-Doo, porém estamos sem ideias. O que sugerem?"
Executivos da Warner: "Soquem o máximo possível de personagens da Hanna Barbera e deixem os personagens de Scooby-Doo em segundo plano"
Roteiristas: "Perfeito! E que tal se a gente deixar a história de lado e apenas criar sequências que justifiquem a aparição desses personagens que não são do universo do Scooby-Doo?"
J.J. Abrams retorna à direção seguindo à risca a receitinha do bolo. E não é bolo de mãe: é daqueles de massa pronta do mercado, servido sem cobertura. Triste fim para uma trilogia que, apesar de irregular, nos entregou o nostálgico O Despertar da Força e o belíssimo Os Últimos Jedi.
É bastante curioso pensar que, no fim das contas, um longa com tão pouco a dizer tenha gerado tanta especulação. "Coringa" lembra muito a trajetória do personagem Jason nos primeiros filmes da franquia "Sexta-Feira 13": havia, de início, uma pretensa justificativa de que o serial killer ceifava jovens por vingança, uma vez que foram estes os responsáveis por sua morte. Ao longo das sequências, porém, o personagem é esvaziado, e Jason passa a ceifar quem quer que cruze seu caminho pelo simples prazer de matar. A pretensa complexidade de "Coringa" perde força ao longo da projeção de forma bastante semelhante, e o que nos primeiros minutos prometia ser uma obra interessante sobre um homem entrando em parafuso em decorrência do ambiente hostil e opressor que vive, no final da projeção se revela um filme óbvio e simplório sobre alguém que mata por se considerar injustiçado. A atuação monstruosa de Joaquin Phoenix, a trilha sonora bombástica de Hildur Guðnadóttir e as direções de fotografia e arte dignas de premiação não conseguem maquiar a falta de propósito do filme, e a sensação que fica no final é a de uma grande oportunidade perdida. Ou talvez eu não tenha entendido alguma coisa, por isso se alguém quiser me explicar ficaria agradecido.
Depois de um 2016 recheado de ótimos exemplares do cinema de horror, 2017 começa sua safra com o pé esquerdo (pra valer) com esse "O Chamado 3" - é até uma pena associá-lo ao ótimo "O Chamado" de 2002. Tomara que o Verbinski, diretor do original americano, nos dê um pouco de esperança com o seu "A Cura".
A escritora de livros J.K. Rowling dá uma lição de cinema na maior parte dos roteiristas de universos compartilhados (alguém aí disse Marvel?) ao entregar uma trama tão bem amarrada e concisa que você não precisa assistir a filmes vindouros ou já lançados para se apaixonar por seus personagens encantadores e se envolver com sua história extraordinária. Em um ano de tantas decepções, finalmente uma produção digna de se dizer: valeu a pena esperar.
Em uma escala de péssimo à excelente, Doutor Estranho é apenas bom: está longe de ser um filme genial. Estranhamente, consegue ser a coisa mais genial que os estúdios Marvel já entregaram aos cinemas, vide as cenas de ação barbaramente idealizadas e produzidas e o elenco que se encaixa como uma luva (destaque para a maravilhosa da Tilda Swinton).
Antes que alguém parta para a ignorância: eu queria muito ter gostado de "Esquadrão Suicida". Infelizmente, a decepção veio para derrubar: confuso, com personagens subdesenvolvidos (há exceções) e diálogos sofríveis, o maior mérito da produção é a quebra do recorde do número de músicas tocadas em um mesmo filme.
Zootopia está para os filmes de animação para crianças assim como Mad Max: Estrada da Fúria está para os filmes de ação, ou seja, é melhor a indústria se adaptar às novas regras do gênero, pois daqui para frente as velhas fórmulas não convencerão ninguém.
"Guerra Civil", no fim das contas, acaba sendo apenas mais um episódio do Universo Compartilhado da Marvel quando deveria ser um divisor de águas - ou pelo menos, era vendido como se fosse. Mesmo assim, o desempenho dos irmãos Russo é extraordinário: o tato desses dois para cenas de ação e tramas de conflito é exemplar.
Com um orçamento modesto e um elenco de apenas cinco atores (apenas três deles realmente compram a briga), Rua Cloverfield, 10 chega para resgatar o bom e velho "menos é mais" do cinema, mostrando que é possível provocar tensão em uma plateia por quase duas horas de projeção contando com apenas um único cenário.
Batman vs Superman: A Origem da Justiça tem tudo para funcionar: um novo Batman muito interessante, uma Mulher Maravilha promissora, um embate épico digno de arrancar aplausos da plateia - até lágrimas dos fãs mais emotivos -, um visual arrebatador embalado por uma trilha sonora enérgica e um clima sombrio que há muito se esperava em um filme de super heróis. O calcanhar de Aquiles da produção é, infelizmente, o próprio Zack Snyder, que apesar de conduzir momentos de ação de maneira brilhante, parece não saber que história está contando nem a melhor maneira de fazê-lo, entregando um começo de franquia disperso e perigosamente sem foco.
Que o ingresso anda caro não há discussão. Entretanto, "A Bruxa" é daqueles filmes raríssimos de terror - a crise chegou há tempos nesse ramo - que honra não só o investimento do cinéfilo de plantão, como também o gênero em toda a sua magnitude. Denso, atmosférico e manipulador, a produção conta com todo o talento de Robert Eggers, que brinca com o ceticismo do público e o fisga com maestria na busca pela resolução do mistério - resolução essa que se mostra uma carta na manga do diretor estreante e que permanecerá por muito tempo na retina do espectador e em seus pesadelos. Um dos maiores triunfos da produção está na sonoplastia de deixar cabelos em pé, aliada à trilha de cordas horripilante e climática. Mesmo não sendo esse um filme para o grande público - acostumado aos sustos fáceis e às contagens de corpos intermináveis - está aqui um exemplar do terror digno de todos os méritos conquistados até agora, além de um provável divisor de águas no que diz respeito ao gênero na Sétima Arte.
Logo nos primeiros segundos de projeção, os roteiristas de "Deadpool" intitulam a si mesmos como os "verdadeiros heróis" da produção. E não há quem prove o contrário: irreverente, hilário e - maior mérito da produção - livre de qualquer fórmula, o mais novo filme sob o selo Marvel faz por merecer todo seu hype e seu vindouro sucesso de bilheteria.
O Regresso é um daqueles filmes que realmente mexem com a platéia: faz com que ela prenda a respiração, perca o fôlego, deixe de piscar (!) e saia deslumbrada com o visual arrebatador criado por Iñarritu e por Lubezki, seu diretor de fotografia. É uma pena que, apesar de tantos méritos, seja impossível mascarar o cansaço após o término da sessão.
Nem tão empolgante pra conquistar a criançada e nem tão coerente pra convencer o público mais maduro, O Bom Dinossauro consegue, ainda assim, proporcionar alguns bons momentos emotivos.
"Quarteto Fantástico" é tão ruim - mas tão ruim - que mal dá pra considerá-lo como um dos piores "filmes" já feitos. Essa tragédia ter saído da ilha de edição e ter sido lançada permanecerá como um dos maiores suicídios cinematográficos que se tem memória.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraDifícil assistir até o final.
Artemis Fowl: O Mundo Secreto
2.0 111Nada para elogiar aqui.
Scooby! - O Filme
3.3 243Roteiristas: "Precisamos criar um novo filme do Scooby-Doo, porém estamos sem ideias. O que sugerem?"
Executivos da Warner: "Soquem o máximo possível de personagens da Hanna Barbera e deixem os personagens de Scooby-Doo em segundo plano"
Roteiristas: "Perfeito! E que tal se a gente deixar a história de lado e apenas criar sequências que justifiquem a aparição desses personagens que não são do universo do Scooby-Doo?"
Executivos: "Excelente, toquem ficha"
Dolittle
2.9 221 Assista AgoraChega a ser constrangedor de tão ruim.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraJ.J. Abrams retorna à direção seguindo à risca a receitinha do bolo. E não é bolo de mãe: é daqueles de massa pronta do mercado, servido sem cobertura. Triste fim para uma trilogia que, apesar de irregular, nos entregou o nostálgico O Despertar da Força e o belíssimo Os Últimos Jedi.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraÉ bastante curioso pensar que, no fim das contas, um longa com tão pouco a dizer tenha gerado tanta especulação. "Coringa" lembra muito a trajetória do personagem Jason nos primeiros filmes da franquia "Sexta-Feira 13": havia, de início, uma pretensa justificativa de que o serial killer ceifava jovens por vingança, uma vez que foram estes os responsáveis por sua morte. Ao longo das sequências, porém, o personagem é esvaziado, e Jason passa a ceifar quem quer que cruze seu caminho pelo simples prazer de matar. A pretensa complexidade de "Coringa" perde força ao longo da projeção de forma bastante semelhante, e o que nos primeiros minutos prometia ser uma obra interessante sobre um homem entrando em parafuso em decorrência do ambiente hostil e opressor que vive, no final da projeção se revela um filme óbvio e simplório sobre alguém que mata por se considerar injustiçado. A atuação monstruosa de Joaquin Phoenix, a trilha sonora bombástica de Hildur Guðnadóttir e as direções de fotografia e arte dignas de premiação não conseguem maquiar a falta de propósito do filme, e a sensação que fica no final é a de uma grande oportunidade perdida. Ou talvez eu não tenha entendido alguma coisa, por isso se alguém quiser me explicar ficaria agradecido.
O Chamado 3
2.3 1,2K Assista AgoraDepois de um 2016 recheado de ótimos exemplares do cinema de horror, 2017 começa sua safra com o pé esquerdo (pra valer) com esse "O Chamado 3" - é até uma pena associá-lo ao ótimo "O Chamado" de 2002. Tomara que o Verbinski, diretor do original americano, nos dê um pouco de esperança com o seu "A Cura".
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraRazões para se assistir à Rogue One - Uma História Star Wars:
1. Seja fã de Star Wars.
1.5 Os minutos finais.
Obs: encaixar-se na primeira razão não implica que você vá gostar do filme (não mesmo).
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraA escritora de livros J.K. Rowling dá uma lição de cinema na maior parte dos roteiristas de universos compartilhados (alguém aí disse Marvel?) ao entregar uma trama tão bem amarrada e concisa que você não precisa assistir a filmes vindouros ou já lançados para se apaixonar por seus personagens encantadores e se envolver com sua história extraordinária. Em um ano de tantas decepções, finalmente uma produção digna de se dizer: valeu a pena esperar.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraEm uma escala de péssimo à excelente, Doutor Estranho é apenas bom: está longe de ser um filme genial. Estranhamente, consegue ser a coisa mais genial que os estúdios Marvel já entregaram aos cinemas, vide as cenas de ação barbaramente idealizadas e produzidas e o elenco que se encaixa como uma luva (destaque para a maravilhosa da Tilda Swinton).
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraAntes que alguém parta para a ignorância: eu queria muito ter gostado de "Esquadrão Suicida". Infelizmente, a decepção veio para derrubar: confuso, com personagens subdesenvolvidos (há exceções) e diálogos sofríveis, o maior mérito da produção é a quebra do recorde do número de músicas tocadas em um mesmo filme.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraUau. Não consigo pensar em mais nada para dizer.
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraZootopia está para os filmes de animação para crianças assim como Mad Max: Estrada da Fúria está para os filmes de ação, ou seja, é melhor a indústria se adaptar às novas regras do gênero, pois daqui para frente as velhas fórmulas não convencerão ninguém.
Eles Vivem
3.7 726 Assista AgoraUm terror da década de 80 com uma crítica extremamente contemporânea à nossa sociedade consumista e gananciosa. Assim é Eles Vivem.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista Agora"Guerra Civil", no fim das contas, acaba sendo apenas mais um episódio do Universo Compartilhado da Marvel quando deveria ser um divisor de águas - ou pelo menos, era vendido como se fosse. Mesmo assim, o desempenho dos irmãos Russo é extraordinário: o tato desses dois para cenas de ação e tramas de conflito é exemplar.
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KCom um orçamento modesto e um elenco de apenas cinco atores (apenas três deles realmente compram a briga), Rua Cloverfield, 10 chega para resgatar o bom e velho "menos é mais" do cinema, mostrando que é possível provocar tensão em uma plateia por quase duas horas de projeção contando com apenas um único cenário.
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraBatman vs Superman: A Origem da Justiça tem tudo para funcionar: um novo Batman muito interessante, uma Mulher Maravilha promissora, um embate épico digno de arrancar aplausos da plateia - até lágrimas dos fãs mais emotivos -, um visual arrebatador embalado por uma trilha sonora enérgica e um clima sombrio que há muito se esperava em um filme de super heróis. O calcanhar de Aquiles da produção é, infelizmente, o próprio Zack Snyder, que apesar de conduzir momentos de ação de maneira brilhante, parece não saber que história está contando nem a melhor maneira de fazê-lo, entregando um começo de franquia disperso e perigosamente sem foco.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraQue o ingresso anda caro não há discussão. Entretanto, "A Bruxa" é daqueles filmes raríssimos de terror - a crise chegou há tempos nesse ramo - que honra não só o investimento do cinéfilo de plantão, como também o gênero em toda a sua magnitude. Denso, atmosférico e manipulador, a produção conta com todo o talento de Robert Eggers, que brinca com o ceticismo do público e o fisga com maestria na busca pela resolução do mistério - resolução essa que se mostra uma carta na manga do diretor estreante e que permanecerá por muito tempo na retina do espectador e em seus pesadelos. Um dos maiores triunfos da produção está na sonoplastia de deixar cabelos em pé, aliada à trilha de cordas horripilante e climática. Mesmo não sendo esse um filme para o grande público - acostumado aos sustos fáceis e às contagens de corpos intermináveis - está aqui um exemplar do terror digno de todos os méritos conquistados até agora, além de um provável divisor de águas no que diz respeito ao gênero na Sétima Arte.
A Maldição da Floresta
2.6 215 Assista AgoraO mesmo filme de terror visto há décadas, porém muito bem camuflado atrás de uma direção de arte competente e um trabalho de maquiagem exemplar.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraLogo nos primeiros segundos de projeção, os roteiristas de "Deadpool" intitulam a si mesmos como os "verdadeiros heróis" da produção. E não há quem prove o contrário: irreverente, hilário e - maior mérito da produção - livre de qualquer fórmula, o mais novo filme sob o selo Marvel faz por merecer todo seu hype e seu vindouro sucesso de bilheteria.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraO Regresso é um daqueles filmes que realmente mexem com a platéia: faz com que ela prenda a respiração, perca o fôlego, deixe de piscar (!) e saia deslumbrada com o visual arrebatador criado por Iñarritu e por Lubezki, seu diretor de fotografia. É uma pena que, apesar de tantos méritos, seja impossível mascarar o cansaço após o término da sessão.
O Bom Dinossauro
3.7 1,0K Assista AgoraNem tão empolgante pra conquistar a criançada e nem tão coerente pra convencer o público mais maduro, O Bom Dinossauro consegue, ainda assim, proporcionar alguns bons momentos emotivos.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraApesar do ritmo lento e da quase ausência de diálogos, Boa Noite, Mamãe faz um trabalho eficaz de suspense e agonia.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista Agora"Quarteto Fantástico" é tão ruim - mas tão ruim - que mal dá pra considerá-lo como um dos piores "filmes" já feitos. Essa tragédia ter saído da ilha de edição e ter sido lançada permanecerá como um dos maiores suicídios cinematográficos que se tem memória.