que no final eu me senti como um dos espectadores que acompanhou a vida do Truman por 30 anos e finalmente assistia à season finale da série, por mais doentio que isso soe. Genial.
Apesar da simples premissa dessa narrativa, a aventura do fofíssimo Ahmad no pequeno microcosmo do vilarejo de Koker (e vizinhanças) se torna algo homérico. O especador é capaz de sentir a angústia, medo e frustração de uma criança que cresce em um meio extremamente autoritário, onde não tem voz. Ao mesmo tempo, momentos de demostração de altruísmo e empatia colocam um sorrisão no rosto de quem assiste. A técnica realista utilizada por Kiarostami também nos proporciona performances incríveis dos pequenos atores. Esse foi o primeiro filme deste diretor que assisti (com meu irmão de 16 anos) e, apesar de não convencional, adoramos! Com certeza procurarei outros filmes desde diretor para apreciar, inclusive aceito indicações.
O filme, como um todo, já é um espetáculo. Ótimo elenco, figurino e fotografia. A cronologia é apresentada de forma não linear, mas bastante clara. Acho que chorei umas quatro vezes. Mas o que mais me cativou foi o final:
a maneira com que se traçou uma linha tênue entre realidade e ficção, deixando o final livre para interpretação. E o que eu achei igualmente incrível, a homenagem a autora e como sua história se faz um paralelo com sua história de vida e sua personagem. Inclusive, uma das falas de Jo é atribuída à própria Louisa May Alcott, e não a sua personagem.
“I’d rather be a free spinster and paddle my own canoe”
Incrível!
Merecia muito ter ganho o Oscar de melhor roteiro original.
A Pixar mais uma vez servindo uma animação muito criativa, sensível, hilária e esteticamente impecável. O contexto da história, um mundo mágico e cheio de criaturas mitológicas, onde o desenvolvimento da tecnologia tornou o uso da magia desnecessário, é muito bacana! A maneira como a história se desenvolve a partir dessa proposta nos garante as doses certeiras de aventura, humor e emoção. O final é incrível e vai deixar seu coração quentinho. Recomendo a todos que adoram animação!
Eu achei a ideia central do filme muito interessante e cheia de potencial. O espectador se vê, logo de cara, preso à narrativa e se enche de expectativas. Entretanto, na minha opinião o filme se perde um pouco ao longo do desenvolvimento do roteiro e pode decepcionar.
Apesar de eu não ter engolido bem o final, mesmo depois de ler diversas análises e fazer inúmeras reflexões, eu consegui tirar algumas interpretações e discussões subjetivas que, para mim, fizeram o filme valer a pena.
A torre representaria um sistema econômico injusto, em que uma minoria consome a maior parte dos recursos, sem nenhuma empatia com os andares (classes) inferiores. Enquanto uns consomem banquetes, alguns precisam se contentar com restos, enquanto outros sequer recebem um grão. Uma crítica poderosa trazida pelos personagens é que, se cada um consumisse apenas o necessário para sua sobrevivência, sem excessos, todos poderiam usufruir do banquete.
Entretanto, realizar a mudança necessário no sistema para que ocorra a divisão igualitária dos recursos se mostra algo praticamente impossível, ao ponto que os personagens precisam utilizar a força e a violência para colocarem suas ideias em prática. A "revolução" tem seu preço.
Uma coisa que me marcou é a facilidade com que as pessoas podem descer para andares inferiores, em contraste com a dificuldade extrema para subir. E mesmo quando alguém possuía as ferramentas e a força de vontade para subir (o carinha com a corda), sempre havia oposição dos indivíduos em andares superiores. Isso reflete um pouco como as classes funcionam na sociedade.
Outra coisa legal, e essa é uma viagem de minha cabeça: os cozinheiros do poço podem ser considerados, em analogia, como "Deus" ou a natureza. Eles fornecem recursos impecáveis e suficientes para humanidade sobreviver, mas por conta de sua estrutura econômica e de classes, por conta do excesso de uma minoria, a maioria vive na miséria.
E eu poderia ficar horas e horas escrevendo sobre as reflexões que eu tive, e por conta disso eu acho que o filme valeu muito a pena.
Agora os pontos negativos: eu não entendi o papel na menina, no último andar inferior. Ela provavelmente era uma alucinação, mas não ficou claro seu papel figurativo como "mensagem". A própria sobremesa (panna cotta) já seria uma mensagem suficientemente assertiva para o objetivo deles. Pra mim foi um detalhe que trouxe confusão desnecessária.
O motivo do personagem principal para entrar no Poço é muito difícil de engolir. Enquanto diversas pessoas estavam lá obrigadas, para cumprir penas, ele entrou pra parar de fumar? SÉRIO?
Queria entender a cena em que o chef responsável pelas refeições do Poço achou um fio de cabelo na comida (por coincidência, numa panna cotta similar a que foi mandada pra cima com a "menina"). É muita coincidência, então isso me leva a acreditar que isso tem a ver com o final. Eles receberam a panna cotta, intocada, e o chef ficou irritado pois achou que ela não foi consumida por conta de um fio de cabelo, indicando certa ignorância em relação à estrutura do poço, em que pessoas literalmente se matam por comida. Não sei se isso se indicou uma ignorância das classes abastadas em relação às dificuldades das classes mais baixas (o que já entre em conflito com minha interpretação de que eles representam Deus).
No geral eu gostei muito da ideia por trás do filme e das interpretações que o sucedem, mas eu acho que durante o desenvolvimento da narrativa muitas coisas poderiam ter sido realizadas de maneira melhor!
A conexão entre Jack e Joy, tão brilhantemente interpretados por Jacob Trembley e Brie Larson, emociona e cativa. Uma mãe que sofre o inimaginável, por anos confinada, violentada, estuprada, encontra no filho a força e a motivação para levantar da cama todos os dias. Da perspectiva de Jack, o quarto era seu mundo, e o mundo normal algo tão inalcançável, como, para nós, é o espaço.
O filme consegue abordar de forma sútil o pior e o melhor do ser humano. Joy, acima de tudo mãe, dedica-se completamente a fazer seu filho feliz, a mitigar todo o sofrimento iminente que o rodeia e que ameaça devorá-lo a qualquer momento. O instinto materno da "Ma" está fortemente presente e emociona durante o filme. Enquanto isso, a inocência infantil de Jacob, suas visões de um mundo distorcido e limitado, o qual foi-lhe apresentado desde o nascimento como verdade absoluta, angustiam. É possível mensurar o quão grave e desprezível é o crime de roubar a liberdade de uma criança, antes mesmo dela ter nascido? Acho que não.
Entretanto, para mim o roteiro teve um furo. É difícil encarar com credulidade a estratégia utilizada por Joy para escapar do confinamento. A probabilidade de um plano como aquele funcionar me pareceu, desde o início, tão baixa, que a única solução é considerar o total desespero e loucura da personagem ao planejar sua fuga. Mas não é que funcionou? No momento acho que todos ficamos tão felizes que deixamos passar.
Por outro lado, a segunda metade do filme, que mostra a adaptação de mãe e filho no mundo exterior ao quarto, também é brilhante. Passo a passo, Jack explora um novo mundo, que pra ele mais parece um outro planeta, e se insere na sociedade. Valores como família e amizade lhe são apresentados e ele, na condição de criança "elástica", recebe tudo de braços abertos, mas em seu tempo, é claro. Enquanto isso, uma mãe com sérios problemas psicológicos, claramente causados por cada segundo de terror que ela viveu, começa a perceber que integrar-se novamente ao seu velho mundo, o qual por sete anos continuou girando ao invés de esperá-la parado, não seria tão fácil. Joy é uma mulher forte, mas o que dela é cobrado seria demais pra qualquer ser humano.
Ao ser questionada pela reporter se ela "teria pensado em pedir ao sequestrador para libertar Jack, enquanto bebê, do cativeiro, de forma que ele pudesse crescer livre" e, ao responder incrédula, que "não", pois isso nem ao menos teria passado por sua cabeça, o filme levanta sutilmente um questionamento de extrema gravidade. Teria Joy pensado mais em si do que no filho, ao nem considerar uma possibilidade real tão óbvia de libertá-lo? É uma pergunta cruel, que, sinceramente, nunca deveria ter sido plantada na cabeça de Joy. Na sua condição de mãe encarcerada, diariamente violentada, estuprada e oprimida por anos, nada poderia ser cobrado de Joy. Ela é a grande vítima da história. Assim como Jack. Ponto final.
Nessa segunda metade também se passam as cenas mais simbólicas do filme: primeiro, Jacob envia sua "força" para a mãe, ato de um significado sem precedentes. Um filho em toda sua simplicadade dando força para a mãe continuar, o que foi, com certeza, um passo essencial na recuperação da saúde mental de Joy. Quando ela confessa se considerar uma mãe ruim, e Jack simplesmente diz "você é minha mãe", um ato igualmente simples e simbólico mostra-se essencial para o equilíbrio da nova relação mãe e filho, agora inserida em um mundo completamente diferente para ambos.
Em segundo lugar, a despedida do Quarto de Jack. Como mãe, mulher e ser humano, a coragem que Joy precisou reunir para proporcionar ao filho a despedida definitiva do único mundo que ele por cinco anos conheceu, é de impressionar. Para Jack, o quarto era seu planeta Terra inserido em apenas 10 metros quadrados, para Joy, um cativeiro e um circo de horrores por 7 anos. De qualquer forma, para ambos este passo mostrou-se de extrema importância para a conclusão da história. A partir daí, os dois estavam prontos para seguir em frente e deixar o quarto para trás.
A sacada de representar uma sociedade nos moldes humanos, só que apenas contituída por outro animais da fauna, é incrível. O filme aborda de maneira sutil assuntos sérios, como o preconceito, intolerância e marginalização de grupos sociais ou raças, no caso literalmente, de animais.
A maneira como as raposas são representadas à margem da sociedade, tidas como animais traiçoeiros e indignos de confiança, assim como o embate entre predador e presa, dois grupos que formam duas alas distintas da sociedade no filme, são maneiras perpicazes de retratar poblemas reais de nossa sociedade para crianças e até para os próprios adultos. Ponto para o filme.
Além disso, os efeitos visuais são impecáveis, assim como toda a criatividade por trás da extensa lista de personagens e cenários representados. A trama de mistério por trás do roteiro é inteligente, ágil e prende o espectador, proporcionando um final surpreendente. Além de tudo, a dupla de personagens principais, Judy e Nick, são super carismáticos e fofos.
Uma animação que garante muita diversão e entretenimento, tanto pra crianças, como pra adultos.
Esperei muito, mas no final das contas achei que o filme não foi pra lugar nenhum. Achei o desenvolvimento da história bem fraco. Por outro lado, me identifiquei muito com o personagem, me diverti bastante com a dose de comédia proporcionada e no final das contas não me entediei nem por um segundo. A simplicidade do filme prende e por isso eu recomendaria :)
Achei extremamente superestimado. A produção é ótima, mas me deparei com a mesma história repetitiva e previsível de sempre. Pra mim, não há no filme nenhum diferencial que justifique todo esse destaque da crítica. Bem, mas como já jogaram em minha cara que eu não sou conhecedor do gênero terror e que "o clichê é intrínseco a todos os filmes do gênero", nem me arrisco a dar uma nota a essa obra aclamada.
Gostei muito dos efeitos especiais e da forma como o espaço foi retratado, realmente muito realista. Em 3D, ainda por cima, ficou bem impressionante. Mas filme em si não me conquistou, depois de um tempo fiquei entediado. Eu tive a impressão de estar assistindo uma versão espacial de 127 hours, por mais que não tenha essa semelhança toda, haha. Enfim, de qualquer forma, valeu a pena ter assistido.
Filme muito bem produzido! O desenvolvimento da história conseguiu me entreter durante todo o filme, com as doses certas de comédia e de ação. Algumas cenas de luta são espetaculares, como quando
Um filme sem vilões, disputas, brigas ou desastres. Apenas personagens essencialmente bons e gentis. Duas garotinhas vivendo o ápice de sua infância e um pai presente, que sempre as escuta. Nunca duvida das mesmas, sempre incentivando a natureza exploradora e curiosa de ambas. Um mundo místico se aflora, para o deleite do expectador. O filme é aconchegante e caloroso como a infância e consegue, do começo ao fim, nos fascinar. É uma história que não promete absolutamente nada, mas consegue conquistar e ficar na cabeça de quem assistir. Vale muita a pena, recomendo. Espero algum dia poder apresentar essa história ao meu irmão e, quem sabe, a um filho meu. A cultura japonesa é mesmo incrível.
Os efeitos especiais e o 3D são de tirar o fôlego, o roteiro é bem ágil e sempre eletrizante e os atores realmente não deixam a desejar. É um filme de ação que realmente preenche os requisitos! Só não gostei de alguns detalhes da história, mas isso simplesmente se reduz a gosto pessoal. Algumas lacunas no roteiro, como já citaram anteriormente, também incomodam. No geral recomendadíssimo, garantia de entretenimento.
Valeu por matar as saudades! O filme é muito engraçadinho, a animação é super bem feita (nos faz querer abrir os olhos pra não perder nenhum detalhe - como quase tudo que a Pixar faz) e o roteiro é bem leve. Entretanto, não vi nenhum grande diferencial nesse filme, que pra mim só é uma animação divertida de se ver. Não me apaixonei como aconteceu em Toy Story 3 ou Wall-E, mas no final das contas o filme é bom e vale a pena ir ver pra matar as saudades de Monstros S.A. e levar a criançada junto, certeza que vão adorar!
E o 3D é mais um complemento estético ao filme (seguindo as tendências da maioria dos blockbusters da atualidade), nada de objetos voando em sua cara com o objetivo de arrancar exclamações do espectador, como em Pequenos Espiões 3D. Vamos superar isso, haha!
O filme, a cada segundo, encanta e delicia o espectador com sua simplicidade e ternura. Com certeza, trata-se de uma linda história de amor incondicional, o qual se constrói sobre o alicerce das letras, palavras, sentenças e fantasias. A única e essencial troca entre os personagens principais é o prazer de viajar aos mais longínquos e apaixonantes mundos pegando carona com os livros
A relação entre Germain e Margueritte não só aflora de maneira encantadora nas telas, como também planta sua sementinha no coração de quem assiste. Além disso, os personagens secundários e os flashes da infância de Germain garantem um dinamismo super agradável ao filme.
No fim, quando Germain proporciona àquela doce velhinha a maior felicidade de sua vida nos seus últimos anos ao levá-la pra casa, é impossível não se emocionar. Uma história linda com, ainda bem, um final super feliz. Que todos encontremos nossos Germains e Marguerittes ao longo da vida <3
Um daqueles filmes que te dá uma sensação boa quando acaba, aquela vontade de quero mais. Um sentimento de que aqueles minutinhos valeram mais que dias inteiros. Super recomendado, são poucos que conseguem tocar um pessoa dessa forma.
O filme salta aos olhos do expectador graças à grande influência da obra "The Great Gatsby" na literatura americana, ao seu elenco composto por grandes nomes de Hollywood e à promessa de uma produção visionária que faça jus à obra.
Pois bem, de início a impressão que tive foi de um filme que priorizou demais os aspectos visuais e dessa forma acabou retratando de forma frívola a realidade do sonho americano na década de 20, tão aclamadamente descrita por "The Great Gatsby". A constante impressão de que a sessão em 3D provava-se completamente desnecessária a cada minuto, e até incômoda, não saía de minha cabeça. As festas exageradas, automóveis deslocando-se em alta velocidade e sem a menor preocupação com a segurança, drogas e esbanjamento da alta sociedade foi bem explorado, mas tornou-se massante e tedioso após algum tempo. Ao construir a trilha sonora em torno do R&B e rap moderno, o diretor ganhou pontos por sua abordagem criativa analisando o filme individualmente mas, por outro lado, Luhrmann já havia explorado técnica similar em seus trabalhos anteriores.
O roteiro lento começa a se desenvolver em um ritmo razoável apenas no final do filme, onde realmente começou a prender minha atenção. As cenas finais, na minha opinião, foram excelentes e valeram todo o filme! Os momentos finais são cativantes, inspiradores e surpreendentes. Recomendo que todos deem uma chance ao filme a fim de deleitarem com seus pontos altos, apesar de destacar que pontos negativos não faltam.
"O filme mais apavorante que você verá nessa vida". Propaganda enganosa descarada, a única coisa que me apavorou foi a avalanche de clichês, o comportamento completamente absurdo dos personagens em meio ao horror em que se encontravam e muita falta de realismo. Sim, não é porque é um filme de terror que trata de demônios que pode-se admitir qualquer roteiro burro e questionável. Para desesperadamente tentar de alguma forma assustar o espectador, cenas de mutilação, corte, perfuração e variações parecem ser a unica ferramenta explorada pela produção. Além do mais, as atuações não ajudam nem um pouco. De fato, deplorável. Não percam tempo assistindo, a não ser que queriam ir com uma galera fazer piada ou com alguém muito medroso (que crê em espíritos ruins e, provavelmente, sentirá medo desse filme...) para amparar, com segundas intenções ou não ;)
O filme é bem bobinho e engraçadinho, como o esperado. Fui assisti-lo exatamente com essa expectativa, esperando relaxar a mente e dar algumas risadas, nada mais. Com certeza o filme cumpriu o requisito, para mim. Quando menos esperava, acabou e deixou aquele gostinho de quero mais. Recomendo para assistir com a família, amigos ou se quiser só se distrair um pouco e esquecer os problemas. A forte presença da música com certeza é um fator determinante para o entretenimento do espectador e a particularidade dos personagens sempre arranca umas risadas! Me lembrei bastante de Glee assistindo. Enfim, adorei!
Não sou muito fã desses filmes de super-herói, mas posso disser que este me manteve entretido durante suas duas horas de duração! Apesar de alguns clichês hollywoodianos e já característicos desse próprio tipo de filme, gostei muito! As cenas do Harvey foram as minhas preferidas, pois tenho um fraco por crianças em filmes, quase sempre elas roubam a cena pra mim e protagonizam minhas partes prediletas! Enfim, o filme é engraçado, tem um roteiro ágil (achei até que acabou rápido) e os efeitos especiais são bons. Me diverti, mas não fui surpreendido.
A ideia do filme é muito interessante, mas este, por possuir tão longa duração, é um pouco cansativo. De início, a inconstância cronológica leva o espectador a confundir-se, o que obviamente é proposital. Lá para a metade, é possível entender as particularidades de cada história e já não se perder mais.
Há uma expectativa quanto a uma ligação entre todas as histórias. E sim, ela existe. O forte subjugando o fraco sob a justificativa de uma ordem natural, a lei do mais forte. Mas nas diversas tramas o dominado desafia a suposta ordem natural estabelecida e, de certa forma, transcende a realidade cruel e supera as dificuldades. Mesmo que superar essas dificuldades signifique o ato corajoso do suicídio.
Um filme que necessita paciência para ser apreciado. Talvez também precise ser assistido mais de uma vez para captar todos os detalhes e mensagens, já que este possui grande duração e aborda diversas estórias paralelas, o que pode dar um nó na cabeça de muitos. Recomendo para quem tem a vontade de encarar um filme que não está dentro dos padrões normais e demanda certo esforço para ser elucidado.
As dificuldades da vida sob a ótica de uma criança que, como não poderia deixar de ser, vive a sonhar, questionar e a interpretar da forma mais pura possível a existência do mundo e seus desdobramentos. O filme é recheado de metáforas frente a um roteiro muito simples e, posso dizer, meio cru.
As geleiras derretendo e os Aurochs ressurgindo, para mim, representavam o desequilíbrio do universo de Hushpuppy, frente a grande inundação e a doença de seu pai. Quando as criaturas pré-históricas estão a chegar, no fim do filme, a garotinha se joga no rio e entra em uma embarcação que a leva para uma espécie de bordel. Lá, encontra uma garçonete que a conforta e que, talvez, poderia ser sua mãe (desatei-me a pensar sobre essa possibilidade quando, após ver o filme, fui ler algumas críticas). Entretanto, Hushpuppy abandona o que para ela poderia ser uma nova vida e volta para suas origens, para cuidar de seu pai, dar o seu último adeus e continuar o legado que este deixou. Enfrenta o Aurouch, que agora já não é mais uma ameaça, pois todas as peças estão de volta aos seus lugares. Ela é uma orgulhosa habitante da "Banheira" e fará jus a quem a criou. O equilíbrio foi restaurado.
O filme não deixa a desejar quanto ao que promete. Um roteiro tipicamente hollywoodiano, cheio de drama e ação dos personagens, que se desenvolve apoiado em uma linda fotografia e maravilhosas atuações. Devo dizer que os atores mirins se destacaram muito, deixando qualquer um maravilhado com interpretações tão comoventes e verdadeiras. O intérprete de Lucas foi, para mim, quem mais se destacou. Durante todo o filme desejei que o menino tivesse sido indicado ao Oscar de melhor ator! Haha. É claro que não posso deixar de elogiar a Naomi Watts e o Ewan McGregor, que também estavam de arrasar.
O desenrolar dos fatos no filme é ágil e não deixa o espectador entediado por nem ao menos um mísero segundo. Eu, pessoalmente, me emocionei e fui levado a reflexão diversas vezes enquanto assistia "O Impossível". Apesar de qualquer um notar que a produção não hesitou ao conceder ao filme uma grande dose de dramaticidade, este não se tornou forçado, entendiante ou absurdo (ao menos, na minha opinião). Vale muito a pena assistir, pois fortes emoções e reflexões serão garantidas! Aprovadíssimo! Um dos melhores filmes que vi esse ano ;)
Superou todas as expectativas. Assisti na sala XD da rede Cinemark e fiquei maravilhado com a qualidade gráfica da animação. Os cenários, incluindo os animais e a vegetação, são simplesmente de tirar o fôlego. Além de extremamente criativos, muito bem feitos. Personagens carismáticos e cômicos. O roteiro também é ótimo para uma animação infantil e, em algumas partes, cheguei a me emocionar, haha. Enfim, vale muito a pena ir assistir no cinema, de preferência em uma sala especial e em 3D! Cumpriu todos os requisitos para ser considerada uma incrível animação. Recomendo fortemente, garantirá boas risadas e os efeitos gráficos lhes tirarão o fôlego.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraO filme me envolveu de uma forma tão intensa,
que no final eu me senti como um dos espectadores que acompanhou a vida do Truman por 30 anos e finalmente assistia à season finale da série, por mais doentio que isso soe. Genial.
Ah, e Jim Carrey está fenomenal nesse filme.
Jovens, Loucos e Rebeldes
3.7 447 Assista AgoraCumpriu bem o seu papel: fiquei com vontade de voltar a ser jovem e sair na noite pra me embreagar e fazer merda. Filme muito gostosinho e divertido.
Onde Fica a Casa do Meu Amigo?
4.2 145 Assista AgoraApesar da simples premissa dessa narrativa, a aventura do fofíssimo Ahmad no pequeno microcosmo do vilarejo de Koker (e vizinhanças) se torna algo homérico. O especador é capaz de sentir a angústia, medo e frustração de uma criança que cresce em um meio extremamente autoritário, onde não tem voz. Ao mesmo tempo, momentos de demostração de altruísmo e empatia colocam um sorrisão no rosto de quem assiste. A técnica realista utilizada por Kiarostami também nos proporciona performances incríveis dos pequenos atores. Esse foi o primeiro filme deste diretor que assisti (com meu irmão de 16 anos) e, apesar de não convencional, adoramos! Com certeza procurarei outros filmes desde diretor para apreciar, inclusive aceito indicações.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista AgoraO filme, como um todo, já é um espetáculo. Ótimo elenco, figurino e fotografia. A cronologia é apresentada de forma não linear, mas bastante clara. Acho que chorei umas quatro vezes. Mas o que mais me cativou foi o final:
a maneira com que se traçou uma linha tênue entre realidade e ficção, deixando o final livre para interpretação. E o que eu achei igualmente incrível, a homenagem a autora e como sua história se faz um paralelo com sua história de vida e sua personagem. Inclusive, uma das falas de Jo é atribuída à própria Louisa May Alcott, e não a sua personagem.
“I’d rather be a free spinster and paddle my own canoe”
Incrível!
Merecia muito ter ganho o Oscar de melhor roteiro original.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraA Pixar mais uma vez servindo uma animação muito criativa, sensível, hilária e esteticamente impecável. O contexto da história, um mundo mágico e cheio de criaturas mitológicas, onde o desenvolvimento da tecnologia tornou o uso da magia desnecessário, é muito bacana! A maneira como a história se desenvolve a partir dessa proposta nos garante as doses certeiras de aventura, humor e emoção. O final é incrível e vai deixar seu coração quentinho. Recomendo a todos que adoram animação!
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraEu achei a ideia central do filme muito interessante e cheia de potencial. O espectador se vê, logo de cara, preso à narrativa e se enche de expectativas. Entretanto, na minha opinião o filme se perde um pouco ao longo do desenvolvimento do roteiro e pode decepcionar.
Apesar de eu não ter engolido bem o final, mesmo depois de ler diversas análises e fazer inúmeras reflexões, eu consegui tirar algumas interpretações e discussões subjetivas que, para mim, fizeram o filme valer a pena.
A torre representaria um sistema econômico injusto, em que uma minoria consome a maior parte dos recursos, sem nenhuma empatia com os andares (classes) inferiores. Enquanto uns consomem banquetes, alguns precisam se contentar com restos, enquanto outros sequer recebem um grão. Uma crítica poderosa trazida pelos personagens é que, se cada um consumisse apenas o necessário para sua sobrevivência, sem excessos, todos poderiam usufruir do banquete.
Entretanto, realizar a mudança necessário no sistema para que ocorra a divisão igualitária dos recursos se mostra algo praticamente impossível, ao ponto que os personagens precisam utilizar a força e a violência para colocarem suas ideias em prática. A "revolução" tem seu preço.
Uma coisa que me marcou é a facilidade com que as pessoas podem descer para andares inferiores, em contraste com a dificuldade extrema para subir. E mesmo quando alguém possuía as ferramentas e a força de vontade para subir (o carinha com a corda), sempre havia oposição dos indivíduos em andares superiores. Isso reflete um pouco como as classes funcionam na sociedade.
Outra coisa legal, e essa é uma viagem de minha cabeça: os cozinheiros do poço podem ser considerados, em analogia, como "Deus" ou a natureza. Eles fornecem recursos impecáveis e suficientes para humanidade sobreviver, mas por conta de sua estrutura econômica e de classes, por conta do excesso de uma minoria, a maioria vive na miséria.
E eu poderia ficar horas e horas escrevendo sobre as reflexões que eu tive, e por conta disso eu acho que o filme valeu muito a pena.
Agora os pontos negativos: eu não entendi o papel na menina, no último andar inferior. Ela provavelmente era uma alucinação, mas não ficou claro seu papel figurativo como "mensagem". A própria sobremesa (panna cotta) já seria uma mensagem suficientemente assertiva para o objetivo deles. Pra mim foi um detalhe que trouxe confusão desnecessária.
O motivo do personagem principal para entrar no Poço é muito difícil de engolir. Enquanto diversas pessoas estavam lá obrigadas, para cumprir penas, ele entrou pra parar de fumar? SÉRIO?
Queria entender a cena em que o chef responsável pelas refeições do Poço achou um fio de cabelo na comida (por coincidência, numa panna cotta similar a que foi mandada pra cima com a "menina"). É muita coincidência, então isso me leva a acreditar que isso tem a ver com o final. Eles receberam a panna cotta, intocada, e o chef ficou irritado pois achou que ela não foi consumida por conta de um fio de cabelo, indicando certa ignorância em relação à estrutura do poço, em que pessoas literalmente se matam por comida. Não sei se isso se indicou uma ignorância das classes abastadas em relação às dificuldades das classes mais baixas (o que já entre em conflito com minha interpretação de que eles representam Deus).
No geral eu gostei muito da ideia por trás do filme e das interpretações que o sucedem, mas eu acho que durante o desenvolvimento da narrativa muitas coisas poderiam ter sido realizadas de maneira melhor!
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraA conexão entre Jack e Joy, tão brilhantemente interpretados por Jacob Trembley e Brie Larson, emociona e cativa. Uma mãe que sofre o inimaginável, por anos confinada, violentada, estuprada, encontra no filho a força e a motivação para levantar da cama todos os dias. Da perspectiva de Jack, o quarto era seu mundo, e o mundo normal algo tão inalcançável, como, para nós, é o espaço.
O filme consegue abordar de forma sútil o pior e o melhor do ser humano. Joy, acima de tudo mãe, dedica-se completamente a fazer seu filho feliz, a mitigar todo o sofrimento iminente que o rodeia e que ameaça devorá-lo a qualquer momento. O instinto materno da "Ma" está fortemente presente e emociona durante o filme. Enquanto isso, a inocência infantil de Jacob, suas visões de um mundo distorcido e limitado, o qual foi-lhe apresentado desde o nascimento como verdade absoluta, angustiam. É possível mensurar o quão grave e desprezível é o crime de roubar a liberdade de uma criança, antes mesmo dela ter nascido? Acho que não.
Entretanto, para mim o roteiro teve um furo. É difícil encarar com credulidade a estratégia utilizada por Joy para escapar do confinamento. A probabilidade de um plano como aquele funcionar me pareceu, desde o início, tão baixa, que a única solução é considerar o total desespero e loucura da personagem ao planejar sua fuga. Mas não é que funcionou? No momento acho que todos ficamos tão felizes que deixamos passar.
Por outro lado, a segunda metade do filme, que mostra a adaptação de mãe e filho no mundo exterior ao quarto, também é brilhante. Passo a passo, Jack explora um novo mundo, que pra ele mais parece um outro planeta, e se insere na sociedade. Valores como família e amizade lhe são apresentados e ele, na condição de criança "elástica", recebe tudo de braços abertos, mas em seu tempo, é claro. Enquanto isso, uma mãe com sérios problemas psicológicos, claramente causados por cada segundo de terror que ela viveu, começa a perceber que integrar-se novamente ao seu velho mundo, o qual por sete anos continuou girando ao invés de esperá-la parado, não seria tão fácil. Joy é uma mulher forte, mas o que dela é cobrado seria demais pra qualquer ser humano.
Ao ser questionada pela reporter se ela "teria pensado em pedir ao sequestrador para libertar Jack, enquanto bebê, do cativeiro, de forma que ele pudesse crescer livre" e, ao responder incrédula, que "não", pois isso nem ao menos teria passado por sua cabeça, o filme levanta sutilmente um questionamento de extrema gravidade. Teria Joy pensado mais em si do que no filho, ao nem considerar uma possibilidade real tão óbvia de libertá-lo? É uma pergunta cruel, que, sinceramente, nunca deveria ter sido plantada na cabeça de Joy. Na sua condição de mãe encarcerada, diariamente violentada, estuprada e oprimida por anos, nada poderia ser cobrado de Joy. Ela é a grande vítima da história. Assim como Jack. Ponto final.
Nessa segunda metade também se passam as cenas mais simbólicas do filme: primeiro, Jacob envia sua "força" para a mãe, ato de um significado sem precedentes. Um filho em toda sua simplicadade dando força para a mãe continuar, o que foi, com certeza, um passo essencial na recuperação da saúde mental de Joy. Quando ela confessa se considerar uma mãe ruim, e Jack simplesmente diz "você é minha mãe", um ato igualmente simples e simbólico mostra-se essencial para o equilíbrio da nova relação mãe e filho, agora inserida em um mundo completamente diferente para ambos.
Em segundo lugar, a despedida do Quarto de Jack. Como mãe, mulher e ser humano, a coragem que Joy precisou reunir para proporcionar ao filho a despedida definitiva do único mundo que ele por cinco anos conheceu, é de impressionar. Para Jack, o quarto era seu planeta Terra inserido em apenas 10 metros quadrados, para Joy, um cativeiro e um circo de horrores por 7 anos. De qualquer forma, para ambos este passo mostrou-se de extrema importância para a conclusão da história. A partir daí, os dois estavam prontos para seguir em frente e deixar o quarto para trás.
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraA sacada de representar uma sociedade nos moldes humanos, só que apenas contituída por outro animais da fauna, é incrível. O filme aborda de maneira sutil assuntos sérios, como o preconceito, intolerância e marginalização de grupos sociais ou raças, no caso literalmente, de animais.
A maneira como as raposas são representadas à margem da sociedade, tidas como animais traiçoeiros e indignos de confiança, assim como o embate entre predador e presa, dois grupos que formam duas alas distintas da sociedade no filme, são maneiras perpicazes de retratar poblemas reais de nossa sociedade para crianças e até para os próprios adultos. Ponto para o filme.
Além disso, os efeitos visuais são impecáveis, assim como toda a criatividade por trás da extensa lista de personagens e cenários representados. A trama de mistério por trás do roteiro é inteligente, ágil e prende o espectador, proporcionando um final surpreendente. Além de tudo, a dupla de personagens principais, Judy e Nick, são super carismáticos e fofos.
Uma animação que garante muita diversão e entretenimento, tanto pra crianças, como pra adultos.
O Verão da Minha Vida
3.7 592 Assista AgoraEsperei muito, mas no final das contas achei que o filme não foi pra lugar nenhum. Achei o desenvolvimento da história bem fraco. Por outro lado, me identifiquei muito com o personagem, me diverti bastante com a dose de comédia proporcionada e no final das contas não me entediei nem por um segundo. A simplicidade do filme prende e por isso eu recomendaria :)
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraAchei extremamente superestimado. A produção é ótima, mas me deparei com a mesma história repetitiva e previsível de sempre. Pra mim, não há no filme nenhum diferencial que justifique todo esse destaque da crítica. Bem, mas como já jogaram em minha cara que eu não sou conhecedor do gênero terror e que "o clichê é intrínseco a todos os filmes do gênero", nem me arrisco a dar uma nota a essa obra aclamada.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraGostei muito dos efeitos especiais e da forma como o espaço foi retratado, realmente muito realista. Em 3D, ainda por cima, ficou bem impressionante. Mas filme em si não me conquistou, depois de um tempo fiquei entediado. Eu tive a impressão de estar assistindo uma versão espacial de 127 hours, por mais que não tenha essa semelhança toda, haha. Enfim, de qualquer forma, valeu a pena ter assistido.
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraFilme muito bem produzido! O desenvolvimento da história conseguiu me entreter durante todo o filme, com as doses certas de comédia e de ação. Algumas cenas de luta são espetaculares, como quando
Mother Russia enfrenta os policiais perto da casa da Night Bitch
Entretenimento garantido durante toda a sessão, aprovado!
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraUm filme sem vilões, disputas, brigas ou desastres. Apenas personagens essencialmente bons e gentis. Duas garotinhas vivendo o ápice de sua infância e um pai presente, que sempre as escuta. Nunca duvida das mesmas, sempre incentivando a natureza exploradora e curiosa de ambas. Um mundo místico se aflora, para o deleite do expectador. O filme é aconchegante e caloroso como a infância e consegue, do começo ao fim, nos fascinar. É uma história que não promete absolutamente nada, mas consegue conquistar e ficar na cabeça de quem assistir. Vale muita a pena, recomendo. Espero algum dia poder apresentar essa história ao meu irmão e, quem sabe, a um filho meu. A cultura japonesa é mesmo incrível.
Guerra Mundial Z
3.5 3,2K Assista AgoraOs efeitos especiais e o 3D são de tirar o fôlego, o roteiro é bem ágil e sempre eletrizante e os atores realmente não deixam a desejar. É um filme de ação que realmente preenche os requisitos! Só não gostei de alguns detalhes da história, mas isso simplesmente se reduz a gosto pessoal. Algumas lacunas no roteiro, como já citaram anteriormente, também incomodam. No geral recomendadíssimo, garantia de entretenimento.
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraValeu por matar as saudades! O filme é muito engraçadinho, a animação é super bem feita (nos faz querer abrir os olhos pra não perder nenhum detalhe - como quase tudo que a Pixar faz) e o roteiro é bem leve. Entretanto, não vi nenhum grande diferencial nesse filme, que pra mim só é uma animação divertida de se ver. Não me apaixonei como aconteceu em Toy Story 3 ou Wall-E, mas no final das contas o filme é bom e vale a pena ir ver pra matar as saudades de Monstros S.A. e levar a criançada junto, certeza que vão adorar!
E o 3D é mais um complemento estético ao filme (seguindo as tendências da maioria dos blockbusters da atualidade), nada de objetos voando em sua cara com o objetivo de arrancar exclamações do espectador, como em Pequenos Espiões 3D. Vamos superar isso, haha!
Minhas Tardes Com Margueritte
4.3 522 Assista AgoraO filme, a cada segundo, encanta e delicia o espectador com sua simplicidade e ternura. Com certeza, trata-se de uma linda história de amor incondicional, o qual se constrói sobre o alicerce das letras, palavras, sentenças e fantasias. A única e essencial troca entre os personagens principais é o prazer de viajar aos mais longínquos e apaixonantes mundos pegando carona com os livros
A relação entre Germain e Margueritte não só aflora de maneira encantadora nas telas, como também planta sua sementinha no coração de quem assiste. Além disso, os personagens secundários e os flashes da infância de Germain garantem um dinamismo super agradável ao filme.
No fim, quando Germain proporciona àquela doce velhinha a maior felicidade de sua vida nos seus últimos anos ao levá-la pra casa, é impossível não se emocionar. Uma história linda com, ainda bem, um final super feliz. Que todos encontremos nossos Germains e Marguerittes ao longo da vida <3
Um daqueles filmes que te dá uma sensação boa quando acaba, aquela vontade de quero mais. Um sentimento de que aqueles minutinhos valeram mais que dias inteiros. Super recomendado, são poucos que conseguem tocar um pessoa dessa forma.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraO filme salta aos olhos do expectador graças à grande influência da obra "The Great Gatsby" na literatura americana, ao seu elenco composto por grandes nomes de Hollywood e à promessa de uma produção visionária que faça jus à obra.
Pois bem, de início a impressão que tive foi de um filme que priorizou demais os aspectos visuais e dessa forma acabou retratando de forma frívola a realidade do sonho americano na década de 20, tão aclamadamente descrita por "The Great Gatsby". A constante impressão de que a sessão em 3D provava-se completamente desnecessária a cada minuto, e até incômoda, não saía de minha cabeça. As festas exageradas, automóveis deslocando-se em alta velocidade e sem a menor preocupação com a segurança, drogas e esbanjamento da alta sociedade foi bem explorado, mas tornou-se massante e tedioso após algum tempo. Ao construir a trilha sonora em torno do R&B e rap moderno, o diretor ganhou pontos por sua abordagem criativa analisando o filme individualmente mas, por outro lado, Luhrmann já havia explorado técnica similar em seus trabalhos anteriores.
O roteiro lento começa a se desenvolver em um ritmo razoável apenas no final do filme, onde realmente começou a prender minha atenção. As cenas finais, na minha opinião, foram excelentes e valeram todo o filme! Os momentos finais são cativantes, inspiradores e surpreendentes. Recomendo que todos deem uma chance ao filme a fim de deleitarem com seus pontos altos, apesar de destacar que pontos negativos não faltam.
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista Agora"O filme mais apavorante que você verá nessa vida". Propaganda enganosa descarada, a única coisa que me apavorou foi a avalanche de clichês, o comportamento completamente absurdo dos personagens em meio ao horror em que se encontravam e muita falta de realismo. Sim, não é porque é um filme de terror que trata de demônios que pode-se admitir qualquer roteiro burro e questionável. Para desesperadamente tentar de alguma forma assustar o espectador, cenas de mutilação, corte, perfuração e variações parecem ser a unica ferramenta explorada pela produção. Além do mais, as atuações não ajudam nem um pouco. De fato, deplorável. Não percam tempo assistindo, a não ser que queriam ir com uma galera fazer piada ou com alguém muito medroso (que crê em espíritos ruins e, provavelmente, sentirá medo desse filme...) para amparar, com segundas intenções ou não ;)
A Escolha Perfeita
3.8 1,6K Assista AgoraO filme é bem bobinho e engraçadinho, como o esperado. Fui assisti-lo exatamente com essa expectativa, esperando relaxar a mente e dar algumas risadas, nada mais. Com certeza o filme cumpriu o requisito, para mim. Quando menos esperava, acabou e deixou aquele gostinho de quero mais. Recomendo para assistir com a família, amigos ou se quiser só se distrair um pouco e esquecer os problemas. A forte presença da música com certeza é um fator determinante para o entretenimento do espectador e a particularidade dos personagens sempre arranca umas risadas! Me lembrei bastante de Glee assistindo. Enfim, adorei!
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraNão sou muito fã desses filmes de super-herói, mas posso disser que este me manteve entretido durante suas duas horas de duração! Apesar de alguns clichês hollywoodianos e já característicos desse próprio tipo de filme, gostei muito! As cenas do Harvey foram as minhas preferidas, pois tenho um fraco por crianças em filmes, quase sempre elas roubam a cena pra mim e protagonizam minhas partes prediletas! Enfim, o filme é engraçado, tem um roteiro ágil (achei até que acabou rápido) e os efeitos especiais são bons. Me diverti, mas não fui surpreendido.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraA ideia do filme é muito interessante, mas este, por possuir tão longa duração, é um pouco cansativo. De início, a inconstância cronológica leva o espectador a confundir-se, o que obviamente é proposital. Lá para a metade, é possível entender as particularidades de cada história e já não se perder mais.
Há uma expectativa quanto a uma ligação entre todas as histórias. E sim, ela existe. O forte subjugando o fraco sob a justificativa de uma ordem natural, a lei do mais forte. Mas nas diversas tramas o dominado desafia a suposta ordem natural estabelecida e, de certa forma, transcende a realidade cruel e supera as dificuldades. Mesmo que superar essas dificuldades signifique o ato corajoso do suicídio.
Um filme que necessita paciência para ser apreciado. Talvez também precise ser assistido mais de uma vez para captar todos os detalhes e mensagens, já que este possui grande duração e aborda diversas estórias paralelas, o que pode dar um nó na cabeça de muitos. Recomendo para quem tem a vontade de encarar um filme que não está dentro dos padrões normais e demanda certo esforço para ser elucidado.
Indomável Sonhadora
3.8 1,2KAs dificuldades da vida sob a ótica de uma criança que, como não poderia deixar de ser, vive a sonhar, questionar e a interpretar da forma mais pura possível a existência do mundo e seus desdobramentos. O filme é recheado de metáforas frente a um roteiro muito simples e, posso dizer, meio cru.
As geleiras derretendo e os Aurochs ressurgindo, para mim, representavam o desequilíbrio do universo de Hushpuppy, frente a grande inundação e a doença de seu pai. Quando as criaturas pré-históricas estão a chegar, no fim do filme, a garotinha se joga no rio e entra em uma embarcação que a leva para uma espécie de bordel. Lá, encontra uma garçonete que a conforta e que, talvez, poderia ser sua mãe (desatei-me a pensar sobre essa possibilidade quando, após ver o filme, fui ler algumas críticas). Entretanto, Hushpuppy abandona o que para ela poderia ser uma nova vida e volta para suas origens, para cuidar de seu pai, dar o seu último adeus e continuar o legado que este deixou. Enfrenta o Aurouch, que agora já não é mais uma ameaça, pois todas as peças estão de volta aos seus lugares. Ela é uma orgulhosa habitante da "Banheira" e fará jus a quem a criou. O equilíbrio foi restaurado.
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraO filme não deixa a desejar quanto ao que promete. Um roteiro tipicamente hollywoodiano, cheio de drama e ação dos personagens, que se desenvolve apoiado em uma linda fotografia e maravilhosas atuações. Devo dizer que os atores mirins se destacaram muito, deixando qualquer um maravilhado com interpretações tão comoventes e verdadeiras. O intérprete de Lucas foi, para mim, quem mais se destacou. Durante todo o filme desejei que o menino tivesse sido indicado ao Oscar de melhor ator! Haha. É claro que não posso deixar de elogiar a Naomi Watts e o Ewan McGregor, que também estavam de arrasar.
O desenrolar dos fatos no filme é ágil e não deixa o espectador entediado por nem ao menos um mísero segundo. Eu, pessoalmente, me emocionei e fui levado a reflexão diversas vezes enquanto assistia "O Impossível". Apesar de qualquer um notar que a produção não hesitou ao conceder ao filme uma grande dose de dramaticidade, este não se tornou forçado, entendiante ou absurdo (ao menos, na minha opinião). Vale muito a pena assistir, pois fortes emoções e reflexões serão garantidas! Aprovadíssimo! Um dos melhores filmes que vi esse ano ;)
Os Croods
3.7 1,1K Assista AgoraSuperou todas as expectativas. Assisti na sala XD da rede Cinemark e fiquei maravilhado com a qualidade gráfica da animação. Os cenários, incluindo os animais e a vegetação, são simplesmente de tirar o fôlego. Além de extremamente criativos, muito bem feitos. Personagens carismáticos e cômicos. O roteiro também é ótimo para uma animação infantil e, em algumas partes, cheguei a me emocionar, haha. Enfim, vale muito a pena ir assistir no cinema, de preferência em uma sala especial e em 3D! Cumpriu todos os requisitos para ser considerada uma incrível animação. Recomendo fortemente, garantirá boas risadas e os efeitos gráficos lhes tirarão o fôlego.