Se 007 Spectre pudesse ser descrito em duas palavras seriam: mal aproveitado. Desde o elenco de peso, que se perde em atuações rasas; o roteiro que tenta mostrar a origem do agente à serviço de sua majestade em uma quantidade grande de núcleos mal explicados; a direção que não sabe aproveitar o material ofertado; os erros de montagem. Craig parece cansado do papel e não faz um 007 de qualidade como visto nos longas anteriores: Cassino Royale e Skyfall; a sensualidade de uma bond girl é explícita em Léa Seydoux, mas a sua atuação não confere a importância do papel; Ralph Fiennes não me agrada como novo M (MGM ressuscite Judi Dench, por favor) e Christoph waltz é a maior decepção, um ator que faz vilões icônicos, se perde ao atuar como um dos vilões mais famosos do cinema.Além de uma risível cena de explosão na sede da SPECTRE. O filme tem seus pontos positivos: Mônica (maravilhosa) Bellucci demonstra toda sensualidade do papel; Dave Bautista faz um vilão estilo 007: calado, bate muito e tem um truque na manga ( no seu caso unhas metálicas); a fotografia sombria mesmo nas cenas diurnas é coerente com o roteiro; os truques clássicos do filme, repaginados pelo repaginado Q; os gadgets do Aston Martin ( Meu Deus que carro ) e o icônico relógio. A era Craig é conhecida pelo realismo, tanto das organizações criminosas do filme como pela humanidade do personageem: 007 bate, apanha e sofre, não vi isso em SPECTRE. De 007 no filme mesmo, só a sequencia de abertura (de tirar o fôlego) e a elegância do agente no desfecho do filme, relembrando os velhos tempos. Craig, acredito ainda ter força para mais um filme, quando espero ser substituído por Richard Armitage, e MGM pelo amor de Deus, coloque Scarlett Johansson como Bond Girl.
Quando se adapta um livro para o cinema, por mais que o filme seja fiel a obra, ele quase nunca consegue captar a sua essência. Raduan Nassar escreveu uma obra única na literatura brasileira, Luis Fernando Carvalho fez o mesmo com esse filme. A essência e a alma do aclamado livro, está presente em quase 3 horas de uma das mais belas produções do nosso cinema. Uma obra sensível e poética.
Incrível a transformação não só física mas principalmente psicológica de Charlize Theron para esse filme, vi isso apenas uma vez ( Marion Cotilard em Piaf: um hino ao amor ). Uma vida sofrida e acabada pelo crime, como justificativa por suas feridas e cicatrizes. Uma história triste, cruel e real.
Os horrores da guerra nunca foram tão poeticamente revelados em um filme como nesse. Cada detalhe, desde uma lágrima do soldado, o desabotoar dos vestidos, ao reflexo dos vitrais nos rostos das crianças assustadas. O cinema não seria o mesmo se não existisse Zhang Yimou: sua direção impecável é costurada por uma trilha sonora magnífica; Da paisagem cinzenta de guerra ao contraste com o colorido das vestes das mulheres do rio Qin Huai e dos vitrais coloridos estilhaçados em câmera lenta, é a perfeição em 2 horas e meia de duração. O verdadeiro significado de sétima arte.
É um bom filme. Talvez o problema do filme é por conta do Hannibal que estamos acostumados a ver, aqui vemos um jovem vingativo e não o genial psicopata, pode ser que na história essa característica se adquira com o passar dos anos, mas nada que prejudique o filme.
Descrever 150 anos de história em 120 minutos não é uma tarefa das mais fáceis, ainda mais quando essa história é a principal saga da literatura brasileira. O tempo e o vento é sem dúvidas uma belíssima produção: fidedigno ao livro, uma reconstrução de época perfeita, bela trilha sonora e uma fotografia lindíssima: as paisagens dos pampas, o nascer e o por do sol gaúcho lindamente revelado pelas lentes de Affonso Beato; porém com defeitos como todo filme, sendo o mais relevante deles a escolha de alguns atores do elenco: não me conformo com Cléo Pires fazendo Ana Terra, nem com Marjorie como Bibiana jovem, faltou paixão de ambas para encarnar personagens tão marcantes de uma saga que dá tanta ênfase as mulheres; mas tudo isso é perdoado pela presença de Fernanda Montenegro, a atuação majestosa dela narrando toda história de sua família é uma escolha correta dos roteiristas (ambos, escritores gaúchos e amplamente influenciados pela obra de Érico Veríssimo) e uma inovação gloriosa; Thiago Lacerda ainda faz lembrar um pouco de Giuseppe Garibaldi de “A casa das sete mulheres”, mas convence como cap. Rodrigo Cambará; Martin Rodriguez (Pedro missioneiro adulto) é a grande revelação, desde a atuação convincente, a caracterização que nos faz acreditar que Érico Veríssimo imaginou Pedro como ele, o resto dos personagens guiam a história sem muitas surpresas ou deslizes. Queixaram que o filme tem um tom novelesco e se enquadraria muito mais como a minissérie (na qual foram utilizadas algumas filmagens), mas até onde sabemos o Brasil não possui atores que se dediquem exclusivamente ao cinema, como acontece em Hollywood, logo é natural que os filmes mesmo os de época lembram as novelas. Falaram também que o filme é arrastado e cansativo, não é, a estória é contada rapidamente e tem um motivo: no intuito de não deixar nenhum fato importante de fora e a falta de orçamento para realizar mais de um filme (como aconteceu em filmes como O hobbit) que pudesse contar com mais detalhes e aprofundamento, faz com que deixe de lado personagens secundaristas, dando ênfase aos personagens principais. Creio que os dois maiores pecados do filme foram: não se aprofundar tanto no contexto histórico, Érico Veríssimo narra grandiosamente a formação do Rio Grande do sul desde as missões jesuíticas até a revolução federalista: o pano de fundo para que toda trama desenrole, e o próprio nome do filme, o vento tão constante na história é deixado de lado, tornando apenas uma mera citação; o tempo esse sim é o destaque: 150 anos de história são narrados. Temos que agradecer a alguém que propõe a desenvolver e filmar um livro tão grandioso, as empresas que patrocinam um filme de época, quando seu nome aparecerá apenas nos créditos iniciais, não permitindo propaganda comercial no desenrolar do filme, e agradecer também por um filme como esse, enaltecendo nossa história e nossa literatura em meio à degradação do cinema nacional com tanto palavrão e humor barato.
“E nasce o sol e põe-se o sol, e volta ao seu lugar onde nasceu. O vento vai para o sul, e faz seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo seus circuitos. Uma geração vai, e a outra vem; porém a terra para sempre permanece.”
Intenso, dramático e angustiante. Se não for o melhor, figura entre os melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Uma poesia escrita e construída nas terras áridas do sertão.
Quão sofrida foi Edith Piaf, uma mulher que através da música cantou sua vida, suas angústias e sofrimentos. Assim como Tautou leva para as telas com louvor e maestria a vida de Gabrielle Chanel antes de se tornar a lendária estilista, Cotillard nos presenteia com uma atuação incrível de Piaf. Dois ícones da França representado por duas atrizes incríveis. Um filme sensível e brilhante.
Merecidamente todos os Oscars que ganhou ( e ainda acho que deveria ganhar pelo menos 3 dos outros 5 que perdeu ). Uma direção impecável, e um roteiro tão fidedigno a obra original ( sim, eu tive a felicidade de ler o livro ) faz desse filme uma obra obrigatória para os amantes da sétima arte. A atuação de Kevin é tão real como no livro de Michael Blake (até parece que ele fez o papel imaginando o Kevin atuando). Passando por uma linda trilha sonora e uma fotografia perfeita, em cenas tão lindas e marcantes que emocionaram até mesmo alguns índios ( como nas cenas em que muitos búfalos são mortos para ser retirado apenas as peles )...enfim esse filme é tão bem feito, que vale cada minuto das longas 3 horas de duração.
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007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraSe 007 Spectre pudesse ser descrito em duas palavras seriam: mal aproveitado. Desde o elenco de peso, que se perde em atuações rasas; o roteiro que tenta mostrar a origem do agente à serviço de sua majestade em uma quantidade grande de núcleos mal explicados; a direção que não sabe aproveitar o material ofertado; os erros de montagem. Craig parece cansado do papel e não faz um 007 de qualidade como visto nos longas anteriores: Cassino Royale e Skyfall; a sensualidade de uma bond girl é explícita em Léa Seydoux, mas a sua atuação não confere a importância do papel; Ralph Fiennes não me agrada como novo M (MGM ressuscite Judi Dench, por favor) e Christoph waltz é a maior decepção, um ator que faz vilões icônicos, se perde ao atuar como um dos vilões mais famosos do cinema.Além de uma risível cena de explosão na sede da SPECTRE. O filme tem seus pontos positivos: Mônica (maravilhosa) Bellucci demonstra toda sensualidade do papel; Dave Bautista faz um vilão estilo 007: calado, bate muito e tem um truque na manga ( no seu caso unhas metálicas); a fotografia sombria mesmo nas cenas diurnas é coerente com o roteiro; os truques clássicos do filme, repaginados pelo repaginado Q; os gadgets do Aston Martin ( Meu Deus que carro ) e o icônico relógio. A era Craig é conhecida pelo realismo, tanto das organizações criminosas do filme como pela humanidade do personageem: 007 bate, apanha e sofre, não vi isso em SPECTRE. De 007 no filme mesmo, só a sequencia de abertura (de tirar o fôlego) e a elegância do agente no desfecho do filme, relembrando os velhos tempos. Craig, acredito ainda ter força para mais um filme, quando espero ser substituído por Richard Armitage, e MGM pelo amor de Deus, coloque Scarlett Johansson como Bond Girl.
Lavoura Arcaica
4.2 382 Assista AgoraQuando se adapta um livro para o cinema, por mais que o filme seja fiel a obra, ele quase nunca consegue captar a sua essência. Raduan Nassar escreveu uma obra única na literatura brasileira, Luis Fernando Carvalho fez o mesmo com esse filme. A essência e a alma do aclamado livro, está presente em quase 3 horas de uma das mais belas produções do nosso cinema. Uma obra sensível e poética.
Monster: Desejo Assassino
4.0 1,2K Assista AgoraIncrível a transformação não só física mas principalmente psicológica de Charlize Theron para esse filme, vi isso apenas uma vez ( Marion Cotilard em Piaf: um hino ao amor ). Uma vida sofrida e acabada pelo crime, como justificativa por suas feridas e cicatrizes. Uma história triste, cruel e real.
Flores do Oriente
4.2 774 Assista AgoraOs horrores da guerra nunca foram tão poeticamente revelados em um filme como nesse. Cada detalhe, desde uma lágrima do soldado, o desabotoar dos vestidos, ao reflexo dos vitrais nos rostos das crianças assustadas. O cinema não seria o mesmo se não existisse Zhang Yimou: sua direção impecável é costurada por uma trilha sonora magnífica; Da paisagem cinzenta de guerra ao contraste com o colorido das vestes das mulheres do rio Qin Huai e dos vitrais coloridos estilhaçados em câmera lenta, é a perfeição em 2 horas e meia de duração. O verdadeiro significado de sétima arte.
Hannibal: A Origem do Mal
3.6 753É um bom filme. Talvez o problema do filme é por conta do Hannibal que estamos acostumados a ver, aqui vemos um jovem vingativo e não o genial psicopata, pode ser que na história essa característica se adquira com o passar dos anos, mas nada que prejudique o filme.
O Tempo e o Vento
3.6 455 Assista AgoraDescrever 150 anos de história em 120 minutos não é uma tarefa das mais fáceis, ainda mais quando essa história é a principal saga da literatura brasileira. O tempo e o vento é sem dúvidas uma belíssima produção: fidedigno ao livro, uma reconstrução de época perfeita, bela trilha sonora e uma fotografia lindíssima: as paisagens dos pampas, o nascer e o por do sol gaúcho lindamente revelado pelas lentes de Affonso Beato; porém com defeitos como todo filme, sendo o mais relevante deles a escolha de alguns atores do elenco: não me conformo com Cléo Pires fazendo Ana Terra, nem com Marjorie como Bibiana jovem, faltou paixão de ambas para encarnar personagens tão marcantes de uma saga que dá tanta ênfase as mulheres; mas tudo isso é perdoado pela presença de Fernanda Montenegro, a atuação majestosa dela narrando toda história de sua família é uma escolha correta dos roteiristas (ambos, escritores gaúchos e amplamente influenciados pela obra de Érico Veríssimo) e uma inovação gloriosa; Thiago Lacerda ainda faz lembrar um pouco de Giuseppe Garibaldi de “A casa das sete mulheres”, mas convence como cap. Rodrigo Cambará; Martin Rodriguez (Pedro missioneiro adulto) é a grande revelação, desde a atuação convincente, a caracterização que nos faz acreditar que Érico Veríssimo imaginou Pedro como ele, o resto dos personagens guiam a história sem muitas surpresas ou deslizes.
Queixaram que o filme tem um tom novelesco e se enquadraria muito mais como a minissérie (na qual foram utilizadas algumas filmagens), mas até onde sabemos o Brasil não possui atores que se dediquem exclusivamente ao cinema, como acontece em Hollywood, logo é natural que os filmes mesmo os de época lembram as novelas. Falaram também que o filme é arrastado e cansativo, não é, a estória é contada rapidamente e tem um motivo: no intuito de não deixar nenhum fato importante de fora e a falta de orçamento para realizar mais de um filme (como aconteceu em filmes como O hobbit) que pudesse contar com mais detalhes e aprofundamento, faz com que deixe de lado personagens secundaristas, dando ênfase aos personagens principais.
Creio que os dois maiores pecados do filme foram: não se aprofundar tanto no contexto histórico, Érico Veríssimo narra grandiosamente a formação do Rio Grande do sul desde as missões jesuíticas até a revolução federalista: o pano de fundo para que toda trama desenrole, e o próprio nome do filme, o vento tão constante na história é deixado de lado, tornando apenas uma mera citação; o tempo esse sim é o destaque: 150 anos de história são narrados.
Temos que agradecer a alguém que propõe a desenvolver e filmar um livro tão grandioso, as empresas que patrocinam um filme de época, quando seu nome aparecerá apenas nos créditos iniciais, não permitindo propaganda comercial no desenrolar do filme, e agradecer também por um filme como esse, enaltecendo nossa história e nossa literatura em meio à degradação do cinema nacional com tanto palavrão e humor barato.
“E nasce o sol e põe-se o sol, e volta ao seu lugar onde nasceu. O vento vai para o sul, e faz seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo seus circuitos. Uma geração vai, e a outra vem; porém a terra para sempre permanece.”
Cine Holliúdy
3.5 609 Assista Agora" Eu quero que tú pegue uma hérnia no pulmão seu bibelô de macumba " Que filme pitoresco hahahahahaha
Abril Despedaçado
4.2 673Intenso, dramático e angustiante. Se não for o melhor, figura entre os melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Uma poesia escrita e construída nas terras áridas do sertão.
Piaf - Um Hino ao Amor
4.3 1,1K Assista AgoraQuão sofrida foi Edith Piaf, uma mulher que através da música cantou sua vida, suas angústias e sofrimentos. Assim como Tautou leva para as telas com louvor e maestria a vida de Gabrielle Chanel antes de se tornar a lendária estilista, Cotillard nos presenteia com uma atuação incrível de Piaf. Dois ícones da França representado por duas atrizes incríveis. Um filme sensível e brilhante.
Dança com Lobos
4.0 495Merecidamente todos os Oscars que ganhou ( e ainda acho que deveria ganhar pelo menos 3 dos outros 5 que perdeu ). Uma direção impecável, e um roteiro tão fidedigno a obra original ( sim, eu tive a felicidade de ler o livro ) faz desse filme uma obra obrigatória para os amantes da sétima arte. A atuação de Kevin é tão real como no livro de Michael Blake (até parece que ele fez o papel imaginando o Kevin atuando). Passando por uma linda trilha sonora e uma fotografia perfeita, em cenas tão lindas e marcantes que emocionaram até mesmo alguns índios ( como nas cenas em que muitos búfalos são mortos para ser retirado apenas as peles )...enfim esse filme é tão bem feito, que vale cada minuto das longas 3 horas de duração.