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Últimas opiniões enviadas

  • Pricilla Samezima

    O filme descreve o cenário caótico, que vai induzir uma incerteza na população.
    De certa forma, o que a gente tem medo é exatamente o que estamos vivenciando agora. A Incerteza do futuro, as guerras, os desastres ambientais e os rompimentos dos valores de uma sociedade. E por isso, como espectadora, decidi assistir para ver se o filme conseguia preencher as lacunas sobre como é essa incerteza que todos nós experienciamos e passar para o público o que há de tão assustador no simples fato da gente não saber de nada. Mas (…)

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    As duas famílias que são forçadas a existir - e sobreviver - sob o mesmo teto, não tem absolutamente nada de interessante. Mesmo o filme sendo dividido em títulos para dar um direcionamento no enredo, algo ficou perdido. Sabe-se lá o quê. E à medida que ocorrem eventos cada vez mais estranhos e apocalípticos, incluindo acidentes de avião, manadas de cervos entrando no quintal (Intuição da natureza) e os dentes de Archie caindo misteriosamente. O foco é apenas apresentar sinais o tempo todo que algo bom não está por vir. Sem entregar uma resposta no decorrer.

    Pensei por um momento que eles iriam explorar mais essa parte de não confiar uns nos outros, precisando assim resolverem suas diferenças para trabalharem em conjunto. Mas não, depois de discutir durante a maior parte do filme, eles só chegam a um acordo em suas opiniões sobre a condição humana. Ênfase na fala de Amanda "sabemos que estamos vivendo uma mentira. Uma ilusão em massa combinada para nos ajudar a ignorar e continuar ignorando o quão horríveis realmente somos.” E segue essa premissa até o final.

    Quando a filha, Rose, conta aquela história do homem no dilúvio, ela diz que está cansada de esperar. O que causa em sua mãe o sentimento de fulga e reflexão.
    Ela só quer ver a bendita da série FRIENDS, porque traz a nostalgia de algo que nunca existiu. E o autor também quer que a gente acompanhe este filme da mesma forma. Embora, dependendo de como você se envolva nisso, pode se tornar a sua realidade.

    Enfim, a minha conclusão é que o autor quis dizer que o mundo já acabou. Apenas não foram desligados os meios de comunicação e nem se tornou inacessível a internet.
    O fato da família estar em férias no meio deste caos, nos mostra que muitas pessoas continuam vivendo no piloto automático, apenas aguardado o resultado final. Enquanto outras, se desesperam ou tomam outras decisões. Por exemplo, a Rose (geração recente) decide assistir a série e continuar escapando da vida presente.

    Nos últimos minutos, resta a certeza que a guerra civil acontecerá. E a pergunta que fica é: Como as pessoas decidirão deixar o mundo para trás, vão usar a lógica ou escolher o emocional, vão de fato encarar a realidade ou buscar subterfúgios?

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  • Pricilla Samezima

    Com exceção do Abel, todos os personagens “brincam”com o egoísmo de maneira engraçada, que desperta a autocrítica. O filme não é de trama fraca ou desinteressante como muitos disseram nos comentários. O filme é sobre

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    um homem fiel aos seus sentimentos. Abel, que foi traído por Mariane e seu melhor amigo no passado. Continua amando-a, independente das circunstâncias. Ao se sentir imponente por ter sido trocado e além de tudo Mariane estar grávida do amigo, ele decide ir embora. Retirando-se de cena para que ela seja feliz. Por isso, temos a mágoa da personagem Eve (Lily) em relação à Marianne, pois desde nova ela carrega este amor platônico pelo amigo do irmão (que na verdade não é amor e sim pena/empatia) E não aceita o que Marianne fez com os dois. Tanto o irmão dela quanto o amigo do irmão, Abel, qual ela cultivou o afeto de injustiça. Ela cresceu acreditando que poderia fazer diferente, fazê-lo feliz e que jamais faria o que a cunhada fez. Como muitas pessoas fazem ao julgar a história de terceiros.

    Quando ele retorna depois de muitos anos, Eve percebe durante o enterro que Abel continua disposto a não só ajudar Marianne com o processo do luto, mas amando-a como se ela não tivesse feito nada no passado. Desta forma, Eve se sente preparada para mostrar à Marianne o senso de justiça, não permitindo que ela tenha a oportunidade de ser feliz com Abel. Quando você entende o papel dela, tudo se ressignifica.
    Marianne agora está arrependida de como as coisas aconteceram no passado e ela reconhece que errou. Ela quer que o Abel faça a mesma coisa com ela. Deixando o egoísmo de lado, ela o convence a ser infiel e egoísta, assim como ela foi, para que ela sinta o que ele sentiu, e que essa parte obscura não retorne a vida dos dois futuramente. Para que não fique nenhum ressentimento da parte dele. A partir disto, somos levados a maneiras visuais da falta. Abel não se entrega por completo à Eve porque falta Marianne e o suposto filho. Ele, mais uma vez, se colocando no lugar do outro, entende que precisa participar de tudo isso para que todos consigam evoluir e se perceber, mas se fosse por vontade dele, ele não teria feito nada disso. Visto que o único ponto em comum com Eve, seria o carnal. E todo mundo sabia. Inclusive Eve, que mesmo tendo tudo o que queria, morando com Abel e dando o “troco” à Marianne, ainda faltava algo, viver a sua vida e não a dos outros. E muito menos a história que não a pertencia.

    O “filho” também começa a sentir a falta da paternidade e presença de Abel. E tenta deixar o egoísmo e vitimismo de lado para consertar o que ele fez, revelando o plano à Eve. E Marianne correndo o risco de perder o amor da vida dela pra sempre, não sai com mais ninguém, assim como Abel o fez no passado e se restringe à esperar o retorno dele. O perdão de Eve. E a chance de todos serem felizes. O final, a assimetria dos três de mãos dadas e Eve percebendo a conexão de todos, que estariam ligados por toda a vida e que compartilhavam da mesma dor e amor (pois estão em frente ao túmulo do irmão, marido, pai e amigo) faz com que ela deixe o egoísmo de lado, e finalmente, reconheça que errou e pela primeira vez compreenda efetivamente o lado de Marianne.

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  • Pricilla Samezima

    Sobre um homem que tenta corrigir os erros do passado antes que seja tarde demais.

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    E mesmo estando muito longe dessa redenção, luta até o seu último suspiro pelo perdão de sua filha, Ellie.
    Do lado de cá, acompanhamos com muita tensão e drama psicológico, temendo que realmente não dê tempo. O filme é carregado de diálogos intensos que combinam com o ambiente e escuro e os detalhes espalhados pelos cômodos. E mesmo que o cenário seja único durante o filme inteiro, os personagens entram e trazem com eles novos repertórios e oscilações para trama. Retratando situações reais, como o alcoolismo, o luto, obesidade, o abandono, a separação, religião, etc. O ponto chave que mais intriga o protagonista e a nós também, é a forma como cada um interpreta e lida com o seu próprio problema e o problema do outro.

    Charlie sacrificou o seu casamento e o relacionamento com a sua filha para viver um romance com o seu aluno, Alan. Mas, devido a rejeição da igreja e a negação da família em relação à homossexualidade, Alan acabou com a própria vida, causando grande impacto na vida de seu companheiro e da sua irmã, Liz. A única pessoa que restou na vida de Charlie. Com exceção dela, Charlie é incapaz de estabelecer relacionamentos com outras pessoas. Após a sucessão de eventos trágicos, que culminou numa depressão severa e compulsão alimentar, ele se isolou do mundo. Inclusive dele mesmo.

    O mais interessante é que o filme deixa bem claro que Charlie não busca o perdão de Deus, não quer ser salvo pela religião ou algo do tipo, ele quer saber que através da sua filha ele fez uma escolha certa na vida. Dessa forma, pode descansar em paz.

    Ele não tinha mais controle da própria vida, não tinha esperanças de recomeçar do zero, mas sempre manifestou esperanças pra sua filha. Por isso, reservou dinheiro para o futuro dela, mesmo necessitando de cuidados médicos. Ele queria garantir que ela fosse feliz, que mesmo tendo-a negligenciado no passado e a vida não tivesse sido gentil com ela, o seu coração era bom. Da mesma forma que ele se esforçava para ser honesto com ela, a incentivava a ser mais gentil com os outros. A ser melhor que ele.

    Então, quando acidentalmente ele descobre e reúne provas que a sua filha ajudou Thomas a se reconectar com os seus pais, se sente aliviado. Depois, não mede esforços em dizer à sua filha que a culpa não é dela, que ela não é uma pessoa ruim. É apenas uma vítima das circunstâncias. Descobrimos que o poema que ele recitava quando sentia dor, foi escrito por Ellie. É o que dava forças à ele para não partir antes de cumprir a tal “missão”. Ele acreditava que era o melhor texto do mundo, porque embora ele possa ter sido incompreendido ou odiado como a baleia do livro Moby Dick, sua filha não se esquivou de colocar em palavras que o autor só estava tentando salvar seu público de sua própria história triste. E este momento foi uma catarse para os dois, e Ellie o chama de Pai. Esperamos tanto por este momento, assim como ele, que enquanto é acometido pelas lembranças na praia com a família, o filme termina. E nós fomos tão afetados emocionalmente que mal conseguimos digerir o amor transbordando de Charlie. Assim como Ellie, que não guardaria mais nada além de amor por seu pai em sua partida.

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  • Mths Gonc
    Mths Gonc

    Oi Pricilla, tudo certo?

  • Alan Guimarães
    Alan Guimarães

    Oi, Pricilla, obrigado pelas curtidas das minhas três listas de filmes sobre História e também de Antropologia e espero que você tenha gostado delas. Abraços.

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