Esse filme me destruiu de tantas formas. Escancara que uma parte gigante de quem nós somos e de onde viemos foi roubada da gente. Dói muito não reconhecer as histórias, a língua, os costumes. Me senti sem identidade. Acho que desde Bacurau um filme não mexia tanto comigo. Mas enquanto Bacurau é resistência, reafirmação, mais próximo e esperançoso, A Febre me deixou com uma sensação de luto mesmo.
O documentário pode ser raso pra quem já discute o tema há um tempo e está ciente do que acontece, mas vale lembrar que não é todo mundo que tem essa experiência ou familiaridade. A existência de produções mais básicas, que expliquem de forma sucinta e de fácil compreensão, são muito necessárias pro tema ser introduzido a mais pessoas. A dramatização brega é ótima pro paizão. Em uma plataforma como a Netflix, é compreensível o tom do doc. Me preocupa que esse tema seja, por definição, COMPLEXO. Se só sair material ultra complexo falando sobre isso, como as pessoas que são mais influenciáveis vão entender?
Parece que quem fez o segundo filme não viu o primeiro. Muita coisa não bate, da aparências dos personagens até a ordem em que as coisas acontecem. Outras se contradizem. Mas ainda é super divertido.
O mais impressionante neste filme não é o fato de que o personagem do Leonardo DiCaprio é um louco em tratamento na instituição (o que foi a minha primeira dedução depois do primeiro pesadelo dele, e é um clichê dos grandes), mas a sua escolha. "Vale mais a pena viver como um monstro, ou morrer como um homem bom?". Confesso que fiquei maravilhada com essa reviravolta. Ótimo filme.
E de novo Del Toro fazendo aquilo de me deixar confusa quanto a gostar ou não do filme. E de novo esse diretor apresentando uma história original que é bem elaborada e bacana, fotografia e efeitos especiais de encher os olhos, mas uma narrativa mal elaborada e cast mal dirigido. Quando Gipsy me aparece na tela usando um navio como espada, me neguei a acreditar que a ideia não saiu de um menininho de 8 anos de idade e sim de um diretor experiente. Mas nada poderia ter me irritado mais do que a única personagem feminina de destaque no filme ser o elo fraco da equipe, que só faz merda, e se enquadra no típico papel de donzela em perigo, em uma era em que as personagens femininas deviam ter uma força maior, ou ao menos alguma força. Náh, Del Toro continua não me convencendo como diretor, apesar de seus plots interessantes e direção de arte impecável.
Esse é o tipo de filme que você assiste pela primeira vez e não consegue se perdoar por não ter visto antes. Advogado do Diabo lembra uma abordagem mais suave do intenso tratamento psicológico que Darren Aronofsky dá aos seus personagens em suas películas. É um filme que começa suave e evolui com os seus personagens e as situações de forte pressão aos quais são expostos, levando o próprio espectador a senti-las precionando sua garganta enquanto assiste - e é aí que o fime me lembrou um Aronofsky mais delicado, que mesmo sem as montagens que são de dar dores de cabeça consegue causar ânsia de vômito ao público e mesmo assim formar um filme maravilhoso. O protagonista é Keanu Reeves, mas o show é de Al Pacino (Milton). "Olhe, mas não toque. Toque, mas não prove. Prove. Mas não engula". O desfecho é surpreende, sendo completamente inesperado levando em conta o tom geral da história. Com uma abordagem tão crua, era de se esperar que o título do filme fosse apenas uma metáfora e não tão literal. Eu fiquei surpresa. E apesar de por alguns minutos ter pensado que aí o filme caía, estava enganada. É aí que ele dá um show. Excelentes diálogos, excelentes atores, e uma edição maravilhosa. O filme se apoia no sobrenatural para contar uma história real sobre escolhas, para onde elas nos levam, e sobre consciência. Nenhum prêmio vale o desespero de uma consciência suja. Kevin Lomax aprende essa lição da maneira mais difíci.
Um documentário nada tendencioso e sensacionalista, hein? Até parecia que os entrevistados estavam fazendo uma competição para saber quem conseguia encaixar mais vezes as palavras "enorme", "massivo", "gigantesco", "morte", "caos", "destruição" e derivados em seu depoimento. Imagino que tenha sido elaborado com o propósito de assustar cristãos com os seus "não é questão de 'se', mas 'quando'" e "os dados científicos concordam", pois o máximo que conseguiu de mim foram alguns sorrisos. Faltou conteúdo, depoimentos sérios, e um pouco de bom-senso. Qualquer um pode facilmente perceber que a coisa toda foi manipulada, e muito mal manipulada, para criar uma historinha de terror que só assusta crianças. Péssimo, é preciso esforço para conseguir assistir até o final.
O Hobbit é um bom filme, mas não é excelente, e não atendeu todas as expectativas. Em primeiro lugar, deve-se ter consciência de que O Hobbit não é O Senhor dos Anéis. Chega a ser arrepiante ouvir a trilha de O Senhor dos Anéis subindo no começo do filme, e ver o jovem Frodo na tela então, maravilhoso. Richard Armitage fez um dos personagens mais bonitos do filme como Thorin, e Gandalf mais uma vez sendo um dos maiores destaques (se não o maior). Mas o grande problema do filme é: alívios cômicos. Não são um nem dois alívios cômicos, são quinze! O tempo todo! É verdadeiramente irritante, principalmente toda aquela cantoria que me deixou com um grande "por quê?" durante a primeira meia-hora de filme. Nunca achei que veria Radagast, The Brown em um filme, ele ficou ótimo na maioria das cenas, e engraçado demais onde devia ser dramático... Lindas cenas de ação, fotografia maravilhosa (céus, Rivendell estava tão linda que era de encher os olhos de lágrimas), mas muito alívio cômico. Martin Freeman estava perfeito de hobbit, segurou bem as pontas como um Bolseiro de Bolsão em sua toca, mas, por outro lado, não foi muito bem nas falas de efeito que podiam ter sido o ápice do filme. O Hobbit é um filme bom, arriscaria até dizer que ótimo, mesmo com seus altos e baixos. É composto por excelentes cenas, e excelentes cenas estragadas por alívios cômicos. Verei outra vez para ter certeza de que terei a mesma opinião.
Por que tinham que desfigurar os personagens pra encaixá-los nesse conceito infantil de "mocinhos vs vilões"? No começo, eu ainda recomendaria o filme para quem leu os livros, só para ver como ficou mesmo. Ele não funciona para quem não leu, tentar contar a história de quatro livros que passam por três gerações em apenas um filme, é claro que ficaria corrido demais e passagens vitais se perderiam. Você não vai perder muita coisa não assistindo. Não funciona como filme e é fraco como adaptação.
Comprei a coleção de livros por causa desse filme e é uma adaptação realmente muito diferente da saga literária, está mais para "livremente baseado". No entanto são ambos encantadores.
Na última cena, quando o Rob está filmando o céu e o mar enquanto ele está com a menina na roda gigante, dá pra ver alguma coisa enorme caindo na água no canto direito da tela. Aí está a explicação da origem do monstro.
Distopias pós-apocalípticas não são nenhuma novidade, mas Dredd consegue te surpreender nos momentos em que achava que cairia no clichê. É um filme violento, mas isso não é em absoluto um aspecto negativo. Da maneira como foi feito, diria até mesmo que o filme é uma linda violência. Belíssimas cenas em câmera lenta, e também gostei bastante da direção de arte. Apenas acho que algo sobre o protagonista (que aliás tem seu nome no título, mas divide as atenções com a novata Anderson), devia ter sido mostrado. O personagem é uma incógnita, sabemos o seu nome, seu trabalho e nada mais. Relevando isso, que tem cara de ter sido proposital, é um grande filme. Violento, apenas violento.
Aprendi com os comentários abaixo que a voz da atriz principal ser irritante é um motivo válido para não gostar de um filme. Aliás, um bom filme apesar do final fraquinho. Vale muito a pena pelos diálogos, excelente roteiro.
O Golpista do Tinder
3.5 418Quanta misoginia nos comentários, credo. As vítimas mais julgadas do que o criminoso.
A Febre
3.8 55Esse filme me destruiu de tantas formas. Escancara que uma parte gigante de quem nós somos e de onde viemos foi roubada da gente. Dói muito não reconhecer as histórias, a língua, os costumes. Me senti sem identidade. Acho que desde Bacurau um filme não mexia tanto comigo. Mas enquanto Bacurau é resistência, reafirmação, mais próximo e esperançoso, A Febre me deixou com uma sensação de luto mesmo.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KCoitada da Penélope e dessas crianças meu pai do céu.
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraO documentário pode ser raso pra quem já discute o tema há um tempo e está ciente do que acontece, mas vale lembrar que não é todo mundo que tem essa experiência ou familiaridade. A existência de produções mais básicas, que expliquem de forma sucinta e de fácil compreensão, são muito necessárias pro tema ser introduzido a mais pessoas. A dramatização brega é ótima pro paizão. Em uma plataforma como a Netflix, é compreensível o tom do doc. Me preocupa que esse tema seja, por definição, COMPLEXO. Se só sair material ultra complexo falando sobre isso, como as pessoas que são mais influenciáveis vão entender?
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraAchei que seria mó bonitinho, mas tive que parar depois de 20min porque tava difícil aguentar o racismo hein.
Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo
3.7 613 Assista AgoraParece que quem fez o segundo filme não viu o primeiro. Muita coisa não bate, da aparências dos personagens até a ordem em que as coisas acontecem. Outras se contradizem. Mas ainda é super divertido.
Amaldiçoado
3.0 1,2K Assista AgoraPoxa, o Lee é a parte mais legal do livro e ficou apagado e sem graça no filme :| Mas tirando isso até que é uma adaptação bacana.
Superman II: A Aventura Continua
3.5 252 Assista AgoraE se o Superman tivesse usado o beijo da amnésia no Zod, então ele esqueceria o que tinha vindo fazer na Terra e simplesmente iria embora? Hmmmm....
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista AgoraO mais impressionante neste filme não é o fato de que o personagem do Leonardo DiCaprio é um louco em tratamento na instituição (o que foi a minha primeira dedução depois do primeiro pesadelo dele, e é um clichê dos grandes), mas a sua escolha. "Vale mais a pena viver como um monstro, ou morrer como um homem bom?". Confesso que fiquei maravilhada com essa reviravolta. Ótimo filme.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraE de novo Del Toro fazendo aquilo de me deixar confusa quanto a gostar ou não do filme. E de novo esse diretor apresentando uma história original que é bem elaborada e bacana, fotografia e efeitos especiais de encher os olhos, mas uma narrativa mal elaborada e cast mal dirigido. Quando Gipsy me aparece na tela usando um navio como espada, me neguei a acreditar que a ideia não saiu de um menininho de 8 anos de idade e sim de um diretor experiente. Mas nada poderia ter me irritado mais do que a única personagem feminina de destaque no filme ser o elo fraco da equipe, que só faz merda, e se enquadra no típico papel de donzela em perigo, em uma era em que as personagens femininas deviam ter uma força maior, ou ao menos alguma força. Náh, Del Toro continua não me convencendo como diretor, apesar de seus plots interessantes e direção de arte impecável.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraEsse filme me fez me perguntar o que aconteceu com os atores de hoje.
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraEsse é o tipo de filme que você assiste pela primeira vez e não consegue se perdoar por não ter visto antes. Advogado do Diabo lembra uma abordagem mais suave do intenso tratamento psicológico que Darren Aronofsky dá aos seus personagens em suas películas. É um filme que começa suave e evolui com os seus personagens e as situações de forte pressão aos quais são expostos, levando o próprio espectador a senti-las precionando sua garganta enquanto assiste - e é aí que o fime me lembrou um Aronofsky mais delicado, que mesmo sem as montagens que são de dar dores de cabeça consegue causar ânsia de vômito ao público e mesmo assim formar um filme maravilhoso. O protagonista é Keanu Reeves, mas o show é de Al Pacino (Milton). "Olhe, mas não toque. Toque, mas não prove. Prove. Mas não engula". O desfecho é surpreende, sendo completamente inesperado levando em conta o tom geral da história. Com uma abordagem tão crua, era de se esperar que o título do filme fosse apenas uma metáfora e não tão literal. Eu fiquei surpresa. E apesar de por alguns minutos ter pensado que aí o filme caía, estava enganada. É aí que ele dá um show. Excelentes diálogos, excelentes atores, e uma edição maravilhosa. O filme se apoia no sobrenatural para contar uma história real sobre escolhas, para onde elas nos levam, e sobre consciência. Nenhum prêmio vale o desespero de uma consciência suja. Kevin Lomax aprende essa lição da maneira mais difíci.
Os Sete Sinais do Apocalipse
2.6 1Um documentário nada tendencioso e sensacionalista, hein? Até parecia que os entrevistados estavam fazendo uma competição para saber quem conseguia encaixar mais vezes as palavras "enorme", "massivo", "gigantesco", "morte", "caos", "destruição" e derivados em seu depoimento. Imagino que tenha sido elaborado com o propósito de assustar cristãos com os seus "não é questão de 'se', mas 'quando'" e "os dados científicos concordam", pois o máximo que conseguiu de mim foram alguns sorrisos. Faltou conteúdo, depoimentos sérios, e um pouco de bom-senso. Qualquer um pode facilmente perceber que a coisa toda foi manipulada, e muito mal manipulada, para criar uma historinha de terror que só assusta crianças. Péssimo, é preciso esforço para conseguir assistir até o final.
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraBoas referências, mas o filme continua sendo uma tremenda porcaria. A única cena que ri foram os segundos finais,
o Taylor Lautner foi foda
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraO Hobbit é um bom filme, mas não é excelente, e não atendeu todas as expectativas. Em primeiro lugar, deve-se ter consciência de que O Hobbit não é O Senhor dos Anéis. Chega a ser arrepiante ouvir a trilha de O Senhor dos Anéis subindo no começo do filme, e ver o jovem Frodo na tela então, maravilhoso. Richard Armitage fez um dos personagens mais bonitos do filme como Thorin, e Gandalf mais uma vez sendo um dos maiores destaques (se não o maior). Mas o grande problema do filme é: alívios cômicos. Não são um nem dois alívios cômicos, são quinze! O tempo todo! É verdadeiramente irritante, principalmente toda aquela cantoria que me deixou com um grande "por quê?" durante a primeira meia-hora de filme. Nunca achei que veria Radagast, The Brown em um filme, ele ficou ótimo na maioria das cenas, e engraçado demais onde devia ser dramático... Lindas cenas de ação, fotografia maravilhosa (céus, Rivendell estava tão linda que era de encher os olhos de lágrimas), mas muito alívio cômico. Martin Freeman estava perfeito de hobbit, segurou bem as pontas como um Bolseiro de Bolsão em sua toca, mas, por outro lado, não foi muito bem nas falas de efeito que podiam ter sido o ápice do filme. O Hobbit é um filme bom, arriscaria até dizer que ótimo, mesmo com seus altos e baixos. É composto por excelentes cenas, e excelentes cenas estragadas por alívios cômicos. Verei outra vez para ter certeza de que terei a mesma opinião.
Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros
3.0 2,2K Assista AgoraPerdido, bobo, chato.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraUm filme silencioso que diz muito.
Lanterna Verde: Primeiro Vôo
3.7 101 Assista AgoraSe tivessem usado como base para o filme, o filme teria sido muito melhor. Isso e tirar o Ryan Reynolds dali.
Românticos Anônimos
3.9 494Alguém sabe o nome da música tema do filme (aquela que a Angélique fica cantando)?
As Brumas de Avalon
3.6 336Por que tinham que desfigurar os personagens pra encaixá-los nesse conceito infantil de "mocinhos vs vilões"? No começo, eu ainda recomendaria o filme para quem leu os livros, só para ver como ficou mesmo. Ele não funciona para quem não leu, tentar contar a história de quatro livros que passam por três gerações em apenas um filme, é claro que ficaria corrido demais e passagens vitais se perderiam. Você não vai perder muita coisa não assistindo. Não funciona como filme e é fraco como adaptação.
Como Treinar o seu Dragão
4.2 2,4K Assista AgoraComprei a coleção de livros por causa desse filme e é uma adaptação realmente muito diferente da saga literária, está mais para "livremente baseado". No entanto são ambos encantadores.
Cloverfield: Monstro
3.2 1,4K Assista AgoraCurioso ver que os motivos para muitos terem odiado o filme são os mesmos que me fizeram gostar dele.
Na última cena, quando o Rob está filmando o céu e o mar enquanto ele está com a menina na roda gigante, dá pra ver alguma coisa enorme caindo na água no canto direito da tela. Aí está a explicação da origem do monstro.
Dredd
3.6 1,4K Assista AgoraDistopias pós-apocalípticas não são nenhuma novidade, mas Dredd consegue te surpreender nos momentos em que achava que cairia no clichê. É um filme violento, mas isso não é em absoluto um aspecto negativo. Da maneira como foi feito, diria até mesmo que o filme é uma linda violência. Belíssimas cenas em câmera lenta, e também gostei bastante da direção de arte. Apenas acho que algo sobre o protagonista (que aliás tem seu nome no título, mas divide as atenções com a novata Anderson), devia ter sido mostrado. O personagem é uma incógnita, sabemos o seu nome, seu trabalho e nada mais. Relevando isso, que tem cara de ter sido proposital, é um grande filme. Violento, apenas violento.
Procura-se Amy
3.6 179 Assista AgoraAprendi com os comentários abaixo que a voz da atriz principal ser irritante é um motivo válido para não gostar de um filme. Aliás, um bom filme apesar do final fraquinho. Vale muito a pena pelos diálogos, excelente roteiro.