Falar na qualidade de Ramin Bahrani como um dos grandes cineastas deste século é chover no molhado. O diretor sabe exprimir toda a sensibilidade contida em suas obras com pureza e simplicidade. Em seu recente trabalho, o curta-metragem "Plastic Bag", o diretor americano (que assemelha-se mais ao iraniano) dá vida, literalmente, a uma sacola plástica e esse personagem inanimado é o ponto de partida para uma obra profundamente tocante. A história de um objeto presente na vida de todos, desde o seu nascimento à sua derradeira morte é, para muitos, apenas um alerta para os seres humanos acordarem para a atual situação do planeta, mas a obra vai além disso. De forma terna e singela, Ramin Bahrani constrói a jornada da sacola, suas perdas, ilusões, o abismo encontrado e o futuro incerto equiparam-se à vida humana. Assim como o protagonista do curta, o ser humano é de frágil aparência como o plástico, entretanto é forte o bastante para aguentar os golpes recebidos abruptamente pela vida. A decepção que assola não impede de dar continuidade a vida ou até mesmo de procurar quem um dia nos usou e mesmo o contato com o "novo" não é o bastante para cicatrizar as feridas do passado, embora com o tempo acostumemo-nos a lidar com o recomeço da vida. A sacola plástica é a personificação do ser humano que envolve-se intensamente, assim como o criador deu a vida à sacola (ou ao contrário) ou um ser que trouxe a vida (leia-se motivos para crer que a vida é bela, de certa forma), embora esse sentimento venha carregado com a ilusão e a decepção futuras. Ramin Bahrani abriu um leque de interpretações em "Plastic Bag", uma obra que por mais que seja curta, é magnífica e fascinante como suas obras anteriores.
Seria ''I'm here'' uma fábula contemporânea? A convivência em mundo solitário e desempolgante é notório na ''vida'' do protagonista, contudo o mesmo tem sua história modificada graças à uma robô que veio a dar um sentido (ir)real em sua vida. Os seres inexistentes mostram-se superior aos humanos no que diz respeito ao amor, compaixão e ternura. Não há como negar a originalidade e a beleza da obra de Spike Jonze, que soube exprimir os sentimentos de maneira terna e singela.
Tornei-me fã de Gaspar Noé após ter assistido ao longa ''Irreversível''. Não nego a criativade e o talento -que são impressionantes- do diretor, porém no curta ''Sodomites'', presenciei uma péssima experiência. Por mais que os 7 minutos sejam recheados de pornografia e sadismo, o uso do movimento das câmeras e a mudança simultânea de imagens estejam presentes, o resultado é ignóbil de uma obra que quis chocar, mas que para mim, impressionou mais pela péssima qualidade.
Cumpre perfeitamente o papel de perturbar e chocar o espectador, o que já foi representado em sua obra anterior ''Irreversível''. As cenas de nudez explícitas nos levam ao mundo do subconsciente e o título da obra nos remete à masturbação e o quanto esta pode ser prazerosa, (visto pelas atuações dos atores, rs o prazer próprio pode ser mais excitante do que o feito a dois atores, rs). Trilha sonora e efeitos da câmera são alucinantes. Digno de Noé, um soco no cérebro.
Saco Plástico
4.1 69Falar na qualidade de Ramin Bahrani como um dos grandes cineastas deste século é chover no molhado. O diretor sabe exprimir toda a sensibilidade contida em suas obras com pureza e simplicidade.
Em seu recente trabalho, o curta-metragem "Plastic Bag", o diretor americano (que assemelha-se mais ao iraniano) dá vida, literalmente, a uma sacola plástica e esse personagem inanimado é o ponto de partida para uma obra profundamente tocante. A história de um objeto presente na vida de todos, desde o seu nascimento à sua derradeira morte é, para muitos, apenas um alerta para os seres humanos acordarem para a atual situação do planeta, mas a obra vai além disso. De forma terna e singela, Ramin Bahrani constrói a jornada da sacola, suas perdas, ilusões, o abismo encontrado e o futuro incerto equiparam-se à vida humana. Assim como o protagonista do curta, o ser humano é de frágil aparência como o plástico, entretanto é forte o bastante para aguentar os golpes recebidos abruptamente pela vida. A decepção que assola não impede de dar continuidade a vida ou até mesmo de procurar quem um dia nos usou e mesmo o contato com o "novo" não é o bastante para cicatrizar as feridas do passado, embora com o tempo acostumemo-nos a lidar com o recomeço da vida. A sacola plástica é a personificação do ser humano que envolve-se intensamente, assim como o criador deu a vida à sacola (ou ao contrário) ou um ser que trouxe a vida (leia-se motivos para crer que a vida é bela, de certa forma), embora esse sentimento venha carregado com a ilusão e a decepção futuras.
Ramin Bahrani abriu um leque de interpretações em "Plastic Bag", uma obra que por mais que seja curta, é magnífica e fascinante como suas obras anteriores.
Estou Aqui
4.2 732Seria ''I'm here'' uma fábula contemporânea? A convivência em mundo solitário e desempolgante é notório na ''vida'' do protagonista, contudo o mesmo tem sua história modificada graças à uma robô que veio a dar um sentido (ir)real em sua vida.
Os seres inexistentes mostram-se superior aos humanos no que diz respeito ao amor, compaixão e ternura. Não há como negar a originalidade e a beleza da obra de Spike Jonze, que soube exprimir os sentimentos de maneira terna e singela.
Sodomites
2.4 72Tornei-me fã de Gaspar Noé após ter assistido ao longa ''Irreversível''. Não nego a criativade e o talento -que são impressionantes- do diretor, porém no curta ''Sodomites'', presenciei uma péssima experiência. Por mais que os 7 minutos sejam recheados de pornografia e sadismo, o uso do movimento das câmeras e a mudança simultânea de imagens estejam presentes, o resultado é ignóbil de uma obra que quis chocar, mas que para mim, impressionou mais pela péssima qualidade.
We Fuck Alone
2.7 90Cumpre perfeitamente o papel de perturbar e chocar o espectador, o que já foi representado em sua obra anterior ''Irreversível''. As cenas de nudez explícitas nos levam ao mundo do subconsciente e o título da obra nos remete à masturbação e o quanto esta pode ser prazerosa, (visto pelas atuações dos atores, rs o prazer próprio pode ser mais excitante do que o feito a dois atores, rs). Trilha sonora e efeitos da câmera são alucinantes. Digno de Noé, um soco no cérebro.
Viagem à Lua
4.4 858 Assista AgoraUm grande clássico. Altamente recomendável. Assisti há uns 3 anos e pretendo assistir novamente.