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27 years Recife - (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Rodrigo

    Quando fiquei sabendo da existência desse filme, havia feito pouco mais de um mês de um término de um relacionamento de 3 anos. Hoje, faltando uma semana pra fazer quatro meses, resolvi assistir. Continuo na merda? Sim. Mas o que posso dizer da obra? Um murro na cara em forma de filme.

    Só quem já viveu um relacionamento longo e de certa forma, "adulto", consegue entender sobre o que trata-se o filme. Não faz parte da proposta do filme enquadrar qualquer personagem em características abusivas ou qualquer coisa desse tipo. Às vezes esse tipo de problematização mais atrapalha do que ajuda. O filme não se trata disso.

    Blue Valentine propõe evidenciar, de maneira crua e real, o que pode acontecer com qualquer relacionamento. O desgaste, a estagnação, os problemas não resolvidos que vão sendo acumulados etc. Em nenhum momento do filme é possível classificar algum dos protagonistas como "abusivo". Quem assistiu ao filme e conseguiu classificá-los dessa forma, ele ou ela, assistiu errado ou possui uma pretensão de julgamento acima do normal. Eles podem ter tido atitudes abusivas, mas isso não os torna diretamente pessoas abusivas.

    Em suma, posso dizer que me identifiquei um pouco com o Dean, pois acredito ter sido o Dean de uma Cindy, embora a questão sobre filhos, não seja, ao meu caso, pertinente. Mas de modo geral, sua história assemelha-se à minha. Alguém sem pretensões de namorar, casar, ter filhos etc, e de repente tudo isso muda por alguém. Estagnação ocasionada por diversos fatores, inclusive o relacionamento. Tomar as responsabilidades da vida do outro(a) pra si, sobretudo quando o outro(a) está passando por sua "tristeza", como bem deixa claro o Dean no diálogo final.

    É importante também cogitar que, por mais que não seja mostrado no filme detalhadamente, o quanto não só, talvez, Dean tenha abdicado de seus anseios futuros, mas também a Cindy, de ter se esforçado pra ter mantido um relacionamento de tanto tempo, assim como ele. De alguma forma esse filme me fez pensar sobre como essa ideia de tomar a responsabilidade da vida do parceiro(a) talvez esteja associada à uma lógica machista, mais vinculada ao comportamento masculino nos relacionamentos, do que feminino, devido a todo um inconsciente coletivo que possuímos.

    O filme possui certos diálogos muito pesados e reais, mas o que me mais marcou, e que eu já me referi acima é o diálogo final, assim como todo o conjunto da cena.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Se fosse, talvez, para escolher algum lado, acredito escolher o Dean, pois creio que ele não abandonou o barco quando a Cindy estava lidando com sua "tristeza", mesmo podendo fazer isso devido a recenticidade da relação, no entanto, no contrário, na dele, ela não soube mais o que fazer, assim como ele que, também estava perdido e abdicando de qualquer amor próprio só pra fazer aquilo funcionar. Ao meu ver, ela abandonou ele quando ele mais precisava. Mas talvez essa minha perspectiva esteja muito ligada à minha recente vivência, e talvez, portanto, com muita parcialidade. Mas friso, esse filme não é sobre escolher o lado certo e o errado.

    Dean: Amor, me fez uma promessa. Na alegria e na tristeza. Você falou isso! Você falou... foi uma promessa.
    Cindy: Sinto muito.
    Dean: Está é a minha tristeza. É a minha tristeza.
    Cindy: Sinto muito.
    Dean: Mas eu vou melhorar. Você só precisa me dar uma chance de melhorar

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