Adaptação bem fiel e sensível. Amei a forma como conseguiram retratar tão bem a violência que envolvia o bairro. Só achei que pesaram um pouco a mão na passividade da Lenu, dava um pouco de raiva da personagem.
Os primeiros trinta minutos desse filme são sensacionais, ambientações extremamente bem construídas e presença das simbologias centrais encontradas nos filmes do Miyazaki. É uma pena que o desenvolvimento posterior é um tanto corrido e muitas vezes confuso. Ainda assim é maravilhoso.
Eu nem sei como classificar esse filme, mas me incomodou como tudo se encaixou perfeitamente para aquele desfecho - tanto a ajuda recebida pelos filhos quanto o fatídico encontro da mãe com o filho/carrasco. Sei lá, o filme não é ruim, mas achei meio dramalhão de novela.
ainda to inconformada que o cara simplesmente conseguiu fugir por um buraco NO TETO DA CELA, ficou uma caralhada de dias foragido e ainda conseguiu matar mais duas mulheres.
Achei pretensioso demais ou talvez eu não tenha entendido mesmo (que merda sentir que não se deve achar uma obra pretensiosa por acreditar que na verdade você que não teve capacidade intelectual para tanto rs). Ainda prefiro os outros filmes do wim wenders que já assisti.
Nem preciso falar sobre a morte da Poussey, eu não consigo pensar em alguma pessoa que tenha assistido essa série e não tenha gostado dela. Fora como resolveram apresentar sua vida anterior à prisão, sem querer mostrar um lado triste, ou como ela foi parar lá, mas sim ela com os amigos, se divertindo em NY, esbanjando vida como era o jeitinho característico dela.
Outros pontos: Fiquei em agonia imaginando que a série estava tentando passar pano para aquele guarda estuprador, mas percebi que era só uma retratação de como é a vida mesmo. Doggett tentou humanizar aquele homem, talvez porque desejava paz de espírito para ela mesma, talvez por inocência ou porque ela cresceu numa sociedade que sempre disse que a culpada era ela. Foi muito ruim a sensação de ver que ele, no fundo, era aquela merda mesmo que a Boo dizia. Eu também queria acreditar que as pessoas tem alguma salvação.
Healey - cheguei a conseguir compreendê-lo quando sua história foi apresentada; o problema com a mãe, o pai preconceituoso...tudo se encaixou. Mas ainda assim é impossível esquecer toda a negligência, preconceito e a grande cagada que ele cometeu (mandar Lolly para a ala psiquiátrica sem nem ouví-la).
A série também apresentou um guarda extremamente sádico (fazer uma pessoa escolher entre comer um rato ou moscas? incitar uma briga entre detentas até que uma saísse extremamente ferida?) aquilo foi de um embrulho no estômago terrível - ao mesmo tempo em que humanizou o outro guarda, que tinha boas intenções mas era despreparado como muitos outros também são. Estou ansiosa para saber como será o tratamento dado a esse personagem visto que foi por sua causa que a Poussey morreu.
E só pra finalizar se não escrevo mais do que deveria
Caputo, eu estava gostando de você, acreditava que você ainda não tinha se corrompido por completo, mas na verdade tu é um frouxo. Pode se foder agora a vontade.
- A vó não ''esperou'' a caçula da família ser estuprada para matar aquele monstro; se já era de conhecimento dela e do resto da família que ele sempre estuprava suas filhas/netas, tanto ela quanto sua filha mais velha (mãe da criança) já sabiam que isso aconteceria. A quantidade de sofrimento que um ser humano pode suportar é incrível, assim como sua capacidade em reagir diante todo esse sofrimento, mesmo que repentinamente. Acredito que o que levou a avó àquele extremo é algo que aconteceria uma hora ou outra, ela apenas conseguiu juntar coragem naquela hora fatídica.
- Vi diversos comentários sobre o filme ser arrastado, silencioso demais, até reclamações sobre falta de trilha sonora. Não sou de ligar para gostos pessoais alheios, mas quem reclamou do filme ser parado, por exemplo, realmente entendeu do que ele tratava? Como poderia ser diferente se o próprio ambiente em que o filme se passa é sufocante, sem brechas para que seus personagens tenham vozes (tirando o patriarca), onde é vivida uma realidade paralisante? Para mim ele não poderia ser representado de outra forma, tudo que há e tudo que falta nele simboliza a dor de todos aqueles abusos.
- O final também me deixou em dúvida; por um lado poderia ser uma metáfora, já que o avô dizia que naquela casa não era necessário portas trancadas pois não existiam segredos (e também vou supor que quando você mata alguém não vai querer que alguém entre na sua casa de surpresa). Por outro lado, talvez a avó, depois de tanto tempo vivendo naquela situação, tenha absorvido a crueldade do cara. Naquela cena em que ela bebe a cerveja do marido e diz que a filha mais nova que terá que ser acusada de ter feito isso, sem qualquer sombra de remorso. Não sei, prefiro acreditar na primeira opção.
-Aquela conversa incrível da Boo com a Dogget sobre aborto e a relação que elas foram construindo. Tenho cada vez mais gostado da caipira.
-Ainda na Boo, achei os flashbacks dela um dos mais intensos e emocionantes até agora. Lindo demais a forma como ela lutou pela própria identidade e em nenhum momento a reprimiu por causa de ninguém.
-Gostei também da forma como a Soso foi melhor retratada, explorando melhor essa personagem. O lance com a fé das prisioneiras na Norma, pra mim, foi uma grande jogada - dando aquela lembrada de como a gente consegue se apegar em algo quando estamos na merda.
-A NICKY FAZ MUITA FALTA. TRAGAM ELA DE VOLTA, PFVR.
-Achei a Piper insuportável em toda a temporada - mas graças a Deus não deram tanto foco a ela. Fiquei com pena da Alex, sinceramente.
-Acho que não teve uma personagem feminina (tirando a Piper) por quem eu não tenha criado empatia - a solidão da Poussey, toda a questão da gravidez da Daya, os dramas da Crazy Eyes e da Burset...
-Confirmamos o que todos já sabiam: Larry não faz nenhuma falta. Foi tarde.
-O final me emocionou demais, aquilo foi lindo. Me fez pensar em todas aquelas coisas clichês de ''como a gente não se dá conta de como nossa liberdade - mesmo que para pequenas coisas - podem fazer falta''.
As vezes tenho essa sensação de que tudo que acontece ali ainda parece ser bem diferente da realidade de detentas de verdade (apesar de ter sido baseado em um livro e tudo mais), mas isso não atrapalha porque creio que não pretendiam focar exatamente em só relatar coisas pesadas (até pra fugir de um padrão de séries em prisões).
O que tem me prendido na série é a relação entre as detentas, suas histórias, a forma como são apresentadas como humanas e aquele velho clichê de que todos cometemos erros as vezes. mas nem por isso somos vilões. e nem por isso somos coitadinhos. clichês não precisam ser necessariamente ruins ou inválidos.
Gosto como são construídas psicologicamente as personagens, apesar de desejar que isso fosse mais aprofundado.
A Amiga Genial (1ª Temporada)
4.5 80Adaptação bem fiel e sensível. Amei a forma como conseguiram retratar tão bem a violência que envolvia o bairro. Só achei que pesaram um pouco a mão na passividade da Lenu, dava um pouco de raiva da personagem.
Nausicaä do Vale do Vento
4.3 453Os primeiros trinta minutos desse filme são sensacionais, ambientações extremamente bem construídas e presença das simbologias centrais encontradas nos filmes do Miyazaki. É uma pena que o desenvolvimento posterior é um tanto corrido e muitas vezes confuso. Ainda assim é maravilhoso.
Posfácio - Imagens do Inconsciente
4.7 3Eu sou uma pessoa curiosa do abismo.
Bagdad Café
4.0 242 Assista AgoraEsteticamente me senti assistindo a um clipe de uma banda grunge dos anos 90
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4.5 8Mudei para o mundo das imagens. Mudou a alma para outra coisa. As imagens tomam a alma da pessoa. (Fernando Diniz, citado por Silveira, 1982, p. 13)
Objetos Cortantes
4.3 837white people are crazy y'all hear me?
Incêndios
4.5 1,9KEu nem sei como classificar esse filme, mas me incomodou como tudo se encaixou perfeitamente para aquele desfecho - tanto a ajuda recebida pelos filhos quanto o fatídico encontro da mãe com o filho/carrasco.
Sei lá, o filme não é ruim, mas achei meio dramalhão de novela.
Conversando Com um Serial Killer: Ted Bundy
4.2 221ainda to inconformada que o cara simplesmente conseguiu fugir por um buraco NO TETO DA CELA, ficou uma caralhada de dias foragido e ainda conseguiu matar mais duas mulheres.
Movimento em Falso
3.8 38Achei pretensioso demais ou talvez eu não tenha entendido mesmo (que merda sentir que não se deve achar uma obra pretensiosa por acreditar que na verdade você que não teve capacidade intelectual para tanto rs). Ainda prefiro os outros filmes do wim wenders que já assisti.
A Noite Devorou o Mundo
3.2 363gato é foda kk
Alice nas Cidades
4.3 95Como é reconfortante acompanhar a solidão.
Going Clear: Scientology and the Prison of Belief
4.2 81doidera
Turista Espacial
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Tiranossauro
4.0 236Única ressalva em relação ao filme seria sobre a trilha sonora; parecia que estava desconectada da narrativa.
Fora isso, os minutos finais foram uns dos mais tristes que já vi.
Tomates Verdes Fritos
4.2 1,3K Assista AgoraEu só senti falta da Evelyn ter se separado do marido babaca.
Confissões
4.2 855Esse filme me ensinou a nunca mais confiar em comentários do Filmow.
Orange Is The New Black (4ª Temporada)
4.4 838Essa temporada foi difícil de digerir, era um nó na garganta o tempo inteiro.
Nem preciso falar sobre a morte da Poussey, eu não consigo pensar em alguma pessoa que tenha assistido essa série e não tenha gostado dela. Fora como resolveram apresentar sua vida anterior à prisão, sem querer mostrar um lado triste, ou como ela foi parar lá, mas sim ela com os amigos, se divertindo em NY, esbanjando vida como era o jeitinho característico dela.
Outros pontos:
Fiquei em agonia imaginando que a série estava tentando passar pano para aquele guarda estuprador, mas percebi que era só uma retratação de como é a vida mesmo. Doggett tentou humanizar aquele homem, talvez porque desejava paz de espírito para ela mesma, talvez por inocência ou porque ela cresceu numa sociedade que sempre disse que a culpada era ela. Foi muito ruim a sensação de ver que ele, no fundo, era aquela merda mesmo que a Boo dizia. Eu também queria acreditar que as pessoas tem alguma salvação.
Healey - cheguei a conseguir compreendê-lo quando sua história foi apresentada; o problema com a mãe, o pai preconceituoso...tudo se encaixou. Mas ainda assim é impossível esquecer toda a negligência, preconceito e a grande cagada que ele cometeu (mandar Lolly para a ala psiquiátrica sem nem ouví-la).
A série também apresentou um guarda extremamente sádico (fazer uma pessoa escolher entre comer um rato ou moscas? incitar uma briga entre detentas até que uma saísse extremamente ferida?) aquilo foi de um embrulho no estômago terrível - ao mesmo tempo em que humanizou o outro guarda, que tinha boas intenções mas era despreparado como muitos outros também são. Estou ansiosa para saber como será o tratamento dado a esse personagem visto que foi por sua causa que a Poussey morreu.
E só pra finalizar se não escrevo mais do que deveria
Caputo, eu estava gostando de você, acreditava que você ainda não tinha se corrompido por completo, mas na verdade tu é um frouxo. Pode se foder agora a vontade.
Miss Violence
3.9 1,0KApós ler quase todos os comentários acerca desse filme, gostaria de fazer alguns comentários
- A vó não ''esperou'' a caçula da família ser estuprada para matar aquele monstro; se já era de conhecimento dela e do resto da família que ele sempre estuprava suas filhas/netas, tanto ela quanto sua filha mais velha (mãe da criança) já sabiam que isso aconteceria. A quantidade de sofrimento que um ser humano pode suportar é incrível, assim como sua capacidade em reagir diante todo esse sofrimento, mesmo que repentinamente. Acredito que o que levou a avó àquele extremo é algo que aconteceria uma hora ou outra, ela apenas conseguiu juntar coragem naquela hora fatídica.
- Vi diversos comentários sobre o filme ser arrastado, silencioso demais, até reclamações sobre falta de trilha sonora. Não sou de ligar para gostos pessoais alheios, mas quem reclamou do filme ser parado, por exemplo, realmente entendeu do que ele tratava? Como poderia ser diferente se o próprio ambiente em que o filme se passa é sufocante, sem brechas para que seus personagens tenham vozes (tirando o patriarca), onde é vivida uma realidade paralisante? Para mim ele não poderia ser representado de outra forma, tudo que há e tudo que falta nele simboliza a dor de todos aqueles abusos.
- O final também me deixou em dúvida; por um lado poderia ser uma metáfora, já que o avô dizia que naquela casa não era necessário portas trancadas pois não existiam segredos (e também vou supor que quando você mata alguém não vai querer que alguém entre na sua casa de surpresa).
Por outro lado, talvez a avó, depois de tanto tempo vivendo naquela situação, tenha absorvido a crueldade do cara. Naquela cena em que ela bebe a cerveja do marido e diz que a filha mais nova que terá que ser acusada de ter feito isso, sem qualquer sombra de remorso. Não sei, prefiro acreditar na primeira opção.
Orange Is The New Black (3ª Temporada)
4.2 793Caralho, que temporada maravilhosa
São tantos aspectos que puta merda, vai ser difícil falar sobre o que mais me impactou
-Aquela conversa incrível da Boo com a Dogget sobre aborto e a relação que elas foram construindo. Tenho cada vez mais gostado da caipira.
-Ainda na Boo, achei os flashbacks dela um dos mais intensos e emocionantes até agora. Lindo demais a forma como ela lutou pela própria identidade e em nenhum momento a reprimiu por causa de ninguém.
-Gostei também da forma como a Soso foi melhor retratada, explorando melhor essa personagem. O lance com a fé das prisioneiras na Norma, pra mim, foi uma grande jogada - dando aquela lembrada de como a gente consegue se apegar em algo quando estamos na merda.
-A NICKY FAZ MUITA FALTA. TRAGAM ELA DE VOLTA, PFVR.
-Achei a Piper insuportável em toda a temporada - mas graças a Deus não deram tanto foco a ela. Fiquei com pena da Alex, sinceramente.
-Acho que não teve uma personagem feminina (tirando a Piper) por quem eu não tenha criado empatia - a solidão da Poussey, toda a questão da gravidez da Daya, os dramas da Crazy Eyes e da Burset...
-Confirmamos o que todos já sabiam: Larry não faz nenhuma falta. Foi tarde.
-O final me emocionou demais, aquilo foi lindo. Me fez pensar em todas aquelas coisas clichês de ''como a gente não se dá conta de como nossa liberdade - mesmo que para pequenas coisas - podem fazer falta''.
Foi lindo demais, já quero assistir tudo de novo.
Orange Is the New Black (1ª Temporada)
4.3 1,2KAinda não terminei de assistir, mas tenho gostado bastante da série no geral.
As vezes tenho essa sensação de que tudo que acontece ali ainda parece ser bem diferente da realidade de detentas de verdade (apesar de ter sido baseado em um livro e tudo mais), mas isso não atrapalha porque creio que não pretendiam focar exatamente em só relatar coisas pesadas (até pra fugir de um padrão de séries em prisões).
O que tem me prendido na série é a relação entre as detentas, suas histórias, a forma como são apresentadas como humanas e aquele velho clichê de que todos cometemos erros as vezes. mas nem por isso somos vilões. e nem por isso somos coitadinhos. clichês não precisam ser necessariamente ruins ou inválidos.
Gosto como são construídas psicologicamente as personagens, apesar de desejar que isso fosse mais aprofundado.
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1Ke aquela risada perturbadora da Sally no final, hm?