Se engana quem diz que Inside Out é um "filme de criança". Apesar de seus personagens encantadores e cores vibrantes, me vi diante de uma aula de psicologia utilizada de uma sensibilidade extrema naquela sala de cinema. Achei incrível o modo como a tristeza foi abordada. Afinal, ela faz parte de nós e de nossas vidas e, querendo ou não, temos que aprender a lidar com ela. Em certos momentos temos apenas que abraçá-la, ouvi-la e deixá-la agir, como foi brilhantemente colocado em outro comentário. E pra mim essa foi a sacada mais genial do filme.
Animação sensível, inteligente, tocante e inventiva. Mais um — entre tantos — grande acerto da Pixar.
Filme sensível e encantador. As atuações são tão boas que em determinados momentos esqueci que se tratava de ficção. Era tudo tão real! Achei desnecessário o uso de tanta droga, mas isso não veio a ser um problema na (des)caracterização dos personagens. Essa cena final na estação me despertou algo muito parecido com o que eu senti assistindo a cena final de Before Sunrise. Aliás, o filme em si me parece uma versão mais adulta, gay e inglesa do filme do Linklater. É um filme que te faz sentir. Recomendo.
Fui ao cinema pela companhia e confesso que ao me deparar com esse filme acabei deixando a companhia de lado. Um filme que trata de uma realidade que - na maioria das vezes - quando não é ignorada é vista com maus olhos por muitos. E faz isso de uma forma bastante peculiar, beirando a genialidade. O que falar da atuação da Maeve Jinkings? Simplesmente brilhante. Trilha sonora incrível (palmas pra DJ Dolores e pra aquele cover de Chupa Que É De Uva) e a fotografia não deixa em nada a desejar. Questões interessantes como a efemeridade do sucesso foram abordadas de uma forma tão sincera que podem ser traduzidas com um trecho que a Shelly canta pra a Jaqueline em determinado momento do filme: "ontem foi meu, hoje ele é seu e amanhã será de outra". Super recomendo.
Que puta filme! Aquele tipo de filme que te deixa em êxtase, faz tua mente passear por mil teorias malucas e no fim, quando você acha que pensou em todas as possibilidades, te dá um soco no estômago. Simplesmente foda. Sem mais.
Filme lindo, apaixonante, sincero, encantador. Daqueles que te dão vontade de pegar um trem sem destino pela Europa. Daqueles que te dão vontade de se apaixonar. Diálogos tão reflexivos e reais que é impossível não se identificar com grande parte deles. Já baixei os dois filmes que vêm em sequência, mas confesso que ainda não tive coragem de assisti-los. O motivo? Me envolvi de tal forma com os personagens e suas historias que não pude deixar de pensar que ficarei bastante desapontado se eles não se encontrarem após os 6 meses conforme o combinado. Haha. Super recomendo! E imagino que esse filme seja ainda melhor quando se visto acompanhado por uma pessoa especial.
Apesar de ter gostado da atuação da Annabelle Wallis como Mia e ter achado a Leah o bebê mais fofo que eu já vi num filme de terror, o filme deixa muito a desejar. Esperava mais de um filme da franquia "The Conjuring". Decepcionante.
Uma surpresa agradável. Confesso que não esperava muito do filme — talvez por esse motivo tenha levado tanto tempo pra assisti-lo — mas acabei me surpreendendo. Assim como na trilogia Jogos Vorazes é possível ver várias críticas à nossa própria sociedade através dessas sociedades distópicas. Enquanto os próximos filmes não saem, vou saber o que acontece com o futuro das Facções pelos livros. Haha. Recomendo.
The Breakfast Club é uma obra atemporal, típica da década de 80 mas que pode perfeitamente ser encaixada nos dias atuais. É um filme leve mas que pode te levar a boas reflexões. O mais legal é o modo como o diretor constrói os típicos esteriótipos americanos somente para depois quebrá-los. Quanto aos detalhes técnicos, atuações incriveis, enredo cativante, trilha sonora maravilhosa. No final de tudo fica uma lição e tanto: aparência não é tudo. Antes de julgar uma pessoa, se dê a chance de conhecê-la. Ela pode ser mais parecida com você do que você pensa. Só uma pergunta não saiu da minha cabeça quando o filme acabou: "e na segunda feira?"
"Quando crescemos nosso coração morre." Esmagador e atemporal.
"Uma celebração da vida e da morte". Que melhor definição pra esse filme que essa? É disso que fala A Excêntrica Família de Antônia, filme da diretora Marleen Gorris, que conta a história de quatro gerações da família desta generosa, moderna, e terna mulher, que viveu a vida de uma forma tão simples e afetuosa, que quando a hora de partir chegou, ela simplesmente reuniu a família, despediu-se, fechou os olhos, e morreu. “O tempo não cura as feridas, mas alivia a dor e embaça a memória”. Acompanhamos quatro gerações de uma família que vai se constituindo a partir do amor e da generosidade da matriarca, que não hesita em acolher de diversas formas os habitantes daquele pequeno vilarejo, dos tipos mais diversos possíveis: desde uma mulher que uiva para a lua cheia, até um casal de deficientes mentais que encontra o amor de uma forma inesperada e improvável, passando por um filósofo pessimista, uma filha lésbica, uma neta superdotada, um padre que decide abandonar a batina e uma mulher que adora procriar. Belas cenas envolvendo a imaginação de Danielle, como no momento em que se apaixona pela professora de sua filha (quando a vê como a Vênus de Botticelli), uma bela maquiagem que demonstra fielmente a passagem de tempo, e a variedade de sentimentos presentes na trama vividos pelos personagens e compartilhados com o expectador.
Tristeza, alegria, e um estranho sentimento de melancolia, quando se percebe que a “missão” de Antônia já fora cumprida, e que sua hora chegou.
“A vida quer viver!”, diz Antônia a sua neta em determinado momento do filme, e talvez seja esta mensagem que fica no final de tudo: perdas, ganhos, tudo isso faz parte da nossa história. Cada encara um encara a vida do seu jeito, mas a única verdade é que, embora permeada por vários fins e começos (o que é simbolizado no filme pelas constantes gestações e mortes que vemos em cena), a vida nunca é conclusiva… É como se fôssemos pequenos capítulos, ou quem sabe notas de pé de página desta grande epopéia que é o existir.
"Nada morre para sempre, alguma coisa sempre fica de onde outra nasce. Assim a vida começa sem saber de onde veio, ou por que existe. Porque a vida quer viver. Esta é a única dança que dançamos".
Sensacional. Acho que essa é a palavra perfeita pra descrever O Show de Truman. Um filme simples, mas com um enorme significado que certamente irá te levar à longas reflexões. O que significa de fato liberdade? Será que de fato o ser humano é livre? Ou não passa de um mero robô, uma peça da sociedade? Uma crítica explícita à alienação tão presente no mundo moderno.
Truman é um cara comum, não tem nada de especial, e poderia facilmente ser qualquer um de nós. Difícil não se identificar e ficar pensando: "Será que sou um Truman? Será que a vida que eu achava ser minha na verdade não passa de um "jogo" comandado por alguém? "A gente aceita a realidade do mundo tal qual ela nos é apresentada.", já dizia o Christof. Os trocadilhos com os nomes chegam ser bastante irônicos: "Truman" "True man". "Homem de verdade." Quem assistiu o filme sabe o Truman poderia ser tudo, menos de verdade. Aliás, talvez ele até fosse de verdade, mas por fazer parte do mundo artificial em que ele vivia, acabava deixando de ser.
O Show de Truman é um daqueles filmes que você assiste e pensa: "Caramba, como eu não assisti esse filme antes?"
Filme bastante filosófico que trata da liberdade em suas diversas faces. E a liberdade criticada pelo filme não está somente no fato de o personagem principal estar em um reality show. Também há uma crítica com relação à liberdade amorosa, à liberdade de ir e vir, dentre outras. Inclusive há também uma crítica à religião como um todo, como se fosse algo que restringisse a liberdade do ser humano
É possível fazer um link com o Mito da Caverna de Platão, onde sair da caverna, se libertar, pode ser doloroso e cegar por um tempo, mas vale muito a pena. Depois de muito esforço para "sair da caverna", Truman percebe, assim, que existe um mundo mais verdadeiro, um mundo mais livre. Mas é preciso ter luz, é preciso conhecer, é preciso, enfim, ter olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Para isso, muitas vezes é preciso trocar de canal. Ou até mesmo desligar a TV. Você está disposto a isso?
O filme é bom, mas deixa a desejar em relação ao livro. A história se desenrola sempre no mesmo dia - 15 de Julho - de anos distintos. Nessas idas e vindas acompanhamos os encontros - e desencontros - entre Dexter e Emma, dois jovens que se conhecem na formatura e passam a noite juntos. Dex, com seu jeito inconsequente e sua vida fácil, encanta a decidida e sonhadora Em, que sonha em ser escritora mas se vê cada vez mais distante do seu sonho.
O filme avança, vemos o Dexter, cada vez mais próximo do sucesso, conseguir um programa de TV e assim cada vez mais o vemos inserido numa vida de excessos. Por outro lado, acompanhamos a Emma se mudar pra Londres pra tentar a vida, mas sem muito sucesso. As cenas no restaurante mexicano chegam a ser engraçadas. Aquela velha história se aplica à Emma: "é rir pra não chorar". Com o passar dos anos, vemos os papéis se invertendo: enquanto a Emma começa a ascender com a publicação do seu primeiro romance, o Dexter começa a cair cada vez mais. É bastante interessante que em determinado momento do filme eles se encontram no mesmo patamar e podem se ver, pela primeira vez, como iguais. O fim é bastante inesperado, mas lindo. Senti falta de certos diálogos, tão característicos do livro. A atuação da Anne Hathaway é impecável, como sempre. A personagem Emma Morley é apaixonante e em determinados momentos a Anne não parece ser a Anne, e sim a Emma. Impossível não se afeiçoar pela Emma. Quanto ao Dexter... confesso que não gostei dele no começo, mas durante o filme ele me cativou. É possível acompanhar o crescimento e o amadurecimento do personagem.
Filme leve, emocionante, apaixonante. Daqueles pra se ver agarradinho num domingo chuvoso. Ah, não se esqueça dos lenços. Talvez você vá precisar deles em alguns momentos do filme. Recomendo o filme e mais ainda o livro.
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
4.2 2,2K Assista Agora"Um homem conta suas histórias tantas vezes que se mistura a elas. Elas vivem através dele. E é desse jeito que ele se torna imortal."
Um filme que nos faz lembrar o quanto a vida pode ser mais bonita se soubermos colori-la.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraSe engana quem diz que Inside Out é um "filme de criança". Apesar de seus personagens encantadores e cores vibrantes, me vi diante de uma aula de psicologia utilizada de uma sensibilidade extrema naquela sala de cinema. Achei incrível o modo como a tristeza foi abordada. Afinal, ela faz parte de nós e de nossas vidas e, querendo ou não, temos que aprender a lidar com ela. Em certos momentos temos apenas que abraçá-la, ouvi-la e deixá-la agir, como foi brilhantemente colocado em outro comentário. E pra mim essa foi a sacada mais genial do filme.
Animação sensível, inteligente, tocante e inventiva. Mais um — entre tantos — grande acerto da Pixar.
Ida
3.7 439Belíssima fotografia!
Final de Semana
3.9 518 Assista AgoraFilme sensível e encantador. As atuações são tão boas que em determinados momentos esqueci que se tratava de ficção. Era tudo tão real! Achei desnecessário o uso de tanta droga, mas isso não veio a ser um problema na (des)caracterização dos personagens. Essa cena final na estação me despertou algo muito parecido com o que eu senti assistindo a cena final de Before Sunrise. Aliás, o filme em si me parece uma versão mais adulta, gay e inglesa do filme do Linklater. É um filme que te faz sentir. Recomendo.
Amor, Plástico e Barulho
3.5 75Fui ao cinema pela companhia e confesso que ao me deparar com esse filme acabei deixando a companhia de lado. Um filme que trata de uma realidade que - na maioria das vezes - quando não é ignorada é vista com maus olhos por muitos. E faz isso de uma forma bastante peculiar, beirando a genialidade. O que falar da atuação da Maeve Jinkings? Simplesmente brilhante. Trilha sonora incrível (palmas pra DJ Dolores e pra aquele cover de Chupa Que É De Uva) e a fotografia não deixa em nada a desejar. Questões interessantes como a efemeridade do sucesso foram abordadas de uma forma tão sincera que podem ser traduzidas com um trecho que a Shelly canta pra a Jaqueline em determinado momento do filme: "ontem foi meu, hoje ele é seu e amanhã será de outra". Super recomendo.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraQue puta filme! Aquele tipo de filme que te deixa em êxtase, faz tua mente passear por mil teorias malucas e no fim, quando você acha que pensou em todas as possibilidades, te dá um soco no estômago. Simplesmente foda. Sem mais.
Festa no Céu
4.0 689 Assista Agora"All the world is made of stories."
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraFilme lindo, apaixonante, sincero, encantador. Daqueles que te dão vontade de pegar um trem sem destino pela Europa. Daqueles que te dão vontade de se apaixonar. Diálogos tão reflexivos e reais que é impossível não se identificar com grande parte deles. Já baixei os dois filmes que vêm em sequência, mas confesso que ainda não tive coragem de assisti-los. O motivo? Me envolvi de tal forma com os personagens e suas historias que não pude deixar de pensar que ficarei bastante desapontado se eles não se encontrarem após os 6 meses conforme o combinado. Haha. Super recomendo! E imagino que esse filme seja ainda melhor quando se visto acompanhado por uma pessoa especial.
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraApesar de ter gostado da atuação da Annabelle Wallis como Mia e ter achado a Leah o bebê mais fofo que eu já vi num filme de terror, o filme deixa muito a desejar. Esperava mais de um filme da franquia "The Conjuring". Decepcionante.
Divergente
3.5 2,1K Assista AgoraUma surpresa agradável. Confesso que não esperava muito do filme — talvez por esse motivo tenha levado tanto tempo pra assisti-lo — mas acabei me surpreendendo. Assim como na trilogia Jogos Vorazes é possível ver várias críticas à nossa própria sociedade através dessas sociedades distópicas. Enquanto os próximos filmes não saem, vou saber o que acontece com o futuro das Facções pelos livros. Haha. Recomendo.
Se Eu Ficar
3.5 1,9K Assista Agora"How could a heart like yours ever love a heart like mine?
You opened up my eyes..."
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraThe Breakfast Club é uma obra atemporal, típica da década de 80 mas que pode perfeitamente ser encaixada nos dias atuais. É um filme leve mas que pode te levar a boas reflexões. O mais legal é o modo como o diretor constrói os típicos esteriótipos americanos somente para depois quebrá-los. Quanto aos detalhes técnicos, atuações incriveis, enredo cativante, trilha sonora maravilhosa. No final de tudo fica uma lição e tanto: aparência não é tudo. Antes de julgar uma pessoa, se dê a chance de conhecê-la. Ela pode ser mais parecida com você do que você pensa. Só uma pergunta não saiu da minha cabeça quando o filme acabou: "e na segunda feira?"
"Quando crescemos nosso coração morre."
Esmagador e atemporal.
Matilda
3.7 1,6K Assista AgoraUma frase para definir Matilda: Um velho amor de infância.
Como foi dito, filme pra se ver incontáveis vezes.
A Excêntrica Família de Antonia
4.3 359"Uma celebração da vida e da morte". Que melhor definição pra esse filme que essa? É disso que fala A Excêntrica Família de Antônia, filme da diretora Marleen Gorris, que conta a história de quatro gerações da família desta generosa, moderna, e terna mulher, que viveu a vida de uma forma tão simples e afetuosa, que quando a hora de partir chegou, ela simplesmente reuniu a família, despediu-se, fechou os olhos, e morreu.
“O tempo não cura as feridas, mas alivia a dor e embaça a memória”.
Acompanhamos quatro gerações de uma família que vai se constituindo a partir do amor e da generosidade da matriarca, que não hesita em acolher de diversas formas os habitantes daquele pequeno vilarejo, dos tipos mais diversos possíveis: desde uma mulher que uiva para a lua cheia, até um casal de deficientes mentais que encontra o amor de uma forma inesperada e improvável, passando por um filósofo pessimista, uma filha lésbica, uma neta superdotada, um padre que decide abandonar a batina e uma mulher que adora procriar.
Belas cenas envolvendo a imaginação de Danielle, como no momento em que se apaixona pela professora de sua filha (quando a vê como a Vênus de Botticelli), uma bela maquiagem que demonstra fielmente a passagem de tempo, e a variedade de sentimentos presentes na trama vividos pelos personagens e compartilhados com o expectador.
Tristeza, alegria, e um estranho sentimento de melancolia, quando se percebe que a “missão” de Antônia já fora cumprida, e que sua hora chegou.
“A vida quer viver!”, diz Antônia a sua neta em determinado momento do filme, e talvez seja esta mensagem que fica no final de tudo: perdas, ganhos, tudo isso faz parte da nossa história. Cada encara um encara a vida do seu jeito, mas a única verdade é que, embora permeada por vários fins e começos (o que é simbolizado no filme pelas constantes gestações e mortes que vemos em cena), a vida nunca é conclusiva… É como se fôssemos pequenos capítulos, ou quem sabe notas de pé de página desta grande epopéia que é o existir.
"Nada morre para sempre, alguma coisa sempre fica de onde outra nasce. Assim a vida começa sem saber de onde veio, ou por que existe. Porque a vida quer viver. Esta é a única dança que dançamos".
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraSensacional. Acho que essa é a palavra perfeita pra descrever O Show de Truman. Um filme simples, mas com um enorme significado que certamente irá te levar à longas reflexões. O que significa de fato liberdade? Será que de fato o ser humano é livre? Ou não passa de um mero robô, uma peça da sociedade? Uma crítica explícita à alienação tão presente no mundo moderno.
Truman é um cara comum, não tem nada de especial, e poderia facilmente ser qualquer um de nós. Difícil não se identificar e ficar pensando: "Será que sou um Truman? Será que a vida que eu achava ser minha na verdade não passa de um "jogo" comandado por alguém? "A gente aceita a realidade do mundo tal qual ela nos é apresentada.", já dizia o Christof. Os trocadilhos com os nomes chegam ser bastante irônicos: "Truman" "True man". "Homem de verdade." Quem assistiu o filme sabe o Truman poderia ser tudo, menos de verdade. Aliás, talvez ele até fosse de verdade, mas por fazer parte do mundo artificial em que ele vivia, acabava deixando de ser.
O Show de Truman é um daqueles filmes que você assiste e pensa: "Caramba, como eu não assisti esse filme antes?"
Filme bastante filosófico que trata da liberdade em suas diversas faces. E a liberdade criticada pelo filme não está somente no fato de o personagem principal estar em um reality show. Também há uma crítica com relação à liberdade amorosa, à liberdade de ir e vir, dentre outras. Inclusive há também uma crítica à religião como um todo, como se fosse algo que restringisse a liberdade do ser humano
É possível fazer um link com o Mito da Caverna de Platão, onde sair da caverna, se libertar, pode ser doloroso e cegar por um tempo, mas vale muito a pena. Depois de muito esforço para "sair da caverna", Truman percebe, assim, que existe um mundo mais verdadeiro, um mundo mais livre. Mas é preciso ter luz, é preciso conhecer, é preciso, enfim, ter olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Para isso, muitas vezes é preciso trocar de canal. Ou até mesmo desligar a TV. Você está disposto a isso?
Filme incrível. Super recomendo!
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraO filme é bom, mas deixa a desejar em relação ao livro. A história se desenrola sempre no mesmo dia - 15 de Julho - de anos distintos. Nessas idas e vindas acompanhamos os encontros - e desencontros - entre Dexter e Emma, dois jovens que se conhecem na formatura e passam a noite juntos. Dex, com seu jeito inconsequente e sua vida fácil, encanta a decidida e sonhadora Em, que sonha em ser escritora mas se vê cada vez mais distante do seu sonho.
O filme avança, vemos o Dexter, cada vez mais próximo do sucesso, conseguir um programa de TV e assim cada vez mais o vemos inserido numa vida de excessos. Por outro lado, acompanhamos a Emma se mudar pra Londres pra tentar a vida, mas sem muito sucesso. As cenas no restaurante mexicano chegam a ser engraçadas. Aquela velha história se aplica à Emma: "é rir pra não chorar". Com o passar dos anos, vemos os papéis se invertendo: enquanto a Emma começa a ascender com a publicação do seu primeiro romance, o Dexter começa a cair cada vez mais. É bastante interessante que em determinado momento do filme eles se encontram no mesmo patamar e podem se ver, pela primeira vez, como iguais. O fim é bastante inesperado, mas lindo. Senti falta de certos diálogos, tão característicos do livro. A atuação da Anne Hathaway é impecável, como sempre. A personagem Emma Morley é apaixonante e em determinados momentos a Anne não parece ser a Anne, e sim a Emma. Impossível não se afeiçoar pela Emma. Quanto ao Dexter... confesso que não gostei dele no começo, mas durante o filme ele me cativou. É possível acompanhar o crescimento e o amadurecimento do personagem.