Simples e condicionado na linguagem, mas elegante no porte e na indumentária. Ingênuo nos trejeitos, mas firme e seguro diante de qualquer interlocutor. Chance (encarnado aqui num Peter Sellers imbatível) passou a vida toda cuidando do jardim de seu senhorio e, até longeva idade, nada conhecia do mundo que não fosse pela televisão. Essa condição quase absurda aliada a uma série de arranjos casuais torna o protagonista no mais improvável dos intelectuais, num luminar da sociedade de Washington. Sátira na dose certa e com boas atuações, a fita consagra o diretor Hal Ashby como gênio da comédia dramática. "A vida é um estado de espírito"!
Polêmicas à parte, a fita exibe ritmo adequado e boa edição. Atuações satisfatórias, mas nada excepcionais. Da obra de Aronofsky, creio ser este o filme mais fraco.
Sob olhares crispados e falas pungentes, a culpa represada oferece uma cadência lenta para a dança das protagonistas. Dança que não almeja atingir qualquer coisa que se compare a uma catarse ou a um perdão recíproco. Não é um acerto de contas. É compasso de almas feridas. Como não se comover com a atuação de Liv Ulmann e Ingrid Bergman? E que roteiro!
Interessante painel da política egípcia atual. A população, ávida por reformas e insurrecta ao extremo, utiliza uma simbólica praça como campo de batalha pela democracia. Incansável na busca de um líder civil que consiga unificar os anseios de um povo milenar, o maior protagonista do documentário é ela, a massa sublevada (e quase toda anônima) que consolidou a Primavera Árabe.
Sem querer parecer polemista gratuitamente, mas só eu achei o documentário um pouco racista? Focaram praticamente 90% da fita em backup singers negras, quase nem mostraram as brancas e apenas dois homens! Pelo teor sectário desta produção, acho que THE ACT OF KILLING merecia a estatueta, embora este também seja muito bom.
O filme é interessante, mas peca pelo excesso no tom professoral e laudatório. Compreensível propaganda de guerra americana que consegue esboçar um fiel retrato da espionagem em um tempo crucial na história da humanidade.
Tudo está lá de novo. A câmera baixa, as frases sussurradas, o sol de crepúsculo, o clima tépido de fim de outono, personagens desperdiçados, fotografias de belas paisagens para tapear um pouco. Se havia alguma dúvida sobre o esvaziamento do estilo de Terrence Malick, não há mais, após este filme. O apelo imagético ainda é a única salvação. Ben Affleck entrou mudo e saiu calado (como Sean Penn no filme anterior). Rachael McAdams encarna o arquétipo do personagem vazio. Se A ÁRVORE DA VIDA ainda conseguiu produzir um lampejo de epifania, AMOR PLENO é um desastre em todos os sentidos.
Gostei! Pela ousadia de Spielberg, que ao abandonar as trincheiras da Guerra Civil Americana e verter luz aos bastidores da política naquele período, apresenta um filme inovador e marcante.
O cinema do Irã normalmente é piegas, mas nesse caso fica difícil não se intrigar e comover. Uma história de privações, protagonizada por um casal de irmãos que perpassa por agruras e dissabores pra lá de Bagdá (ou melhor, Teerã) e ainda consegue lidar com tudo isso com notável estoicismo é a tônica do belíssimo filme Filhos do Paraíso (Irã, 1997). Amor fraternal, generosidade, senso de responsabilidade são os motes da película, que usa um par de sapatos como força motriz de todo o enredo. Sem dúvidas, uma obra-prima que merece seu lugar na posteridade.
A despeito do estilo contemplativo e arrastado de Haneke, o filme assombra ao focar o amor em sua feição menos lembrada nas produções de Hollywood, tão afeitas a jovens casais de enamorados. O período agônico que antecede a total decrepitude é aqui abordado com rara dignidade e coragem, sem pieguice.
Muito Além do Jardim
4.1 267 Assista AgoraSimples e condicionado na linguagem, mas elegante no porte e na indumentária. Ingênuo nos trejeitos, mas firme e seguro diante de qualquer interlocutor. Chance (encarnado aqui num Peter Sellers imbatível) passou a vida toda cuidando do jardim de seu senhorio e, até longeva idade, nada conhecia do mundo que não fosse pela televisão. Essa condição quase absurda aliada a uma série de arranjos casuais torna o protagonista no mais improvável dos intelectuais, num luminar da sociedade de Washington. Sátira na dose certa e com boas atuações, a fita consagra o diretor Hal Ashby como gênio da comédia dramática. "A vida é um estado de espírito"!
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraPolêmicas à parte, a fita exibe ritmo adequado e boa edição. Atuações satisfatórias, mas nada excepcionais. Da obra de Aronofsky, creio ser este o filme mais fraco.
Sonata de Outono
4.5 492Sob olhares crispados e falas pungentes, a culpa represada oferece uma cadência lenta para a dança das protagonistas. Dança que não almeja atingir qualquer coisa que se compare a uma catarse ou a um perdão recíproco. Não é um acerto de contas. É compasso de almas feridas. Como não se comover com a atuação de Liv Ulmann e Ingrid Bergman? E que roteiro!
A Praça Tahrir
4.4 90Stanis 0 minutos atrás
Interessante painel da política egípcia atual. A população, ávida por reformas e insurrecta ao extremo, utiliza uma simbólica praça como campo de batalha pela democracia. Incansável na busca de um líder civil que consiga unificar os anseios de um povo milenar, o maior protagonista do documentário é ela, a massa sublevada (e quase toda anônima) que consolidou a Primavera Árabe.
A Um Passo do Estrelato
4.0 60 Assista AgoraSem querer parecer polemista gratuitamente, mas só eu achei o documentário um pouco racista? Focaram praticamente 90% da fita em backup singers negras, quase nem mostraram as brancas e apenas dois homens! Pelo teor sectário desta produção, acho que THE ACT OF KILLING merecia a estatueta, embora este também seja muito bom.
A Imagem que Falta
4.1 48Não acho em lugar nenhum = (
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista Agora'Anxiety, nightmares and a nervous breakdown, there's only so many traumas a person can withstand until they take to the streets and start screaming.'
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraMagistral.
A Casa da Rua 92
3.4 10O filme é interessante, mas peca pelo excesso no tom professoral e laudatório. Compreensível propaganda de guerra americana que consegue esboçar um fiel retrato da espionagem em um tempo crucial na história da humanidade.
Amor Pleno
3.0 558Tudo está lá de novo. A câmera baixa, as frases sussurradas, o sol de crepúsculo, o clima tépido de fim de outono, personagens desperdiçados, fotografias de belas paisagens para tapear um pouco. Se havia alguma dúvida sobre o esvaziamento do estilo de Terrence Malick, não há mais, após este filme. O apelo imagético ainda é a única salvação. Ben Affleck entrou mudo e saiu calado (como Sean Penn no filme anterior). Rachael McAdams encarna o arquétipo do personagem vazio. Se A ÁRVORE DA VIDA ainda conseguiu produzir um lampejo de epifania, AMOR PLENO é um desastre em todos os sentidos.
O que Traz Boas Novas
4.0 101 Assista AgoraC'est formidable!
Camille Claudel, 1915
3.7 144Oscar 2014 para Binoche.
Lawrence da Arábia
4.2 415 Assista AgoraPOR QUE TÃO LONGO, SIR DAVID LEAN?
Habemus Papam
3.6 194 Assista AgoraMais atual, impossível..hahahaha
Lincoln
3.5 1,5KGostei! Pela ousadia de Spielberg, que ao abandonar as trincheiras da Guerra Civil Americana e verter luz aos bastidores da política naquele período, apresenta um filme inovador e marcante.
Não
4.2 472 Assista AgoraGREAT!
Doutor Jivago
4.2 312 Assista AgoraMuito sono de David Lean...
Filhos do Paraíso
4.4 344O cinema do Irã normalmente é piegas, mas nesse caso fica difícil não se intrigar e comover. Uma história de privações, protagonizada por um casal de irmãos que perpassa por agruras e dissabores pra lá de Bagdá (ou melhor, Teerã) e ainda consegue lidar com tudo isso com notável estoicismo é a tônica do belíssimo filme Filhos do Paraíso (Irã, 1997). Amor fraternal, generosidade, senso de responsabilidade são os motes da película, que usa um par de sapatos como força motriz de todo o enredo. Sem dúvidas, uma obra-prima que merece seu lugar na posteridade.
Kolya - Uma Lição de Amor
3.8 49Czech Republic rocks!
Striptease
2.7 313 Assista Agora:o
Expedição Kon Tiki
3.9 282 Assista AgoraNoruega nos surpreendendo! Superprodução.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraA despeito do estilo contemplativo e arrastado de Haneke, o filme assombra ao focar o amor em sua feição menos lembrada nas produções de Hollywood, tão afeitas a jovens casais de enamorados. O período agônico que antecede a total decrepitude é aqui abordado com rara dignidade e coragem, sem pieguice.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraQue filme! Dos melhores do ano.
Uma Linda Mulher
3.8 1,6K Assista AgoraNada contra o filme, mas pôxa...tem que passar em todos os canais, em todas as épocas do ano?