Já há excelentes reviews feitas aqui e eu confesso que não encontro muitas palavras para escrever após assistir La la land. Só consigo dizer que o filme é perfeito em todos os aspectos possíveis - o roteiro e a direção são excelentes, a trilha sonora é perfeita, as atuações são sensacionais e o foge totalmente dos clichês românticos no final (apesar dele ser mais romance do que musical). Eu daria seis estrelas se fosse possível. Se algum filme esse ano merece todos os louros é La la land, que canta mais do que estações. Canta a vida.
Os maiores destaques do filme são a fotografia (perfeita) e as atuações do Tom Hardy e do Leonardo DiCaprio. Se esse homem não ganhar um Oscar agora pode desistir da profissão porque não ganha nunca mais. Ainda assim, é interessante ressaltar que o talento não foi diferente ou distante do que já foi apresentado por DiCaprio em vários trabalhos anteriores. Muito pelo contrário - sua grande atuação e imponência aqui são muito mais físicas do que qualquer outra coisa, e talvez seja justamente por isso que agora ele ganhe: a Academia adora premiar grandes esforços aliados a grandes talentos (não que ele não o tenha, pelo amor de Deus, mas se fosse SÓ por isso ele já deveria ter ganho há muito tempo). É tipo... Perdeu mil quilos pra fazer o papel? Teve que dormir em carcaças de animais? Teve que enfrentar baixíssimas temperaturas? É você que a Academia quer! Brincadeiras a parte, o roteiro é bom, a direção é acertada, não vejo problema nenhum com a tentativa de flertar com o metafísico através das aparições da ex mulher índia e do filho dele, e só não dei cinco estrelas porque acho que o filme, apesar de não ter sido cansativo, tem vinte ou trinta minutos se não totalmente desnecessários, que também nada acrescentam.
O filme é excelente! Fassbender está sensacional, apesar de achar que ele merecia um Oscar mais por 12 anos de escravidão do que por Steve Jobs. Ainda assim, coitado do Ashton Kutcher. Não vai ser fácil ser comparado (e perder de lavada pro resto da vida) com o Fassbender sobre quem fez o melhor Steve Jobs. A atuação de Kate Winslet é mais discreta do que a dele, mas igualmente acertada. Também saí do cinema encantada pelo roteiro e pela trilha sonora. O roteiro de Aaron Sorkin é excepcional. Minhas expectativas eram altas e ele fez jus à elas. Obviamente que os diálogos não ocorreram, mas acredito que eles ressaltaram a personalidade de Jobs e isso era o objetivo do filme. O próprio Steve Jobs de Fassbender zomba do fato de que todos parecem ir beber em um bar antes dos seus lançamentos e lhe dizer o que verdadeiramente pensam dele. Ainda assim, o filme é muito bom e cumpre seu objetivo de retratar mais a personalidade do Steve Jobs do que os eventos de sua vida em si.
A qualidade do filme é inegável, mas também é inegável que mesmo com as explicações, a linguagem técnica é incompreensível para boa parte dos telespectadores. Foi uma sacada bastante interessante vê-los tentando explicar esses termos através de analogias mais simples, mas tenho certeza que ainda ficou confuso. Outra crítica que não posso deixar de fazer: o cabelo de todo mundo estava horroroso. Tirando esses dois problemas, e não tendo sido atingida pelo primeiro, acredito que o filme seja cheio de sutis críticas e de atuações acertadas - com destaque para Christian Bale e Steve Carell, que de fato são quem tem mais espaço para brilhantismo -, mas para mim a mais interessante delas talvez seja a realizada às agências de classificação, como a Standard & Poor's e a Moody's, muito pelo momento de, respectivamente, rebaixamento e revisão de classificação que o Brasil passa pelas mesmas agências. Não quero entrar no mérito da questão se elas são ou não devidas, mas sim no mérito de que até isso foi atingido pela concorrência presente no livre mercado. O final também gera uma reflexão interessante. A crise que se pensou que seria o fim do capitalismo foi superada, mas uma outra, talvez similar a essa, já pode estar a caminho com o Bespoke Tranche Opportunity. Nós nunca aprendemos, não é?
Que episódio sensacional! Eu confesso que estava com muito medo de ser um filler desnecessário, mas não! Foi tanta coisa boa acontecendo que eu mal sei por onde começar.
A cachoeira, a semente de laranja, a foto de Irene Adler, John comentando que aquela parecia a noite mais longa da vida dele, Sherlock comentando que mal aparece na do cachorro...
Sutis e perfeitas referências. Fora as referências as temporadas passadas, claro, que também não faltaram.
A finalização do caso Moriarty foi excepcional. Moriarty está morto, sim, mas deixou um legado. Vive em outras mentes e no próprio palácio mental dele. Eu não sei vocês, mas me arrepiei demais com o "Look around you. This room is full of brides", porque pra mim significou ao mesmo tempo duas coisas muito importantes: primeiro o fato de que qualquer um pode tentar assumir o lugar de Moriarty, e segundo o fato de que qualquer uma pode lutar para que as mulheres ocupem melhores posições na sociedade. A ideia de tudo ser apenas uma alucinação de Sherlock é excelente, mas o que dizer sobre o final ainda mais genial, deixando em aberto a possibilidade do Sherlock atual na verdade ser fruto da imaginação do antigo...
Perfeito. Esse episódio foi um dos melhores, empatado com The Reichenbach Fall. Estou contando dias, horas, minutos e segundos para quarta temporada.
Bem leve, seguindo a risca o modelo de comédia romântica com protagonista fracassado que dá um jeito na vida e encontra um amor ao mesmo tempo. Netflix me indicou por eu curtir o gênero, e faço o mesmo.
O roteiro não tem nada de novo, mas o filme pelo menos consegue ser divertido. As atuações também não são geniais, mas não comprometem. Tendo em vista isso tudo, só me resta elogiar mesmo a trilha sonora. Destaque pra Tonight (Best You Ever Had), do John Legend. Além da música ser ótima, encaixou perfeitamente bem nas cenas do Dominic (Michael Ealy) e da Lauren (Taraji P. Henson).
Que filme delicioso! Tomei um susto quando notei que ele tinha quase 3h de duração e outro quando percebi que faltavam dez minutos pra acabar que eu mal tinha percebido o tempo passar. Ok, talvez só durante as músicas do pai da Eliza, que eu achei longas demais. Eu protelei para ver o filme um tempão, porque não sou grande fã de musicais... Mas não achei My Fair Lady cansativo. Repito: Tirando as músicas do pai da Eliza, todas são tão bem inseridas no contexto do filme que é uma delícia acompanha-las. Mais do que merecido o Oscar de melhor ator pro Rex Harrison. O Professor Higgins dele foi excelente, sabendo variar entre as várias nuances de seu personagem de modo espetacular. Ele cantando I'm an ordinary man (let a woman in your life...) me arrancou muitos risos. A Audrey também está ótima aqui, mas pra mim o Harrison roubou o filme pra si.
Achei que o final deixou um pouco desejar. Li que o autor da peça foi pressionado porque o público queria a Eliza e o professor Higgins juntos. Veja bem, não é que eu a quisesse com o Freddy. Não. Eu só queria que ela tivesse aberto sua floricultura, que era seu sonho original. Ela poderia ter continuado amiga do professor, amiga do Coronel, amiga do Freddy... Senti falta dela conquistar o verdadeiro sonho dela
Eu gostei do filme e entendi o porquê dele ser um clássico tão grande do cinema. O Humphrey Bogart é sensacional. Cada fala dele transmite a dor e o sofrimento do Rick, antes mesmo da Ilsa chegar em Casablanca. O roteiro foi bastante generoso com ele, com "We'll always have Paris" ou "Here's looking at you, kid" ou "Of all the gin joints, in all the towns, in all the world, she walks into mine". É MUITO difícil escolher uma favorita. Se o Victor Lazlo do Paul Henreid não foi genial como o Rick, também não comprometeu o filme em absolutamente nada, cumprindo bem seu papel de traído conformado. Meu pequeno problema com o filme foi a Ilsa. Não acreditei por um segundo nesse amor eterno que ela dizia sentir pelo Rick. Esperei mais da personagem. Gostei do filme, mas terminei de assistir com a sensação de que Ilsa não merecia nenhum dos dois homens, e ali estavam os dois, dispostos a morrer por ela. A trilha sonora é perfeita. Não tem como ouvir As Time Goes By do mesmo jeito depois de ver Casablanca. Mesmo não tendo caído de amores pelo filme (talvez só pelo Rick), não nego que é um filme bom. Não é qualquer filme que décadas depois ainda consegue atrair tantos telespectadores. Não é qualquer filme que deixa 3, 4 frases marcadas para sempre na mente de quem assiste e na história do cinema.
Ok, o roteiro do filme é ruim. As atuações femininas também. Mas Colin Firth continua o mesmo amor de sempre, e é por causa dele que dou três estrelas. Sem ele, meia estrela provavelmente seria mais do que suficiente.
Que filme lindo! Vou ter uma dívida eterna com a netflix por ter me sugerido! Tem o ar daqueles filmes dos anos 90 (que eu adoro e que eu sinto falta nos filmes de hoje em dia) e aborda de um jeito tão fofo o primeiro amor... Amei.
Atuações sensacionais e roteiro acertado. Deve-se ressaltar também a trilha sonora sensacional de Harry Connick Jr. As músicas casam com as cenas e com o ambiente do filme de maneira incrível. It Had to be You, naquela cena do Harry correndo... escolha perfeita e encantadora, pra dizer o mínimo. Só posso passar a recomendar esse sensacional filme a todo ser humano que me disser que De Repente é Amor é bom, inovador, original, ou algo similar. Com mais de 15 anos de diferença do lançamento de um para o de outro, Meg Ryan e Billy Crystal mostraram como fazer um filme com encontros e desencontros de um amor verdadeiro e, mais de 15 anos depois, De Repente é Amor não chega nem perto de abordar a temática como o fez Harry e Sally - Feitos um para o Outro. Não é um clássico das comédias românticas por nada. Vale muito a pena assistir.
(na hora em que ela falou "sou só um capítulo, não um livro" eu imaginei que no final ele se declararia pra ela através dessa frase)
, mas o filme não deixa de ser fofo e de ter uma trilha sonora encantadora por causa disso. Agora, se você for assistir só pelo Tennant, saiba que o que lhe espera é o cúmulo do romance água-com-açucar. Se você gosta de comédias românticas... Hegg (a ilha na qual a história de A Noiva Isca se passa) com certeza é o lugar certo pra você.
A Academia esse ano preferiu premiar criatividade e ousadia ao invés de premiar os melhores filmes de fato. É isso que Birdman é, e antes que venham dizer que é mimimi porque Boyhood não ganhou, é isso que ele é também. Ok, houve criatividade. Passou 12 anos em produção (uma semana por ano, importante ressaltar)... e só. Tô nem aí pra isso, honestamente. Quero é resultado, e achei o resultado bem apático. Mas como a Academia tem mania de premiar esforço, e como o público se adaptou a essa ideia, tem um monte de gente achando que Boyhood deveria ter ganho. Tolinhos. Achei Birdman, por sua vez, melhor que Boyhood. É diferente e ousado, não posso negar. Bem dirigido, com boas atuações. Mas nada disso o salva de ser um porre. O filme depende de vários fatores pessoais da vida do Keaton pra ser minimamente interessante. Se você entra na sala de cinema sem saber que ele foi o Batman e que a carreira dele estava em decadência... O filme não lhe diz absolutamente nada. Entra pra lista de filmezinho com reviravolta reflexiva no final, e só. Mas sempre tem aquele pessoal que aparece pra dizer que o filme é uma homenagem a sétima arte, uma homenagem a profissão de ator, uma homenagem a carreira do Keaton, uma homenagem a sei lá mais o quê... E é mesmo. E é justamente essa série de fatores que o fizeram ganhar como melhor filme sem o ser de fato. Birdman não foi o melhor filme de 2014. Foi o filme que homenageou a sétima, a oitava, a nona, sei lá quantas artes. Foi o filme que homenageou e valorizou a profissão de quem? De quem? Dos próprios atores! Isso é o estereótipo clássico de filmes adorados pela Academia. Se fosse um cozinheiro em decadência, se fosse um professor em decadência... Não tinha nem metade desse hype todo. Keaton foi bem? Foi, mas não mereceu Oscar de melhor ator mesmo não. Justíssimo o Redmayne ter ganho. Birdman mereceu Fotografia, e o e a filmagem em plano-sequência também foi um aspecto positivo, agregando valor a história e ao estado psicológico do Riggan. Não achei o melhor trabalho do Iñárritu, mas não posso negar que o filme foi bem dirigido. Só o achei um porre, bastante arrastado e muito longe de ser o melhor filme de 2014. Minha cabeça nem se recuperou ainda daquela bateria irritante.
Quero deixar claro - bem claro - que gostei de American Sniper. O roteiro é bem escrito, o filme é bem dirigido e os atores cumprem bem seu papel. A questão é que o telespectador não pode esperar nada de diferente do que já viu em várias outras cinebiografias, porque American Sniper usa o mesmo artifício que O Discurso do Rei, Uma Mente Brilhante, A Teoria de Tudo e O Jogo da Imitação, por exemplo, já usaram. Muda um pouquinho a história real aqui e/ou omite parte do caráter dos personagens ali em busca da ideia de que o personagem principal, nesse caso, Chris Kyle, foi um herói por algo ou alguém - nesse caso, por sua pátria e família. Li críticas que esculhambavam Sniper pela falta de perspectiva do outro lado da guerra, ou pela falta de questionamento se Chris Kyle foi mesmo o herói que os EUA diz ter sido. O filme é uma biografia de um dos principais nomes dos SEALS. Quem em sã consciência vai assistir um filme desses esperando que Hollywood questionasse algo do tipo "Chris Kyle: herói ou assassino"? O diretor do filme é Clint Eastwood, gente. CLARO que Chris Kyle ia ser o herói que matou 160 pessoas e que queria ter matado muito mais pra proteger os colegas. Isso aqui não é documentário de Michael Moore não. Vi muitas pessoas reclamando na saída da sessão de duas coisas: a) o filme é monótono e b) Bradley Cooper não merecia indicação. O filme é monótono pra quem não gosta de filmes de guerra. E se você não gosta de filmes de guerra, pelo amor de Deus, veja outra coisa. Realmente não entendo quem odeia filmes de guerra e PAGA pra ver Sniper Americano. Quanto ao Bradley merecer ou não indicação... O caso é mais complexo. A questão na verdade é que o Jake Gylenhaal atua (BEM) melhor do que ele em O Abutre. Inegável. Mas também é inegável que essa é a melhor atuação da carreira do Bradley Cooper, e cabe ressaltar aqui que ele já tinha sido indicado outras duas vezes ao Oscar (melhor ator por O Lado Bom da Vida e melhor ator coadjuvante por Trapaça). Ficou complicado pra Academia não indicá-lo já o tendo indicado anteriormente por atuações bastante inferiores a essa. Só lamento pelo Jake Gylenhaal, que realmente merecia a vaga do Bradley. Foi a melhor atuação da carreira dele também. Se é pra ganhar alguma coisa hoje no Oscar, o prêmio deve ir pra Edição do Som. A Mixagem é sensacional. Sério. Parecia que o tiro tinha sido dado bem do meu lado. Enfim, o filme se propõe também a discutir a mudança do ser humano que vai pra guerra e que volta dela, e apesar de o fazer com competência, outros antes dele já o fizeram. Mas vale a pena assistir, se não pela história em si ou pela atuação do Cooper ao menos pra entrar na discussão herói ou assassino, rs.
O filme é absolutamente sensacional. Eu não tenho nem palavras pra descrever a genialidade da atuação do Eddie. Vi muitas críticas pelo fato do filme não ter discutido profundamente as teorias do Hawking, o que é inacreditável. O foco do filme NUNCA foi esse. O público alvo do filme NUNCA foi físicos, astrofísicos ou cientistas que queriam entender melhor as teorias dele. Quem quer entender a teoria dos buracos negros dele tem é que comprar o livro, ler os artigos, ao invés de comprar ingresso de cinema de uma adaptação baseada em um livro da primeira esposa dele sobre a vida conjugal do casal. Tem gente que simplesmente tem que criticar, e inventa qualquer desculpa pra isso. Me poupem. O filme é muito bom sim, e há vários anos não vejo um páreo tão duro pra Academia decidir esse prêmio de melhor ator.
Li um monte de críticas negativas internet a fora e acabei me surpreendendo demais com o filme. O roteiro é bastante previsível sim (qual comédia romântica hoje em dia não é?) mas compensa com a química incrível entre o Sandler e a Barrymore, com o Terry Crews hilário e com as piadas que se não são geniais, ao menos cumprem o papel de fazer o telespectador rir. Eu sei, Adam Sandler só vem fazendo merda ultimamente, mas é necessário dar o braço a torcer e reconhecer que esse é melhor filme dele em anos, ao contrário de colocá-lo no mesmo nível que os péssimos Cada um tem a gêmea que merece ou Este é meu garoto. Vale a pena assistir sim.
O filme não é de todo ruim, mas é uma decepção pra quem leu Antes de Dormir e se apaixonou pelo livro. Longe de mim ser uma daquelas chatas que dizem "ah, tinha que ser igualzinho ao livro e tal fala não foi". Mas o roteiro foi muito mal adaptado. Talvez por não ter sido escrito pelo autor do livro, o filme correu demais e deixou detalhes importantes da obra de fora. Como leitora do livro, tenho muitas críticas. O filme se contentou em contar a história de maneira superficial. O pior é que tinha tudo para ser um filme sensacional, porque o livro é ótimo. Mas alterações demais foram feitas. A ideia de trocar o diário pela câmera foi a única alteração acertada. De resto, péssimas escolhas.
Todos os personagens foram mal desenvolvidos e o telespectador não foi pego de surpresa com o autor do ataque porque o filme não surpreende revelando que Ben não é confiável. Muito pelo contrário. Já começa desconfiando do marido e o colocando sob a mira do telespectador. Veja bem, no livro também há o "Não confie no Ben" escrito no diário. Mas é diferente, porque o livro deixa bastante claro que a própria Christine se pergunta porque escreveu isso, trazendo dúvida razoável sobre o caráter do suposto marido. O próprio ataque foi revelado muito rápido. Há outros problemas: Dr. Nash não deveria ter se apaixonado pela paciente, a Claire poderia ter sido desenvolvida melhor, e a própria vida da Christine antes do acidente fica por alto. No que ela trabalhava antes? Porque ela se frustrou no casamento e começou a ter um caso? O que a levou a terminar o caso? Algumas questões foram respondidas, mas de maneira ridícula. Como o Mike conseguiu tirá-la do local onde ela estava? "Alguns documentos falsos e alguns sorrisos" PF. E como ela encontrou o Mike no colégio, se na verdade ela o conhecia por Ben?
No livro, tudo isso é explicado de forma convincente e sensata. Faltou a Antes de Dormir o que Garota Exemplar teve de sobra: roteiro afiado e bem desenvolvido. No que diz respeito a atuação, Kidman está com a mesma ausência de expressões de sempre e sobra pra Firth segurar o filme nas costas nesse quesito. Strong também cumpre bem seu papel. Enfim, meia hora a mais de película poderia ter feito toda a diferença. Poderia ter sido beeeeeeeeeeeeem melhor, mas talvez satisfaça quem é fã de suspense que não tenha tido o prazer de ler a obra.
Gente, pelo amor de Deus. Quem vai assistir uma adaptação indiana de Orgulho e Preconceito esperando fidelidade a obra e esperando poder estabelecer comparação com a série da BBC e até mesmo com o filme é louco de pedra. Não dá, e você tem que ir assistir sabendo disso. A adaptação perfeita de Orgulho e Preconceito, pra quem é fã da obra literária em si, é a série da BBC de 1995. Não adianta querer compará-la a nenhuma outra. Ainda assim, dá pra dar umas risadas com esse Noiva e Preconceito, bem como é possível admirar as danças e as músicas indianas, apesar da vibe meio High School Musical das músicas e das danças começarem do nada e terminarem do nada. Mas filme de Bollywood é isso mesmo, e não dá pra esperar algo diferente disso. No mais, as atuações não são nada excepcionais, mas também não deixam a desejar. Dá pra assistir, dá pra rir, só não dá pra esperar a melhor adaptação de Orgulho e Preconceito da história do cinema porque aí já é forçar a barra total.
Eu achava que eu era obcecada com Mr. Darcy e os heróis da Austen, mas depois de assistir percebi que não chego nem perto. Não tenho e nem quero ter Darcy Rocks em cima da minha cama, ou qualquer uma das bugigangas que a Jane tinha, rs. O filme é bem bobinho, bastante leve e conta com algumas cenas bastante exageradas, como deve ser toda comédia romântica água-com-açúcar. Se torna muito mais interessante quando você conhece o mundo da Austen. Eu achei o roteiro bastante óbvio, mas alguém hoje senta pra assistir uma comédia romântica esperando genialidade e novidade? Não né? Achei a Keri Russel um pouquinho apagada, mas o JJ Feild está sensacional no personagem dele. Na falta de um Mr. Darcy... Aceito de muito bom grado um Mr. Nobley.
Não que o filme seja ruim, não chega a tanto. Mas a questão aqui é que você paga na expectativa de ver um filme que seja interessante o tempo inteiro, e você vê na verdade 90 minutos de cenas desnecessárias, 25 de cenas realmente interessantes mais créditos. Fora que o começo do filme ainda é aquela tentativa de situar o telespectador que não viu os filmes anteriores. 20 minutos (ou mais) vendo Katniss falhar e depois conseguir gravar os props dela? Desnecessário. Um filme inteiro dedicado a como o psicológico da Katniss foi abalado e aos jogos de poder? Não precisava tudo isso. Fica minha crítica também pra The Hanging Tree. Não sei se foi porque vi dublado, mas não me emocionei nem um pouco com o canto no filme, bem diferente da minha reação ao livro. O filme te leva nesse banho maria durante boa parte do tempo, até que a água começa de fato a ferver e as coisas começam a pegar fogo,
com Peeta sendo resgatado e voltando com a memória alterada. Como fã dos livros, já sabia o que iria acontecer, mas ainda assim a cena do Peeta estrangulando a Katniss foi o ponto alto do filme.
Palmas pro Josh Hutcherson. E aí o filme acaba, te deixando com aquela sensação de que fora os 10 minutos finais, você não teria perdido absolutamente nada. Você só precisava, no fundo, no fundo, de paciência pra esperar o próximo.
Não ganhou 5 estrelas porque o Smaug - melhor dragão produzido nas telonas - aparece muito pouco e por causa da existência do triângulo amoroso ridículo entre Legolas, Kili e Tauriel. Tauriel é, sem sombra de dúvida nenhuma, a criação mais desnecessária da história do Peter Jackson como diretor. E olha que a concorrência é boa com esse imprestável do Alfrid. Ele e a Tauriel só serviram mesmo pra quebrar o ritmo das cenas sensacionais das batalhas e acrescentar tempo ao filme, o que eu achei totalmente desnecessário. Eu concordo com quem diz que não havia necessidade de 3 filmes para o livro, mas já que o Peter Jackson optou por uma trilogia, ele poderia ter usado o tempo com cenas muito mais interessantes do que Kili se declarando pra Tauriel ou do que o Alfrid enchendo o sutiã com ouro.
Cadê o enterro do Thorin? Cadê a explicação de que fim teve a Pedra Arken?
A Tauriel além de ser um porre ainda é totalmente incoerente com a realidade. Quem em sã consciência fica em dúvida entre Kili e Fucking Legolas? PF O destaque do terceiro filme vai, assim, pras cenas da Batalha, pra - como sempre - ótima caracterização da Terra Média e, no quesito atuação, pra Richard Armitage. O ator está incrível na representação de Thorin, acertando o tom tanto para as cenas mais amistosas do personagem tanto para aquelas nas quais ele está obcecado e paranoico. Quem assistiu dublado perdeu a voz sensacional dele e, claro, do Benedict Cumberbatch como Smaug. Vale a pena ver e se despedir (acredito que agora para sempre) da Terra Média. Vai deixar saudades.
Muito superestimado. O roteiro é péssimo, sofrível. Não entendo mesmo como alguém pode chamar isso de “melhor releitura dos contos de fadas", visto a obviedade do mesmo. Dois minutos depois de revelado que a história era a da Bela Adormecida ficou claro de quem seria o beijo de amor verdadeiro, aquilo que os produtores consideraram a grande virada do filme. Apesar desse ser o maior dos problemas, há outros. O filme peca demais na tentativa de alívio cômico com as fadas mais sem graça que já vi. A própria Malévola funciona mais nesse sentido do que as próprias fadas. As atuações são outro fator problemático. A Angelina Jolie não atua genialmente (quando digo isso, quero dizer que já a vi melhor) e ainda assim sustenta o filme inteiro nas costas. O príncipe, por ter sido mal construído, não afetou tanto o longa como a Aurora da Elle Fanning. Ficou até complicado definir quem atuou pior: ela ou a Kristen Stewart em Branca de Neve e O Caçador. A briga é boa. O destaque do filme vai todo pros efeitos especiais e pra fotografia, ambos excelentes, o que faz talvez faça valer a pena o 3D. Enfim, não é de todo ruim, mas não chega nem perto dessa inovação e dessa excepcionalidade toda que alguns aqui clamam. Resumindo: Não vá pro cinema esperando isso ou um grande filme. Assim, não haverá decepção.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraJá há excelentes reviews feitas aqui e eu confesso que não encontro muitas palavras para escrever após assistir La la land.
Só consigo dizer que o filme é perfeito em todos os aspectos possíveis - o roteiro e a direção são excelentes, a trilha sonora é perfeita, as atuações são sensacionais e o foge totalmente dos clichês românticos no final (apesar dele ser mais romance do que musical). Eu daria seis estrelas se fosse possível. Se algum filme esse ano merece todos os louros é La la land, que canta mais do que estações. Canta a vida.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraOs maiores destaques do filme são a fotografia (perfeita) e as atuações do Tom Hardy e do Leonardo DiCaprio. Se esse homem não ganhar um Oscar agora pode desistir da profissão porque não ganha nunca mais. Ainda assim, é interessante ressaltar que o talento não foi diferente ou distante do que já foi apresentado por DiCaprio em vários trabalhos anteriores. Muito pelo contrário - sua grande atuação e imponência aqui são muito mais físicas do que qualquer outra coisa, e talvez seja justamente por isso que agora ele ganhe: a Academia adora premiar grandes esforços aliados a grandes talentos (não que ele não o tenha, pelo amor de Deus, mas se fosse SÓ por isso ele já deveria ter ganho há muito tempo). É tipo... Perdeu mil quilos pra fazer o papel? Teve que dormir em carcaças de animais? Teve que enfrentar baixíssimas temperaturas? É você que a Academia quer!
Brincadeiras a parte, o roteiro é bom, a direção é acertada, não vejo problema nenhum com a tentativa de flertar com o metafísico através das aparições da ex mulher índia e do filho dele, e só não dei cinco estrelas porque acho que o filme, apesar de não ter sido cansativo, tem vinte ou trinta minutos se não totalmente desnecessários, que também nada acrescentam.
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraO filme é excelente! Fassbender está sensacional, apesar de achar que ele merecia um Oscar mais por 12 anos de escravidão do que por Steve Jobs. Ainda assim, coitado do Ashton Kutcher. Não vai ser fácil ser comparado (e perder de lavada pro resto da vida) com o Fassbender sobre quem fez o melhor Steve Jobs. A atuação de Kate Winslet é mais discreta do que a dele, mas igualmente acertada.
Também saí do cinema encantada pelo roteiro e pela trilha sonora. O roteiro de Aaron Sorkin é excepcional. Minhas expectativas eram altas e ele fez jus à elas. Obviamente que os diálogos não ocorreram, mas acredito que eles ressaltaram a personalidade de Jobs e isso era o objetivo do filme. O próprio Steve Jobs de Fassbender zomba do fato de que todos parecem ir beber em um bar antes dos seus lançamentos e lhe dizer o que verdadeiramente pensam dele.
Ainda assim, o filme é muito bom e cumpre seu objetivo de retratar mais a personalidade do Steve Jobs do que os eventos de sua vida em si.
A Grande Aposta
3.7 1,3KA qualidade do filme é inegável, mas também é inegável que mesmo com as explicações, a linguagem técnica é incompreensível para boa parte dos telespectadores. Foi uma sacada bastante interessante vê-los tentando explicar esses termos através de analogias mais simples, mas tenho certeza que ainda ficou confuso.
Outra crítica que não posso deixar de fazer: o cabelo de todo mundo estava horroroso.
Tirando esses dois problemas, e não tendo sido atingida pelo primeiro, acredito que o filme seja cheio de sutis críticas e de atuações acertadas - com destaque para Christian Bale e Steve Carell, que de fato são quem tem mais espaço para brilhantismo -, mas para mim a mais interessante delas talvez seja a realizada às agências de classificação, como a Standard & Poor's e a Moody's, muito pelo momento de, respectivamente, rebaixamento e revisão de classificação que o Brasil passa pelas mesmas agências. Não quero entrar no mérito da questão se elas são ou não devidas, mas sim no mérito de que até isso foi atingido pela concorrência presente no livre mercado.
O final também gera uma reflexão interessante. A crise que se pensou que seria o fim do capitalismo foi superada, mas uma outra, talvez similar a essa, já pode estar a caminho com o Bespoke Tranche Opportunity. Nós nunca aprendemos, não é?
Sherlock: A Abominável Noiva
4.4 191 Assista AgoraQue episódio sensacional! Eu confesso que estava com muito medo de ser um filler desnecessário, mas não! Foi tanta coisa boa acontecendo que eu mal sei por onde começar.
Foi genial abordar o feminismo e o papel quase nulo da mulher na sociedade, inserir o "Elementary, my dear Watson"...
A cachoeira, a semente de laranja, a foto de Irene Adler, John comentando que aquela parecia a noite mais longa da vida dele, Sherlock comentando que mal aparece na do cachorro...
A finalização do caso Moriarty foi excepcional. Moriarty está morto, sim, mas deixou um legado. Vive em outras mentes e no próprio palácio mental dele. Eu não sei vocês, mas me arrepiei demais com o "Look around you. This room is full of brides", porque pra mim significou ao mesmo tempo duas coisas muito importantes: primeiro o fato de que qualquer um pode tentar assumir o lugar de Moriarty, e segundo o fato de que qualquer uma pode lutar para que as mulheres ocupem melhores posições na sociedade.
A ideia de tudo ser apenas uma alucinação de Sherlock é excelente, mas o que dizer sobre o final ainda mais genial, deixando em aberto a possibilidade do Sherlock atual na verdade ser fruto da imaginação do antigo...
Virando a Página
3.0 110 Assista AgoraBem leve, seguindo a risca o modelo de comédia romântica com protagonista fracassado que dá um jeito na vida e encontra um amor ao mesmo tempo. Netflix me indicou por eu curtir o gênero, e faço o mesmo.
Pense como Eles
3.4 293 Assista AgoraO roteiro não tem nada de novo, mas o filme pelo menos consegue ser divertido. As atuações também não são geniais, mas não comprometem. Tendo em vista isso tudo, só me resta elogiar mesmo a trilha sonora. Destaque pra Tonight (Best You Ever Had), do John Legend. Além da música ser ótima, encaixou perfeitamente bem nas cenas do Dominic (Michael Ealy) e da Lauren (Taraji P. Henson).
Minha Bela Dama
4.0 359 Assista AgoraQue filme delicioso! Tomei um susto quando notei que ele tinha quase 3h de duração e outro quando percebi que faltavam dez minutos pra acabar que eu mal tinha percebido o tempo passar. Ok, talvez só durante as músicas do pai da Eliza, que eu achei longas demais. Eu protelei para ver o filme um tempão, porque não sou grande fã de musicais... Mas não achei My Fair Lady cansativo. Repito: Tirando as músicas do pai da Eliza, todas são tão bem inseridas no contexto do filme que é uma delícia acompanha-las.
Mais do que merecido o Oscar de melhor ator pro Rex Harrison. O Professor Higgins dele foi excelente, sabendo variar entre as várias nuances de seu personagem de modo espetacular. Ele cantando I'm an ordinary man (let a woman in your life...) me arrancou muitos risos. A Audrey também está ótima aqui, mas pra mim o Harrison roubou o filme pra si.
Achei que o final deixou um pouco desejar. Li que o autor da peça foi pressionado porque o público queria a Eliza e o professor Higgins juntos. Veja bem, não é que eu a quisesse com o Freddy. Não. Eu só queria que ela tivesse aberto sua floricultura, que era seu sonho original. Ela poderia ter continuado amiga do professor, amiga do Coronel, amiga do Freddy... Senti falta dela conquistar o verdadeiro sonho dela
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraEu gostei do filme e entendi o porquê dele ser um clássico tão grande do cinema. O Humphrey Bogart é sensacional. Cada fala dele transmite a dor e o sofrimento do Rick, antes mesmo da Ilsa chegar em Casablanca. O roteiro foi bastante generoso com ele, com "We'll always have Paris" ou "Here's looking at you, kid" ou "Of all the gin joints, in all the towns, in all the world, she walks into mine". É MUITO difícil escolher uma favorita.
Se o Victor Lazlo do Paul Henreid não foi genial como o Rick, também não comprometeu o filme em absolutamente nada, cumprindo bem seu papel de traído conformado.
Meu pequeno problema com o filme foi a Ilsa. Não acreditei por um segundo nesse amor eterno que ela dizia sentir pelo Rick. Esperei mais da personagem. Gostei do filme, mas terminei de assistir com a sensação de que Ilsa não merecia nenhum dos dois homens, e ali estavam os dois, dispostos a morrer por ela.
A trilha sonora é perfeita. Não tem como ouvir As Time Goes By do mesmo jeito depois de ver Casablanca. Mesmo não tendo caído de amores pelo filme (talvez só pelo Rick), não nego que é um filme bom. Não é qualquer filme que décadas depois ainda consegue atrair tantos telespectadores. Não é qualquer filme que deixa 3, 4 frases marcadas para sempre na mente de quem assiste e na história do cinema.
Hope Springs – Um Lugar Para Sonhar
2.8 58Ok, o roteiro do filme é ruim. As atuações femininas também. Mas Colin Firth continua o mesmo amor de sempre, e é por causa dele que dou três estrelas. Sem ele, meia estrela provavelmente seria mais do que suficiente.
O Primeiro Amor
4.1 1,3K Assista AgoraQue filme lindo! Vou ter uma dívida eterna com a netflix por ter me sugerido! Tem o ar daqueles filmes dos anos 90 (que eu adoro e que eu sinto falta nos filmes de hoje em dia) e aborda de um jeito tão fofo o primeiro amor... Amei.
Harry & Sally: Feitos um Para o Outro
3.9 504 Assista AgoraAtuações sensacionais e roteiro acertado. Deve-se ressaltar também a trilha sonora sensacional de Harry Connick Jr. As músicas casam com as cenas e com o ambiente do filme de maneira incrível. It Had to be You, naquela cena do Harry correndo... escolha perfeita e encantadora, pra dizer o mínimo.
Só posso passar a recomendar esse sensacional filme a todo ser humano que me disser que De Repente é Amor é bom, inovador, original, ou algo similar. Com mais de 15 anos de diferença do lançamento de um para o de outro, Meg Ryan e Billy Crystal mostraram como fazer um filme com encontros e desencontros de um amor verdadeiro e, mais de 15 anos depois, De Repente é Amor não chega nem perto de abordar a temática como o fez Harry e Sally - Feitos um para o Outro. Não é um clássico das comédias românticas por nada. Vale muito a pena assistir.
A Noiva Isca
2.9 66O roteiro é bastante previsível
(na hora em que ela falou "sou só um capítulo, não um livro" eu imaginei que no final ele se declararia pra ela através dessa frase)
Agora, se você for assistir só pelo Tennant, saiba que o que lhe espera é o cúmulo do romance água-com-açucar. Se você gosta de comédias românticas... Hegg (a ilha na qual a história de A Noiva Isca se passa) com certeza é o lugar certo pra você.
O Casamento do Ano
2.8 561 Assista AgoraQue desperdício de elenco, meu Deus!
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraA Academia esse ano preferiu premiar criatividade e ousadia ao invés de premiar os melhores filmes de fato. É isso que Birdman é, e antes que venham dizer que é mimimi porque Boyhood não ganhou, é isso que ele é também. Ok, houve criatividade. Passou 12 anos em produção (uma semana por ano, importante ressaltar)... e só. Tô nem aí pra isso, honestamente. Quero é resultado, e achei o resultado bem apático. Mas como a Academia tem mania de premiar esforço, e como o público se adaptou a essa ideia, tem um monte de gente achando que Boyhood deveria ter ganho. Tolinhos.
Achei Birdman, por sua vez, melhor que Boyhood. É diferente e ousado, não posso negar. Bem dirigido, com boas atuações. Mas nada disso o salva de ser um porre.
O filme depende de vários fatores pessoais da vida do Keaton pra ser minimamente interessante. Se você entra na sala de cinema sem saber que ele foi o Batman e que a carreira dele estava em decadência... O filme não lhe diz absolutamente nada. Entra pra lista de filmezinho com reviravolta reflexiva no final, e só.
Mas sempre tem aquele pessoal que aparece pra dizer que o filme é uma homenagem a sétima arte, uma homenagem a profissão de ator, uma homenagem a carreira do Keaton, uma homenagem a sei lá mais o quê... E é mesmo. E é justamente essa série de fatores que o fizeram ganhar como melhor filme sem o ser de fato. Birdman não foi o melhor filme de 2014. Foi o filme que homenageou a sétima, a oitava, a nona, sei lá quantas artes. Foi o filme que homenageou e valorizou a profissão de quem? De quem? Dos próprios atores! Isso é o estereótipo clássico de filmes adorados pela Academia. Se fosse um cozinheiro em decadência, se fosse um professor em decadência... Não tinha nem metade desse hype todo.
Keaton foi bem? Foi, mas não mereceu Oscar de melhor ator mesmo não. Justíssimo o Redmayne ter ganho. Birdman mereceu Fotografia, e o e a filmagem em plano-sequência também foi um aspecto positivo, agregando valor a história e ao estado psicológico do Riggan. Não achei o melhor trabalho do Iñárritu, mas não posso negar que o filme foi bem dirigido. Só o achei um porre, bastante arrastado e muito longe de ser o melhor filme de 2014. Minha cabeça nem se recuperou ainda daquela bateria irritante.
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraQuero deixar claro - bem claro - que gostei de American Sniper. O roteiro é bem escrito, o filme é bem dirigido e os atores cumprem bem seu papel. A questão é que o telespectador não pode esperar nada de diferente do que já viu em várias outras cinebiografias, porque American Sniper usa o mesmo artifício que O Discurso do Rei, Uma Mente Brilhante, A Teoria de Tudo e O Jogo da Imitação, por exemplo, já usaram. Muda um pouquinho a história real aqui e/ou omite parte do caráter dos personagens ali em busca da ideia de que o personagem principal, nesse caso, Chris Kyle, foi um herói por algo ou alguém - nesse caso, por sua pátria e família.
Li críticas que esculhambavam Sniper pela falta de perspectiva do outro lado da guerra, ou pela falta de questionamento se Chris Kyle foi mesmo o herói que os EUA diz ter sido. O filme é uma biografia de um dos principais nomes dos SEALS. Quem em sã consciência vai assistir um filme desses esperando que Hollywood questionasse algo do tipo "Chris Kyle: herói ou assassino"? O diretor do filme é Clint Eastwood, gente. CLARO que Chris Kyle ia ser o herói que matou 160 pessoas e que queria ter matado muito mais pra proteger os colegas. Isso aqui não é documentário de Michael Moore não.
Vi muitas pessoas reclamando na saída da sessão de duas coisas: a) o filme é monótono e b) Bradley Cooper não merecia indicação. O filme é monótono pra quem não gosta de filmes de guerra. E se você não gosta de filmes de guerra, pelo amor de Deus, veja outra coisa. Realmente não entendo quem odeia filmes de guerra e PAGA pra ver Sniper Americano. Quanto ao Bradley merecer ou não indicação... O caso é mais complexo. A questão na verdade é que o Jake Gylenhaal atua (BEM) melhor do que ele em O Abutre. Inegável. Mas também é inegável que essa é a melhor atuação da carreira do Bradley Cooper, e cabe ressaltar aqui que ele já tinha sido indicado outras duas vezes ao Oscar (melhor ator por O Lado Bom da Vida e melhor ator coadjuvante por Trapaça). Ficou complicado pra Academia não indicá-lo já o tendo indicado anteriormente por atuações bastante inferiores a essa. Só lamento pelo Jake Gylenhaal, que realmente merecia a vaga do Bradley. Foi a melhor atuação da carreira dele também.
Se é pra ganhar alguma coisa hoje no Oscar, o prêmio deve ir pra Edição do Som. A Mixagem é sensacional. Sério. Parecia que o tiro tinha sido dado bem do meu lado. Enfim, o filme se propõe também a discutir a mudança do ser humano que vai pra guerra e que volta dela, e apesar de o fazer com competência, outros antes dele já o fizeram. Mas vale a pena assistir, se não pela história em si ou pela atuação do Cooper ao menos pra entrar na discussão herói ou assassino, rs.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraO filme é absolutamente sensacional. Eu não tenho nem palavras pra descrever a genialidade da atuação do Eddie. Vi muitas críticas pelo fato do filme não ter discutido profundamente as teorias do Hawking, o que é inacreditável. O foco do filme NUNCA foi esse. O público alvo do filme NUNCA foi físicos, astrofísicos ou cientistas que queriam entender melhor as teorias dele. Quem quer entender a teoria dos buracos negros dele tem é que comprar o livro, ler os artigos, ao invés de comprar ingresso de cinema de uma adaptação baseada em um livro da primeira esposa dele sobre a vida conjugal do casal. Tem gente que simplesmente tem que criticar, e inventa qualquer desculpa pra isso. Me poupem. O filme é muito bom sim, e há vários anos não vejo um páreo tão duro pra Academia decidir esse prêmio de melhor ator.
Juntos e Misturados
3.5 1,1K Assista AgoraLi um monte de críticas negativas internet a fora e acabei me surpreendendo demais com o filme. O roteiro é bastante previsível sim (qual comédia romântica hoje em dia não é?) mas compensa com a química incrível entre o Sandler e a Barrymore, com o Terry Crews hilário e com as piadas que se não são geniais, ao menos cumprem o papel de fazer o telespectador rir.
Eu sei, Adam Sandler só vem fazendo merda ultimamente, mas é necessário dar o braço a torcer e reconhecer que esse é melhor filme dele em anos, ao contrário de colocá-lo no mesmo nível que os péssimos Cada um tem a gêmea que merece ou Este é meu garoto. Vale a pena assistir sim.
Antes de Dormir
3.4 764 Assista AgoraO filme não é de todo ruim, mas é uma decepção pra quem leu Antes de Dormir e se apaixonou pelo livro. Longe de mim ser uma daquelas chatas que dizem "ah, tinha que ser igualzinho ao livro e tal fala não foi". Mas o roteiro foi muito mal adaptado. Talvez por não ter sido escrito pelo autor do livro, o filme correu demais e deixou detalhes importantes da obra de fora.
Como leitora do livro, tenho muitas críticas. O filme se contentou em contar a história de maneira superficial. O pior é que tinha tudo para ser um filme sensacional, porque o livro é ótimo. Mas alterações demais foram feitas. A ideia de trocar o diário pela câmera foi a única alteração acertada. De resto, péssimas escolhas.
Todos os personagens foram mal desenvolvidos e o telespectador não foi pego de surpresa com o autor do ataque porque o filme não surpreende revelando que Ben não é confiável. Muito pelo contrário. Já começa desconfiando do marido e o colocando sob a mira do telespectador. Veja bem, no livro também há o "Não confie no Ben" escrito no diário. Mas é diferente, porque o livro deixa bastante claro que a própria Christine se pergunta porque escreveu isso, trazendo dúvida razoável sobre o caráter do suposto marido. O próprio ataque foi revelado muito rápido.
Há outros problemas: Dr. Nash não deveria ter se apaixonado pela paciente, a Claire poderia ter sido desenvolvida melhor, e a própria vida da Christine antes do acidente fica por alto. No que ela trabalhava antes? Porque ela se frustrou no casamento e começou a ter um caso? O que a levou a terminar o caso? Algumas questões foram respondidas, mas de maneira ridícula. Como o Mike conseguiu tirá-la do local onde ela estava? "Alguns documentos falsos e alguns sorrisos" PF. E como ela encontrou o Mike no colégio, se na verdade ela o conhecia por Ben?
No livro, tudo isso é explicado de forma convincente e sensata. Faltou a Antes de Dormir o que Garota Exemplar teve de sobra: roteiro afiado e bem desenvolvido. No que diz respeito a atuação, Kidman está com a mesma ausência de expressões de sempre e sobra pra Firth segurar o filme nas costas nesse quesito. Strong também cumpre bem seu papel. Enfim, meia hora a mais de película poderia ter feito toda a diferença. Poderia ter sido beeeeeeeeeeeeem melhor, mas talvez satisfaça quem é fã de suspense que não tenha tido o prazer de ler a obra.
Noiva e Preconceito
3.1 89Gente, pelo amor de Deus. Quem vai assistir uma adaptação indiana de Orgulho e Preconceito esperando fidelidade a obra e esperando poder estabelecer comparação com a série da BBC e até mesmo com o filme é louco de pedra. Não dá, e você tem que ir assistir sabendo disso. A adaptação perfeita de Orgulho e Preconceito, pra quem é fã da obra literária em si, é a série da BBC de 1995. Não adianta querer compará-la a nenhuma outra. Ainda assim, dá pra dar umas risadas com esse Noiva e Preconceito, bem como é possível admirar as danças e as músicas indianas, apesar da vibe meio High School Musical das músicas e das danças começarem do nada e terminarem do nada. Mas filme de Bollywood é isso mesmo, e não dá pra esperar algo diferente disso. No mais, as atuações não são nada excepcionais, mas também não deixam a desejar. Dá pra assistir, dá pra rir, só não dá pra esperar a melhor adaptação de Orgulho e Preconceito da história do cinema porque aí já é forçar a barra total.
Austenland
3.4 184 Assista AgoraEu achava que eu era obcecada com Mr. Darcy e os heróis da Austen, mas depois de assistir percebi que não chego nem perto. Não tenho e nem quero ter Darcy Rocks em cima da minha cama, ou qualquer uma das bugigangas que a Jane tinha, rs.
O filme é bem bobinho, bastante leve e conta com algumas cenas bastante exageradas, como deve ser toda comédia romântica água-com-açúcar. Se torna muito mais interessante quando você conhece o mundo da Austen. Eu achei o roteiro bastante óbvio, mas alguém hoje senta pra assistir uma comédia romântica esperando genialidade e novidade? Não né? Achei a Keri Russel um pouquinho apagada, mas o JJ Feild está sensacional no personagem dele. Na falta de um Mr. Darcy... Aceito de muito bom grado um Mr. Nobley.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
3.8 2,4K Assista AgoraNão que o filme seja ruim, não chega a tanto. Mas a questão aqui é que você paga na expectativa de ver um filme que seja interessante o tempo inteiro, e você vê na verdade 90 minutos de cenas desnecessárias, 25 de cenas realmente interessantes mais créditos. Fora que o começo do filme ainda é aquela tentativa de situar o telespectador que não viu os filmes anteriores. 20 minutos (ou mais) vendo Katniss falhar e depois conseguir gravar os props dela? Desnecessário. Um filme inteiro dedicado a como o psicológico da Katniss foi abalado e aos jogos de poder? Não precisava tudo isso. Fica minha crítica também pra The Hanging Tree. Não sei se foi porque vi dublado, mas não me emocionei nem um pouco com o canto no filme, bem diferente da minha reação ao livro.
O filme te leva nesse banho maria durante boa parte do tempo, até que a água começa de fato a ferver e as coisas começam a pegar fogo,
com Peeta sendo resgatado e voltando com a memória alterada. Como fã dos livros, já sabia o que iria acontecer, mas ainda assim a cena do Peeta estrangulando a Katniss foi o ponto alto do filme.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraNão ganhou 5 estrelas porque o Smaug - melhor dragão produzido nas telonas - aparece muito pouco e por causa da existência do triângulo amoroso ridículo entre Legolas, Kili e Tauriel. Tauriel é, sem sombra de dúvida nenhuma, a criação mais desnecessária da história do Peter Jackson como diretor. E olha que a concorrência é boa com esse imprestável do Alfrid. Ele e a Tauriel só serviram mesmo pra quebrar o ritmo das cenas sensacionais das batalhas e acrescentar tempo ao filme, o que eu achei totalmente desnecessário. Eu concordo com quem diz que não havia necessidade de 3 filmes para o livro, mas já que o Peter Jackson optou por uma trilogia, ele poderia ter usado o tempo com cenas muito mais interessantes do que Kili se declarando pra Tauriel ou do que o Alfrid enchendo o sutiã com ouro.
Cadê o enterro do Thorin? Cadê a explicação de que fim teve a Pedra Arken?
A Tauriel além de ser um porre ainda é totalmente incoerente com a realidade. Quem em sã consciência fica em dúvida entre Kili e Fucking Legolas? PF
O destaque do terceiro filme vai, assim, pras cenas da Batalha, pra - como sempre - ótima caracterização da Terra Média e, no quesito atuação, pra Richard Armitage. O ator está incrível na representação de Thorin, acertando o tom tanto para as cenas mais amistosas do personagem tanto para aquelas nas quais ele está obcecado e paranoico. Quem assistiu dublado perdeu a voz sensacional dele e, claro, do Benedict Cumberbatch como Smaug.
Vale a pena ver e se despedir (acredito que agora para sempre) da Terra Média. Vai deixar saudades.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraMuito superestimado. O roteiro é péssimo, sofrível. Não entendo mesmo como alguém pode chamar isso de “melhor releitura dos contos de fadas", visto a obviedade do mesmo. Dois minutos depois de revelado que a história era a da Bela Adormecida ficou claro de quem seria o beijo de amor verdadeiro, aquilo que os produtores consideraram a grande virada do filme. Apesar desse ser o maior dos problemas, há outros. O filme peca demais na tentativa de alívio cômico com as fadas mais sem graça que já vi. A própria Malévola funciona mais nesse sentido do que as próprias fadas.
As atuações são outro fator problemático. A Angelina Jolie não atua genialmente (quando digo isso, quero dizer que já a vi melhor) e ainda assim sustenta o filme inteiro nas costas. O príncipe, por ter sido mal construído, não afetou tanto o longa como a Aurora da Elle Fanning. Ficou até complicado definir quem atuou pior: ela ou a Kristen Stewart em Branca de Neve e O Caçador. A briga é boa.
O destaque do filme vai todo pros efeitos especiais e pra fotografia, ambos excelentes, o que faz talvez faça valer a pena o 3D. Enfim, não é de todo ruim, mas não chega nem perto dessa inovação e dessa excepcionalidade toda que alguns aqui clamam. Resumindo: Não vá pro cinema esperando isso ou um grande filme. Assim, não haverá decepção.