Thaysa

A vida como ela é.
Nos leva a questionar se a perfeição dos dias acompanha somente eventos importantes, que nos trazem somente sentimentos positivos.
A perfeição também se confronta com tristeza, remorso, cansaço.
Os dias mudam, e a rotina, muitas vezes, não. Mas nao deixa de acompanhar a sutileza da beleza, mesmo sendo desafiador encontrar os pequenos prazeres da vida.
É um convite a nos silenciarmos e observar os acontecimentos a nossa volta como parte de nós.
A vida para os que conseguem captar a sensibilidade da vida na monotonia é a personificação do sorriso tímido do Hirayama.

O que mais me encantou nesse filme foi a sutileza em abordar questões tão fragilizadas no nosso cotidiano, como lidar com sentimentos.

O filme narra a história de duas crianças, mas quantas vezes nós, adultos, não agimos de forma parecida?
Tentando lidar com turbilhão de sentimentos, provocando situações para sermos aceitos, inclusive anulando nós mesmos e nossas vontades, transformando a tristeza em agressividade e impotentes em entender nossos sentimentos e externar ao outro. E mesmo diante de tantas adversidades e com saudade do que existiu um dia, seguimos em frente.

[spoiler][/spoiler] S01E09: os mesmos policiais que cometeram prevaricação no caso do menino de 14 anos, recebendo o prêmio de Oficiais do ano da Polícia de Milwaukee é de uma podridão sem tamanho.