Esta comédia é a versão norte-americana da peça francesa «Le Dîner de Cons», de Francis Veber, que o próprio adaptou ao cinema no filme «O Jantar dos Malas” em 1988 e co-assina este argumento de 2010. Sendo um remake, conserva o essencial do enredo original: a realização do jantar a que o título se refere, onde os empregados de uma grande empresa financeira têm por missão convidar "idiotas", para que todos os possam... gozar. Steve Carell, no "idiota" de serviço e Paul Rudd, no “amigo da onça” que tenta uma ascensão profissional às suas custas, são dois dos nomes fortes da atual comédia cinematográfica. A comédia do absurdo, incluindo as suas sarcásticas componentes de crítica social (que vimos por exemplo nos filmes dos irmãos Marx) está de volta. Através de uma hábil combinação dos momentos burlescos com diálogos de uma agilidade desconcertante, "Um Jantar para Idiotas" consegue tirar um retrato da hipocrisia social. Um reencontro da comédia americana com as suas raízes, que (re)valoriza os diálogos, interroga o modo como olhamos, descrevemos e avaliamos o mundo e sai da miséria a que chegou o modelo de "comédia - adolescente", onde as “piadas” são injectadas naquilo que as personagens dizem. "Um Jantar para Idiotas" é uma comédia, onde celebra-se...a inteligência! Atenção que após os créditos finais, há uma cena curta… Vi em teatro em Portugal em 2005 com o título “Jantar de Idiotas”. Por aqui o filme estreou a 9 de Setembro de 2010.
Realizado pelo experiente Francis Veber, um especialista da comédia comercial, «O Jantar de Palermas» foi um dos grandes sucessos de bilheteira do cinema francês em 1998. Um grupo de amigos parisienses, gente com dinheiro e posição social, organiza todos as semanas um jantar, para o qual convidam o maior idiota que consigam encontrar, e o gozam de todas as maneiras e feitios… Espantoso e delirante.
Anthony Quinn, num poderoso retrato, de um agricultor romeno inocente (Johan Moritz), literalmente arrastado para fora de sua casa e da vida quotidiana por forças que ele não consegue compreender. Ele faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Contada como uma sucessão de reviravoltas kafkianas do destino, as desventuras de Johann Moritz de sua esposa Suzanne (Virna Lisi), são um retrato da inocência perdida do povo romeno. A odisseia porque ele passa é indescritível… prisioneiro, soldado, desertor, prisioneiro... enfim, uma odisseia que lhe é imposta por vários Estados sucessivamente, por vários domínios, por vários exércitos. Após a guerra, ele é preso e julgado como um criminoso de guerra em Nuremberg. A ação se passa desde a partilha da Roménia pela Alemanha e a União Soviética em 1939 (Pacto de Molotov-Ribbentrop), por interesses devido ao petróleo e á sua localização estratégica na Europa Central, à invasão pelas tropas de Stalin em 1944, passando pela colaboração do governo da Hungria com os nazistas. O filme é assinado por um diretor francês, trabalhando com o dinheiro norte-americano de um produtor italiano (Carlo Ponti), e tem um elenco multinacional. Além de Anthony Quinn, um dos atores que no cinema mais papéis diversificados interpretou, destaque para Virna Lisi, atriz italiana que em 1994 recebeu o prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes e o Prémio César por seu trabalho em “A Rainha Margot”. La vingt-cinquième heur também é conhecido como The 25th Hour, que não deve ser confundida e não tem qualquer semelhança com o filme de Spike Lee de 2002 com o mesmo nome em inglês (“A Última Noite” no Brasil).
Um bom filme, que assisti no fim dos anos 60, num cinema em Portugal ao ar livre. Apesar de jovem, uma das cenas que ainda me recordo é no reencontro com a família numa estação de trem na Alemanha, a expressão final de Anthony Quinn, quando um jornalista americano, o manda sorrir para a fotografia… é indescritível aquele esboço de sorriso grotesco quase em lágrimas.
Um dos primeiros que filme que vi, que foca o esforço do poder, personalizado pelo coronel Stephen Mackenzie (Burt Lancaster), que não olha a meios, para encobrir a manipulação de vírus num país neutro. A ação desenvolve-se quase toda dentro de um trem transeuropeu, que parte de Genebra para Estocolmo, onde embarca um terrorista sueco em fuga, infetado com por um vírus de peste pneumónica, durante um ataque à missão dos E.U.A. na Organização Internacional da Saúde. Nos passageiros, em destaque, um famoso médico, Dr. Jonathan Chamberlain e ex-muher Jennifer Rispoli Chamberlain (Richard Harris e Sophia Loren), Nicole Dressler, a esposa de um comerciante alemão de armas envolvida com Robby Navarro, um traficante de heroína (Ava Gardner e Martin Sheen) e perseguido por um agente do FBI Haley, que está viajando disfarçado de padre (O. J. Simpson). São de grande impacto, as cenas da selagem do comboio, quando este é redirecionado para Nuremberg e a travessia da ponte Cassandra (uma ponte metálica em arco em colapso), numa linha ferroviária abandonada que conduz ao ex-campo de concentração nazi em Janov, na Polônia, onde vão ficar de quarentena. A tensão e o suspense psicológico, na luta pela sobrevivência, são bem desenvolvidos, mas a escrita e direção de atores, apesar do elenco de luxo, deixa muito a desejar. Diálogos, e situações não muito credíveis, o (ab)ouso do close-up a Sophia Loren (ou no fosse o seu marido Carlo Ponti produtor do filme), a ação de Burt Lancaster, num centro de comando sofisticado para a época, quase sempre ao telefone, nas suas técnicas de "Cover-up". Mesmo assim, não deixa de ser um clássico dos filmes catástrofe. Em Portugal teve o título “Cassandra Crossing”. Vi no cinema no ano da estreia.
"Quem é afinal Evelyn Salt?" Uma norte-americana (Angelina Jolie) que pode ou não ser uma agente do KGB infiltrada na CIA, que pode ou não fazer parte de um plano maquiavélico para o regresso à Guerra Fria. No seu depoimento, um desertor soviético, menciona uma célula de espiões, educados desde crianças em território russo e infiltrados na sociedade americana, para no dia X, efetuarem um ataque de larga escala nos E.U.A. e referencia Salt, de ter como missão matar o presidente russo, presente nos Estados Unidos para ir ao funeral do vice-presidente norte-americano. Durante esse interrogatório ela foge… O fio condutor do filme é a identidade/natureza de Salt, mas a história leva-nos bem cedo a perceber quem é ela afinal. Nos 100 minutos de ação e suspense, com muitos tiros, saltos, murros e perseguições, o fio está lá, mas sempre demasiado visível. A acção neste filme tem lugar "num futuro próximo”. Numa cena um pouco antes do funeral do vice-presidente, um noticiário de TV mostra a data da sua morte em 2011. “Salt” é uma nova tentativa de Hollywood para entreter os espetadores com uma narrativa do estilo “Plot twist” (reviravolta na história), mas o argumento de Kurt Wimmer é superficial e os diálogos são fracos e algumas vezes vazios de conteúdo. As tentativas para adensar à história alguma política e mistério são ridículas. Bem filmado e editado por Phillip Noyce, tem de ser visto como entretenimento. ‘Salt’ tem tudo para quem gosta do género. Várias comparações têm sido feitas com “A Identidade Bourne”, o estilo de “007” ou mesmo o “look” de Nikita, mas essas parecenças são só em quantidade, não em qualidade. Escrito para Tom Cruise, que desistiu de o interpretar por considerar (e bem) que seria uma variante muito semelhante à de "Missão Impossível", “Salt” foi reescrito para Angelina Jolie. Sem ela seria mais um filme de ação, desatualizado, repleto de espiões confusos, previsível e inconsequente. Com uma certa ironia já li, que a história de “Salt” espremida é basicamente isto: “Sou boa. Sou má. Sou boa. Sou mais ou menos má. Sou ótima e patriota. Sou muito má e mereço morrer devagar. Espera, afinal sou boa. Ou será que sou má? Fim.”…e depois da Sony analisar os resultados de bilheteira “Continua”.
Quando olhou pela primeira vez o roteiro de Jean Guinée, Jean Vigo terá dito: “Mas que diabo você quer que eu faça com isso? É um roteiro para a escola dominical.” Mantendo a estrutura original, acrescentando cenas próprias e modificando outras, especialmente as que traziam um cunho excessivamente moralista, Vigo utiliza com primor e dignidade, uma simbologia lírica e sensual, que desvincula a história da banalidade e numa revisão criativa e original constrói uma obra-prima. L'Atalante é o nome da barcaça onde vivem os recém-casados Jean e Juliette. A vida abordo não satisfaz Juliette, que sonha em visitar Paris. Quando surge a oportunidade, ela foge, provocando uma ruptura no casamento. Jean enfrenta a fuga da mulher com uma frieza e indiferença dissimulada que num instante transforma-se no mais profundo desespero e solidão. Vendo a tristeza do patrão, le père Jules sai à procura de Juliette. Encontra a moça num estado mais deprimente e a carrega a força para a barcaça, onde cai nos braços de Jean. Jean Vigo narra uma história de amor recorrendo a uma subtil sensualidade despertada pelo amor ingénuo e difícil de Jean e Juliette. Desejo, paixão e amor sublime confundem-se, corrompendo o dever matrimonial. Juliette quer o mundo além da barcaça, onde Jean a prende e a perde com a sua rudeza e incompreensão. Juliette foge em busca de tentações e novidades, que não encontra em Paris. Numa viagem poética do coração, o cineasta cria em L'Atalante uma ligação íntima e peculiar entre fantasia e naturalismo, numa tendência inconsciente ao surrealismo. As cenas, uma com efeitos de sobreposição de imagens, em que Jean para ver o verdadeiro amor, mergulha no rio para encontrar debaixo de água a imagem da amada num desejo de reencontro e outra de amor não-consumado, (sensual para a época – anos 30) na qual Jean e Juliette, mostram movimentos intercalados idênticos num reconhecimento do amor e paixão efervescente, um pelo outro, são as mais belas do filme. L'Atalante é também uma crítica social, que por um lado, de forma subtil, destaca a luta de classes na cidade francesa e o trabalho nos canais, mostrando preocupação social com a pobreza e desemprego dos anos 30. Brilhante a fotografia de Boris Kauffman, que da á narrativa uma nova dimensão. A trilha lírica e minimalista do compositor Maurice Jaubert, inova ao intervir musicalmente com ingredientes sonoros que não apenas a música. Foi a fama de “Zero de Conduit” que permitiu a Vigo realizar “L'Atalante”, seu quarto e último filme da sua curta carreira e a sua única longa-metragem. Rodado no rigoroso inverno de 1933/34, em 11 semanas, em condições difíceis, quer de tempo, quer a nível de segurança, já que as filmagens decorreram em canais e pontes congeladas e contribuíram para a doença que levou à morte o realizador. Após as filmagens, Vigo estava demasiado doente para participar plenamente na montagem do filme. As primeiras versões foram consideradas impróprias para exibição, tendo o estúdio exigido cortes de forma a tornar o filme mais comercial. Nas pressões dos distribuidores com os produtores, Vigo aprovou cortes no filme de 25 minutos, passando de 89 para 64 minutos de duração, sem no entanto ter respondido “Je me suis tué avec L’Atalante” (A Atalante matou-me). Recebido friamente no Festival de Cinema de Veneza, estreia no dia 25 de Abril de 1934 em Paris. Fui um fracasso de público. O novo lançamento, em Setembro do mesmo ano, foi bem melhor, mas o filme ficou apenas três semanas em cartaz. No mês seguinte, a 5 de Outubro, com apenas 29 anos, o realizador morre vítima de tuberculose, seguindo-se a jovem mulher Lydu, que conheceu em Vigo, num dos diversos internamentos em sanatórios. Muito embora criticas favoráveis, o filme rapidamente foi esquecido até porque a morte do realizador fez cancelar muitas das exibições. Tempos mais tarde, o estúdio remontou o filme e substituiu a música de Jaubert por uma uma canção de grande sucesso em França (“Le chaland qui passe”). Carregado de alguma sexualidade, L'Atalante, tal como os restantes filmes do realizador, foram banidos em França até 1945 e muito embora diversas tentativas para restaurar o filme, este apenas foi redescoberto nos anos 90. A nova vida de L'Atalante deveu-se à descoberta de uma cópia da versão original do realizador nos arquivos do British Film Institute, que a deverá ter recebido por engano em 1934. Esta versão foi, então, restaurada e dada uma ampla exibição, o que possibilitou a redescoberta do filme. A Atalante, estabeleceu Vigo como um dos pioneiros do realismo poético na década de 30 e cuja influência na nouvelle vague foi fundamental. François Truffaut, que viu o filme pela primeira vez aos 14 anos e ficou extasiado pela obra, considerou um dos dez melhores filmes da história do cinema.
Western musical, uma áspera comédia ao estilo do velho Oeste americano, adaptado de uma peça musical da Broadway de 1951. A história de uma cidade mineira em plena expansão, habitada por homens duros, que se centra na dupla de folgadões composta por Ben e Pardner (Lee Marvin e Clint Eastwood) e na delicada esposa Elizabeth que partilham (Jean Seberg – actriz que participou em filmes de Jean-Luc Godard e Otto Preminger). Indicado em 1970 para o Óscar na categoria de melhor música (trilha sonora, original ou adaptada), está repleto com uma banda sonora de clássicos de Lerner e Loew. A mesma dupla de Gigi e My Fair Lady. O filme deu grande prejuízo para o estúdio na época, e só lucrou após ser vendido em VHS e DVD. É interessante ver e ouvir Lee Marvin e Clint Eastwood a cantar. Excelente interpretação de Lee Marvin, que pode ser (re)vista, no You Tube, numa canção famosa na época. Lee Marvin - Wandering Star http://www.youtube.com/watch?v=xnbiRDNaDeo Em Portugal teve o titulo “Maridos de Elizabeth” Vi no cinema no ano da estreia.
O cinema tem destas coisas...A primeira parte estreia em Novembro de 2010 e a segunda em Julho de 2011. No entanto, já 102 e 52 pessoas, viram os respectivos filmes. Boa!
O cinema tem destas coisas...A primeira parte estreia em Novembro de 2010 e a segunda em Julho de 2011. No entanto, já 102 e 52 pessoas, viram os respectivos filmes. Boa!
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3.4 470 Assista AgoraUm remake muito fraco do filme de 1972, com Charles Bronson.
Um Jantar para Idiotas
3.0 497 Assista AgoraEsta comédia é a versão norte-americana da peça francesa «Le Dîner de Cons», de Francis Veber, que o próprio adaptou ao cinema no filme «O Jantar dos Malas” em 1988 e co-assina este argumento de 2010.
Sendo um remake, conserva o essencial do enredo original: a realização do jantar a que o título se refere, onde os empregados de uma grande empresa financeira têm por missão convidar "idiotas", para que todos os possam... gozar.
Steve Carell, no "idiota" de serviço e Paul Rudd, no “amigo da onça” que tenta uma ascensão profissional às suas custas, são dois dos nomes fortes da atual comédia cinematográfica.
A comédia do absurdo, incluindo as suas sarcásticas componentes de crítica social (que vimos por exemplo nos filmes dos irmãos Marx) está de volta.
Através de uma hábil combinação dos momentos burlescos com diálogos de uma agilidade desconcertante, "Um Jantar para Idiotas" consegue tirar um retrato da hipocrisia social.
Um reencontro da comédia americana com as suas raízes, que (re)valoriza os diálogos, interroga o modo como olhamos, descrevemos e avaliamos o mundo e sai da miséria a que chegou o modelo de "comédia - adolescente", onde as “piadas” são injectadas naquilo que as personagens dizem.
"Um Jantar para Idiotas" é uma comédia, onde celebra-se...a inteligência!
Atenção que após os créditos finais, há uma cena curta…
Vi em teatro em Portugal em 2005 com o título “Jantar de Idiotas”.
Por aqui o filme estreou a 9 de Setembro de 2010.
O Jantar dos Malas
3.6 25Realizado pelo experiente Francis Veber, um especialista da comédia comercial, «O Jantar de Palermas» foi um dos grandes sucessos de bilheteira do cinema francês em 1998. Um grupo de amigos parisienses, gente com dinheiro e posição social, organiza todos as semanas um jantar, para o qual convidam o maior idiota que consigam encontrar, e o gozam de todas as maneiras e feitios…
Espantoso e delirante.
A Vigésima Quinta Hora
4.1 12 Assista AgoraO trailer deste filme pode ser visto em
A Vigésima Quinta Hora
4.1 12 Assista AgoraAnthony Quinn, num poderoso retrato, de um agricultor romeno inocente (Johan Moritz), literalmente arrastado para fora de sua casa e da vida quotidiana por forças que ele não consegue compreender.
Ele faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana.
Contada como uma sucessão de reviravoltas kafkianas do destino, as desventuras de Johann Moritz de sua esposa Suzanne (Virna Lisi), são um retrato da inocência perdida do povo romeno.
A odisseia porque ele passa é indescritível… prisioneiro, soldado, desertor, prisioneiro... enfim, uma odisseia que lhe é imposta por vários Estados sucessivamente, por vários domínios, por vários exércitos.
Após a guerra, ele é preso e julgado como um criminoso de guerra em Nuremberg.
A ação se passa desde a partilha da Roménia pela Alemanha e a União Soviética em 1939 (Pacto de Molotov-Ribbentrop), por interesses devido ao petróleo e á sua localização estratégica na Europa Central, à invasão pelas tropas de Stalin em 1944, passando pela colaboração do governo da Hungria com os nazistas.
O filme é assinado por um diretor francês, trabalhando com o dinheiro norte-americano de um produtor italiano (Carlo Ponti), e tem um elenco multinacional.
Além de Anthony Quinn, um dos atores que no cinema mais papéis diversificados interpretou, destaque para Virna Lisi, atriz italiana que em 1994 recebeu o prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes e o Prémio César por seu trabalho em “A Rainha Margot”.
La vingt-cinquième heur também é conhecido como The 25th Hour, que não deve ser confundida e não tem qualquer semelhança com o filme de Spike Lee de 2002 com o mesmo nome em inglês (“A Última Noite” no Brasil).
Um bom filme, que assisti no fim dos anos 60, num cinema em Portugal ao ar livre.
Apesar de jovem, uma das cenas que ainda me recordo é no reencontro com a família numa estação de trem na Alemanha, a expressão final de Anthony Quinn, quando um jornalista americano, o manda sorrir para a fotografia… é indescritível aquele esboço de sorriso grotesco quase em lágrimas.
Bonita e Perigosa
2.5 22Em Portugal teve o título "Detective de Saltos Altos"
A Travessia de Cassandra
3.8 23 Assista AgoraUm dos primeiros que filme que vi, que foca o esforço do poder, personalizado pelo coronel Stephen Mackenzie (Burt Lancaster), que não olha a meios, para encobrir a manipulação de vírus num país neutro.
A ação desenvolve-se quase toda dentro de um trem transeuropeu, que parte de Genebra para Estocolmo, onde embarca um terrorista sueco em fuga, infetado com por um vírus de peste pneumónica, durante um ataque à missão dos E.U.A. na Organização Internacional da Saúde.
Nos passageiros, em destaque, um famoso médico, Dr. Jonathan Chamberlain e ex-muher Jennifer Rispoli Chamberlain (Richard Harris e Sophia Loren), Nicole Dressler, a esposa de um comerciante alemão de armas envolvida com Robby Navarro, um traficante de heroína (Ava Gardner e Martin Sheen) e perseguido por um agente do FBI Haley, que está viajando disfarçado de padre (O. J. Simpson).
São de grande impacto, as cenas da selagem do comboio, quando este é redirecionado para Nuremberg e a travessia da ponte Cassandra (uma ponte metálica em arco em colapso), numa linha ferroviária abandonada que conduz ao ex-campo de concentração nazi em Janov, na Polônia, onde vão ficar de quarentena.
A tensão e o suspense psicológico, na luta pela sobrevivência, são bem desenvolvidos, mas a escrita e direção de atores, apesar do elenco de luxo, deixa muito a desejar.
Diálogos, e situações não muito credíveis, o (ab)ouso do close-up a Sophia Loren (ou no fosse o seu marido Carlo Ponti produtor do filme), a ação de Burt Lancaster, num centro de comando sofisticado para a época, quase sempre ao telefone, nas suas técnicas de "Cover-up".
Mesmo assim, não deixa de ser um clássico dos filmes catástrofe.
Em Portugal teve o título “Cassandra Crossing”.
Vi no cinema no ano da estreia.
Salt
3.4 2,1K Assista Agora"Quem é afinal Evelyn Salt?"
Uma norte-americana (Angelina Jolie) que pode ou não ser uma agente do KGB infiltrada na CIA, que pode ou não fazer parte de um plano maquiavélico para o regresso à Guerra Fria.
No seu depoimento, um desertor soviético, menciona uma célula de espiões, educados desde crianças em território russo e infiltrados na sociedade americana, para no dia X, efetuarem um ataque de larga escala nos E.U.A. e referencia Salt, de ter como missão matar o presidente russo, presente nos Estados Unidos para ir ao funeral do vice-presidente norte-americano.
Durante esse interrogatório ela foge…
O fio condutor do filme é a identidade/natureza de Salt, mas a história leva-nos bem cedo a perceber quem é ela afinal.
Nos 100 minutos de ação e suspense, com muitos tiros, saltos, murros e perseguições, o fio está lá, mas sempre demasiado visível.
A acção neste filme tem lugar "num futuro próximo”. Numa cena um pouco antes do funeral do vice-presidente, um noticiário de TV mostra a data da sua morte em 2011.
“Salt” é uma nova tentativa de Hollywood para entreter os espetadores com uma narrativa do estilo “Plot twist” (reviravolta na história), mas o argumento de Kurt Wimmer é superficial e os diálogos são fracos e algumas vezes vazios de conteúdo.
As tentativas para adensar à história alguma política e mistério são ridículas.
Bem filmado e editado por Phillip Noyce, tem de ser visto como entretenimento.
‘Salt’ tem tudo para quem gosta do género.
Várias comparações têm sido feitas com “A Identidade Bourne”, o estilo de “007” ou mesmo o “look” de Nikita, mas essas parecenças são só em quantidade, não em qualidade.
Escrito para Tom Cruise, que desistiu de o interpretar por considerar (e bem) que seria uma variante muito semelhante à de "Missão Impossível", “Salt” foi reescrito para Angelina Jolie.
Sem ela seria mais um filme de ação, desatualizado, repleto de espiões confusos, previsível e inconsequente.
Com uma certa ironia já li, que a história de “Salt” espremida é basicamente isto: “Sou boa. Sou má. Sou boa. Sou mais ou menos má. Sou ótima e patriota. Sou muito má e mereço morrer devagar. Espera, afinal sou boa. Ou será que sou má? Fim.”…e depois da Sony analisar os resultados de bilheteira “Continua”.
O Atalante
4.1 60 Assista AgoraQuando olhou pela primeira vez o roteiro de Jean Guinée, Jean Vigo terá dito: “Mas que diabo você quer que eu faça com isso? É um roteiro para a escola dominical.”
Mantendo a estrutura original, acrescentando cenas próprias e modificando outras, especialmente as que traziam um cunho excessivamente moralista, Vigo utiliza com primor e dignidade, uma simbologia lírica e sensual, que desvincula a história da banalidade e numa revisão criativa e original constrói uma obra-prima.
L'Atalante é o nome da barcaça onde vivem os recém-casados Jean e Juliette.
A vida abordo não satisfaz Juliette, que sonha em visitar Paris. Quando surge a oportunidade, ela foge, provocando uma ruptura no casamento.
Jean enfrenta a fuga da mulher com uma frieza e indiferença dissimulada que num instante transforma-se no mais profundo desespero e solidão.
Vendo a tristeza do patrão, le père Jules sai à procura de Juliette.
Encontra a moça num estado mais deprimente e a carrega a força para a barcaça, onde cai nos braços de Jean.
Jean Vigo narra uma história de amor recorrendo a uma subtil sensualidade despertada pelo amor ingénuo e difícil de Jean e Juliette.
Desejo, paixão e amor sublime confundem-se, corrompendo o dever matrimonial.
Juliette quer o mundo além da barcaça, onde Jean a prende e a perde com a sua rudeza e incompreensão.
Juliette foge em busca de tentações e novidades, que não encontra em Paris.
Numa viagem poética do coração, o cineasta cria em L'Atalante uma ligação íntima e peculiar entre fantasia e naturalismo, numa tendência inconsciente ao surrealismo.
As cenas, uma com efeitos de sobreposição de imagens, em que Jean para ver o verdadeiro amor, mergulha no rio para encontrar debaixo de água a imagem da amada num desejo de reencontro e outra de amor não-consumado, (sensual para a época – anos 30) na qual Jean e Juliette, mostram movimentos intercalados idênticos num reconhecimento do amor e paixão efervescente, um pelo outro, são as mais belas do filme.
L'Atalante é também uma crítica social, que por um lado, de forma subtil, destaca a luta de classes na cidade francesa e o trabalho nos canais, mostrando preocupação social com a pobreza e desemprego dos anos 30.
Brilhante a fotografia de Boris Kauffman, que da á narrativa uma nova dimensão.
A trilha lírica e minimalista do compositor Maurice Jaubert, inova ao intervir musicalmente com ingredientes sonoros que não apenas a música.
Foi a fama de “Zero de Conduit” que permitiu a Vigo realizar “L'Atalante”, seu quarto e último filme da sua curta carreira e a sua única longa-metragem.
Rodado no rigoroso inverno de 1933/34, em 11 semanas, em condições difíceis, quer de tempo, quer a nível de segurança, já que as filmagens decorreram em canais e pontes congeladas e contribuíram para a doença que levou à morte o realizador.
Após as filmagens, Vigo estava demasiado doente para participar plenamente na montagem do filme.
As primeiras versões foram consideradas impróprias para exibição, tendo o estúdio exigido cortes de forma a tornar o filme mais comercial.
Nas pressões dos distribuidores com os produtores, Vigo aprovou cortes no filme de 25 minutos, passando de 89 para 64 minutos de duração, sem no entanto ter respondido “Je me suis tué avec L’Atalante” (A Atalante matou-me).
Recebido friamente no Festival de Cinema de Veneza, estreia no dia 25 de Abril de 1934 em Paris. Fui um fracasso de público.
O novo lançamento, em Setembro do mesmo ano, foi bem melhor, mas o filme ficou apenas três semanas em cartaz.
No mês seguinte, a 5 de Outubro, com apenas 29 anos, o realizador morre vítima de tuberculose, seguindo-se a jovem mulher Lydu, que conheceu em Vigo, num dos diversos internamentos em sanatórios.
Muito embora criticas favoráveis, o filme rapidamente foi esquecido até porque a morte do realizador fez cancelar muitas das exibições.
Tempos mais tarde, o estúdio remontou o filme e substituiu a música de Jaubert por uma uma canção de grande sucesso em França (“Le chaland qui passe”).
Carregado de alguma sexualidade, L'Atalante, tal como os restantes filmes do realizador, foram banidos em França até 1945 e muito embora diversas tentativas para restaurar o filme, este apenas foi redescoberto nos anos 90.
A nova vida de L'Atalante deveu-se à descoberta de uma cópia da versão original do realizador nos arquivos do British Film Institute, que a deverá ter recebido por engano em 1934.
Esta versão foi, então, restaurada e dada uma ampla exibição, o que possibilitou a redescoberta do filme.
A Atalante, estabeleceu Vigo como um dos pioneiros do realismo poético na década de 30 e cuja influência na nouvelle vague foi fundamental.
François Truffaut, que viu o filme pela primeira vez aos 14 anos e ficou extasiado pela obra, considerou um dos dez melhores filmes da história do cinema.
Os Aventureiros do Ouro
3.5 9Western musical, uma áspera comédia ao estilo do velho Oeste americano, adaptado de uma peça musical da Broadway de 1951.
A história de uma cidade mineira em plena expansão, habitada por homens duros, que se centra na dupla de folgadões composta por Ben e Pardner (Lee Marvin e Clint Eastwood) e na delicada esposa Elizabeth que partilham (Jean Seberg – actriz que participou em filmes de Jean-Luc Godard e Otto Preminger).
Indicado em 1970 para o Óscar na categoria de melhor música (trilha sonora, original ou adaptada), está repleto com uma banda sonora de clássicos de Lerner e Loew. A mesma dupla de Gigi e My Fair Lady.
O filme deu grande prejuízo para o estúdio na época, e só lucrou após ser vendido em VHS e DVD.
É interessante ver e ouvir Lee Marvin e Clint Eastwood a cantar.
Excelente interpretação de Lee Marvin, que pode ser (re)vista, no You Tube, numa canção famosa na época.
Lee Marvin - Wandering Star
http://www.youtube.com/watch?v=xnbiRDNaDeo
Em Portugal teve o titulo “Maridos de Elizabeth”
Vi no cinema no ano da estreia.
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista AgoraO cinema tem destas coisas...A primeira parte estreia em Novembro de 2010 e a segunda em Julho de 2011. No entanto, já 102 e 52 pessoas, viram os respectivos filmes. Boa!
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
4.2 3,1K Assista AgoraO cinema tem destas coisas...A primeira parte estreia em Novembro de 2010 e a segunda em Julho de 2011. No entanto, já 102 e 52 pessoas, viram os respectivos filmes. Boa!