Quem pega essa frase no início do filme e faz dela sua companheiro durante as duas horas e meia entende o que precisa sobre o personagem. Esse é o filme que mostra como o Snow vai até o fim para vencer, seja lá quais forem as regras. Procurar comida entre os destroços da guerra para sobreviver quando é apenas um garotinho? Fingir que tem motorista e uma vida de regalias mesmo que esteja quebrado? Fácil. Dar tudo de si para ganhar o prêmio estudantil, mudando seu futuro e da família? Aqui se vão horas de estudo e empenho. Mas e se as coisas mudam? E se fica tudo contra você? Bem, Snow cai como neve, sempre por cima de tudo.
Me pergunto o que aconteceria se a formatura dele tivesse sido um ano antes, quando o prêmio ainda seria em dinheiro, sem mentoria nos jogos. Quão diferente teria sido Panem, provavelmente não existiria Jogos Vorazes para colocar Katniss e Peeta em uma arena 64 anos depois. Ou será que se ele não tivesse sido levado ao limite, a matar alguém, teria virado mesmo assim o presidente sem pudor que vemos na trilogia dos Jogos Vorazes? Com certeza ele faria o que fosse necessário, mas sem a intervenção da Dr. Gaul em que momento seria de estudar muito para envenenar o reitor? Se não tivesse matado o menino na arena, que ele considerava menos humano do que ele, e não tivesse se sentido tão poderoso, outras mortes aconteceriam? Todas essas perguntas partem de uma premissa filosofica: o homem nasce bom e a sociedade o corrompe? Quando assistimos o 74 Jogos Vorazes, com tanta tecnologia e brutalidade misturada ao entretenimento temos certeza que Snow é horrível, um psicopata brutal, um assassino, alguém sem escrupulos para chegar ao poder. Esse filme volta ao passado para nos dar a dúvida. Será que ele seria diferente em alguma medida? Com certeza ele iria atrás do poder, mas creio eu que de outros meios.
Sou muito fã da saga de Jogos Vorazes e após odiar que o livro comemorativo dos 10 anos da série fosse sobre o Snow, foi uma grata surpresa ler e ver que esse livro completa pontas que não estão soltas dos 3 que vieram antes. Admiro muito o mundo que Suzanne Collins criou, o final desse filme se amarra bem com a entrevista de Finnick em A Esperança, em que ele conta sobre os crimes que Snow cometeu para chegar ao poder. Na verdade tudo parece se encaixar. A música da forca ter sido escrita por Lucy Gray revela o ódio adicional que Snow tem por Katniss anos depois. Um passado que a todo custo ele quis enterrar.
Lucy conta que a confinça, para ela, vale mais do que o amor. E o que você faz quando vê que a pessoa que te salvou e dá a entender que te ama, entregou o melhor amigo para ser morto na forca para salvar a si próprio? Naquele momento eu pensei, a confiança acabou. É cada um por si, e o que se faz com acordos de fuga que já haviam sido feitos? Como viver sendo uma ponta solta para alguém que matou pela possibilidade de ser delatado pela filha do prefeito? A sobrevivência acima de tudo opera grandes mudanças, e com a confiança quebrada, qualquer hora você vira o próximo inimigo. E Lucy sabia disso quando entrou na floresta. Eu gosto muito da escolha de ninguém saber se ela morreu ou não, cabe a cada um de nós escolher o que fazer com a vida dela. Abro um breve parenteses para contar uma história que meu professor de história contava em sala... Um circo passava por diversas cidades, e em uma delas um casal muito pobre ao final da apresentação implorou que o casal formado por um mágico e pela bailarina adotassem a sua filha e não deixassem que ela morrece de fome na cidade. O casal queria muito uma criança, mas nunca conseguiam engravidar, e com relutância e alegria levaram a menina. Quando ela cresceu tudo que queria era conhecer os pais, ela sonhava acordada com isso, enquanto aprendia sobre seu futuro ofício no circo. Equilibrista? Dançarina? Ela também sonhava em levar abundância por onde passava, que além da alegria do circo, que por onde passasse deixasse tudo verde, transformando a seca devastadora em alimentos para todos. Quando ela cresceu ainda mais, e já era quase adulta, seus pais do circo não podiam mais impedir a sua busca pelos pais biológicos, e então em um dia ela encontrou uma árvore bem alta e frondosa e decidiu subir para buscar o quão longe estava sua cidade natal. E lá do alto, quase em um dos ultimos galhos ela viu tudo, e em um pequeno deslize escorregou...... O que aconteceu com a menina? (Meu professor perguntava no meio do nosso espanto), as respostas menos timidas diziam: "ela morreu", ele fazia que não com a mão. "Vocês escolhem o que fazer com ela. Para mim... Ela voou, e por onde passou tornou tudo verde e abundante".
Para mim, Lucy Gray voou, e foi longe em seu desejo por liberdade, sem se subordinar a nada e nem ninguém.
Ninguém sabe o que aconteceu com ela: nem Snow que estava doido com o efeito da picada da cobra, nem as pessoas da Capital que especulavam sobre o mandado de morte pelo prefeiro, nem quem ficou no distrito 12. 64 anos depois Katniss comenta que o 12 teve apenas dois vitoriosos, o Haymitch e uma vitoriosa que ninguém sabia o nome e nem o que havia acontecido. Katniss não sabia dela, apesar de seu nome, o nome dado aquela raiz próxima do lago, ter sido dado por Lucy, de conhecimento do Bando, que em algum momento, anos depois, virou de conhecimento de seu pai.
Todas as coisas parecem estar interligadas, e no final das contas, assim como uma serpente que morde o próprio rabo, retornamos ao início: Snow cai como neve, sempre por cima de tudo (e de todos).
Nem bom nem ruim, dá para passar o tempo sem pensar muito na história. Achei corrido e esquecível. Gosto de filmes de romance bobinhos para passar o tempo, mas esse não foi
Sabia pouco sobre o filme antes de ver, e foi uma surpresa em vários sentidos. Achei as cores escolhidas bem bonitas e foi agradável de continuar assistindo, mesmo com algumas cenas de vergonha alheia aqui e ali. Logo nas primeiras cenas simpatizei com o personagem e torci para ele dar a volta por cima após na universidade. Quando a amizade entre Felix e Oliver foi se desenvolvendo fiquei com dó com o carinha da matemática
No convite para o verão imaginei que veria um Call Me by Your Name, que engano! Fui acompanhando o desenrolar e me perguntando o que a primeira cena do filme representava, o brasão em uma caixa de cigarros, pegar, acender e queimar. Acho que é esse o resumo
Só que na ordem invertida, queimou tudo e todos da família e depois tomou como seu. Me pergunto quando começaram os preparativos dele, quando ele desenhou o personagem, se foi no momento que viu Felix, se já sabia dele de antes e fingiu surpresa com os modos de Saltburn... O quanto ele soube assumiu a posição que cada um na família precisava, e os enguliu um a um, seja por conveniência ou porque estavam sendo uma pedra no sapato no caminho que ele queria trilhar. E no final das contas todos viraram pedras
Terminei de assistir e precisei de tempo para pensar no que estava sentindo, lendo os comentários tive a ajuda que precisava para listar: angústia, medo, pesar, dor, esperança. Desde o começo fiquei pesarosa pensando o que eu faria se estivesse ali e acho que o caminho preferivel seria de morrer no acidente.
O dilema ético de se alimentar de carne humana nessas condições extremas me fez pensar o que eu sentiria se soubesse que ali era meu irmão, a resposta ficou engasgada. A desumanização de entregar a carne sem saber de quem era ajudou a manter a sanidade dos sobreviventes, me perguntou como ficou a cabeça de quem fez o trabalho.
Manter a fé que vai sair vivo e que haverá um dia seguinte foi um dos grandes desafios dos sobreviventes. Ao mesmo tempo suas habilidades em transformar os poucos objetos disponíveis em itens essenciais os levou além. Eu já queria ver o filme, mas tomei a decissão final depois de conversar com uma amiga, ela me afirmou que esse filme a fez acreditar que precisamos ter profissões que fazem coisas concretas (como engenheiros e médicos). Sai do filme querendo ser melhor em mapas, em eletrônica, cerâmica, o que for, algo que faça minhas mãos terem utilidade. Mas no final das contas não há como se preparar ou viver de modo saudável achando que isso pode acontecer e projetar o que fazer, é ter fé que não irá acontecer, e ter ainda mais fé caso aconteça.
Filme muito bom para pensar as questões que envolvem o atendimento psicologico, as nossas tomadas de decisões e como traumas do passado nos impedem de viver bem, sendo necessário supera-los
Apesar de ser cansativo em alguns momentos, foi divertido acompanhar as histórias cada vez mais mirabolantes que Alex criou para tentar recriar o mundo que sua mãe conhecia. Quando eles mencionaram que a mãe ficou 8 meses em coma, só fiz pensar como foram 40 anos para construir tudo aquilo e em menos de um tudo mudou e não confiaram que a mulher conseguiria lidar com isso, sendo que tudo já estava entrando em colapso.
O filme tava passando na tv e não prestei atenção no inicio, fui passar o olho mais ou menos na altura do acidente, no final das contas não fez muita diferença porque os dramas pessoais dos personagens não são bem desenvolvidos
Tem uns filmes que você assiste e pensa 'ok, talvez eu não seja inteligente o suficiente para entender o que está acontecendo ou o filme é só confuso mesmo?'. E Brazil, o Filme com certeza está no topo da lista de filmes dessa categoria
Quando vou ver um filme de Natal já vou ciente que vai ser ruim, e isso muda tudo, porque você já vai sabendo que as pontas vão ficar soltas, que o roteiro não tem pé nem cabeça, os casais não tem quimica e tem menos 30% de chance de algo próximo acontecer na realidade. Nenhum desses filmes de natal é uma grande produção, que vai gerar reflexão ou algo do tipo, é só dar play e se divertir (especialmente com alguém do lado que possa fazer piada junto)
Se tem uma coisa que aprendi vendo filme com meu irmão é simplesmente ignorar boa parte do roteiro e só tentar achar legal as cenas de pancadaria contra o inimigo, seja aliens, robôs, humanos inimigos etc. O alien me lembrou de A Chegada, talvez pela garra ou por ter uma história que envolve viagem no tempo, fiz até piada de economizar dinheiro contrantando os designers, rs. O filme é legal de ver em família, apesar de ter uns furos meio ?????
Desde o início fiquei com a impressão que parecia o Brasil 2021, e que a burrice de certos tipos de governante é cíclica. A perseguição e o fantasma comunista como perigo a ser combatido, o emparelhamento da polícia e judiciário. Agora é torcer que aqui também aconteça o "Nome, sobrenome, profissão" como desfecho
Quando terminei de assisti só consegui pensar: valeu cada segundo e ainda tirou a estatueta de La La Land. Muito bom. Gostei em como o filme foi dividido em três atos e como eles estão relacionados. Lembrei do inicio do livro "Masculinidade Desmascarada" em que o autor dizia que quando era adolescente sentia que não podia segurar na mão de outro homem para não ser motivo de chacota, mesmo que no país de origem de seus pais isso significasse afeto. Fiquei pensando o que é ser uma criança/adolescente/adulto negro que gosta de outros homens? O silêncio de Chiron é o silêncio de tantos outros, e vários deles nem se são o direito de chorar.
Logo nas cenas iniciais quando ele vai para a casa de Juan e Teresa e não falou nada quando foi perguntado se vivia com o pai, me perguntei se Juan assumiria essa figura. Na primeira parte ele aconselha Chiron, falando, inclusive, para que quando ele fosse escolher quem é, que fosse ele a escolher e não aceitar o que era pela visão dos outros. E é assim que temos o fim da parte 1. Little para 2. Chiron. Ruan não aparece na segunda parte, ficamos sabendo de sua morte, e através de comentários de Teresa que ela os vê como parecidos. É nessa parte que sabemos que Chiron é apelidado de Black por Kevin. A última parte do filme é 3. Black. Nela vemos Chiron se identificando assim, e com alguns itens parecidos com os de Ruan (não sei se me falta contexto cultural e estou fazendo uma comparação ridicula) mas lá está o mesmo lenço na cabeça, os dentes, a coroa no carro e o mesmo trabalho. O vi próximo de Ruan, nessas características que comentei, e levando o nome que Kevin o deu. Ele seguiu o conselho no primeiro ato e foi ser quem queria ser ou aceitou a história que os outros criaram para ele? Ou um meio termo entre os dois?
Simplesmente incrível! Vi alguns comentários sobre o filme quando assisti "Mortalmente Perigosa" e achei que valeu demais ter considerado assistir. Sempre acho graça dos filmes que contam as histórias dos "vilões" e nos fazem torcer por eles, especialmente quando há uma humanização dos personagens, alternando nas figuras de jornais que eles eram e problemas do cotidiano. Hoje mais cedo assisti "Jezebel" e logo após terminar senti que era a hora de ver Bonnie na tela e tirar a sensação ruim da "mocinha egoísta, rica e boba norteamericana" (não que o filme seja ruim) e estou mais que satisfeita com o resultado.
Acho que gostaria mais do filme se Jullie, a protagonista, fosse menos egoísta. As ações dela de desafio as regras impostas parecem mais para chamar atenção ou como tensionamento de vingança. Estava sem entender o título do filme, mas quando a tia citou que era uma personagem biblica, assim que terminei de ver fui conferir, e na minha busca breve encontrei que é uma mulher forte que controlava o marido "fraco/permissivo".
O filme é bom, mas nada sobrenatural. Uma pessoa me recomendou como o melhor filme de todos, inclusive, como uma recomendação para conhecer o cinema "italiano". Uma pena, mas como todas as opiniões são válidas, procurarei outro bom representante. No mais, achei que todas as pontas foram bem fechadas e resolvidas, apesar que passei o filme ouvindo meu pai reclamar que era longo demais. Achei que foi o tempo que levaram para mostrar os ciclos se repetindo, seguindo uma das falas de que
Reflexões muito interessantes sobre a fé e a religiosidade, tanto no embante com a ciência (com a figura do médico) quanto do confronto religioso entre duas linhas diferentes do cristianismo. Durante o filme fiquei pensando o desafio que é, para a família, conviver com uma pessoa que tem uma psicopatologia, como o rapaz que acredita ser Jesus Cristo.
Assisti ao filme sabendo que a protagonista era uma egoísta, mas não fazia ideia do quanto! Uma coisa curiosa sobre mim é que quando leio sobre eventos históricos, sempre me parece que é só o evento que têm importância, e não penso que alguém tem outras preocupações, como comprar uma geladeira. Sinto que esse filme é sobre comprar uma geladeira, possivelmente comprar uma geladeira enquanto reclama das mudanças e que o mundo não será mais como foi. E ainda bem que mudou, ainda bem que dessas coisas, o vento levou...
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
3.7 343 Assista Agora"Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo"
Quem pega essa frase no início do filme e faz dela sua companheiro durante as duas horas e meia entende o que precisa sobre o personagem. Esse é o filme que mostra como o Snow vai até o fim para vencer, seja lá quais forem as regras. Procurar comida entre os destroços da guerra para sobreviver quando é apenas um garotinho? Fingir que tem motorista e uma vida de regalias mesmo que esteja quebrado? Fácil. Dar tudo de si para ganhar o prêmio estudantil, mudando seu futuro e da família? Aqui se vão horas de estudo e empenho. Mas e se as coisas mudam? E se fica tudo contra você? Bem, Snow cai como neve, sempre por cima de tudo.
Me pergunto o que aconteceria se a formatura dele tivesse sido um ano antes, quando o prêmio ainda seria em dinheiro, sem mentoria nos jogos. Quão diferente teria sido Panem, provavelmente não existiria Jogos Vorazes para colocar Katniss e Peeta em uma arena 64 anos depois. Ou será que se ele não tivesse sido levado ao limite, a matar alguém, teria virado mesmo assim o presidente sem pudor que vemos na trilogia dos Jogos Vorazes?
Com certeza ele faria o que fosse necessário, mas sem a intervenção da Dr. Gaul em que momento seria de estudar muito para envenenar o reitor? Se não tivesse matado o menino na arena, que ele considerava menos humano do que ele, e não tivesse se sentido tão poderoso, outras mortes aconteceriam? Todas essas perguntas partem de uma premissa filosofica: o homem nasce bom e a sociedade o corrompe?
Quando assistimos o 74 Jogos Vorazes, com tanta tecnologia e brutalidade misturada ao entretenimento temos certeza que Snow é horrível, um psicopata brutal, um assassino, alguém sem escrupulos para chegar ao poder. Esse filme volta ao passado para nos dar a dúvida. Será que ele seria diferente em alguma medida? Com certeza ele iria atrás do poder, mas creio eu que de outros meios.
Sou muito fã da saga de Jogos Vorazes e após odiar que o livro comemorativo dos 10 anos da série fosse sobre o Snow, foi uma grata surpresa ler e ver que esse livro completa pontas que não estão soltas dos 3 que vieram antes. Admiro muito o mundo que Suzanne Collins criou, o final desse filme se amarra bem com a entrevista de Finnick em A Esperança, em que ele conta sobre os crimes que Snow cometeu para chegar ao poder. Na verdade tudo parece se encaixar. A música da forca ter sido escrita por Lucy Gray revela o ódio adicional que Snow tem por Katniss anos depois. Um passado que a todo custo ele quis enterrar.
Lucy conta que a confinça, para ela, vale mais do que o amor. E o que você faz quando vê que a pessoa que te salvou e dá a entender que te ama, entregou o melhor amigo para ser morto na forca para salvar a si próprio? Naquele momento eu pensei, a confiança acabou. É cada um por si, e o que se faz com acordos de fuga que já haviam sido feitos? Como viver sendo uma ponta solta para alguém que matou pela possibilidade de ser delatado pela filha do prefeito? A sobrevivência acima de tudo opera grandes mudanças, e com a confiança quebrada, qualquer hora você vira o próximo inimigo. E Lucy sabia disso quando entrou na floresta. Eu gosto muito da escolha de ninguém saber se ela morreu ou não, cabe a cada um de nós escolher o que fazer com a vida dela.
Abro um breve parenteses para contar uma história que meu professor de história contava em sala... Um circo passava por diversas cidades, e em uma delas um casal muito pobre ao final da apresentação implorou que o casal formado por um mágico e pela bailarina adotassem a sua filha e não deixassem que ela morrece de fome na cidade. O casal queria muito uma criança, mas nunca conseguiam engravidar, e com relutância e alegria levaram a menina. Quando ela cresceu tudo que queria era conhecer os pais, ela sonhava acordada com isso, enquanto aprendia sobre seu futuro ofício no circo. Equilibrista? Dançarina? Ela também sonhava em levar abundância por onde passava, que além da alegria do circo, que por onde passasse deixasse tudo verde, transformando a seca devastadora em alimentos para todos. Quando ela cresceu ainda mais, e já era quase adulta, seus pais do circo não podiam mais impedir a sua busca pelos pais biológicos, e então em um dia ela encontrou uma árvore bem alta e frondosa e decidiu subir para buscar o quão longe estava sua cidade natal. E lá do alto, quase em um dos ultimos galhos ela viu tudo, e em um pequeno deslize escorregou......
O que aconteceu com a menina? (Meu professor perguntava no meio do nosso espanto), as respostas menos timidas diziam: "ela morreu", ele fazia que não com a mão. "Vocês escolhem o que fazer com ela. Para mim... Ela voou, e por onde passou tornou tudo verde e abundante".
Para mim, Lucy Gray voou, e foi longe em seu desejo por liberdade, sem se subordinar a nada e nem ninguém.
Ninguém sabe o que aconteceu com ela: nem Snow que estava doido com o efeito da picada da cobra, nem as pessoas da Capital que especulavam sobre o mandado de morte pelo prefeiro, nem quem ficou no distrito 12. 64 anos depois Katniss comenta que o 12 teve apenas dois vitoriosos, o Haymitch e uma vitoriosa que ninguém sabia o nome e nem o que havia acontecido. Katniss não sabia dela, apesar de seu nome, o nome dado aquela raiz próxima do lago, ter sido dado por Lucy, de conhecimento do Bando, que em algum momento, anos depois, virou de conhecimento de seu pai.
Todas as coisas parecem estar interligadas, e no final das contas, assim como uma serpente que morde o próprio rabo, retornamos ao início: Snow cai como neve, sempre por cima de tudo (e de todos).
Um Romance na Alta Moda
3.0 51 Assista grátisNem bom nem ruim, dá para passar o tempo sem pensar muito na história. Achei corrido e esquecível. Gosto de filmes de romance bobinhos para passar o tempo, mas esse não foi
Saltburn
3.5 849Sabia pouco sobre o filme antes de ver, e foi uma surpresa em vários sentidos. Achei as cores escolhidas bem bonitas e foi agradável de continuar assistindo, mesmo com algumas cenas de vergonha alheia aqui e ali. Logo nas primeiras cenas simpatizei com o personagem e torci para ele dar a volta por cima após na universidade. Quando a amizade entre Felix e Oliver foi se desenvolvendo fiquei com dó com o carinha da matemática
que sorte a dele!
No convite para o verão imaginei que veria um Call Me by Your Name, que engano! Fui acompanhando o desenrolar e me perguntando o que a primeira cena do filme representava, o brasão em uma caixa de cigarros, pegar, acender e queimar. Acho que é esse o resumo
Só que na ordem invertida, queimou tudo e todos da família e depois tomou como seu.
Me pergunto quando começaram os preparativos dele, quando ele desenhou o personagem, se foi no momento que viu Felix, se já sabia dele de antes e fingiu surpresa com os modos de Saltburn... O quanto ele soube assumiu a posição que cada um na família precisava, e os enguliu um a um, seja por conveniência ou porque estavam sendo uma pedra no sapato no caminho que ele queria trilhar. E no final das contas todos viraram pedras
A Sociedade da Neve
4.2 715 Assista AgoraTerminei de assistir e precisei de tempo para pensar no que estava sentindo, lendo os comentários tive a ajuda que precisava para listar: angústia, medo, pesar, dor, esperança. Desde o começo fiquei pesarosa pensando o que eu faria se estivesse ali e acho que o caminho preferivel seria de morrer no acidente.
O dilema ético de se alimentar de carne humana nessas condições extremas me fez pensar o que eu sentiria se soubesse que ali era meu irmão, a resposta ficou engasgada. A desumanização de entregar a carne sem saber de quem era ajudou a manter a sanidade dos sobreviventes, me perguntou como ficou a cabeça de quem fez o trabalho.
Manter a fé que vai sair vivo e que haverá um dia seguinte foi um dos grandes desafios dos sobreviventes. Ao mesmo tempo suas habilidades em transformar os poucos objetos disponíveis em itens essenciais os levou além. Eu já queria ver o filme, mas tomei a decissão final depois de conversar com uma amiga, ela me afirmou que esse filme a fez acreditar que precisamos ter profissões que fazem coisas concretas (como engenheiros e médicos). Sai do filme querendo ser melhor em mapas, em eletrônica, cerâmica, o que for, algo que faça minhas mãos terem utilidade. Mas no final das contas não há como se preparar ou viver de modo saudável achando que isso pode acontecer e projetar o que fazer, é ter fé que não irá acontecer, e ter ainda mais fé caso aconteça.
Não há amor maior que aquele que dá a sua vida por seus amigos.
Que dor, meus amigos. Que dor. Muitos se foram para que todos não fossem.
O pretendente
3.3 15 Assista AgoraFilme gracinha, bom de ver para passar o tempo.
O Vendedor de Passados
2.7 172 Assista AgoraTinha uma premissa interessante, mas entregou pouco ou quase nada. Uma pena.
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista AgoraFilme muito bom para pensar as questões que envolvem o atendimento psicologico, as nossas tomadas de decisões e como traumas do passado nos impedem de viver bem, sendo necessário supera-los
Adeus, Lenin!
4.2 1,1K Assista AgoraApesar de ser cansativo em alguns momentos, foi divertido acompanhar as histórias cada vez mais mirabolantes que Alex criou para tentar recriar o mundo que sua mãe conhecia. Quando eles mencionaram que a mãe ficou 8 meses em coma, só fiz pensar como foram 40 anos para construir tudo aquilo e em menos de um tudo mudou e não confiaram que a mulher conseguiria lidar com isso, sendo que tudo já estava entrando em colapso.
O Túnel
2.6 34 Assista AgoraO filme tava passando na tv e não prestei atenção no inicio, fui passar o olho mais ou menos na altura do acidente, no final das contas não fez muita diferença porque os dramas pessoais dos personagens não são bem desenvolvidos
Brazil, o Filme
3.8 402 Assista AgoraTem uns filmes que você assiste e pensa 'ok, talvez eu não seja inteligente o suficiente para entender o que está acontecendo ou o filme é só confuso mesmo?'. E Brazil, o Filme com certeza está no topo da lista de filmes dessa categoria
Uma Esposa de Natal
2.6 13 Assista AgoraQuando vou ver um filme de Natal já vou ciente que vai ser ruim, e isso muda tudo, porque você já vai sabendo que as pontas vão ficar soltas, que o roteiro não tem pé nem cabeça, os casais não tem quimica e tem menos 30% de chance de algo próximo acontecer na realidade. Nenhum desses filmes de natal é uma grande produção, que vai gerar reflexão ou algo do tipo, é só dar play e se divertir (especialmente com alguém do lado que possa fazer piada junto)
A Guerra do Amanhã
3.2 710 Assista AgoraSe tem uma coisa que aprendi vendo filme com meu irmão é simplesmente ignorar boa parte do roteiro e só tentar achar legal as cenas de pancadaria contra o inimigo, seja aliens, robôs, humanos inimigos etc. O alien me lembrou de A Chegada, talvez pela garra ou por ter uma história que envolve viagem no tempo, fiz até piada de economizar dinheiro contrantando os designers, rs. O filme é legal de ver em família, apesar de ter uns furos meio ?????
como ser o estudante de ensino médio que decifra que os aliens sempre estiveram na Terra,
O Poderoso Chefão: Parte II
4.6 1,2K Assista AgoraVendo o filme só vinha a pergunta: em quem se dá para confiar? Se duvidar, nem nos seus próprios pensamentos.
Interlúdio
4.0 269 Assista AgoraToda nova cena eu só conseguia pensar: "Essa roupa no calor do Rio de Janeiro?????"
Z
4.4 122Desde o início fiquei com a impressão que parecia o Brasil 2021, e que a burrice de certos tipos de governante é cíclica. A perseguição e o fantasma comunista como perigo a ser combatido, o emparelhamento da polícia e judiciário. Agora é torcer que aqui também aconteça o "Nome, sobrenome, profissão" como desfecho
O Nascimento de uma Nação
3.0 231RACISTA! O filme tem 106 anos e é totalmente intragável ter a KKK como os mocinhos (insira os palavrões de sua preferência)
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraQuando terminei de assisti só consegui pensar: valeu cada segundo e ainda tirou a estatueta de La La Land. Muito bom. Gostei em como o filme foi dividido em três atos e como eles estão relacionados. Lembrei do inicio do livro "Masculinidade Desmascarada" em que o autor dizia que quando era adolescente sentia que não podia segurar na mão de outro homem para não ser motivo de chacota, mesmo que no país de origem de seus pais isso significasse afeto. Fiquei pensando o que é ser uma criança/adolescente/adulto negro que gosta de outros homens? O silêncio de Chiron é o silêncio de tantos outros, e vários deles nem se são o direito de chorar.
Logo nas cenas iniciais quando ele vai para a casa de Juan e Teresa e não falou nada quando foi perguntado se vivia com o pai, me perguntei se Juan assumiria essa figura. Na primeira parte ele aconselha Chiron, falando, inclusive, para que quando ele fosse escolher quem é, que fosse ele a escolher e não aceitar o que era pela visão dos outros. E é assim que temos o fim da parte 1. Little para 2. Chiron. Ruan não aparece na segunda parte, ficamos sabendo de sua morte, e através de comentários de Teresa que ela os vê como parecidos. É nessa parte que sabemos que Chiron é apelidado de Black por Kevin. A última parte do filme é 3. Black. Nela vemos Chiron se identificando assim, e com alguns itens parecidos com os de Ruan (não sei se me falta contexto cultural e estou fazendo uma comparação ridicula) mas lá está o mesmo lenço na cabeça, os dentes, a coroa no carro e o mesmo trabalho. O vi próximo de Ruan, nessas características que comentei, e levando o nome que Kevin o deu. Ele seguiu o conselho no primeiro ato e foi ser quem queria ser ou aceitou a história que os outros criaram para ele? Ou um meio termo entre os dois?
Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas
4.0 399 Assista AgoraSimplesmente incrível! Vi alguns comentários sobre o filme quando assisti "Mortalmente Perigosa" e achei que valeu demais ter considerado assistir. Sempre acho graça dos filmes que contam as histórias dos "vilões" e nos fazem torcer por eles, especialmente quando há uma humanização dos personagens, alternando nas figuras de jornais que eles eram e problemas do cotidiano. Hoje mais cedo assisti "Jezebel" e logo após terminar senti que era a hora de ver Bonnie na tela e tirar a sensação ruim da "mocinha egoísta, rica e boba norteamericana" (não que o filme seja ruim) e estou mais que satisfeita com o resultado.
p.s: sensacional o poema de Bonnie
Jezebel
3.9 111Acho que gostaria mais do filme se Jullie, a protagonista, fosse menos egoísta. As ações dela de desafio as regras impostas parecem mais para chamar atenção ou como tensionamento de vingança. Estava sem entender o título do filme, mas quando a tia citou que era uma personagem biblica, assim que terminei de ver fui conferir, e na minha busca breve encontrei que é uma mulher forte que controlava o marido "fraco/permissivo".
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraO filme é bom, mas nada sobrenatural. Uma pessoa me recomendou como o melhor filme de todos, inclusive, como uma recomendação para conhecer o cinema "italiano". Uma pena, mas como todas as opiniões são válidas, procurarei outro bom representante. No mais, achei que todas as pontas foram bem fechadas e resolvidas, apesar que passei o filme ouvindo meu pai reclamar que era longo demais. Achei que foi o tempo que levaram para mostrar os ciclos se repetindo, seguindo uma das falas de que
a cada 5 ou 10 anos tudo ocorre novamente para colocar para fora os inimigos.
A Sombra de uma Dúvida
4.0 195 Assista AgoraUm filme bom de ser visto, mostrando que o perigo mora ao lado.
A Palavra
4.5 100Reflexões muito interessantes sobre a fé e a religiosidade, tanto no embante com a ciência (com a figura do médico) quanto do confronto religioso entre duas linhas diferentes do cristianismo. Durante o filme fiquei pensando o desafio que é, para a família, conviver com uma pessoa que tem uma psicopatologia, como o rapaz que acredita ser Jesus Cristo.
O Fantasma da Ópera
3.9 82 Assista AgoraO que mais gosto do cinema mudo são as atuações dramáticas, lembrando do teatro, em que assistimos o corpo falar.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraAssisti ao filme sabendo que a protagonista era uma egoísta, mas não fazia ideia do quanto! Uma coisa curiosa sobre mim é que quando leio sobre eventos históricos, sempre me parece que é só o evento que têm importância, e não penso que alguém tem outras preocupações, como comprar uma geladeira. Sinto que esse filme é sobre comprar uma geladeira, possivelmente comprar uma geladeira enquanto reclama das mudanças e que o mundo não será mais como foi. E ainda bem que mudou, ainda bem que dessas coisas, o vento levou...