É uma trama sincera e merece a tristeza que emana. Há profundidade neste romance, amor que se estende além dos limites do roteiro; Ou da tela. É um amor que se sente no público, e como esse amor, vêm questionamentos moralmente angustiantes.
Perguntas sobre as escolhas e as confusas complexidades da vida que podem originar de aceitar outros em sua existência em um nível profundo. É um filme extremamente sensível para um público cada vez mais insensível.
O diretor David Mackenzie lida com circunstâncias brutais, mas conduz o material com elegância e graça. É no fundo uma história de mocinhos e bandidos. Há dois lados de uma mesma história. Ambos os lados pedem sua simpatia e quando eles colidem percebemos que não podem coexistir sem consequência. O egoísmo destrói vidas e o sacrifício oferece liberdade para alguns, mas não para todos.
Parece um filme de outra era. No começo você pensa que ocorre no passado, mas o olhar sujo da trama é perfeito para o atual falso conservadorismo que ronda o Ocidente.
Mais um retrato da vida nos guetos franceses repleto de imigrantes. Uma trama furiosa que coloca no centro duas meninas delinquentes que aos poucos se tornam parte de uma conexão perigosa envolvendo drogas, e encontram na vida bandida uma nova chance. Uma mistura estranha de crime, arte e punição que de alguma forma funciona. Além de ser um comentário social trágico e poderoso.
Sendo um remake de um remake há espaço na trama para ser transformado em algo novo. A reimaginação do conto clássico inspirado em Sete Samurais (1954) de Akira Kurosawa, não está fazendo nada de particularmente novo com a premissa, além de ter um novo elenco multiétnico. Essa pluralidade do elenco não é desenvolvida na trama, e algo parece vazio. O que aconteceu com a emoção de ver um grupo de sete homens lutando para o bem?
Eu não vi o primeiro filme Ouija: O Jogo dos Espíritos (2014), mas ouvi sobre como é ruim. Depois de um filme com uma recepção tão negativa, o que esperar de uma continuação? - Todas as suas suposições serão torcidas ao contrário, pois, deixe-me apenas dizer que este filme não é grande, ou inovador, ou mesmo especial, mas excelente dentro de sua proposta.
O diretor não tenta fazer algo totalmente original, mas reconhece o gênero. O roteiro se ocupa com os personagens e a tensão. Consegue criar uma atmosfera aparentemente calma que acalma seu público, e então continua a sacudir em uma casa assombrada em um passeio que permanece consistente em tom e qualidade com uma reviravolta digna de filmes de terror mais antigos. Merece ser conhecido.
Sem dúvida, um filme peculiar sobre personagens peculiares, esta adaptação em particular depende muito do apelo de seu extraordinário universo fantástico. Realizado para aqueles que lembram ou ainda podem vivenciar com carinho as histórias fantásticas contadas antes de dormir. É uma trama que se apega desesperadamente às peculiaridades de seu gênero, e pode seduzir sem esforço sob seu feitiço. Contudo, a energia do filme nunca é tão vibrante como o seu visual sombrio. É um grande espetáculo visual como esperado, embora não tão estilizado como os trabalhos anteriores de Tim Burton.
O diretor inteligentemente combina realismo e fantasia. Descreve a realidade esgotante das negligências brutais, rígidas e sistemáticas, ao lado da imaginação, otimismo e resiliência de uma criança.
De alguma forma, a trama em alguns momentos pode exagerar para ser crível, um tipo de caso de "exagero que promove a compreensão". Embora, concorde que a extensão dos abusos sistemáticos em instituições de menores abandonados pode parecer implausível, escrevê-lo como um clichê é uma trapaça para suas vítimas e a crítica deve ser voltada para a tendência do filme em romancear ou dramatizar a representação da realidade.
Fica esta questão em aberto. No entanto, uma coisa é certa a trama tem uma profunda capacidade de manter o público totalmente encapsulado neste trágico, mas promissor enredo.
A contribuição para a conscientização sobre o câncer de mama é válida. No entanto, as fraquezas da história são 'brilhantes' para ignorar.
As falhas do filme repousam firmemente no roteiro e não nas performances. Penelope Cruz, em particular, é luminosa e se eleva acima do material. É uma trama estranhamente desprovida de mulheres apesar da presença central. Não há outras pacientes do sexo feminino recebendo tratamento? Onde está a sua mãe, parentes e amigos? Também o foco no câncer é bastante superficial. Uma paciente que nunca realmente expressa sua raiva, frustração ou dor, tornam inútil qualquer tentativa de sutileza. Excesso de boas intenções resultam em uma artificialidade sem igual.
É um filme muito leve sobre um médico africano e sua família tentando assimilar a vida em uma pequena aldeia rural francesa na década de 70, onde são confrontados com preconceito e xenofobia. A trama versa perigosamente entre o drama e a comédia. O resultado é duvidoso. Talvez seu maior defeito é ser tão bem-intencionado e tão inofensivo.
O estudio Laika Entertainment ao longo dos últimos 10 anos, manteve a forma artística da animação stop-motion viva quase que sozinha, criou filmes como Coraline (2009), ParaNorman (2012) e Os Boxtrolls (2014) que combinaram uma tomada moderna na técnica clássica com aprimoramentos gerados por computação. Os resultados são de um primor técnico sem igual, e diferente de qualquer outra coisa produzida na animação.
Kubo serve como um bom lembrete que a animação stop-motion ainda tem muito a oferecer ao público do Cinema moderno. Desde os momentos iniciais até seus créditos finais é uma obra-prima visual que possui algumas das peças e sequências mais meticulosamente detalhadas de qualquer animação nos últimos anos. É uma obra-prima técnica e um dos filmes mais bonitos lançados em 2016.
A adolescência é um período de descobertas, desafios, escolhas, e todas estas instancias complexas demais para que um filme lhes faça justiça. No entanto, de vez em quando, um cineasta vem e consegue rastrear com compaixão e compreensão, as conexões entre as hesitações e explosões que tornam a juventude um período tão crítico.
A visão do veterano cineasta André Téchiné e a soberba direção dos atores tornam esta proposta silenciosamente potente. É uma visão densa e psicológica sobre os problemas dos jovens à procura de suas identidades sociais e sexuais.
Em sua ambição de evitar tomar partido no que é um assunto complicado, a trama não tem nada a oferecer ao espectador. A mistura entre um pseudodocumentário realista, um estudo de caráter introspectivo e uma trama de ação deixa o filme como um híbrido disfuncional que não evoca emoções. Joachim Lafosse é um cineasta extremamente talentoso, mas com este trabalho fica claro que não é um diretor de ação.
A trama é um estudo de personagens subdesenvolvidos. É difícil se preocupar com eles. De um lado não encontramos motivos pela obsessão do protagonista pela garota. Ela por sua vez não tem nenhuma motivação para ser tão freak - além da insanidade antiquada. A história passa de perversa para simplesmente chocante simplesmente como um estratagema para tentar manter a nossa atenção.
Um documentário assombroso sobre crianças em situação de rua na Romênia no final dos anos 90. Evoca uma Roménia devastada que involuntariamente caiu presa ao regime, outrora forte do líder comunista Nicolae Ceaușescu que proibiu abortos e dispositivos contraceptivos durante a sua fracassada compreensão de uma economia de mercado forte. O resultado, crianças frutos deste sistema deixadas as mazelas por seus pais. É emocionalmente desgastante.
É ótimo que filmes como estes estão sendo feitos para os heróis menos conhecidos da 2ª Guerra Mundial. O primeiro ato é lento, pois o diretor faz um trabalho na construção de tensão para estabelecer o tom dos atos seguintes. Apesar das questões de ritmo a direção fica muito melhor durante os dois últimos atos. Não é memorável, mas competente dentro de sua proposta.
A adolescência na classe média parece seguir o mesmo padrão básico em todo o mundo: descoberta sexual, música, rebeldia e sonhos de algo maior.
É um filme bonito e elegante com todos os atributos de um drama adolescente que as audiências globais esperam. Contudo, se inspira demais em clássicos do gênero e se torna incondicionamente previsível.
Começa como um tenso drama hospitalar e rapidamente se transforma em um intenso jogo de gato e rato, configura personagens e conflitos por recompensa em um final satisfatoriamente ultrajante no qual toda a tensão da trama explode de maneira insana. É um thriller extremamente divertido que não deve ser desperdiçado.
Uma trama que tem muito a seu favor e pode ser objeto de uma conversa mais profunda sobre a cultura das fraternidades americanas. Narra à perversão das "fraternidades" e aproveita a oportunidade para explorar questões de masculinidade dentro deste contexto resultando em um filme que é muito mais substancial do que poderia ser.
O grande acerto da produção é manter um espelho de como os homens lidam com suas emoções e que dentro de um grupo podem sofrer mudanças significativas de personalidade para afirmar sua masculinidade. Dado o resultado do conflito vivenciado pelo protagonista a trama perde o fôlego em seus momentos decisivos ao não conseguir aumentar o impacto da descida emocional vicenciada por ele.
Começa como uma reflexão lenta sobre a vida de dois adolescentes gays na Tailândia. Aos poucos passa a explorar os pensamentos e medos de um adolescente gay que vive em uma sociedade tailandesa abertamente homofóbica. A sexualidade desperta vem com o preço da brutalidade e da marginalização. É atmosférico e resulta em uma metáfora que pode ser confundida com um filme de horror. O resultado é curioso.
Não é um filme excepcional, mas possui um certo tipo de charme. Mesmo sendo um herói nascido de resíduos tóxicos, a trama ganha pontos de originalidade ao situar-se em uma Itália multiétnica com violência de sobra, e não ocorre glamorização de heróis ou vilões. Com um enredo absurdo, a trama consegue um equilíbrio entre o nonsense e ação. É um trabalho que merece ser conhecido.
É uma animação feita para adultos sobre o que aconteceria se os nossos alimentos tivessem emoções. É na verdade uma grande paródia da fórmula da Pixar, neste contexto é extremamente atrevida, no entanto, não é bem-sucedida. Assim que o diálogo real começa a sair da boca dos alimentos personagens constatamos um dos grandes problemas, a linguagem grosseira excessiva que no fundo apenas tem o valor de choque.
A trama tenta discutir, pelo menos, uma ideia maior ao introduzir um debate teológico sobre se crer em algo que você não pode provar é sensato ou estúpido, e como lutar e discutir sobre isso não é a melhor solução. É uma ideia interessante, mas é completamente soterrada por piadas que não funcionam. Muita ousadia para pouco conteúdo.
É tão repetitivo que a intensidade e o perigo que eles vivenciam é totalmente perdida. É um grande exemplo de um bom conceito de enredo que simplesmente não é bem executado
O casamento é uma inevitabilidade na cultura indiana. É a principal instituição através da qual as identidades são formadas. Em uma cultura assim definida pelas relações sociais, o casamento é o centro, uma gravidade da qual ninguém pode escapar. Então, quando você parte destas histórias culturais, e transporta para os E.U.A, um lugar com suas próprias instituições com suas próprias gravidades, uma cultura mais interessada em identidades individuais, o casamento pode ser facilmente substituído por coisas como raça, trabalho ou política. E esse conflito central que está presente no documentário que é de fato o elemento mais interessante e com inúmeras possibilidades de discussões. É um choque de culturas que revela as difíceis relações emocionais que alguns jovens americanos indianos têm com seus pais .
A Luz Entre Oceanos
3.8 358 Assista AgoraÉ uma trama sincera e merece a tristeza que emana. Há profundidade neste romance, amor que se estende além dos limites do roteiro; Ou da tela. É um amor que se sente no público, e como esse amor, vêm questionamentos moralmente angustiantes.
Perguntas sobre as escolhas e as confusas complexidades da vida que podem originar de aceitar outros em sua existência em um nível profundo. É um filme extremamente sensível para um público cada vez mais insensível.
A Qualquer Custo
3.8 804 Assista AgoraO diretor David Mackenzie lida com circunstâncias brutais, mas conduz o material com elegância e graça. É no fundo uma história de mocinhos e bandidos. Há dois lados de uma mesma história. Ambos os lados pedem sua simpatia e quando eles colidem percebemos que não podem coexistir sem consequência. O egoísmo destrói vidas e o sacrifício oferece liberdade para alguns, mas não para todos.
Parece um filme de outra era. No começo você pensa que ocorre no passado, mas o olhar sujo da trama é perfeito para o atual falso conservadorismo que ronda o Ocidente.
Divinas
4.2 219 Assista AgoraMais um retrato da vida nos guetos franceses repleto de imigrantes. Uma trama furiosa que coloca no centro duas meninas delinquentes que aos poucos se tornam parte de uma conexão perigosa envolvendo drogas, e encontram na vida bandida uma nova chance. Uma mistura estranha de crime, arte e punição que de alguma forma funciona. Além de ser um comentário social trágico e poderoso.
Sete Homens e Um Destino
3.6 576 Assista AgoraSendo um remake de um remake há espaço na trama para ser transformado em algo novo. A reimaginação do conto clássico inspirado em Sete Samurais (1954) de Akira Kurosawa, não está fazendo nada de particularmente novo com a premissa, além de ter um novo elenco multiétnico. Essa pluralidade do elenco não é desenvolvida na trama, e algo parece vazio. O que aconteceu com a emoção de ver um grupo de sete homens lutando para o bem?
Ouija: Origem do Mal
2.8 479 Assista AgoraEu não vi o primeiro filme Ouija: O Jogo dos Espíritos (2014), mas ouvi sobre como é ruim. Depois de um filme com uma recepção tão negativa, o que esperar de uma continuação? - Todas as suas suposições serão torcidas ao contrário, pois, deixe-me apenas dizer que este filme não é grande, ou inovador, ou mesmo especial, mas excelente dentro de sua proposta.
O diretor não tenta fazer algo totalmente original, mas reconhece o gênero. O roteiro se ocupa com os personagens e a tensão. Consegue criar uma atmosfera aparentemente calma que acalma seu público, e então continua a sacudir em uma casa assombrada em um passeio que permanece consistente em tom e qualidade com uma reviravolta digna de filmes de terror mais antigos. Merece ser conhecido.
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraSem dúvida, um filme peculiar sobre personagens peculiares, esta adaptação em particular depende muito do apelo de seu extraordinário universo fantástico. Realizado para aqueles que lembram ou ainda podem vivenciar com carinho as histórias fantásticas contadas antes de dormir. É uma trama que se apega desesperadamente às peculiaridades de seu gênero, e pode seduzir sem esforço sob seu feitiço. Contudo, a energia do filme nunca é tão vibrante como o seu visual sombrio. É um grande espetáculo visual como esperado, embora não tão estilizado como os trabalhos anteriores de Tim Burton.
Quando o Dia Chegar
4.1 44 Assista AgoraO diretor inteligentemente combina realismo e fantasia. Descreve a realidade esgotante das negligências brutais, rígidas e sistemáticas, ao lado da imaginação, otimismo e resiliência de uma criança.
De alguma forma, a trama em alguns momentos pode exagerar para ser crível, um tipo de caso de "exagero que promove a compreensão". Embora, concorde que a extensão dos abusos sistemáticos em instituições de menores abandonados pode parecer implausível, escrevê-lo como um clichê é uma trapaça para suas vítimas e a crítica deve ser voltada para a tendência do filme em romancear ou dramatizar a representação da realidade.
Fica esta questão em aberto. No entanto, uma coisa é certa a trama tem uma profunda capacidade de manter o público totalmente encapsulado neste trágico, mas promissor enredo.
Ma Ma
3.6 64 Assista AgoraA contribuição para a conscientização sobre o câncer de mama é válida. No entanto, as fraquezas da história são 'brilhantes' para ignorar.
As falhas do filme repousam firmemente no roteiro e não nas performances. Penelope Cruz, em particular, é luminosa e se eleva acima do material. É uma trama estranhamente desprovida de mulheres apesar da presença central. Não há outras pacientes do sexo feminino recebendo tratamento? Onde está a sua mãe, parentes e amigos? Também o foco no câncer é bastante superficial. Uma paciente que nunca realmente expressa sua raiva, frustração ou dor, tornam inútil qualquer tentativa de sutileza. Excesso de boas intenções resultam em uma artificialidade sem igual.
Bem-Vindo, Doutor
4.1 276É um filme muito leve sobre um médico africano e sua família tentando assimilar a vida em uma pequena aldeia rural francesa na década de 70, onde são confrontados com preconceito e xenofobia. A trama versa perigosamente entre o drama e a comédia. O resultado é duvidoso. Talvez seu maior defeito é ser tão bem-intencionado e tão inofensivo.
Sob a Sombra
3.4 338 Assista AgoraEsporadicamente eficaz como horror, confuso como comentário social.
Kubo e as Cordas Mágicas
4.2 635 Assista AgoraO estudio Laika Entertainment ao longo dos últimos 10 anos, manteve a forma artística da animação stop-motion viva quase que sozinha, criou filmes como Coraline (2009), ParaNorman (2012) e Os Boxtrolls (2014) que combinaram uma tomada moderna na técnica clássica com aprimoramentos gerados por computação. Os resultados são de um primor técnico sem igual, e diferente de qualquer outra coisa produzida na animação.
Kubo serve como um bom lembrete que a animação stop-motion ainda tem muito a oferecer ao público do Cinema moderno. Desde os momentos iniciais até seus créditos finais é uma obra-prima visual que possui algumas das peças e sequências mais meticulosamente detalhadas de qualquer animação nos últimos anos. É uma obra-prima técnica e um dos filmes mais bonitos lançados em 2016.
Quando Se Tem 17 Anos
3.8 72A adolescência é um período de descobertas, desafios, escolhas, e todas estas instancias complexas demais para que um filme lhes faça justiça. No entanto, de vez em quando, um cineasta vem e consegue rastrear com compaixão e compreensão, as conexões entre as hesitações e explosões que tornam a juventude um período tão crítico.
A visão do veterano cineasta André Téchiné e a soberba direção dos atores tornam esta proposta silenciosamente potente. É uma visão densa e psicológica sobre os problemas dos jovens à procura de suas identidades sociais e sexuais.
Os Cavaleiros Brancos
3.5 6 Assista AgoraEm sua ambição de evitar tomar partido no que é um assunto complicado, a trama não tem nada a oferecer ao espectador. A mistura entre um pseudodocumentário realista, um estudo de caráter introspectivo e uma trama de ação deixa o filme como um híbrido disfuncional que não evoca emoções. Joachim Lafosse é um cineasta extremamente talentoso, mas com este trabalho fica claro que não é um diretor de ação.
Medo de Matar
3.2 4A trama é um estudo de personagens subdesenvolvidos. É difícil se preocupar com eles. De um lado não encontramos motivos pela obsessão do protagonista pela garota. Ela por sua vez não tem nenhuma motivação para ser tão freak - além da insanidade antiquada. A história passa de perversa para simplesmente chocante simplesmente como um estratagema para tentar manter a nossa atenção.
Meninos de Rua
4.4 10Um documentário assombroso sobre crianças em situação de rua na Romênia no final dos anos 90. Evoca uma Roménia devastada que involuntariamente caiu presa ao regime, outrora forte do líder comunista Nicolae Ceaușescu que proibiu abortos e dispositivos contraceptivos durante a sua fracassada compreensão de uma economia de mercado forte. O resultado, crianças frutos deste sistema deixadas as mazelas por seus pais. É emocionalmente desgastante.
Operação Anthropoid
3.8 103É ótimo que filmes como estes estão sendo feitos para os heróis menos conhecidos da 2ª Guerra Mundial. O primeiro ato é lento, pois o diretor faz um trabalho na construção de tensão para estabelecer o tom dos atos seguintes. Apesar das questões de ritmo a direção fica muito melhor durante os dois últimos atos. Não é memorável, mas competente dentro de sua proposta.
Califórnia
3.5 302 Assista AgoraA adolescência na classe média parece seguir o mesmo padrão básico em todo o mundo: descoberta sexual, música, rebeldia e sonhos de algo maior.
É um filme bonito e elegante com todos os atributos de um drama adolescente que as audiências globais esperam. Contudo, se inspira demais em clássicos do gênero e se torna incondicionamente previsível.
Infiltrado
3.2 13 Assista AgoraComeça como um tenso drama hospitalar e rapidamente se transforma em um intenso jogo de gato e rato, configura personagens e conflitos por recompensa em um final satisfatoriamente ultrajante no qual toda a tensão da trama explode de maneira insana. É um thriller extremamente divertido que não deve ser desperdiçado.
O Trote
2.4 135 Assista AgoraUma trama que tem muito a seu favor e pode ser objeto de uma conversa mais profunda sobre a cultura das fraternidades americanas. Narra à perversão das "fraternidades" e aproveita a oportunidade para explorar questões de masculinidade dentro deste contexto resultando em um filme que é muito mais substancial do que poderia ser.
O grande acerto da produção é manter um espelho de como os homens lidam com suas emoções e que dentro de um grupo podem sofrer mudanças significativas de personalidade para afirmar sua masculinidade. Dado o resultado do conflito vivenciado pelo protagonista a trama perde o fôlego em seus momentos decisivos ao não conseguir aumentar o impacto da descida emocional vicenciada por ele.
The Blue Hour
3.1 19Começa como uma reflexão lenta sobre a vida de dois adolescentes gays na Tailândia. Aos poucos passa a explorar os pensamentos e medos de um adolescente gay que vive em uma sociedade tailandesa abertamente homofóbica. A sexualidade desperta vem com o preço da brutalidade e da marginalização. É atmosférico e resulta em uma metáfora que pode ser confundida com um filme de horror. O resultado é curioso.
Meu Nome É Jeeg Robot
3.0 72 Assista AgoraNão é um filme excepcional, mas possui um certo tipo de charme. Mesmo sendo um herói nascido de resíduos tóxicos, a trama ganha pontos de originalidade ao situar-se em uma Itália multiétnica com violência de sobra, e não ocorre glamorização de heróis ou vilões. Com um enredo absurdo, a trama consegue um equilíbrio entre o nonsense e ação. É um trabalho que merece ser conhecido.
Festa da Salsicha
2.9 816 Assista AgoraÉ uma animação feita para adultos sobre o que aconteceria se os nossos alimentos tivessem emoções. É na verdade uma grande paródia da fórmula da Pixar, neste contexto é extremamente atrevida, no entanto, não é bem-sucedida. Assim que o diálogo real começa a sair da boca dos alimentos personagens constatamos um dos grandes problemas, a linguagem grosseira excessiva que no fundo apenas tem o valor de choque.
A trama tenta discutir, pelo menos, uma ideia maior ao introduzir um debate teológico sobre se crer em algo que você não pode provar é sensato ou estúpido, e como lutar e discutir sobre isso não é a melhor solução. É uma ideia interessante, mas é completamente soterrada por piadas que não funcionam. Muita ousadia para pouco conteúdo.
Rush - Uma Viagem Ao Inferno
3.7 43É tão repetitivo que a intensidade e o perigo que eles vivenciam é totalmente perdida. É um grande exemplo de um bom conceito de enredo que simplesmente não é bem executado
Meet the Patels
3.7 4O casamento é uma inevitabilidade na cultura indiana. É a principal instituição através da qual as identidades são formadas. Em uma cultura assim definida pelas relações sociais, o casamento é o centro, uma gravidade da qual ninguém pode escapar. Então, quando você parte destas histórias culturais, e transporta para os E.U.A, um lugar com suas próprias instituições com suas próprias gravidades, uma cultura mais interessada em identidades individuais, o casamento pode ser facilmente substituído por coisas como raça, trabalho ou política. E esse conflito central que está presente no documentário que é de fato o elemento mais interessante e com inúmeras possibilidades de discussões.
É um choque de culturas que revela as difíceis relações emocionais que alguns jovens americanos indianos têm com seus pais .