lara

pra mim ficou como uma grande metáfora pro funcionamento da nossa mente. a forma como projetamos nossos desejos nos outros e buscamos realizá-los fora de nós. a maxine como sendo o aquilo que sempre buscamos e que sempre realizamos através do outro. e cada personagem que adentra a cabeça do john como um desejo inconsciente, que após se realizar é lançado pra fora. (e também pode ser um símbolo de como internalizamos desejos externos e somos influenciáveis) o final me pareceu muito o delineamento de um complexo de édipo. e o portal e a genética do john como elo, como se fosse a explicação da passagem de resquícios psicológicos através de gerações pela genética, pra além dos conteúdos que se formam a partir de experiências, como se o subconsciente fosse a junção dessas duas coisas.

o prof lá diz que antes do pc bugar, ele se torna consciente de si mesmo e de sua estrutura, tal qual max tentando racionalizar o que é o mundo através da matemática e loosing his mind everytime a little bit more.. assim como ele tenta compreender tudo ao seu redor, mas toda vez que o mundo bate na sua porta, qualquer relação humana, ele foge, se afasta da realidade e se fecha no que ele acredita que ela seja, como se negasse a desrazão e a sua própria natureza impotente de compreensão total, buscando racionalizar tudo... sei lá tantas relações através desse filme, são 11h46 e minha cabeça já fritou