Busca Implacável 3 está de volta para mostrar mais uma batalha de Liam Neeson contra o tempo. O diretor, Oliver Megaton (Carga Explosiva 3), não economiza nos clichês e exageros, deixando o último filme da franquia ainda mais previsível e nada moderno.
A missão de Bryan Mills é a grande novidade neste terceiro projeto, ele não será o caçador, e sim a caça. Após ser incriminado por um crime que ele não cometeu, o ex-agente do governo norte-americano terá que provar a sua inocência antes que a polícia o apreenda.
O roteiro, assinado por Luc Besson (Lucy) e Robert Mark Kamen (Karatê Kid), é voltado ainda mais para família de Mills do que os longas passados. Os pontos fracos do ex-agente estão mais em evidência, o que torna a obra ainda mais tensa devido à exposição de sua fragilidade. Mesmo com menos explosões, talvez para diminuir a faixa etária, as cenas de ação continuam tão empolgantes como nas tramas anteriores. Porém, as mesmas falham ao tentarem transmitir a veracidade necessária para fazer o público acreditar no que está sendo apresentado na tela.
Um dos grandes problemas de Busca Implacável 3 é a sua narrativa simples e totalmente mastigada ao espectador. Megaton, por diversas vezes explica demais as cenas, subestimando a inteligência e a capacidade imaginação do público. Todas as pistas deixadas no decorrer da história são explicitadas ao extremo enfraquecendo a surpresa final.
Cercado por estereótipos de personagens típicos de ação, o vilão da trama não poderia ser diferente. Malankov (Sam Pruell) representa a máfia russa característica em longas dos anos 80. O antagonista executa seu papel com peculiaridades similares ao de Tony Montana, interpretado por Al Pacino em Scarface. A similaridade é verossímil e faz o espectador ter uma afinidade com o personagem, mesmo que por alguns segundos.
Busca Implacável 3 nos faz relembrar grandes ações de 30 anos atrás, algo incomum nos dias atuais. A franquia que trouxe de volta grandes papéis para Liam Neeson, que hoje pode ser comparado com os astros Steven Seagal, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Portanto, mesmo com o fato do capítulo final não ter inovado ou demonstrado alguma mudança, ele é capaz de divertir e entreter a quem assiste, cumprindo assim o seu papel.
Por: Caroline Venco