O monstro da expectativa me pegou nesse... Por ser um filme nostálgico, sobre cinema e do Woody Allen, eu fiquei esperando muito, mas no final o roteiro é só ok. Não que isso seja ruim, afinal nem todo o filme precisa ser uma obra prima (e isso conseguimos ver pela filmografia diversa do diretor).Só achei meio desfocado, sem aprofundar muito em nenhum aspecto do que nos apresentava, fora o relacionamento central, e ao mesmo tempo adicionando plots que não eram muito bem aproveitados Entretanto, acho que o que mais me incomodou foi o casting. Apesar de a direção para o Einsenberg ter sido muito parecida com a de Owen Wilson em Meia Noite em Paris, onde tínhamos o Woody Allen ator revivido - o que eu achei bem interessante - o resto simplesmente me pareceu não encaixar... Eu amo o Steve Carell, mas ficou estranho ali. Enfim, um filme ok para descansar a mente e relembrar um pouco dessa atmosfera em que o cinema andava acompanhado pelo glamour
Cara.. que filme interessante.. Não só pela história claro, mas por como é conduzido! A câmera intimista de Muylaert, sempre perto dos personagens, na maioria das vezes em câmera na mão, faz o espectador se sentir inserido naquele ambiente. E a direção dos atores não deixou por menos. Matheus Nachtergaele me deixou cada vez me sentindo mais constrangido, com muuita vergonha alheia, tentando fazer de tudo naquela "situação maluca" para encaixar o Pierre nas suas vidas.
Essa vergonha alheia se transforma em raiva na cena em que ele explode por ver o "filho" de vestido...
O filme não é dramático, não invoca tanto a empatia do espectador, mas o coloca como alguém que observa tudo aquilo, se sentindo mal e constrangido enquanto observa o que vai acontecendo.
No final, fiquei com uma sensação de que o filme talvez tivesse sofrido muitos cortes, de que deveria haver uma história para terminar de contar, uma finalização... Mas percebi que cru como é, o filme nos traz a realidade: do nada sua vida muda, e ela não volta ao normal por mais que você vá atrás do seu passado. E não tem conclusão. A vida continua, por mais inconformados que fiquemos
Filme cru, denso e pesado como qualquer um dessa temática deve ser. Na trama, o que mais chama a atenção é a sistematização do esquema de tortura, e como tudo acontece bem embaixo do tapete da sala de estar da grande casa que é a Argentina e ninguém parece reparar (muitos, talvez a maioria por escolha própria). Os vários takes aéreos quase novelescos nos mostram mais ainda essa distância entre a viva cidade e os porões claustrofóbicos e mal iluminados. Falando nisso, as cores perdem a vida no subsolo, assim como as pessoas arrastadas para lá, e a montagem do filme deixa essa dicotomia bem clara com cortes de doer os olhos da escuridão e tons obscuros da tortura para as cores intensas e a claridade do cotidiano argentino. É um daqueles filmes que leva a pensar que precisamos urgentemente de mais cinema autoral, já que dá gosto de ver como pequenas coisas, pequenas fugas do padrão hollywoodiano já conseguem deixar um longa muito mais interessante. Muito bom!
Normalmente não sou muito fã de documentários.. Mas alguns chamam a minha atenção (como foi o caso de Atomic Cafe, genial) e esse, que valeu cada segundo. Já sabia da existência dele e fui rever Apocalypse Now, dessa vez na verdade a versão Redux, e logo em seguida fui ao documentário... É impressionante ver quanto esforço é necessário para que uma ideia se torne realidade, de uma forma tão impecável quanto ficou o filme no final das contas... Apesar de todos os problemas, e de quaaase desistir de muitas formas, graças aos deuses do cinema esse filme foi feito! Obra prima!
Que filme... Desde a música perfeita dos Doors no início, que se repete depois de forma brilhante, passando pela fotografia e atuações, é todo muito bom! Por ser um drama psicológico, acho que as metáforas devem ser exaltadas, como a trilha selva adentro pelo rio, que leva ao mesmo tempo os homens a perderem a humanidade e se tornarem selvagens... Isso é visível pelas vestimentas que vão se deteriorando, pelo barco que ganha folhas secas no lugar da lona, das pinturas faciais e da natureza tomando conta tanto do físico quanto do mental e espiritual daqueles homens Cada vez mais distantes das batalhas com as tecnologias da guerra e mais perto das origens do homem, eles se vêem em uma jornada espiritual que tem seu auge no ritual
onde um boi é sacrificado, posto lado a lado com a morte de Kurtz, não por uma bala, mas também com um facão, enquanto "This is the end" atinge seu auge e nos deixa sem respirar, observando Willard se entregando totalmente à loucura, ou melhor, ao horror.. Ele sai e é louvado pelos fanáticos, mas não assume a posição do coronel e simplesmente sai vagando, com o rádio do barco desligado. Ele não sabe onde vai, mas com certeza não é para casa. Um homem não entra duas vezes no mesmo rio pois o rio está sempre em movimento, mas também porque o homem nunca é o mesmo. Não sei nem se ele é ainda um homem, ou se agora está mais próximo do coronel, com sua alma e mente despedaçados...
Enfim, não é apenas um filme sobre guerra. É um filme sobre o vórtex de loucura do Homem. Genial.
Digam o que quiserem, mas a Nouvelle Vague é estilosa demais! Desde o ar de paris, até as roupas e os trejeitos dos atores... O estilo não está só no mise-en-scene, mas também na direção, montagem, fotografia... O que eram aqueles diálogos com a câmera sempre pelas costas dos personagens? Ou então aqueles cortes junto com os tiros da metralhadora no meio do movimento de câmera?? Se existe inovação no cinema, com certeza é isso! As pessoas falando e o espectador não conseguindo ver o rosto de nenhuma pois um dos atores parou de costas exatamente na frente da câmera, tapando o rosto do outro me deu uma raiva... Que se completou com a trilha sonora toda cortada em horas estranhas... É, para assistir a um filme desses tem que estar sabendo da proposta de quebrar as regras daquele momento! Um desprevenido pode achar que são falhas, mas são exatamente boas cutucadas no status quo cinematográfico... E ah, só eu achei estranhíssimo filmar uma cena dentro de um cinema pelo lado da sala? hahahaha Enfim, além de todos esses experimentalismos pensados, o roteiro existencialista é genial, claro, o que gerou cenas como a da leitura de Poe ou a do café com o senhor.. Com certeza, com todas essas características (e a cena da dança na sala com as mesas de bilhar), esse é um dos filmes que mais tem a cara do momento e do movimento do novo cinema francês, dentre os que eu vi até agora
É disney ou é pixar?? muuito bom!!! adorei os detalhes, e as zueiras com outros filmes.. "let it go" hahaha... nao sei como ficou dublado, mas as piadas no original ficaram bem massa Curti eles finalmente colocando coisas da nova geração, uso constante de smartphones mesmo por gente distraída na rua, ou falar de apps... tava demorando! A única coisa que achei que não combinou foi a voz da preguiça, no trailer q vi dublado ficou bem melhor... mas isso nao estraga o filme! apesar de cheio de clichês no roteiro, vai, é bom assim, e eu to adorando esse negócio do protagonismo feminino forte, a Judy é uma Rey em forma de coelho *-* Enfim, apesar de no começo ela me irritar um pouco, com um tom que lembrava mto a felicidade no Divertidamente, sempre otimista e tal, ela acabou me conquistando e nao contive as lágrimas quando
A fotografia e os movimentos de câmera são demais! O diretor não precisa de palavras para contar a história e mostrar os sentimentos, só de um tempo mais longo que o cinema ocidental, imagens e som. Aos céticos: o cinema é muito mais do que só Hollywood!
Fazia tempo que não via nada em stop motion tão bem conduzido... Acho que desde Team America (esse na pegada da zueira, e completamente diferente claro) inclusive lembrei da cena de sexo quando rola em Anomalisa, são dois extremos, um de humor escrachado, o outro uma das representações mais sensatas de relações sexuais que já vi no cinema... Ambos com bonecos.
Duas peculiaridades me chamaram atenção no começo do filme: Primeiro, os traços do rosto dos personagens que imagino deva servir para facilitar a modelagem para as expressões, que pensei ser proposital (e o filme me provou correto) já que provavelmente da pra esconder aquilo sem mtos problemas. Isso fez com que todos tivessem uma máscara, não diferente da realidade. Depois, claro, as vozes todas iguais, inclusive das mulheres... Foi uma sacada muito criativa, é difícil ver coisas assim atualmente... E faz lembrar de um clássico escrito por Kaufman, Quero ser John Malkovich, com todas as caras iguais.. no caso ele brincou de forma espetacular com a voz - inclusive no final
Que filme! Queria ter lido Crime e Castigo para ter a base que Woody Allen teve para fazer essa obra e mais conhecimento sobre óperas... Uma coisa me deixou intrigado: a trilha sonora inteira é constituída por ópera, cuja sonoridade parece vir sempre de um disco de vinil. Fora isso, o filme é silencioso. A adição delas que condizem com o momento vivido pelos personagens no tempo certo, e a exclusividade delas é algo que só Woody poderia pensar em fazer Fazia tempo que não via nenhum dele e gostei muito da forma como ele movimenta a câmera, fazendo closes ou expandindo o quadro de forma quase imperceptível, ao mesmo tempo que normalmente deixa a cena se desenvolver por bastante tempo sem cortes. Isso e o silêncio remetem um pouco ao teatro, que junto aos sopranos e tenores nos momentos exatos constituem essa homenagem às artes e à literatura
o que Tom havia visto que o tinha deixado tão assustado
foi uma das melhores do cinema atual, usando uma bela edição para fazer parecer com que fosse um simples e único movimento de câmera que une as duas cenas... Isso mostra a criatividade que muitas vezes falta em filmes atualmente
Ainda tecnicamente, a edição do filme com esse vai e volta no tempo é genial, mostrando diferentes fases de um relacionamento de um ângulo bem interessante, e isso ajuda o diretor a construir um argumento sem precisar de palavras, como na cena que
Tom brinca com as torneiras que não funcionam e Summer nem liga, passando para ambos se divertindo com a brincadeira meses antes
... Nem vou comentar sobre a trilha sonora, e a fotografia é bem bonita tb
Em quesito de roteiro mesmo, talvez por eu ter passado por um relacionamento um pouco menor que o deles recentemente, eu leia o filme pensando no que aconteceu comigo, e nossa como encaixa perfeitamente... O que é muito bom, pois assim consigo ver de fora, é como se o filme fosse o 'fantasma do natal passado' me levando para ver o que ambos fizeram de errado...Claro que no final ele passa a mensagem que
todo mundo já sabe, quando algo acaba, eventualmente vamos achar alguém que nos desperte o interesse por ai.. é um feel good afinal de contas... mas é otimista demais, tudo acontece mto rápido - depois que passa a bad claro - e dá a sensação de continuidade na metáfora das estações, como se quando um relacionamento acaba, outro está por vir.
Na vida real, você pode querer ou não encontrar alguém, mas tem que saber que as vezes vai passar uma, duas estações sozinho, quem sabe um ano ou dois... E enquanto isso acho que o jeito é ir vivendo e fazendo o que te faz bem, que sim, uma hora você se interessa por alguém que se interessa em você
Vi algumas vezes, quase sempre aos pedaços, mas lembro de gostar muito.. passava direto no FX, e na época eu via muita tv haha... tenho que rever, mas lembro que tem cenas visualmente lindas, e uma bela trilha
Esse documentário explodiu minha cabeça. Não por falar dos vários mitos de Che, eu já sabia que ele era um personagem histórico interessante nesse aspecto, mas por me fazer pensar no aspecto pós-moderno que a história toma nos nossos dias. Estamos numa época em que as interpretações e a simbologia, e a construção de uma metáfora muitas vezes se sobrepõe aos fatos em si.. Quem usa a imagem de Guevara no peito não concorda necessariamente com os ideais dele durante a guerrilha, e sim com a imagem de oposição e resistência. Eu faço história, e agora estou mais perdido que nunca.. afinal, como é dito em Her, "o passado é só uma história que contamos a nós mesmos"? Os fatos históricos, que aconteceram, nunca mais podem ser analisados sem interferências externas por quem não estava presente no momento em que ocorreram? Qual é o objeto de estudo da história afinal de contas, os fatos ou as diversas interpretações que existem sobre eles?
Genial. Simples e suave e ao mesmo tempo intenso e tratando de questões pesadas como religiosidade, drogas e orientação sexual, além da rebeldia das diversas partes da vida, uma mais confusa que a outra, regadas às melhores trilhas sonoras de Jefferson Airplane à Bowie, passando por muito Pink Floyd. Um feel good que te faz identificar com pelo menos algum dos aspectos da trama, e te deixa pensando naquilo que já fez parecido com o que vê em cena, ou com aquilo que não fez (e quem sabe deveria ter feito) A certa altura do filme me peguei pensando 'mas onde eles querem chegar?' e depois de terminar de assistir, lembrei que é construída uma imagem de uma parte da vida daquelas pessoas, e assim como a vida, não tem um sentido claro, o que mais conta realmente é a viagem.
Esse foi bom, mas no geral não gosto mto dos filmes do Godard.. se tratando de nouvelle vague prefiro Trouffaut, mas não tem como negar que ambos são estilosos pra caramba! P.S o que Os Sonhadores fez foi inacreditável, e aliás foi o que me levou a ver esse clássico!
Queime Depois de Ler
3.2 1,3K Assista AgoraAdorei esse episódio de American Dad dirigido pelos Coen!
Café Society
3.3 530 Assista AgoraO monstro da expectativa me pegou nesse... Por ser um filme nostálgico, sobre cinema e do Woody Allen, eu fiquei esperando muito, mas no final o roteiro é só ok. Não que isso seja ruim, afinal nem todo o filme precisa ser uma obra prima (e isso conseguimos ver pela filmografia diversa do diretor).Só achei meio desfocado, sem aprofundar muito em nenhum aspecto do que nos apresentava, fora o relacionamento central, e ao mesmo tempo adicionando plots que não eram muito bem aproveitados
Entretanto, acho que o que mais me incomodou foi o casting. Apesar de a direção para o Einsenberg ter sido muito parecida com a de Owen Wilson em Meia Noite em Paris, onde tínhamos o Woody Allen ator revivido - o que eu achei bem interessante - o resto simplesmente me pareceu não encaixar... Eu amo o Steve Carell, mas ficou estranho ali.
Enfim, um filme ok para descansar a mente e relembrar um pouco dessa atmosfera em que o cinema andava acompanhado pelo glamour
Mãe Só Há Uma
3.5 408 Assista AgoraCara.. que filme interessante.. Não só pela história claro, mas por como é conduzido! A câmera intimista de Muylaert, sempre perto dos personagens, na maioria das vezes em câmera na mão, faz o espectador se sentir inserido naquele ambiente. E a direção dos atores não deixou por menos.
Matheus Nachtergaele me deixou cada vez me sentindo mais constrangido, com muuita vergonha alheia, tentando fazer de tudo naquela "situação maluca" para encaixar o Pierre nas suas vidas.
Essa vergonha alheia se transforma em raiva na cena em que ele explode por ver o "filho" de vestido...
O filme não é dramático, não invoca tanto a empatia do espectador, mas o coloca como alguém que observa tudo aquilo, se sentindo mal e constrangido enquanto observa o que vai acontecendo.
No final, fiquei com uma sensação de que o filme talvez tivesse sofrido muitos cortes, de que deveria haver uma história para terminar de contar, uma finalização... Mas percebi que cru como é, o filme nos traz a realidade: do nada sua vida muda, e ela não volta ao normal por mais que você vá atrás do seu passado. E não tem conclusão. A vida continua, por mais inconformados que fiquemos
Garage Olimpo
3.4 18Filme cru, denso e pesado como qualquer um dessa temática deve ser. Na trama, o que mais chama a atenção é a sistematização do esquema de tortura, e como tudo acontece bem embaixo do tapete da sala de estar da grande casa que é a Argentina e ninguém parece reparar (muitos, talvez a maioria por escolha própria). Os vários takes aéreos quase novelescos nos mostram mais ainda essa distância entre a viva cidade e os porões claustrofóbicos e mal iluminados. Falando nisso, as cores perdem a vida no subsolo, assim como as pessoas arrastadas para lá, e a montagem do filme deixa essa dicotomia bem clara com cortes de doer os olhos da escuridão e tons obscuros da tortura para as cores intensas e a claridade do cotidiano argentino.
É um daqueles filmes que leva a pensar que precisamos urgentemente de mais cinema autoral, já que dá gosto de ver como pequenas coisas, pequenas fugas do padrão hollywoodiano já conseguem deixar um longa muito mais interessante. Muito bom!
Francis Ford Coppola - O Apocalipse de um Cineasta
4.4 90Normalmente não sou muito fã de documentários.. Mas alguns chamam a minha atenção (como foi o caso de Atomic Cafe, genial) e esse, que valeu cada segundo.
Já sabia da existência dele e fui rever Apocalypse Now, dessa vez na verdade a versão Redux, e logo em seguida fui ao documentário... É impressionante ver quanto esforço é necessário para que uma ideia se torne realidade, de uma forma tão impecável quanto ficou o filme no final das contas... Apesar de todos os problemas, e de quaaase desistir de muitas formas, graças aos deuses do cinema esse filme foi feito! Obra prima!
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraQue filme... Desde a música perfeita dos Doors no início, que se repete depois de forma brilhante, passando pela fotografia e atuações, é todo muito bom!
Por ser um drama psicológico, acho que as metáforas devem ser exaltadas, como a trilha selva adentro pelo rio, que leva ao mesmo tempo os homens a perderem a humanidade e se tornarem selvagens... Isso é visível pelas vestimentas que vão se deteriorando, pelo barco que ganha folhas secas no lugar da lona, das pinturas faciais e da natureza tomando conta tanto do físico quanto do mental e espiritual daqueles homens
Cada vez mais distantes das batalhas com as tecnologias da guerra e mais perto das origens do homem, eles se vêem em uma jornada espiritual que tem seu auge no ritual
onde um boi é sacrificado, posto lado a lado com a morte de Kurtz, não por uma bala, mas também com um facão, enquanto "This is the end" atinge seu auge e nos deixa sem respirar, observando Willard se entregando totalmente à loucura, ou melhor, ao horror.. Ele sai e é louvado pelos fanáticos, mas não assume a posição do coronel e simplesmente sai vagando, com o rádio do barco desligado. Ele não sabe onde vai, mas com certeza não é para casa. Um homem não entra duas vezes no mesmo rio pois o rio está sempre em movimento, mas também porque o homem nunca é o mesmo. Não sei nem se ele é ainda um homem, ou se agora está mais próximo do coronel, com sua alma e mente despedaçados...
Enfim, não é apenas um filme sobre guerra. É um filme sobre o vórtex de loucura do Homem. Genial.
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraFoi muito bom ver esse filme numa sala lotada de estudantes de seus vinte e poucos anos em um cineclube *-*
Viver a Vida
4.2 391Digam o que quiserem, mas a Nouvelle Vague é estilosa demais! Desde o ar de paris, até as roupas e os trejeitos dos atores...
O estilo não está só no mise-en-scene, mas também na direção, montagem, fotografia... O que eram aqueles diálogos com a câmera sempre pelas costas dos personagens? Ou então aqueles cortes junto com os tiros da metralhadora no meio do movimento de câmera?? Se existe inovação no cinema, com certeza é isso!
As pessoas falando e o espectador não conseguindo ver o rosto de nenhuma pois um dos atores parou de costas exatamente na frente da câmera, tapando o rosto do outro me deu uma raiva... Que se completou com a trilha sonora toda cortada em horas estranhas... É, para assistir a um filme desses tem que estar sabendo da proposta de quebrar as regras daquele momento! Um desprevenido pode achar que são falhas, mas são exatamente boas cutucadas no status quo cinematográfico...
E ah, só eu achei estranhíssimo filmar uma cena dentro de um cinema pelo lado da sala? hahahaha
Enfim, além de todos esses experimentalismos pensados, o roteiro existencialista é genial, claro, o que gerou cenas como a da leitura de Poe ou a do café com o senhor.. Com certeza, com todas essas características (e a cena da dança na sala com as mesas de bilhar), esse é um dos filmes que mais tem a cara do momento e do movimento do novo cinema francês, dentre os que eu vi até agora
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraOs cinemas estão precisando desesperadamente de um Nolan assim
Os Embalos de Sábado à Noite
3.4 663 Assista AgoraUma estrela pela trilha sonora, uma pelo nome do personagem principal, uma pelo John Travolta dançando e palmas pelo microfone no espelho
A Princesa Prometida
3.7 327 Assista AgoraQue filme!! Monty Python feeede hahaha adorei
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista Agora<3
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraÉ disney ou é pixar?? muuito bom!!! adorei os detalhes, e as zueiras com outros filmes.. "let it go" hahaha... nao sei como ficou dublado, mas as piadas no original ficaram bem massa
Curti eles finalmente colocando coisas da nova geração, uso constante de smartphones mesmo por gente distraída na rua, ou falar de apps... tava demorando!
A única coisa que achei que não combinou foi a voz da preguiça, no trailer q vi dublado ficou bem melhor... mas isso nao estraga o filme! apesar de cheio de clichês no roteiro, vai, é bom assim, e eu to adorando esse negócio do protagonismo feminino forte, a Judy é uma Rey em forma de coelho *-*
Enfim, apesar de no começo ela me irritar um pouco, com um tom que lembrava mto a felicidade no Divertidamente, sempre otimista e tal, ela acabou me conquistando e nao contive as lágrimas quando
ela foi se desculpar É TÃO FOFA! hahaha
Bela animação!
O Dia que Durou 21 Anos
4.3 226Muito Além do Cidadão Kane é bem melhor!
O Cheiro do Papaia Verde
3.8 53 Assista AgoraA fotografia e os movimentos de câmera são demais! O diretor não precisa de palavras para contar a história e mostrar os sentimentos, só de um tempo mais longo que o cinema ocidental, imagens e som.
Aos céticos: o cinema é muito mais do que só Hollywood!
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraFazia tempo que não via nada em stop motion tão bem conduzido... Acho que desde Team America (esse na pegada da zueira, e completamente diferente claro) inclusive lembrei da cena de sexo quando rola em Anomalisa, são dois extremos, um de humor escrachado, o outro uma das representações mais sensatas de relações sexuais que já vi no cinema... Ambos com bonecos.
Duas peculiaridades me chamaram atenção no começo do filme: Primeiro, os traços do rosto dos personagens que imagino deva servir para facilitar a modelagem para as expressões, que pensei ser proposital (e o filme me provou correto) já que provavelmente da pra esconder aquilo sem mtos problemas. Isso fez com que todos tivessem uma máscara, não diferente da realidade. Depois, claro, as vozes todas iguais, inclusive das mulheres... Foi uma sacada muito criativa, é difícil ver coisas assim atualmente... E faz lembrar de um clássico escrito por Kaufman, Quero ser John Malkovich, com todas as caras iguais.. no caso ele brincou de forma espetacular com a voz - inclusive no final
a boneca japonesa canta com uma voz feminina, e é só o que resta do sonho de Stone de ter alguém diferente, uma boneca sexual.
E ah, impossível não lembrar de Mary & Max, devido à técnica e a tamanha humanidade de ambos os filmes.
Ponto Final: Match Point
3.9 1,4K Assista AgoraQue filme! Queria ter lido Crime e Castigo para ter a base que Woody Allen teve para fazer essa obra e mais conhecimento sobre óperas...
Uma coisa me deixou intrigado: a trilha sonora inteira é constituída por ópera, cuja sonoridade parece vir sempre de um disco de vinil. Fora isso, o filme é silencioso. A adição delas que condizem com o momento vivido pelos personagens no tempo certo, e a exclusividade delas é algo que só Woody poderia pensar em fazer
Fazia tempo que não via nenhum dele e gostei muito da forma como ele movimenta a câmera, fazendo closes ou expandindo o quadro de forma quase imperceptível, ao mesmo tempo que normalmente deixa a cena se desenvolver por bastante tempo sem cortes. Isso e o silêncio remetem um pouco ao teatro, que junto aos sopranos e tenores nos momentos exatos constituem essa homenagem às artes e à literatura
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraA transição da divisão expectativa/realidade só pra realidade mostrando pro espectador
o que Tom havia visto que o tinha deixado tão assustado
Ainda tecnicamente, a edição do filme com esse vai e volta no tempo é genial, mostrando diferentes fases de um relacionamento de um ângulo bem interessante, e isso ajuda o diretor a construir um argumento sem precisar de palavras, como na cena que
Tom brinca com as torneiras que não funcionam e Summer nem liga, passando para ambos se divertindo com a brincadeira meses antes
Em quesito de roteiro mesmo, talvez por eu ter passado por um relacionamento um pouco menor que o deles recentemente, eu leia o filme pensando no que aconteceu comigo, e nossa como encaixa perfeitamente... O que é muito bom, pois assim consigo ver de fora, é como se o filme fosse o 'fantasma do natal passado' me levando para ver o que ambos fizeram de errado...Claro que no final ele passa a mensagem que
todo mundo já sabe, quando algo acaba, eventualmente vamos achar alguém que nos desperte o interesse por ai.. é um feel good afinal de contas... mas é otimista demais, tudo acontece mto rápido - depois que passa a bad claro - e dá a sensação de continuidade na metáfora das estações, como se quando um relacionamento acaba, outro está por vir.
[Perdão pelo textão, desabafei, acho hahaha]
Sunshine: Alerta Solar
3.4 363 Assista AgoraVi algumas vezes, quase sempre aos pedaços, mas lembro de gostar muito.. passava direto no FX, e na época eu via muita tv haha... tenho que rever, mas lembro que tem cenas visualmente lindas, e uma bela trilha
Os Selvagens da Noite
4.0 597 Assista AgoraAvaliei bem pela quantidade de pérolas que tem nesse filme haha mto bom
Personal Che
4.1 24Esse documentário explodiu minha cabeça. Não por falar dos vários mitos de Che, eu já sabia que ele era um personagem histórico interessante nesse aspecto, mas por me fazer pensar no aspecto pós-moderno que a história toma nos nossos dias.
Estamos numa época em que as interpretações e a simbologia, e a construção de uma metáfora muitas vezes se sobrepõe aos fatos em si.. Quem usa a imagem de Guevara no peito não concorda necessariamente com os ideais dele durante a guerrilha, e sim com a imagem de oposição e resistência.
Eu faço história, e agora estou mais perdido que nunca.. afinal, como é dito em Her, "o passado é só uma história que contamos a nós mesmos"? Os fatos históricos, que aconteceram, nunca mais podem ser analisados sem interferências externas por quem não estava presente no momento em que ocorreram? Qual é o objeto de estudo da história afinal de contas, os fatos ou as diversas interpretações que existem sobre eles?
A Grande Beleza
3.9 463 Assista Agoracinema italiano <3
C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
4.2 712Genial. Simples e suave e ao mesmo tempo intenso e tratando de questões pesadas como religiosidade, drogas e orientação sexual, além da rebeldia das diversas partes da vida, uma mais confusa que a outra, regadas às melhores trilhas sonoras de Jefferson Airplane à Bowie, passando por muito Pink Floyd.
Um feel good que te faz identificar com pelo menos algum dos aspectos da trama, e te deixa pensando naquilo que já fez parecido com o que vê em cena, ou com aquilo que não fez (e quem sabe deveria ter feito)
A certa altura do filme me peguei pensando 'mas onde eles querem chegar?' e depois de terminar de assistir, lembrei que é construída uma imagem de uma parte da vida daquelas pessoas, e assim como a vida, não tem um sentido claro, o que mais conta realmente é a viagem.
O Bando à Parte
4.1 211Esse foi bom, mas no geral não gosto mto dos filmes do Godard.. se tratando de nouvelle vague prefiro Trouffaut, mas não tem como negar que ambos são estilosos pra caramba!
P.S o que Os Sonhadores fez foi inacreditável, e aliás foi o que me levou a ver esse clássico!