A câmera do De Palma com a trilha do Morricone ficaram excelentes juntas. Quando fui ver sem ter ido atrás de nada, achava que o outro lado é que seriam os "intocáveis" do título,
e até a metade do filme fiquei achando que tudo estava dando muito certo, que os mocinhos iam vencer dos bandidos de qualquer forma. O ruim é que eu não estava totalmente errado...
Isso me fez lembrar de "Mr. Smith Goes to Washington" de Frank Capra, inclusive com semelhanças até físicas entre os personagens principais, com essa pegada de bom moço que quer o bem e é impossível de corromper... Com isso, o longa acaba ficando por vezes até engraçado, quando extrapola os heroísmos (e aí a trilha do Morricone encaixa tão bem na ideia que faz parte da piada), De Palma é um puta diretor, e como eu gostei do filme no geral, em especial as cenas que se tornaram clássicas como a do carrinho de bebê em clara homenagem à Eisenstein em "O Encouraçado Potemkin", dei uma boa nota. É um filme bem legal de máfia, mas que mostra o lado cor-de-rosa dos mocinhos, ao invés da podridão que o próprio DeNiro vive em vários do Scorsese. Deve ser visto, mas não de forma inocente.
Belo filme com belas metáforas. Faz a gnt lembrar que existem outros tipos de animação além daquelas que todo mundo já está acostumado, e que um filme não precisa de palavras para ser totalmente compreendido.. Os personagens se expressam com clareza e as coisas acontecem de tal forma que a união da imagem e do som apresentados faz nossos sentimentos aflorarem
O uso das cores nesse filme é uma loucura. Toda a fotografia é excelente na verdade, claro, mas a harmonia da contraposição constante do verde com o vermelho, opostos na roda das cores, e os objetos em azul gritante que surgem em momentos-chave nos quais Amelie aparece, podendo nos levar a uma interpretação de que ela, assim como eles, é um ponto fora da curva, é um destaque, é aquilo que nos chama atenção. A trilha sonora é genial, desde Morricone não vejo a sonoridade se encaixar tão perfeitamente em um filme dessa forma. O uso do silêncio para criar tensão e aguçar a visão do espectador também é muito bem feito. Belo filme, com aspectos técnicos extraordinários e uma história e personagem apaixonantes. É um filme feel good que sempre estará lá quando você precisar
Traaash até o limite! tive o prazer de ver esse filme em um cineclube na minha faculdade, num auditório lotado, e como é bom rir junto de todo aquele clichê de terror anos 80, e tb dos efeitos que hj em dia parecem extremamente toscos... O melhor foi quando todos aplaudiram uma cena no meio do filme, e o final! Se eu tivesse visto sozinho, seria só mais um terror anos 80 talvez
O preto e branco, os silêncios e as câmeras fixas marcam o passo melancólico do filme, assim como os enquadramentos, sempre sufocando, minimizando, deixando as personagens impotentes em algum canto da tela.
Para o meu gosto pessoal, não sou muito fã dessa estratégia de praticamente só colocar música quando ela está realmente no ambiente (como os toca-discos ou a banda) pois a sonoridade é um elemento fundamental para se contar uma história, e para dar mais fluidez a um filme. No entanto, nesse filme, o silêncio coube como expressão artística da mensagem que se queria passar.
cara... a proposta é massa, o filme tem um estilo de câmera e edição bem próprios, mas o roteiro e a atuação... nossa... a fala mais real que eu ouvi foi uma criança gritando "se fudeu, tio!" e esse quê de querer repetir a receita do sucesso do Cidade de Deus, de uma narrativa não linear, narrador personagem principal e com freeze frame pra começar a contar a história de alguma coisa e tal me irrita um pouco... Poderia ser um filme muito bom, mas acabou parecendo os capítulos finais de uma novela mais ou menos boa Mas o final foi até bem massa, teria sido muito foda se o resto do filme tivesse cooperado
Durante todo o filme só consegui pensar em um nome: Ennio Morricone. 1900 é, para mim, a imagem do compositor, com o feeling para criar músicas para personagens, situações e sentimentos em tantos filmes tão diferentes em que ele já trabalhou. Pensando nisso, o filme toma proporções maiores do que apenas o retrato de uma lenda, e passa a ser uma ode a um dos maiores, se não o maior compositor que o cinema já teve.
, e com as paredes falando o tempo todo, direcionando o espectador para uma linha narrativa por meio principalmente de cartazes de filmes clássicos nos estúdios. Acho que o roteiro poderia ser melhor, se jogando de cabeça no mundo da indústria do cinema como faz A Noite Americana de Truffaut, mas mesmo assim é bem legal
que no começo é a toxina liberada pelo governo para acabar com uma praga, e no final um terremoto
... A beleza do filme está na simplicidade somada à complexidade dos assuntos tratados, e o subtítulo da tradução no brasil pegou bem essa ideia, são realmente cenas da vida.
Esse early Kubrick me cheira muito a um Hitchcock hahaha.. é um dos únicos, se não o único filme do diretor que se eu não soubesse quem senta na cadeira princial, talvez me surpreendesse ao descobrir que era ele
Apesar disso, eu vejo Lolita com uma pegada de Dr. Strangelove - ainda mais quando se trata da atuação de Sellers - e o filme que primeiramente parece ser sério, com um assunto tão pesado, por vezes me fez rir,
como em uma das últimas cenas há uma recorrente inversão de papéis de homem/menina, "pai"/filha entre Humbert e Lolita, quando a imaturidade toma conta do primeiro e ele não consegue fazer nada além de chorar, e então da tudo que tem a Lolita e sai correndo sem dizer mais nada, como uma criança faria quando descobre que não pode ter o que quer.
Genial em todos os aspectos. Desde a sonoridade espetacular de Morricone até os shots belíssimos de Leone, entre as metáforas de cada cena e as cores que se transformam em cada período da vida de Noodles, chegando ao uso de uma música amplamente conhecida como Yesterday (ou ainda mais perto do fim, apenas a lembrança dela com algumas notas ao fundo para contar a história) o diretor cria uma obra-prima. Confesso que demorei para assistir com medo do tamanho, mas as horas voam como minutos por diversos motivos, como o envolvimento com o roteiro ou as sensações proporcionadas pela trilha de Morricone. As atuações são belíssimas, como não poderia deixar de ser com o mestre DeNiro.. só senti um pouco de falta da figura do Pesci, mas por outro lado acho que esperei demais dele depois de ver Goodfellas. Para os filmes de Leone, com certeza "a idade não envelhece", e acho que antes de falar bem ou mal de algum filme, deve-se passar antes por ele, dentre os outros mestres.
Sabe quando vc vai ver um filme achando que ele tem um estilo praticamente oposto do que ele realmente tem? Então, isso aconteceu comigo nesse.. por algum motivo achava que seria tipo The Game ou Hodejegerne, por isso talvez não tenha me cativado tanto.. apesar dessa coisa pessoal, é um bom filme
Deadpool sendo Deadpool! que bom que cumpriram as expectativas que estavam dando com a publicidade, e fizeram um filme 18 anos com o humor nonsense dos quadrinhos
É uma proposta genial, realizada, ou melhor, orquestrada de maneira também genial.. estar no controle de tantos atores e figurantes, cada um com um figurino e uma maquiagem que condiziam com a época que era retratada, em um único plano-sequência não é para qualquer diretor. Em meio a essa grandiosidade, de história e de linha narrativa, no entanto, o personagem subjetivo com o qual percorremos o Hermitage e aquele que o acompanha poderiam ter sido melhor explorados, para que houvesse uma ligação emocional entre eles e os espectadores.. mas isso, quem sabe, já seria pedir um pouco demais em meio às orquestras ao vivo e ao preciosismo que deveria ser dado a cada cena pelos atores para que a filmagem sem cortes não fosse comprometida Fora isso, é um belo filme em muitos sentidos.
Iñárritu acerta de novo! É um épico, com traços de Malick na conversa com a natureza, Kubrick com a opção pela iluminação exclusiva natural, e de certa maneira Tarantino com o peso das cenas envolvendo violência.. E ah, ele próprio com o estilo Arca Russa, com belos planos-sequências! Com certeza não é um filme para qualquer um, e algumas passagens podem parecer um tanto lentas para um público acostumado com a rapidez atual. Entretanto, isso funciona muito bem na proposta do filme. Os shots clássicos de westerns com a natureza gigante transformando o homem em meio a ela em um inseto que vaga sem rumo aliados aos closes intensos mostrando o sofrimento principalmente do personagem de DiCaprio parecem ao mesmo tempo conseguir um balanço e uma contradição que é feita com maestria. Algumas passagens em particular, como a câmera embaçada pelo hálito bufante que faz a transição para as nuvens acima das montanhas é algo que eu particularmente achei genial e nunca tinha visto ser feito antes Sinceramente pelos trailers e sinopses, apesar de ser um Iñárritu eu não estava com uma expectativa muito alta, porém talvez isso me fez ter uma experiência ainda melhor ao assistir essa bela obra! Tá ai um diretor que vale a pena ser considerado um dos grandes atualmente.
O filme foi lançado em 1945, portanto produzido durante a guerra.. fico imaginando a reação do público, em especial o italiano, a essa obra quando foi lançada.. todos aqueles sentimentos fortes e memórias ainda extremamente frescas do que passaram durante anos representado de tal forma por Rossellini devem ter criado uma experiência talvez inédita para os espectadores. Atualmente continua forte, apesar de a maioria já estar acostumada com a representação da SS no cinema, e de toda a perseguição, principalmente pelo fato de ser um filme italiano, e novamente, produzido naquele período. Faz o espectador refletir, independente do ano.
Bom, com uma edição interessante, quebrando bem a 4ª parede e usando humor ácido pra falar mal de como os bancos fazem todos de trouxa com seus termos complicados e esquemas chatos. Por outro lado meio confuso, principalmente devido as traduções de termos bancários e econômicos que dificulta (ainda mais) o entendimento do que está acontecendo, apesar das cenas engraçadinhas para explicar 'what the fuck' eles estavam falando Enfim, acho que a sessão deveria ter Capitalism: A Love Story do Michael Moore passando antes, e Zeitgeist logo depois, ai sim o espectador teria sua mente explodida!
É um filme razoável, que poderia ter explorado muito mais a fundo pelo menos seus personagens principais, e assim fazer com que o publico se identificasse e nutrisse algum sentimento por eles quando eles estivessem em situações ruins; que poderia ter se estendido em algumas partes que foram desnecessariamente curtas; que poderia fazer com que os acontecimentos tivessem repercussões melhores -
como o personagem principal estar sendo drogado e alucinando em uma cena e em outra estar completamente bem...
Tudo isso, e uma coisa que me irrita muito em muitos filmes nacionais que é o mau uso da trilha sonora, mesmo uma boa, que faz ficar parecendo que o filme para do nada e começa um clipe, sem propósito, sem contar uma parte da história, só por exemplo mostrando alguns personagens indo de um lugar ao outro... Por outro lado é bom, e por isso dei 3,5.. pq é um filme nacional que não tem medo de
falar que deus é um delírio e de atirar na imagem de uma santa... que não tem medo de botar alguma violência em tela, e até coisas insanas como as cabeças nos balões de são joão ou a tortura de uma senhora, seguida de sua morte enquanto é queimada viva JUNTO COM A IGREJA
Tudo isso faz desse filme um verdadeiro Mad Max do cerrado, e no final das contas é um filme de razoável pra bom, mas que poderia ter sido um ótimo...
É impressionante como um filme de 1925 consegue prender tanto a atenção do espectador. É tudo muito intenso, e a música tem um papel essencial para construir a narrativa. Claro, parece muito o que seria a adaptação do manifesto comunista para o cinema, mas até ai é difícil querer fugir disso, na Rússia daquele momento.. Mas deixando de lado posicionamentos políticos atuais e apreciando a obra como arte, ou como documento histórico, essa é simplesmente genial.
O que me deixou boquiaberto foi a surpresa da bandeira vermelha (essa cor forte e simbólica para o comunismo) que é erguida no Potenkim quando a cidade apoia a revolta dos marinheiros.. O fato de pensar e pintar a mão, quadro a quadro, uma bandeira que tremula ao vento só para passar uma mensagem forte, já diz muito sobre o diretor.
Os Intocáveis
4.2 841 Assista AgoraA câmera do De Palma com a trilha do Morricone ficaram excelentes juntas. Quando fui ver sem ter ido atrás de nada, achava que o outro lado é que seriam os "intocáveis" do título,
e até a metade do filme fiquei achando que tudo estava dando muito certo, que os mocinhos iam vencer dos bandidos de qualquer forma. O ruim é que eu não estava totalmente errado...
Com isso, o longa acaba ficando por vezes até engraçado, quando extrapola os heroísmos (e aí a trilha do Morricone encaixa tão bem na ideia que faz parte da piada), De Palma é um puta diretor, e como eu gostei do filme no geral, em especial as cenas que se tornaram clássicas como a do carrinho de bebê em clara homenagem à Eisenstein em "O Encouraçado Potemkin", dei uma boa nota. É um filme bem legal de máfia, mas que mostra o lado cor-de-rosa dos mocinhos, ao invés da podridão que o próprio DeNiro vive em vários do Scorsese. Deve ser visto, mas não de forma inocente.
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista AgoraBelo filme com belas metáforas. Faz a gnt lembrar que existem outros tipos de animação além daquelas que todo mundo já está acostumado, e que um filme não precisa de palavras para ser totalmente compreendido.. Os personagens se expressam com clareza e as coisas acontecem de tal forma que a união da imagem e do som apresentados faz nossos sentimentos aflorarem
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraO uso das cores nesse filme é uma loucura. Toda a fotografia é excelente na verdade, claro, mas a harmonia da contraposição constante do verde com o vermelho, opostos na roda das cores, e os objetos em azul gritante que surgem em momentos-chave nos quais Amelie aparece, podendo nos levar a uma interpretação de que ela, assim como eles, é um ponto fora da curva, é um destaque, é aquilo que nos chama atenção.
A trilha sonora é genial, desde Morricone não vejo a sonoridade se encaixar tão perfeitamente em um filme dessa forma. O uso do silêncio para criar tensão e aguçar a visão do espectador também é muito bem feito.
Belo filme, com aspectos técnicos extraordinários e uma história e personagem apaixonantes. É um filme feel good que sempre estará lá quando você precisar
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista AgoraComo eu AMO esse filme! <3
Heróis de Ressaca
3.4 507 Assista AgoraMuito bom! As piadas visuais do Simon Pegg sempre excelentes, e eu não sei pq não esperava
essa virada a lá Drink no Inferno, com esses seres que vieram direto do universo de Doctor Who
Foi bom, me diverti, dei altas risadas \o/
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista AgoraTraaash até o limite! tive o prazer de ver esse filme em um cineclube na minha faculdade, num auditório lotado, e como é bom rir junto de todo aquele clichê de terror anos 80, e tb dos efeitos que hj em dia parecem extremamente toscos... O melhor foi quando todos aplaudiram uma cena no meio do filme, e o final! Se eu tivesse visto sozinho, seria só mais um terror anos 80 talvez
Ida
3.7 439Foi na morte que ela descobriu a (v)ida.
O preto e branco, os silêncios e as câmeras fixas marcam o passo melancólico do filme, assim como os enquadramentos, sempre sufocando, minimizando, deixando as personagens impotentes em algum canto da tela.
Para o meu gosto pessoal, não sou muito fã dessa estratégia de praticamente só colocar música quando ela está realmente no ambiente (como os toca-discos ou a banda) pois a sonoridade é um elemento fundamental para se contar uma história, e para dar mais fluidez a um filme. No entanto, nesse filme, o silêncio coube como expressão artística da mensagem que se queria passar.
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista Agoracara... a proposta é massa, o filme tem um estilo de câmera e edição bem próprios, mas o roteiro e a atuação... nossa... a fala mais real que eu ouvi foi uma criança gritando "se fudeu, tio!" e esse quê de querer repetir a receita do sucesso do Cidade de Deus, de uma narrativa não linear, narrador personagem principal e com freeze frame pra começar a contar a história de alguma coisa e tal me irrita um pouco...
Poderia ser um filme muito bom, mas acabou parecendo os capítulos finais de uma novela mais ou menos boa
Mas o final foi até bem massa, teria sido muito foda se o resto do filme tivesse cooperado
13 Horas - Os Soldados Secretos de Benghazi
3.5 310Bayhem... Bayhem everywhere
A Lenda do Pianista do Mar
4.3 174Durante todo o filme só consegui pensar em um nome: Ennio Morricone. 1900 é, para mim, a imagem do compositor, com o feeling para criar músicas para personagens, situações e sentimentos em tantos filmes tão diferentes em que ele já trabalhou. Pensando nisso, o filme toma proporções maiores do que apenas o retrato de uma lenda, e passa a ser uma ode a um dos maiores, se não o maior compositor que o cinema já teve.
O Jogador
4.0 85 Assista AgoraA metalinguagem desse filme é excelente! Comedida, mas extrapolada em alguns momentos
(como no final)
Acho que o roteiro poderia ser melhor, se jogando de cabeça no mundo da indústria do cinema como faz A Noite Americana de Truffaut, mas mesmo assim é bem legal
Short Cuts: Cenas da Vida
4.0 97Várias histórias separadas, com algumas se esbarrando, com algo em comum para todas
que no começo é a toxina liberada pelo governo para acabar com uma praga, e no final um terremoto
Lolita
3.7 632 Assista AgoraEsse early Kubrick me cheira muito a um Hitchcock hahaha.. é um dos únicos, se não o único filme do diretor que se eu não soubesse quem senta na cadeira princial, talvez me surpreendesse ao descobrir que era ele
Apesar disso, eu vejo Lolita com uma pegada de Dr. Strangelove - ainda mais quando se trata da atuação de Sellers - e o filme que primeiramente parece ser sério, com um assunto tão pesado, por vezes me fez rir,
como em uma das últimas cenas há uma recorrente inversão de papéis de homem/menina, "pai"/filha entre Humbert e Lolita, quando a imaturidade toma conta do primeiro e ele não consegue fazer nada além de chorar, e então da tudo que tem a Lolita e sai correndo sem dizer mais nada, como uma criança faria quando descobre que não pode ter o que quer.
É um bom filme.
Era uma Vez na América
4.3 530 Assista AgoraGenial em todos os aspectos. Desde a sonoridade espetacular de Morricone até os shots belíssimos de Leone, entre as metáforas de cada cena e as cores que se transformam em cada período da vida de Noodles, chegando ao uso de uma música amplamente conhecida como Yesterday (ou ainda mais perto do fim, apenas a lembrança dela com algumas notas ao fundo para contar a história) o diretor cria uma obra-prima.
Confesso que demorei para assistir com medo do tamanho, mas as horas voam como minutos por diversos motivos, como o envolvimento com o roteiro ou as sensações proporcionadas pela trilha de Morricone. As atuações são belíssimas, como não poderia deixar de ser com o mestre DeNiro.. só senti um pouco de falta da figura do Pesci, mas por outro lado acho que esperei demais dele depois de ver Goodfellas.
Para os filmes de Leone, com certeza "a idade não envelhece", e acho que antes de falar bem ou mal de algum filme, deve-se passar antes por ele, dentre os outros mestres.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraSabe quando vc vai ver um filme achando que ele tem um estilo praticamente oposto do que ele realmente tem? Então, isso aconteceu comigo nesse.. por algum motivo achava que seria tipo The Game ou Hodejegerne, por isso talvez não tenha me cativado tanto.. apesar dessa coisa pessoal, é um bom filme
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraDeadpool sendo Deadpool! que bom que cumpriram as expectativas que estavam dando com a publicidade, e fizeram um filme 18 anos com o humor nonsense dos quadrinhos
Sete Psicopatas e um Shih Tzu
3.4 600a metalinguagem e as sequências dos psicopatas são lindas
Arca Russa
4.0 182É uma proposta genial, realizada, ou melhor, orquestrada de maneira também genial.. estar no controle de tantos atores e figurantes, cada um com um figurino e uma maquiagem que condiziam com a época que era retratada, em um único plano-sequência não é para qualquer diretor.
Em meio a essa grandiosidade, de história e de linha narrativa, no entanto, o personagem subjetivo com o qual percorremos o Hermitage e aquele que o acompanha poderiam ter sido melhor explorados, para que houvesse uma ligação emocional entre eles e os espectadores.. mas isso, quem sabe, já seria pedir um pouco demais em meio às orquestras ao vivo e ao preciosismo que deveria ser dado a cada cena pelos atores para que a filmagem sem cortes não fosse comprometida
Fora isso, é um belo filme em muitos sentidos.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraIñárritu acerta de novo! É um épico, com traços de Malick na conversa com a natureza, Kubrick com a opção pela iluminação exclusiva natural, e de certa maneira Tarantino com o peso das cenas envolvendo violência.. E ah, ele próprio com o estilo Arca Russa, com belos planos-sequências!
Com certeza não é um filme para qualquer um, e algumas passagens podem parecer um tanto lentas para um público acostumado com a rapidez atual. Entretanto, isso funciona muito bem na proposta do filme.
Os shots clássicos de westerns com a natureza gigante transformando o homem em meio a ela em um inseto que vaga sem rumo aliados aos closes intensos mostrando o sofrimento principalmente do personagem de DiCaprio parecem ao mesmo tempo conseguir um balanço e uma contradição que é feita com maestria.
Algumas passagens em particular, como a câmera embaçada pelo hálito bufante que faz a transição para as nuvens acima das montanhas é algo que eu particularmente achei genial e nunca tinha visto ser feito antes
Sinceramente pelos trailers e sinopses, apesar de ser um Iñárritu eu não estava com uma expectativa muito alta, porém talvez isso me fez ter uma experiência ainda melhor ao assistir essa bela obra! Tá ai um diretor que vale a pena ser considerado um dos grandes atualmente.
Roma, Cidade Aberta
4.3 119 Assista AgoraO filme foi lançado em 1945, portanto produzido durante a guerra.. fico imaginando a reação do público, em especial o italiano, a essa obra quando foi lançada.. todos aqueles sentimentos fortes e memórias ainda extremamente frescas do que passaram durante anos representado de tal forma por Rossellini devem ter criado uma experiência talvez inédita para os espectadores.
Atualmente continua forte, apesar de a maioria já estar acostumada com a representação da SS no cinema, e de toda a perseguição, principalmente pelo fato de ser um filme italiano, e novamente, produzido naquele período. Faz o espectador refletir, independente do ano.
A Grande Aposta
3.7 1,3KBom, com uma edição interessante, quebrando bem a 4ª parede e usando humor ácido pra falar mal de como os bancos fazem todos de trouxa com seus termos complicados e esquemas chatos.
Por outro lado meio confuso, principalmente devido as traduções de termos bancários e econômicos que dificulta (ainda mais) o entendimento do que está acontecendo, apesar das cenas engraçadinhas para explicar 'what the fuck' eles estavam falando
Enfim, acho que a sessão deveria ter Capitalism: A Love Story do Michael Moore passando antes, e Zeitgeist logo depois, ai sim o espectador teria sua mente explodida!
Reza a Lenda
2.6 303É um filme razoável, que poderia ter explorado muito mais a fundo pelo menos seus personagens principais, e assim fazer com que o publico se identificasse e nutrisse algum sentimento por eles quando eles estivessem em situações ruins; que poderia ter se estendido em algumas partes que foram desnecessariamente curtas; que poderia fazer com que os acontecimentos tivessem repercussões melhores -
como o personagem principal estar sendo drogado e alucinando em uma cena e em outra estar completamente bem...
Tudo isso, e uma coisa que me irrita muito em muitos filmes nacionais que é o mau uso da trilha sonora, mesmo uma boa, que faz ficar parecendo que o filme para do nada e começa um clipe, sem propósito, sem contar uma parte da história, só por exemplo mostrando alguns personagens indo de um lugar ao outro...
Por outro lado é bom, e por isso dei 3,5.. pq é um filme nacional que não tem medo de
falar que deus é um delírio e de atirar na imagem de uma santa... que não tem medo de botar alguma violência em tela, e até coisas insanas como as cabeças nos balões de são joão ou a tortura de uma senhora, seguida de sua morte enquanto é queimada viva JUNTO COM A IGREJA
Tudo isso faz desse filme um verdadeiro Mad Max do cerrado, e no final das contas é um filme de razoável pra bom, mas que poderia ter sido um ótimo...
O Encouraçado Potemkin
4.2 343 Assista AgoraÉ impressionante como um filme de 1925 consegue prender tanto a atenção do espectador. É tudo muito intenso, e a música tem um papel essencial para construir a narrativa. Claro, parece muito o que seria a adaptação do manifesto comunista para o cinema, mas até ai é difícil querer fugir disso, na Rússia daquele momento.. Mas deixando de lado posicionamentos políticos atuais e apreciando a obra como arte, ou como documento histórico, essa é simplesmente genial.
O que me deixou boquiaberto foi a surpresa da bandeira vermelha (essa cor forte e simbólica para o comunismo) que é erguida no Potenkim quando a cidade apoia a revolta dos marinheiros.. O fato de pensar e pintar a mão, quadro a quadro, uma bandeira que tremula ao vento só para passar uma mensagem forte, já diz muito sobre o diretor.
Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu
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