Gordon-Levitt pode atuar e há uma possibilidade de que também possa dirigir. Mas não há evidências em Don Jon que ele possa fazer os dois ao mesmo tempo.
Engraçado, doce. Allen interpreta uma versão colarinho-azul de sua própria persona e tem envolvidas no processo duas das mais engraçadas mulheres da América, Tracey Ullman e Elaine May, raramente vistas em filmes. Há que se admirar como o elenco de apoio tem diálogos acentuados, afiados - diferente do que é, frequentemente, o caso em comédias (onde as estrelas conseguem as melhores linhas) - e a lição à espreita, em algum lugar, de como o dinheiro não compra a felicidade e perdê-lo pode sair até mais caro. Considerados estúpidos como eles podem ser, as personagens de Small Time Crooks, mesmo assim, me parecem mais inteligentes, ousados e mais originais do que multidões em tantas novas comédias por aí.
Hollywood Ending pode ser um filme pequeno, mas Allen está tão à vontade que as virtudes desse filme não poder ser superestimadas. Inspiradíssimo e um dos melhores personagens de Allen, sem dúvidas.
Marcou um retorno satírico, sentimental e satisfatório de Allen aos seus dias de Annie Hall, Manhattan e Stardust Memories. Pode não estar entre os grandes destaques de sua filmografia e nem ter a coragem dos filmes citados acima, mas até mesmo os mais repetidos diálogos escritos por Allen são mais interessantes do que a maioria dos filmes americanos da época e atuais. É um prazer ouvir pessoas inteligentes cujas conversas soam como um tipo de música cômica.
Medem gosta de brincar com a mente de seus espectadores, e ele é bom nisso. Ele pode ter despido quase todo o seu elenco, deixando seus corpos expostos, mas o enredo continua tão protegido quanto uma virgem com cinto de castidade. Ele força seus personagens e sua audiência a lutar com a diferença entre sexo e intimidade; a perceber alguns buracos do universo - e por isso, Lucía Y El Sexo é uma experiência intoxicante-.
Frances Ha é uma carta de amor de Baumbach para Gerwig; e como todas as cartas de amor que não são nossas, é íntimo, piegas, e de alguma forma vital, incognoscível. É uma saudação em preto e branco ao Nouvelle Vague - até na trilha, emprestada por George Delerue, compositor de muitos filmes de Truffaut e Godard - que consegue ser recente, atual. É sobre um momento específico na vida, quando o tumulto repentino da auto-definição pode fazer as pessoas parecerem cruéis, malucas ou ressentidas. É a marca de um bom filme quando consegue ser simples, a ponto de você resumi-lo em uma frase, e ainda assim de uma profundidade que você o pensa e repensa por dias após os créditos.
Enquanto Frances dança, literalmente, seu caminho pelas ruas de NY, você simplesmente sorri e sabe que ela vai ficar bem. Ela vai descobrir como ser o adulto que ela tem que ser.
Até quem nunca leu Austen, sentirá que há algo muito errado com esse filme, até mesmo antes de uma cena nua que teria feito a autora se esconder debaixo de uma mesa.
Previsível e falho, de fato. Mas tem seu mérito por respeitar os desejos de uma mulher e colocá-los frente à família sem nos oferecer algum juízo moral ou fantasia masculina.
Como a própria rainha Victoria supostamente teria dito: "We are not amused." Só prova o quão maçante esse cinema de legados britânicos pode ser quando alinhado ao mercado de exportação. A forma como a história é contada - sem se preocupar muito com precisão factual - dá a impressão que alguém está por ali narrando cartas, enquanto nós olhamos uma bela mobília.
O diretor não pareceu ter confiança para ir além da norma. Seu roteiro comovente e peculiar acaba por se transformar em um conto de fadas decepcionantemente convencional.
Quo Vadis é um super espetáculo em todos os sentidos da palavra. No entanto, a principal razão para re-assistir às suas 3 horas, continua sendo a marcante contribuição de Ustinov como Nero.
Visualmente extraordinário. Ladrão de Sonhos é uma fantasia incrivelmente surreal, uma fábula sobre desejo e perigo; de feitos heróico e bravura, ambientado em um mundo único e brilhantemente idealizado. Caro e Jeunet entregam um deleite cinematográfico.
Melhor escrito que dirigido - do último sofre um tratamento excessivamente artificial e termina desesperado por risadas através de uma corrida de kart -. Uma pena que o papel que Allen escreveu para si tenha ido para Sellers, que está, dessa vez, intermitentemente engraçado.
O que é absolutamente impressionante são os efeitos visuais: as horas de aliens, a nave-mãe, a mistura perfeita do real com o fantástico. Distrito 9 faz um monte de coisas certas, nos dando aliens para nos lembrar que nem todo mundo que vem de uma nave espacial (ou de qualquer outro lugar da terra ou do universo) precisa ser angelical, ter 8 pernas e ser feito de aço inoxidável. Um ótimo comentário social.
Como em nenhum de seus outros filmes, a atitude de Coppola parece equívoca, incerta. Há, talvez, uma pitada de crítica social, mas é como se ela estivesse muito 'em casa' nesse mundo que ela retrata para oferecer uma crítica recompensadora do mesmo. Ela nem explica, nem desculpa, nem exalta, nem esfola - o que seria bom - esses personagens, mas também não os examina. Talvez o erro esteja no sentido mundano de sublinhar que estas eram apenas crianças estúpidas, fúteis, rasas; típicas da Califórnia. Mas a vaidade é um alvo difícil, delicado. Se você o erra, você e sua arte correm o risco de parecerem tão vaidosas e sem rumo quanto.
No fim, as melhores notas vão mesmo para o elenco por entregar essas personagens exatamente como pretendido: superficiais, idiotas, imprudentes, irresponsáveis, egocêntricas e extremamente irritantes, a ponto de você querer escalar a tela e cair no set só pra poder as esbofetear o quanto e enquanto puder.
Uma fatia visionária de experiência visceral. Proyas monta suas inspirações com uma mistura originalíssima do poder do mito e da exploração dos medos e desejos de nosso inconsciente coletivo. Ele inunda a tela com referências literárias e cinematográficas que vão de Murnau e Lang a Kafka e Orwell, criando um mundo único e completamente convincente. É aquele tipo de experiência que nenhum amante do cinema deve perder, porque mesmo que se visto agora, 15 anos após ter sido concebido, não é como se ele não tivesse existido antes, mas como se tivesse vagado pelas sombras por todo esse tempo. O que conta aqui é o mundo criado por um cineasta que entende e conhece de ficção científica e fantasia, de passado e presente, e que quer compartilhar seu amor por todas essas coisas com você. Se você não se apaixonar por esse filme, você - provavelmente- não se apaixonou por nenhum outro. E nem irá.
Suspense inteligente, amparado por três grandes atuações. Cortés pisa em algumas notas dissonantes - notavelmente durante seu final exagerado e exageradamente explicado - mas na maior parte do tempo, Red Lights prova que sua cinematografia de prestidigitação é assustadoramente boa. Um esforço corajoso de Cortés que, timidamente, aborda a diferença entre ver e acreditar, independente se a ilusão está em um palco ou em uma tela.
Perdeu toda a sua carga transgressora, juntamente com seus elementos surpresa e a inabalável convicção de seus heróis. Dessa vez, é como se a sátira sobre a violência na sociedade tivesse se tornado completamente sardônica e o estúdio tivesse forçado os envolvidos a fazer um filme super convencional. Como fã babona do original, vejo que o que Vaughn e Goldman conseguiram pisar delicadamente na corda bamba e satisfazer as fantasias de muitos fanboys enquanto Jeff Wadlow só fez cair dessa corda. Ele estabelece uma premissa e a segue sem nenhum compromisso e no fim, a viagem não vale realmente a pena; as coisas não são mais tão divertidas, apenas agravantes.
Definitivamente, Kick Ass 2 não chuta a bunda de ninguém. Volta, Matthew Vaughn?
E ninguém riu. Polanski estava, evidentemente, tentando tirar um sarro dos filmes de terror e esqueceu-se que, em linha reta, os filmes de terror são mais engraçados - de maneira bem inconsciente - que horripilantes. Tem seu mérito, no entanto, pela elaboração, elegância e inspiração.
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraGordon-Levitt pode atuar e há uma possibilidade de que também possa dirigir. Mas não há evidências em Don Jon que ele possa fazer os dois ao mesmo tempo.
Trapaceiros
3.5 142 Assista AgoraEngraçado, doce. Allen interpreta uma versão colarinho-azul de sua própria persona e tem envolvidas no processo duas das mais engraçadas mulheres da América, Tracey Ullman e Elaine May, raramente vistas em filmes. Há que se admirar como o elenco de apoio tem diálogos acentuados, afiados - diferente do que é, frequentemente, o caso em comédias (onde as estrelas conseguem as melhores linhas) - e a lição à espreita, em algum lugar, de como o dinheiro não compra a felicidade e perdê-lo pode sair até mais caro. Considerados estúpidos como eles podem ser, as personagens de Small Time Crooks, mesmo assim, me parecem mais inteligentes, ousados e mais originais do que multidões em tantas novas comédias por aí.
Dirigindo no Escuro
3.6 209 Assista AgoraHollywood Ending pode ser um filme pequeno, mas Allen está tão à vontade que as virtudes desse filme não poder ser superestimadas. Inspiradíssimo e um dos melhores personagens de Allen, sem dúvidas.
Igual a Tudo na Vida
3.3 213 Assista AgoraMarcou um retorno satírico, sentimental e satisfatório de Allen aos seus dias de Annie Hall, Manhattan e Stardust Memories. Pode não estar entre os grandes destaques de sua filmografia e nem ter a coragem dos filmes citados acima, mas até mesmo os mais repetidos diálogos escritos por Allen são mais interessantes do que a maioria dos filmes americanos da época e atuais. É um prazer ouvir pessoas inteligentes cujas conversas soam como um tipo de música cômica.
O Último Amor de Mr. Morgan
3.8 185 Assista AgoraNão acontece muito em Last Love, mas há um certo impacto - bonito, até - nas conexões desenhadas entre almas solitárias.
Lúcia e o Sexo
3.7 216Medem gosta de brincar com a mente de seus espectadores, e ele é bom nisso. Ele pode ter despido quase todo o seu elenco, deixando seus corpos expostos, mas o enredo continua tão protegido quanto uma virgem com cinto de castidade. Ele força seus personagens e sua audiência a lutar com a diferença entre sexo e intimidade; a perceber alguns buracos do universo - e por isso, Lucía Y El Sexo é uma experiência intoxicante-.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraFrances Ha é uma carta de amor de Baumbach para Gerwig; e como todas as cartas de amor que não são nossas, é íntimo, piegas, e de alguma forma vital, incognoscível. É uma saudação em preto e branco ao Nouvelle Vague - até na trilha, emprestada por George Delerue, compositor de muitos filmes de Truffaut e Godard - que consegue ser recente, atual. É sobre um momento específico na vida, quando o tumulto repentino da auto-definição pode fazer as pessoas parecerem cruéis, malucas ou ressentidas. É a marca de um bom filme quando consegue ser simples, a ponto de você resumi-lo em uma frase, e ainda assim de uma profundidade que você o pensa e repensa por dias após os créditos.
Enquanto Frances dança, literalmente, seu caminho pelas ruas de NY, você simplesmente sorri e sabe que ela vai ficar bem. Ela vai descobrir como ser o adulto que ela tem que ser.
Palácio das Ilusões
3.6 103Até quem nunca leu Austen, sentirá que há algo muito errado com esse filme, até mesmo antes de uma cena nua que teria feito a autora se esconder debaixo de uma mesa.
Luar Sobre Parador
2.9 21Dreyfuss se esforça. Ele tenta, mas não consegue, sozinho, salvar Moon Over Parador.
A Walk on the Moon
3.6 15Previsível e falho, de fato. Mas tem seu mérito por respeitar os desejos de uma mulher e colocá-los frente à família sem nos oferecer algum juízo moral ou fantasia masculina.
A Jovem Rainha Vitória
3.9 613 Assista AgoraComo a própria rainha Victoria supostamente teria dito: "We are not amused." Só prova o quão maçante esse cinema de legados britânicos pode ser quando alinhado ao mercado de exportação. A forma como a história é contada - sem se preocupar muito com precisão factual - dá a impressão que alguém está por ali narrando cartas, enquanto nós olhamos uma bela mobília.
Uma Americana em Paris
3.0 11O diretor não pareceu ter confiança para ir além da norma. Seu roteiro comovente e peculiar acaba por se transformar em um conto de fadas decepcionantemente convencional.
Na Calada da Noite
3.0 25 Assista AgoraDireção um tanto sofisticada para um roteiro absurdo, apressado e implausível.
Quo Vadis?
3.9 80 Assista AgoraQuo Vadis é um super espetáculo em todos os sentidos da palavra. No entanto, a principal razão para re-assistir às suas 3 horas, continua sendo a marcante contribuição de Ustinov como Nero.
Ladrão de Sonhos
3.8 120Visualmente extraordinário. Ladrão de Sonhos é uma fantasia incrivelmente surreal, uma fábula sobre desejo e perigo; de feitos heróico e bravura, ambientado em um mundo único e brilhantemente idealizado. Caro e Jeunet entregam um deleite cinematográfico.
O que É que Há, Gatinha?
3.1 35 Assista AgoraMelhor escrito que dirigido - do último sofre um tratamento excessivamente artificial e termina desesperado por risadas através de uma corrida de kart -. Uma pena que o papel que Allen escreveu para si tenha ido para Sellers, que está, dessa vez, intermitentemente engraçado.
À Primeira Vista
3.4 138 Assista AgoraÀ primeira vista, esse filme é terrível. À segunda, é ainda pior.
Distrito 9
3.7 2,0K Assista AgoraO que é absolutamente impressionante são os efeitos visuais: as horas de aliens, a nave-mãe, a mistura perfeita do real com o fantástico. Distrito 9 faz um monte de coisas certas, nos dando aliens para nos lembrar que nem todo mundo que vem de uma nave espacial (ou de qualquer outro lugar da terra ou do universo) precisa ser angelical, ter 8 pernas e ser feito de aço inoxidável. Um ótimo comentário social.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraComo em nenhum de seus outros filmes, a atitude de Coppola parece equívoca, incerta. Há, talvez, uma pitada de crítica social, mas é como se ela estivesse muito 'em casa' nesse mundo que ela retrata para oferecer uma crítica recompensadora do mesmo. Ela nem explica, nem desculpa, nem exalta, nem esfola - o que seria bom - esses personagens, mas também não os examina. Talvez o erro esteja no sentido mundano de sublinhar que estas eram apenas crianças estúpidas, fúteis, rasas; típicas da Califórnia. Mas a vaidade é um alvo difícil, delicado. Se você o erra, você e sua arte correm o risco de parecerem tão vaidosas e sem rumo quanto.
No fim, as melhores notas vão mesmo para o elenco por entregar essas personagens exatamente como pretendido: superficiais, idiotas, imprudentes, irresponsáveis, egocêntricas e extremamente irritantes, a ponto de você querer escalar a tela e cair no set só pra poder as esbofetear o quanto e enquanto puder.
Cidade das Sombras
3.6 283 Assista AgoraUma fatia visionária de experiência visceral. Proyas monta suas inspirações com uma mistura originalíssima do poder do mito e da exploração dos medos e desejos de nosso inconsciente coletivo. Ele inunda a tela com referências literárias e cinematográficas que vão de Murnau e Lang a Kafka e Orwell, criando um mundo único e completamente convincente. É aquele tipo de experiência que nenhum amante do cinema deve perder, porque mesmo que se visto agora, 15 anos após ter sido concebido, não é como se ele não tivesse existido antes, mas como se tivesse vagado pelas sombras por todo esse tempo. O que conta aqui é o mundo criado por um cineasta que entende e conhece de ficção científica e fantasia, de passado e presente, e que quer compartilhar seu amor por todas essas coisas com você. Se você não se apaixonar por esse filme, você - provavelmente- não se apaixonou por nenhum outro. E nem irá.
Poder Paranormal
3.2 701Suspense inteligente, amparado por três grandes atuações. Cortés pisa em algumas notas dissonantes - notavelmente durante seu final exagerado e exageradamente explicado - mas na maior parte do tempo, Red Lights prova que sua cinematografia de prestidigitação é assustadoramente boa. Um esforço corajoso de Cortés que, timidamente, aborda a diferença entre ver e acreditar, independente se a ilusão está em um palco ou em uma tela.
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraPerdeu toda a sua carga transgressora, juntamente com seus elementos surpresa e a inabalável convicção de seus heróis. Dessa vez, é como se a sátira sobre a violência na sociedade tivesse se tornado completamente sardônica e o estúdio tivesse forçado os envolvidos a fazer um filme super convencional. Como fã babona do original, vejo que o que Vaughn e Goldman conseguiram pisar delicadamente na corda bamba e satisfazer as fantasias de muitos fanboys enquanto Jeff Wadlow só fez cair dessa corda. Ele estabelece uma premissa e a segue sem nenhum compromisso e no fim, a viagem não vale realmente a pena; as coisas não são mais tão divertidas, apenas agravantes.
Definitivamente, Kick Ass 2 não chuta a bunda de ninguém. Volta, Matthew Vaughn?
A Dança dos Vampiros
3.8 214 Assista AgoraE ninguém riu. Polanski estava, evidentemente, tentando tirar um sarro dos filmes de terror e esqueceu-se que, em linha reta, os filmes de terror são mais engraçados - de maneira bem inconsciente - que horripilantes. Tem seu mérito, no entanto, pela elaboração, elegância e inspiração.
Corra Que a Polícia Vem Aí 2 1/2
3.4 153 Assista AgoraEntrega risadas esporádicas e não é tão engraçado como o primeiro.