Um filme que é um prato cheio para a psicanálise. Na primeira vez que assisti, não consegui avalia-lo direito devido aos sentimentos de moralidade que não pude evitar de ter. Ao ver o que parecia ser um eminente incesto, e um nu cru, doentio, retraí minha mente.
Ao ver de novo, praticamente me surpreendi com a minha atitude passada. Que filme incrível!. À começar pelo título que reflete bem o que o expectador irá sentir, e o que por consequência a sociedade sente perante a suja natureza humana. Há de se argumentar aqui que o que vemos não é um ser normal mas sim uma parte doentia da sociedade...Pois que tal argumento é descreditado completamente com a chegada da irmã, o completo oposto do irmão, que também incomoda. A dependência doentia e a desorganização da irmã também causam uma certa vergonha. Um desconforto latente.
Os dois são traumatizados... E quem não é ? Para a psicanálise (de forma simplista), o sexo é o primeiro trauma vivido pelo ser humano, pela criança que não tem um ego capaz de suportá-lo. É a partir desse trauma que criamos nossos fetiches.
Brandon é só um cara com uma multidão de fetiches, um cara despersonalizado pela sexualidade. Qualquer sentimento que ultrapasse o sexo lhe é incompreensível! Talvez seja por isso que o diretor dá a entender que ele é incapaz de amar a irmã mas a deseja. E as tentativas dela de proximidade soam para ele como tentativas de faze-lo sucumbir ao desejo por ela.
E que final... Sem grandes revelações, sem demonstrar que escolha ele tomou naquele metrô... Uma verdadeira obra psicológica.
- Uma excelente crítica psicanalista sobre esse filme que vale a pena ler : http://www.ribeiraopretopsicologia.com.br/comentarios-sobre-o-filme-shame/
Um filme biográfico, porém leve. Tim burton, o homem do estilo pesado, melancólico, nos presenteia com um filme que flui de forma excelente, e propõe uma realidade com sutis toques de estranheza. Eis a palavra que define boa parte do filme : sutil.
Aplausos a - sutil - referencia feminista! Que sai do clichê da violência doméstica, e da revolta, e entra num aspecto mais psicológico da coisa : a total falta de voz e autenticidade! Uma dominação feita com a sutileza da persuasão e com ideias perpetuadas que Margaret diz a si mesma. (Como o fato de ela se convencer, ao longo do filme, que a arte feminina não vende).
Aplausos a - sutil - crítica a produção em massa da arte, e a perda da chamada "aura artística". Uma bem empregada demonstração dos pensamentos desenvolvidos pela escola de Frankefurt.
Isso tudo sem contar os personagens principais! Pessoalmente não gosto de biografias, mas esse filme (seja pela licença poética, seja pelo diretor, ou pelas atuações) enche de complexidade seus dois personagens, saindo da sombra da "história real". Excelente, sem dúvida muito melhor que alguns indicados ao Oscar.
Um filme que qualquer hipócrita sente nojo de assistir. Um filme com um protagonista que além de humano, é demasiadamente humano (no sentido natural da palavra), personifica uma ideologia, uma forma de vida : o próprio capitalismo. Seria difícil imaginar personagens que conseguissem personificar ideias como essas, sem cair no maniqueísmo do banqueiro mal, ou na comédia de um porco avarento, mas aqui Daniel Day- Lewis nos presenteia com um personagem profundo, nada caricatural! É uma atuação que será lembrada por qualquer um que viu o filme, tendo gostado ou não.
Um roteiro impecável : primeiro Daniel começa procurando pedras preciosas, depois evolui para o petróleo, até chegar ao ponto em que ele, verdadeiramente, possui vidas. É um ode ao poder de dominação que a falta de escrúpulos pode produzir. Não só a falta de escrúpulos como também a inteira dedicação ao trabalho, já que Daniel não hesita em se sujar de petróleo (vale dizer que as cenas de Day-lewis sujo do "sangue negro" são belíssimas), tal dedicação vista pela sociedade como virtude, (isso pois as histórias mais belas de riqueza envolvem o magnata que enriquece do nada), é desconstruída por um personagem inteiramente dedicado, porém nada virtuoso. Conseguir fazer fortuna não é tão bonito assim. Conseguir fortuna é conseguir poder, e o poder - nunca - é bonito.
Paul Dano prova o quanto o poder nunca é bonito. Ele, que sendo um padre, é outra idealização social de virtude, é também o personagem mais parecido, e quiçá pior que Daniel, pois além de possuir suas características, as nega, as transveste de religião, Quer conseguir cordeiros, e seu objetivo nunca foi a palavra "Dele" - quer poder até o ultimo minuto.
Um hipócrita que assiste ao filme pode idealizar os personagens como miseráveis que foram - obrigados - à certas atitudes para sair da miséria. Entretando, Paul Thomas Anderson, constrói Daniel de tal forma ganancioso, que demonstra que essa vontade de sair da miséria, não vem pura, não vem limpa : "Terá sangue".
Enfim, There Will Be Blood, é um filme incrível, com atuações assustadoramente profundas. Sem dúvida está entre os melhores do diretor. Junto com "O Mestre", desconstrói de forma tão semelhante à realidade, que a desconstrução pode até passar despercebida para alguém totalmente inserido nessa realidade( a crua verdade da ascensão através da corrupção), que de tão inserido acha natural (como o efeito dos filmes violentos, e jornais sensacionalistas, que nos acostumam com a violência, e nos deixam menos impressionáveis, menos sensíveis à elas). Na medida em que se vai refletindo sobre as cenas, mais profundas elas se parecem. Paul Thomas Anderson consegue tudo que propôs , um filme merecedor de palmas!.
Um desperdicio de filme, uma tentativa fraquissíma de incrementar em um roteiro parecido com "Album de família"! Melodramático! Péssima direção, com cenas clichês e desnecessárias (A cadeira no final, os dois andando em direção contrária, o furacão que não serviu para nada!), Nenhum, mas nenhum conhecimento de como é um julgamento... a hora em que eles falam sobre a própria vida no tribunal por uns 4 minutos, como se isso fosse aceitável... Falha como drama, mas o que incomoda mesmo são as escolhas da direção... Risível. A história que tenta e tenta emocionar, incrementando diversos fatos dramáticos, uma paternidade, uma doença... Deixa a historia dos irmãos de lado, e a personalidade do juiz acaba por não ser linear, e não se constrói. Fracassou.
Volume I e II são um só filme, uma obra completa que desafia a mentalidade do expectador. Seligman como foi construído no primeiro filme, é desconstruído nesse. O que antes era sensatez, agora é hipocrisia.E Joe que antes era primitiva, agora é completa.
Seligman são os hipócritas sociais. Ele culpa a sociedade por transformar Joe."Eu não conheço nenhum ser humano ruim", e ele mesmo faz o que faz no final. "Eu não tenho interesses sexuais" e eis o final para desmenti-lo. No seu discurso, tudo é culpa da sociedade e da sua opressão.Até o suposto "feminismo"(um dos melhores diálogos), ele jorra clichês a joe, a qual responde possuir um milhão de argumentos para refuta-lo, mas está muito cansada.
Eis aqui Lars Von Trier : tenho um milhão de argumentos para refutar os argumentos sociais, mas refutei tanto (por horas em um filme) que estou cansado, deixa então que eu os prove com esse final.
E Joe, é a personagem que grita durante toda a obra, que não existe um motivo maior, ela é má, somos maus. E ela prova que não é uma culpa social. Exatamente quando ela renuncia a opressão sexual social, e ainda assim se sente presa. É uma culpa humana: com ou sem sociedade não somos livres, eis aqui o grande paradoxo. Joe é a verdade que a sociedade não quer ver(o que Seligman não queria ver "embelezando" seus atos, com o feminismo por exemplo), ela é uma mulher que não nasceu para ser mãe, é a pessoa má além de seu gênero, é o egoísmo, é o prazer, e o crime.
Um filme que também envolve humor, e possui milhares que questões humanas, e mostra o que é na essência o sofrimento humano. Uma obra extraordinária de Von Trier!
Esse filme abriga a verdadeira ideia do que é o feminismo, e não a bobagem discursada pelo politicamente correto atual. Simplesmente porque o filme não as trata como "mulheres fortes", mas como pessoas que lutaram. Uma bela direção, com cenas de ação incriveis (o final, e a perseguição), sem contar as excelentes atuações das atrizes.O filme consegue ser leve, sendo serio.Excelente!
Joe representa o básico, o trivial, o primitivo. A "ninfa" como descrita por Seligman.O primário. Sua obsessão pelo sexo, o mais básico dos instintos, vem por ela ser (ao contrário do que se espera de um libertino) monótona.Ela não vê mais nada na vida que seja maior que os instintos primitivos, o amor não lhe é preciso, a familia perde para ela o sentido, e a própria saúde não faz parte de suas preocupações.
Um ponto interessante de "Ninfomaníaca" é sem dúvida a quebra do paradigma moderno de que a libertinagem, a poligamia, e a falta de amor, trariam uma liberdade a mais, uma felicidade mais leve. Quando Joe, a mais insensível dos personagens se sente "um leão em uma jaula".
A construção dos personagens é formidável. Seligman conhece Bach, tem conhecimento matemático, faz parte do pequeno grupo dos que apreciam a arte, o belo e o sublime da vida. Ele tenta constantemente ao decorrer do filme dar sentido e beleza as barbaridades de Joe, dar profundidade a vida, pois ele é alguém que quer algo mais. Seligman foi uma forma que Lars Von Trier encontrou de cutucar os seus espectadores, que assim iam procurar o profundo de um filme que fala sobre ninfomania.
É claro que o filme é mais do que sexo, e Von Trier procura entre espectadores ''Seligmans'' que tenham a capacidade de ver isso. O conteúdo do filme trata de liberdade humana, amor, maldade, e da tristeza da dor solitária.A direção é impecável, é um filme rápido, a trilha sonora é perfeita, e a fotografia do roteiro é genial.E a experiencia de ver tal filme no cinema, com o peso do nome de Von Trier é inexplicável.Mais um dos filmes geniais do diretor!
Existe um limite de traumas que alguém consegue suportar. Esse filme retrata essa e outras realidades brutais de forma inigualável. São tantos pequenos detalhes sobre o sofrimento humano que demora-se um tempo para organizar o filme na mente. Tudo se trata de pequenas representações.
Hazel, é o amor necessário, em meio a tantas decepções, ao final, ela é uma das poucas coisas que valeu a pena, junto com Olive, e suas pequenas lembranças.Adele, muito bem representada por Catherine Keener, nos fere com o abandono ao fim do amor. Sammy, é alguém perdido, ele procura alguém para seguir, alguma ideologia, e seu papel no filme é brilhante, é uma bem executada representação da busca por motivos para viver.Seu final, sem dúvida é um dos mais melancólicos do filme.
Enquanto aos vazios deixados, são feitos para mostrar os vazios humanos.Um deles, a casa de Hazel : acho que o roteiro sendo de kauffman, a casa em chamas foi feita para esse propósito; mostrar o quanto íamos, ao término do filme, procurar um sentido para isso. Ele mostra durante todo o filme, o próprio Caden procurando pelos vários sentidos das várias vidas que ele cria.E simplesmente termina sem sentido, sendo a casa, um dos grandes sem sentidos do roteiro, o que abrilhanta ainda mais o grande vazio e as tristezas dispostas nessa história.
Não há nada nesse filme tão bem costurado e arquitetado como seu final : um Caden entorpecido, magoado, raivoso. Para seguir até a morte em paz, ele faz de si mesmo um entorpecido, operador de atividades que não requerem pensamento, porque pensar lhe doi.E essa brutal verdade de como é o final da vida para a grande maioria, incomoda ao ponto de ser genial.
A frase "todos são protagonistas" mostra para Caden e o espectador a capacidade do egoismo de seguir a própria vontade em prol da própria vida que cada um tem, e que todos no fundo acreditam que possuem essa capacidade maior do que o resto. Que é o que torna a vida tão cheia de pequenos detalhes, e também essa é a epifania de Caden : nunca seria essa peça possivel, por culpa das muitas histórias, das muitas vontades.E é por isso que ela nunca acaba, espera-se até a morte.
É uma obra extraordinária de Kauffman, com uma trilha sonora brilhante.Um dos filmes sobre a vida mais completos que se pode existir. Emocionante, e impossível de se esquecer, seja pelo roteiro de Kauffman, ou pela brilhante atuação de Phillip Seymor Hoffman. É essencial.
Esse filme é profundo de uma forma leve graças a sua direção. Kauffman mostra o quanto a humanidade é patética, demonstra a fraqueza do amor, da inteligencia, e da educação.Acho incrível ele fundamentar os valores sociais no sexo, e colocar isso como a verdade sobre o amor, ele compõe de uma forma brutal as nossas ilusões belas sobre o sexo, e as chama de amor.A própria civilização absorvida por puff, é puramente pela vontade do sexo.
Outro ponto incrível de se resaltar nessa produção é o seu final
É um filme injustiçado por ser diferente. Grande parte das pessoas espera uma comédia superficial, e conclui que foi uma mal executada, quando a proposta era outra. Acredito que muitos se sentiram incomodados com as pessoas no filme, elas trazem uma desesperança enquanto a relacionamentos, tudo, até a metade do filme, parece barato.O homem imbecil, e a mulher iludida são umas das partes mais odiadas quando se trata de um relacionamento.
Muitos homens com características semelhantes do personagem gostaram até a parte da Julianne Moore.Muitas mulheres como Barbara Sugarman, odiaram "o personagem machista", e o filme por inteiro. Grande parte não realmente entendeu que é tudo uma critica, e uma bem humorada, bem dirigida, e acida ao ponto de incomodar.
O final é mais do que bem pensado, é o que te faz se sentir um tanto melhor: a possibilidade da melhora nas pessoas. É um filme que trata dos diversos imbecís e das diversas idiotas que se relacionam, e que conta o que na verdade a maioria dos relacionamentos é : um acordo sobre a beleza. O fato de Don Jon sempre dizer que Barbara é "a coisa mais bonita que ele já viu" e por ser essa a unica característica que ele ama, é muito perspicaz.Gostei bastante, e existe uma excelente direção de Joseph Gordon-Levitt, e sua atuação diferente também agrada.
Esse,sem dúvida, é um filme extraordinariamente bem pensado.
Achei incrível a ideia de representar a formação ideológica do terror através das crianças, as quais o próprio Haneke chama de "culpados inocentes", em entrevista.Creio que o filme não é uma mera origem do mal, o mal esteve ali desde o inicio, esse mal físico de atos imorais como abuso sexual, e humilhação psicológica. Entretanto, mostra na verdade a formação do terrorismo, quando uma sociedade é sufocada pelo padrão vigente, nesse caso o patriarcal(usado como mero exemplo no filme), e o radicalismo ideológico torna-se uma saída encontrada para a mente dos sufocados.Vale ressaltar o papel desempenhado pelos personagens, principalmente os que sofrem injúrios, sendo tanto aos puramente inocentes,á completamente corrompidos.
Outro ponto sem dúvida incrível nessa produção está na personagem da Erna,essa menina foi uma corrompida por uma ideia que não era sua e que a trouxe culpa, mas não desistiu da mesma.Esse papel dela, é extremamente real, e representa os coniventes ao mal, a maioria de nós(pode até representar analogicamente, o papel do resto do mundo em frente ao nazismo, claro mais uma vez é um mero exemplo).
É um filme completo, seu final foi feito também para nos lembrar da ideia de origem das coisas que o filme representa. É realmente bem executado, com roteiro genial, e demonstra outro raro diretor com conhecimentos a serem repassados. Haneke mostra-se não só um conhecedor da história humana, como também da filosofia que a percorre!
A genialidade desse filme, em todas as suas metáforas e seus diálogos é incrível, são três horas extremamente bem costuradas. Mais uma vez Lars Von Trier mostra seu conhecimento filosófico.É bem diferente do inesquecível Anticristo, e do belíssimo Melancolia,pois é um filme dito, sem muitas coisas implícitas.Von Trier quis mostrar que um roteiro genial não precisa nem de cenário. É também um resumo da questão ética e moral no mundo, da ética principalmente.Extremamente inteligente, o melhor de Von Trier.
"para o bárbaro, sofrer, em si, nada tem de digno, muito pelo contrário: necessita previamente de uma explicação para poder confessar a si próprio o fato de sofrer (o seu instinto leva-o a negar o sofrimento e a suportá-lo silenciosamente). Neste caso, a palavra "Diabo" foi uma bênção: enfrentava-se um inimigo todo poderoso e terrível: não havia nada de vergonhoso em sofrer nas mãos de um tal inimigo." - O Anticristo de Friedrich Nietzsche.
Acredito que ver a esse filme mostra o quanto Lars Von Trier conhece e tem a dizer. É quase claro aos que leram o livro "O Anticristo" que existe um paralelo filosófico entre as duas obras. O personagem atormentado pelas suas atitudes que procura motivos e um bode expiatório para a sua maldade, como visto no filme, é uma metáfora para a "decádence" retratada por Nietzsche. Tão raro de ver, um diretor que abriga esse cunho intelectual em um filme que de tão absurdamente perturbador, é inesquecível.Grande atuação e fotografia, uma obra de arte completa! É evidente que da mente de um ser "normal", isso não surgiria, eis aqui um ode aos loucos e a doença.
O que diferencia esse filme,sem dúvida, é o ódio de Saliere. É como esse filme conseguiu captar esse diferente tipo de ódio : o do perdedor, mas aquele que perdeu por alguém com mérito, que não tem quem culpar além de si mesmo. O desespero da mente e do fracasso consome até aquele que está assistindo, bela execução.
Esse filme é diferente.. muito diferente.Ele capta muito bem o sentido da palavra fetiche, a parte psicológica dele. Olhando bem lá está todos os fetiches mais comuns, femininos e masculinos, trabalhados de forma completa. As mudanças e a natureza humana tão bem evidenciadas! Diferente,
Não tem como não se impressionar com esse filme, ele engloba questões fundamentais da vida e da morte, as relações parentais, e sobretudo o quanto nós somos traumatizados e feridos com os acontecimentos da vida, e que eles nos geraram comportamentos complicados e inexplicáveis, neuroses pessoais. O niilismo implícito, e o egoísmo presente em todos os personagens é sublime. E a ironia de uma psiquiatra enlouquecida então! Genial.
Um filme não precisa causar catarse para ser fantástico. Esse filme tem um misto de poesia de bar com a poesia do dia-a-dia, o que é tipicamente brasileiro, ele mostra os relacionamentos de forma inocente, doce e poética. Preciso comentar sobre a cena do Zeppelin, e a música do zé ramalho, que simplesmente mudaram minha vida. Junto com o auto da compadecida,e o palhaço é um dos orgulhos do cinema nacional
Sedução
3.6 567Um filme que trata perfeitamente do papel da mulher na sociedade e, no entanto, não há sequer um personagem masculino. Belíssimo!
Guerra é Guerra!
3.3 1,5K Assista AgoraNem precisava de um filme pra escolher o Tom Hardy e ela ainda pisa na bola no final...
Todas Contra John
2.8 412 Assista AgoraMais uma meia hora desse filme e perderíamos o direito de votar
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraUm filme que é um prato cheio para a psicanálise. Na primeira vez que assisti, não consegui avalia-lo direito devido aos sentimentos de moralidade que não pude evitar de ter. Ao ver o que parecia ser um eminente incesto, e um nu cru, doentio, retraí minha mente.
Ao ver de novo, praticamente me surpreendi com a minha atitude passada. Que filme incrível!. À começar pelo título que reflete bem o que o expectador irá sentir, e o que por consequência a sociedade sente perante a suja natureza humana. Há de se argumentar aqui que o que vemos não é um ser normal mas sim uma parte doentia da sociedade...Pois que tal argumento é descreditado completamente com a chegada da irmã, o completo oposto do irmão, que também incomoda. A dependência doentia e a desorganização da irmã também causam uma certa vergonha. Um desconforto latente.
Os dois são traumatizados... E quem não é ? Para a psicanálise (de forma simplista), o sexo é o primeiro trauma vivido pelo ser humano, pela criança que não tem um ego capaz de suportá-lo. É a partir desse trauma que criamos nossos fetiches.
Brandon é só um cara com uma multidão de fetiches, um cara despersonalizado pela sexualidade. Qualquer sentimento que ultrapasse o sexo lhe é incompreensível! Talvez seja por isso que o diretor dá a entender que ele é incapaz de amar a irmã mas a deseja. E as tentativas dela de proximidade soam para ele como tentativas de faze-lo sucumbir ao desejo por ela.
E que final... Sem grandes revelações, sem demonstrar que escolha ele tomou naquele metrô... Uma verdadeira obra psicológica.
- Uma excelente crítica psicanalista sobre esse filme que vale a pena ler : http://www.ribeiraopretopsicologia.com.br/comentarios-sobre-o-filme-shame/
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisUm filme biográfico, porém leve. Tim burton, o homem do estilo pesado, melancólico, nos presenteia com um filme que flui de forma excelente, e propõe uma realidade com sutis toques de estranheza. Eis a palavra que define boa parte do filme : sutil.
Aplausos a - sutil - referencia feminista! Que sai do clichê da violência doméstica, e da revolta, e entra num aspecto mais psicológico da coisa : a total falta de voz e autenticidade! Uma dominação feita com a sutileza da persuasão e com ideias perpetuadas que Margaret diz a si mesma. (Como o fato de ela se convencer, ao longo do filme, que a arte feminina não vende).
Aplausos a - sutil - crítica a produção em massa da arte, e a perda da chamada "aura artística". Uma bem empregada demonstração dos pensamentos desenvolvidos pela escola de Frankefurt.
Isso tudo sem contar os personagens principais! Pessoalmente não gosto de biografias, mas esse filme (seja pela licença poética, seja pelo diretor, ou pelas atuações) enche de complexidade seus dois personagens, saindo da sombra da "história real". Excelente, sem dúvida muito melhor que alguns indicados ao Oscar.
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraUm filme que qualquer hipócrita sente nojo de assistir. Um filme com um protagonista que além de humano, é demasiadamente humano (no sentido natural da palavra), personifica uma ideologia, uma forma de vida : o próprio capitalismo. Seria difícil imaginar personagens que conseguissem personificar ideias como essas, sem cair no maniqueísmo do banqueiro mal, ou na comédia de um porco avarento, mas aqui Daniel Day- Lewis nos presenteia com um personagem profundo, nada caricatural! É uma atuação que será lembrada por qualquer um que viu o filme, tendo gostado ou não.
Um roteiro impecável : primeiro Daniel começa procurando pedras preciosas, depois evolui para o petróleo, até chegar ao ponto em que ele, verdadeiramente, possui vidas. É um ode ao poder de dominação que a falta de escrúpulos pode produzir. Não só a falta de escrúpulos como também a inteira dedicação ao trabalho, já que Daniel não hesita em se sujar de petróleo (vale dizer que as cenas de Day-lewis sujo do "sangue negro" são belíssimas), tal dedicação vista pela sociedade como virtude, (isso pois as histórias mais belas de riqueza envolvem o magnata que enriquece do nada), é desconstruída por um personagem inteiramente dedicado, porém nada virtuoso. Conseguir fazer fortuna não é tão bonito assim. Conseguir fortuna é conseguir poder, e o poder - nunca - é bonito.
Paul Dano prova o quanto o poder nunca é bonito. Ele, que sendo um padre, é outra idealização social de virtude, é também o personagem mais parecido, e quiçá pior que Daniel, pois além de possuir suas características, as nega, as transveste de religião, Quer conseguir cordeiros, e seu objetivo nunca foi a palavra "Dele" - quer poder até o ultimo minuto.
Um hipócrita que assiste ao filme pode idealizar os personagens como miseráveis que foram - obrigados - à certas atitudes para sair da miséria. Entretando, Paul Thomas Anderson, constrói Daniel de tal forma ganancioso, que demonstra que essa vontade de sair da miséria, não vem pura, não vem limpa : "Terá sangue".
Enfim, There Will Be Blood, é um filme incrível, com atuações assustadoramente profundas. Sem dúvida está entre os melhores do diretor. Junto com "O Mestre", desconstrói de forma tão semelhante à realidade, que a desconstrução pode até passar despercebida para alguém totalmente inserido nessa realidade( a crua verdade da ascensão através da corrupção), que de tão inserido acha natural (como o efeito dos filmes violentos, e jornais sensacionalistas, que nos acostumam com a violência, e nos deixam menos impressionáveis, menos sensíveis à elas). Na medida em que se vai refletindo sobre as cenas, mais profundas elas se parecem. Paul Thomas Anderson consegue tudo que propôs , um filme merecedor de palmas!.
O Juiz
3.8 781 Assista AgoraUm desperdicio de filme, uma tentativa fraquissíma de incrementar em um roteiro parecido com "Album de família"! Melodramático! Péssima direção, com cenas clichês e desnecessárias (A cadeira no final, os dois andando em direção contrária, o furacão que não serviu para nada!), Nenhum, mas nenhum conhecimento de como é um julgamento... a hora em que eles falam sobre a própria vida no tribunal por uns 4 minutos, como se isso fosse aceitável... Falha como drama, mas o que incomoda mesmo são as escolhas da direção... Risível.
A história que tenta e tenta emocionar, incrementando diversos fatos dramáticos, uma paternidade, uma doença... Deixa a historia dos irmãos de lado, e a personalidade do juiz acaba por não ser linear, e não se constrói. Fracassou.
A Liberdade é Azul
4.1 650 Assista Agora"O homem sempre viveu o mito do amor. Para muitos, amar significa renunciar à liberdade."
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraVolume I e II são um só filme, uma obra completa que desafia a mentalidade do expectador. Seligman como foi construído no primeiro filme, é desconstruído nesse. O que antes era sensatez, agora é hipocrisia.E Joe que antes era primitiva, agora é completa.
Seligman são os hipócritas sociais. Ele culpa a sociedade por transformar Joe."Eu não conheço nenhum ser humano ruim", e ele mesmo faz o que faz no final. "Eu não tenho interesses sexuais" e eis o final para desmenti-lo. No seu discurso, tudo é culpa da sociedade e da sua opressão.Até o suposto "feminismo"(um dos melhores diálogos), ele jorra clichês a joe, a qual responde possuir um milhão de argumentos para refuta-lo, mas está muito cansada.
Eis aqui Lars Von Trier : tenho um milhão de argumentos para refutar os argumentos sociais, mas refutei tanto (por horas em um filme) que estou cansado, deixa então que eu os prove com esse final.
E Joe, é a personagem que grita durante toda a obra, que não existe um motivo maior, ela é má, somos maus. E ela prova que não é uma culpa social. Exatamente quando ela renuncia a opressão sexual social, e ainda assim se sente presa. É uma culpa humana: com ou sem sociedade não somos livres, eis aqui o grande paradoxo. Joe é a verdade que a sociedade não quer ver(o que Seligman não queria ver "embelezando" seus atos, com o feminismo por exemplo), ela é uma mulher que não nasceu para ser mãe, é a pessoa má além de seu gênero, é o egoísmo, é o prazer, e o crime.
Um filme que também envolve humor, e possui milhares que questões humanas, e mostra o que é na essência o sofrimento humano. Uma obra extraordinária de Von Trier!
Thelma & Louise
4.2 967 Assista AgoraEsse filme abriga a verdadeira ideia do que é o feminismo, e não a bobagem discursada pelo politicamente correto atual. Simplesmente porque o filme não as trata como "mulheres fortes", mas como pessoas que lutaram.
Uma bela direção, com cenas de ação incriveis (o final, e a perseguição), sem contar as excelentes atuações das atrizes.O filme consegue ser leve, sendo serio.Excelente!
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraJoe representa o básico, o trivial, o primitivo. A "ninfa" como descrita por Seligman.O primário. Sua obsessão pelo sexo, o mais básico dos instintos, vem por ela ser (ao contrário do que se espera de um libertino) monótona.Ela não vê mais nada na vida que seja maior que os instintos primitivos, o amor não lhe é preciso, a familia perde para ela o sentido, e a própria saúde não faz parte de suas preocupações.
Um ponto interessante de "Ninfomaníaca" é sem dúvida a quebra do paradigma moderno de que a libertinagem, a poligamia, e a falta de amor, trariam uma liberdade a mais, uma felicidade mais leve. Quando Joe, a mais insensível dos personagens se sente "um leão em uma jaula".
A construção dos personagens é formidável. Seligman conhece Bach, tem conhecimento matemático, faz parte do pequeno grupo dos que apreciam a arte, o belo e o sublime da vida. Ele tenta constantemente ao decorrer do filme dar sentido e beleza as barbaridades de Joe, dar profundidade a vida, pois ele é alguém que quer algo mais. Seligman foi uma forma que Lars Von Trier encontrou de cutucar os seus espectadores, que assim iam procurar o profundo de um filme que fala sobre ninfomania.
É claro que o filme é mais do que sexo, e Von Trier procura entre espectadores ''Seligmans'' que tenham a capacidade de ver isso. O conteúdo do filme trata de liberdade humana, amor, maldade, e da tristeza da dor solitária.A direção é impecável, é um filme rápido, a trilha sonora é perfeita, e a fotografia do roteiro é genial.E a experiencia de ver tal filme no cinema, com o peso do nome de Von Trier é inexplicável.Mais um dos filmes geniais do diretor!
Sinédoque, Nova York
4.0 477Existe um limite de traumas que alguém consegue suportar. Esse filme retrata essa e outras realidades brutais de forma inigualável. São tantos pequenos detalhes sobre o sofrimento humano que demora-se um tempo para organizar o filme na mente. Tudo se trata de pequenas representações.
Hazel, é o amor necessário, em meio a tantas decepções, ao final, ela é uma das poucas coisas que valeu a pena, junto com Olive, e suas pequenas lembranças.Adele, muito bem representada por Catherine Keener, nos fere com o abandono ao fim do amor. Sammy, é alguém perdido, ele procura alguém para seguir, alguma ideologia, e seu papel no filme é brilhante, é uma bem executada representação da busca por motivos para viver.Seu final, sem dúvida é um dos mais melancólicos do filme.
Enquanto aos vazios deixados, são feitos para mostrar os vazios humanos.Um deles, a casa de Hazel : acho que o roteiro sendo de kauffman, a casa em chamas foi feita para esse propósito; mostrar o quanto íamos, ao término do filme, procurar um sentido para isso. Ele mostra durante todo o filme, o próprio Caden procurando pelos vários sentidos das várias vidas que ele cria.E simplesmente termina sem sentido, sendo a casa, um dos grandes sem sentidos do roteiro, o que abrilhanta ainda mais o grande vazio e as tristezas dispostas nessa história.
Não há nada nesse filme tão bem costurado e arquitetado como seu final : um Caden entorpecido, magoado, raivoso. Para seguir até a morte em paz, ele faz de si mesmo um entorpecido, operador de atividades que não requerem pensamento, porque pensar lhe doi.E essa brutal verdade de como é o final da vida para a grande maioria, incomoda ao ponto de ser genial.
A frase "todos são protagonistas" mostra para Caden e o espectador a capacidade do egoismo de seguir a própria vontade em prol da própria vida que cada um tem, e que todos no fundo acreditam que possuem essa capacidade maior do que o resto. Que é o que torna a vida tão cheia de pequenos detalhes, e também essa é a epifania de Caden : nunca seria essa peça possivel, por culpa das muitas histórias, das muitas vontades.E é por isso que ela nunca acaba, espera-se até a morte.
É uma obra extraordinária de Kauffman, com uma trilha sonora brilhante.Um dos filmes sobre a vida mais completos que se pode existir. Emocionante, e impossível de se esquecer, seja pelo roteiro de Kauffman, ou pela brilhante atuação de Phillip Seymor Hoffman. É essencial.
A Natureza Quase Humana
3.7 98 Assista AgoraEsse filme é profundo de uma forma leve graças a sua direção. Kauffman mostra o quanto a humanidade é patética, demonstra a fraqueza do amor, da inteligencia, e da educação.Acho incrível ele fundamentar os valores sociais no sexo, e colocar isso como a verdade sobre o amor, ele compõe de uma forma brutal as nossas ilusões belas sobre o sexo, e as chama de amor.A própria civilização absorvida por puff, é puramente pela vontade do sexo.
Outro ponto incrível de se resaltar nessa produção é o seu final
o qual ao contrário do que o filme parece mostrar, refuta a ideia do bom selvagem, mostra a maldade inerente a nós
Roteiro bem composto, direção leve, bem humorado, e sobretudo bem pensado, um filme necessário de Kauffman.
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraÉ um filme injustiçado por ser diferente. Grande parte das pessoas espera uma comédia superficial, e conclui que foi uma mal executada, quando a proposta era outra. Acredito que muitos se sentiram incomodados com as pessoas no filme, elas trazem uma desesperança enquanto a relacionamentos, tudo, até a metade do filme, parece barato.O homem imbecil, e a mulher iludida são umas das partes mais odiadas quando se trata de um relacionamento.
Muitos homens com características semelhantes do personagem gostaram até a parte da Julianne Moore.Muitas mulheres como Barbara Sugarman, odiaram "o personagem machista", e o filme por inteiro. Grande parte não realmente entendeu que é tudo uma critica, e uma bem humorada, bem dirigida, e acida ao ponto de incomodar.
O final é mais do que bem pensado, é o que te faz se sentir um tanto melhor: a possibilidade da melhora nas pessoas. É um filme que trata dos diversos imbecís e das diversas idiotas que se relacionam, e que conta o que na verdade a maioria dos relacionamentos é : um acordo sobre a beleza. O fato de Don Jon sempre dizer que Barbara é "a coisa mais bonita que ele já viu" e por ser essa a unica característica que ele ama, é muito perspicaz.Gostei bastante, e existe uma excelente direção de Joseph Gordon-Levitt, e sua atuação diferente também agrada.
A Fita Branca
4.0 756 Assista AgoraEsse,sem dúvida, é um filme extraordinariamente bem pensado.
Achei incrível a ideia de representar a formação ideológica do terror através das crianças, as quais o próprio Haneke chama de "culpados inocentes", em entrevista.Creio que o filme não é uma mera origem do mal, o mal esteve ali desde o inicio, esse mal físico de atos imorais como abuso sexual, e humilhação psicológica. Entretanto, mostra na verdade a formação do terrorismo, quando uma sociedade é sufocada pelo padrão vigente, nesse caso o patriarcal(usado como mero exemplo no filme), e o radicalismo ideológico torna-se uma saída encontrada para a mente dos sufocados.Vale ressaltar o papel desempenhado pelos personagens, principalmente os que sofrem injúrios, sendo tanto aos puramente inocentes,á completamente corrompidos.
Outro ponto sem dúvida incrível nessa produção está na personagem da Erna,essa menina foi uma corrompida por uma ideia que não era sua e que a trouxe culpa, mas não desistiu da mesma.Esse papel dela, é extremamente real, e representa os coniventes ao mal, a maioria de nós(pode até representar analogicamente, o papel do resto do mundo em frente ao nazismo, claro mais uma vez é um mero exemplo).
É um filme completo, seu final foi feito também para nos lembrar da ideia de origem das coisas que o filme representa. É realmente bem executado, com roteiro genial, e demonstra outro raro diretor com conhecimentos a serem repassados. Haneke mostra-se não só um conhecedor da história humana, como também da filosofia que a percorre!
Dogville
4.3 2,0K Assista AgoraA genialidade desse filme, em todas as suas metáforas e seus diálogos é incrível, são três horas extremamente bem costuradas. Mais uma vez Lars Von Trier mostra seu conhecimento filosófico.É bem diferente do inesquecível Anticristo, e do belíssimo Melancolia,pois é um filme dito, sem muitas coisas implícitas.Von Trier quis mostrar que um roteiro genial não precisa nem de cenário. É também um resumo da questão ética e moral no mundo, da ética principalmente.Extremamente inteligente, o melhor de Von Trier.
Anticristo
3.5 2,2K Assista Agora"para o bárbaro, sofrer, em si, nada tem de digno, muito pelo contrário: necessita previamente de uma explicação para poder confessar a si próprio o fato de sofrer (o seu instinto leva-o a negar o sofrimento e a suportá-lo silenciosamente). Neste caso, a palavra "Diabo" foi uma bênção: enfrentava-se um inimigo todo poderoso e terrível: não havia nada de vergonhoso em sofrer nas mãos de um tal inimigo." - O Anticristo de Friedrich Nietzsche.
Acredito que ver a esse filme mostra o quanto Lars Von Trier conhece e tem a dizer. É quase claro aos que leram o livro "O Anticristo" que existe um paralelo filosófico entre as duas obras.
O personagem atormentado pelas suas atitudes que procura motivos e um bode expiatório para a sua maldade, como visto no filme, é uma metáfora para a "decádence" retratada por Nietzsche. Tão raro de ver, um diretor que abriga esse cunho intelectual em um filme que de tão absurdamente perturbador, é inesquecível.Grande atuação e fotografia, uma obra de arte completa! É evidente que da mente de um ser "normal", isso não surgiria, eis aqui um ode aos loucos e a doença.
Amadeus
4.4 1,1KO que diferencia esse filme,sem dúvida, é o ódio de Saliere. É como esse filme conseguiu captar esse diferente tipo de ódio : o do perdedor, mas aquele que perdeu por alguém com mérito, que não tem quem culpar além de si mesmo. O desespero da mente e do fracasso consome até aquele que está assistindo, bela execução.
Contos Proibidos do Marquês de Sade
3.9 424Esse filme é diferente.. muito diferente.Ele capta muito bem o sentido da palavra fetiche, a parte psicológica dele. Olhando bem lá está todos os fetiches mais comuns, femininos e masculinos, trabalhados de forma completa. As mudanças e a natureza humana tão bem evidenciadas! Diferente,
Face a Face
4.2 131Não tem como não se impressionar com esse filme, ele engloba questões fundamentais da vida e da morte, as relações parentais, e sobretudo o quanto nós somos traumatizados e feridos com os acontecimentos da vida, e que eles nos geraram comportamentos complicados e inexplicáveis, neuroses pessoais. O niilismo implícito, e o egoísmo presente em todos os personagens é sublime. E a ironia de uma psiquiatra enlouquecida então! Genial.
Holy Motors
3.9 652 Assista Agoraacho que esse filme se resume em eu não sei : não sei o que pensar dele, se gostei ou não, se entendi ou não, se fez sentido ou não
Lisbela e o Prisioneiro
3.8 1,2KUm filme não precisa causar catarse para ser fantástico. Esse filme tem um misto de poesia de bar com a poesia do dia-a-dia, o que é tipicamente brasileiro, ele mostra os relacionamentos de forma inocente, doce e poética. Preciso comentar sobre a cena do Zeppelin, e a música do zé ramalho, que simplesmente mudaram minha vida. Junto com o auto da compadecida,e o palhaço é um dos orgulhos do cinema nacional
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraManuela, a prova que pra ser boa tem que saber mentir
A Princesa e o Sapo
3.6 911 Assista AgoraHonestamente, a história de amor do vaga-lume e a estrela é uma das mais bonitas que já ví!