um pouco de Lynch, um pouco de Chan-wook Park, um pouco de Clint (o ator) e sutilmente Taxi Driver, mas mesmo assim mais fraco que suas referências. Direção supera (e em muito) o roteiro.
Mia Hansen-Løve consegue um fato raro: colocar, num filme, os sentimentos de uma adolescente e representar algo de tão difícil reprodução como o primeiro amor. Tocante
Os irmãos Dardenne fazem de O Garoto de Bicicleta uma fabula para o valor da família na construção de um individuo, ao mesmo tempo que Samantha só se realiza plenamente quando aceita o papel de mãe. Se utilizando de vários preceitos morais o filme chega a flertar até com uma reflexão bíblica - a mãe que aceita o filho independente do que tenha acontecido remete a capacidade e do valor de poder perdoar.
Maniqueista, apresenta os personagens secundários de forma plana: o pai é ruim por abandonar o filho, o garoto que trafica é ruim por desvirtuar Cyril e a guardiã é boa por acolher o protagonista - simples assim. Como acredito que um indivíduo pode ter discernimento moral mesmo sem uma figura familiar e contesto essa supervalorização da entidade, além do que disse anteriormente, me sinto estranhamente desconfortável com esse filme e com o que ele prega tão explicitamente, chegando a ser um tanto pedagógico.
Poxa Cláudio Assis, tinha que ter encerrado o filme com a imagem das duas crianças no barco. A sequencia seguinte da Kika indo cortar o cabelo, e querendo pintar de "amarelo manga" ficou destoante e desnecessária.
Assisti na minha aula de direção, da pra ter um apanhado bem basico do trabalho de um editor e da história da edição. Um bom começo pra quem pretende se aventurar na area.
Horas de filmagem e o diretor gasta tempo com tomadas aéreas de florestas no inverno da Suécia. Raso e pouco informativo, não matou minha curiosidade sobre o processo de produção do filme.
Mesmo para um filme feito aos 19 anos, é difícil ignorar certos desvios e deslizes que empobrecem a obra. O personagem de Xavier soa um tanto mimado e egoísta, principalmente no primeiro terço do filme, ilustrado pela discussão no carro e na mesa. Sendo um filme quase biográfico, cria-se uma certa antipatia inicial, mesmo que suave, ao protagonista. As situações que deveriam agravar o drama de Xavier soam corriqueiras para grande parte dos espectadores, e parecem não serem o suficiente pra justificar a problematica do filme. Por mais que sua mãe tenha alguns defeitos, eles não parecem de tamanha intensidade pra justificar a grande crise que o personagem sofre, e que deveria alimentar a obra.
Somo isso com alguns deslizes na transição entre a trilha sonora, nos inserts de texto no meio do filme e da necessidade de se estilizar a fotografia a todo momento. Se não me engano temos apenas um momento de camera realmente tremula: quando Xavier anda de noite. O roteiro, sem o aspecto visual da obra, parece arrastado demais para um bom filme.
Embora a pretenção artistica e a visão de Xavier do seu próprio sofrimento, sou obrigado a dar o braço a torcer pra obra pela coragem do diretor de colocar sua sexualidade na mesma e nos dar uma das mais belas cenas de 2009, quando Xavier e seu namorado estão a pintar a parede.
Só tenho uma duvida sobre o filme, ele foi filmado em digital ou em 35mm?
Cronenberg ainda está lá, mais agora de forma comportada. Ainda vemos a garganta cortada, o dedo decepado, mas caímos em uma história não muito envolvente, beirando clichês como o pai de família mafioso com seu filho problemático, o policial disfarçado que engana a todos e no fim se revela um bom moço, a boa moça do hospital, sempre disposta a arriscar a vida pelo "bebe". Impossível, depois de assistir Videodrome e outros bons filmes do diretor, não se decepcionar com o caminho tomado por ele nos últimos tempos.
Não que o filme seja ruim, temos uma ótima atuação de Viggo Mortensen, mas não vejo nada de muito criativo e nenhum grande acréscimo ao gênero de homem comum, de boa índole, se vê em conflito com a mafia e munido de grande força de vontade e coragem consegue triunfar. Sem falar que em nenhum momento senti grande ameaça a Naomi Watts, muito menos no momento onde o bebe é "sequestrado" do hospital.
Porém existe uma grande luta no banheiro publico, como Cronenberg gosta, e essa sim valida pelo filme todo.
Drive
3.9 3,5K Assista Agoraum pouco de Lynch, um pouco de Chan-wook Park, um pouco de Clint (o ator) e sutilmente Taxi Driver, mas mesmo assim mais fraco que suas referências. Direção supera (e em muito) o roteiro.
Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera
4.3 377As Melhores Coisas do Mundo
3.4 1,5K Assista AgoraMais fraco da Laís Bodanzky
As Canções
4.2 162Adeus, Primeiro Amor
3.3 191Mia Hansen-Løve consegue um fato raro: colocar, num filme, os sentimentos de uma adolescente e representar algo de tão difícil reprodução como o primeiro amor. Tocante
O Garoto da Bicicleta
3.7 323Os irmãos Dardenne fazem de O Garoto de Bicicleta uma fabula para o valor da família na construção de um individuo, ao mesmo tempo que Samantha só se realiza plenamente quando aceita o papel de mãe. Se utilizando de vários preceitos morais o filme chega a flertar até com uma reflexão bíblica - a mãe que aceita o filho independente do que tenha acontecido remete a capacidade e do valor de poder perdoar.
Maniqueista, apresenta os personagens secundários de forma plana: o pai é ruim por abandonar o filho, o garoto que trafica é ruim por desvirtuar Cyril e a guardiã é boa por acolher o protagonista - simples assim. Como acredito que um indivíduo pode ter discernimento moral mesmo sem uma figura familiar e contesto essa supervalorização da entidade, além do que disse anteriormente, me sinto estranhamente desconfortável com esse filme e com o que ele prega tão explicitamente, chegando a ser um tanto pedagógico.
Amarelo Manga
3.8 542 Assista AgoraPoxa Cláudio Assis, tinha que ter encerrado o filme com a imagem das duas crianças no barco. A sequencia seguinte da Kika indo cortar o cabelo, e querendo pintar de "amarelo manga" ficou destoante e desnecessária.
We Can't Go Home Again
3.9 1 Assista AgoraPerfeito em toda sua imperfeição
O Corte no Tempo: A Magia da Edição de Filmes
4.4 40Assisti na minha aula de direção, da pra ter um apanhado bem basico do trabalho de um editor e da história da edição. Um bom começo pra quem pretende se aventurar na area.
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraDesperdício de elenco.
Crítica em:
Dogville Confessions
3.7 52Horas de filmagem e o diretor gasta tempo com tomadas aéreas de florestas no inverno da Suécia. Raso e pouco informativo, não matou minha curiosidade sobre o processo de produção do filme.
Kaidan - Horror Classic
2.3 3Vale só pelo curta do Kore-eda
Cut
3.8 12Passando na mostra de cinema de São Paulo, vale a pena assistir.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KMesmo para um filme feito aos 19 anos, é difícil ignorar certos desvios e deslizes que empobrecem a obra. O personagem de Xavier soa um tanto mimado e egoísta, principalmente no primeiro terço do filme, ilustrado pela discussão no carro e na mesa. Sendo um filme quase biográfico, cria-se uma certa antipatia inicial, mesmo que suave, ao protagonista. As situações que deveriam agravar o drama de Xavier soam corriqueiras para grande parte dos espectadores, e parecem não serem o suficiente pra justificar a problematica do filme. Por mais que sua mãe tenha alguns defeitos, eles não parecem de tamanha intensidade pra justificar a grande crise que o personagem sofre, e que deveria alimentar a obra.
Somo isso com alguns deslizes na transição entre a trilha sonora, nos inserts de texto no meio do filme e da necessidade de se estilizar a fotografia a todo momento. Se não me engano temos apenas um momento de camera realmente tremula: quando Xavier anda de noite. O roteiro, sem o aspecto visual da obra, parece arrastado demais para um bom filme.
Embora a pretenção artistica e a visão de Xavier do seu próprio sofrimento, sou obrigado a dar o braço a torcer pra obra pela coragem do diretor de colocar sua sexualidade na mesma e nos dar uma das mais belas cenas de 2009, quando Xavier e seu namorado estão a pintar a parede.
Só tenho uma duvida sobre o filme, ele foi filmado em digital ou em 35mm?
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraGrizzly Bear e Ryan Gosling em um ótimo filme.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraA cena final, com o planeta crescendo no fundo da tela, enquanto vemos Claire entrando em desespero é incrivelmente bela.
Senhores do Crime
3.9 446 Assista AgoraCronenberg ainda está lá, mais agora de forma comportada. Ainda vemos a garganta cortada, o dedo decepado, mas caímos em uma história não muito envolvente, beirando clichês como o pai de família mafioso com seu filho problemático, o policial disfarçado que engana a todos e no fim se revela um bom moço, a boa moça do hospital, sempre disposta a arriscar a vida pelo "bebe". Impossível, depois de assistir Videodrome e outros bons filmes do diretor, não se decepcionar com o caminho tomado por ele nos últimos tempos.
Não que o filme seja ruim, temos uma ótima atuação de Viggo Mortensen, mas não vejo nada de muito criativo e nenhum grande acréscimo ao gênero de homem comum, de boa índole, se vê em conflito com a mafia e munido de grande força de vontade e coragem consegue triunfar. Sem falar que em nenhum momento senti grande ameaça a Naomi Watts, muito menos no momento onde o bebe é "sequestrado" do hospital.
Porém existe uma grande luta no banheiro publico, como Cronenberg gosta, e essa sim valida pelo filme todo.
Tempo de Guerra
3.8 34- Hollywood Technicolor