"The waldo moment" é mais verossímil do que parece: nas últimas eleições para prefeito, em uma pequena cidade do meu Estado, um grupo de moradores foi responsável pela candidatura de um bode, e adivinhem, o bode liderou todas as pesquisas de intenção de voto! Imaginem se ele falasse e fizesse tudo o que o waldo fazia...
Confesso que demorei a me deixar cativar por essa série apenas por não ter grandes afinidades com o gênero ficção científica, entretanto, desde o começo logo percebi que se tratava de uma obra de arte que traz uma perfeita conpreensão da complexidade e da condição características dos seres humanos. A perfeição dessa temporada foi se tecendo aos poucos, nos diálogos, na construção dos personagens, nas falas brilhantes, no enredo que não tem nada em excesso nem em falta. Trata-se de uma série que pode de cara afastar o espectador preconceituoso e com pouca vivênvia, mas que não decepcionará aquele que persistir, pois é tão grandiosa como o nosso mundo contemporâneo globalizado, onde, agora mais do que nunca, vale o ditado "uma andorinha só não faz verão", além do célebre verso de João Cabral "Um galo sozinho não tece a manhã". Sense8 existe pra mostrar que ainda devemos acreditar na gentileza, e que é preciso tecer hoje o mundo em que viveremos amanhã.
O homem da nossa civilização adora ver sangue (alheio). Com toda a naturalidade e receptividade, completa suas refeições com as notícias trágicas e chocantes dos telejornais locais. Por mais que pareça estranho e embrulhe o estômago de alguns, muita gente, por sua vez, faz das imagens mórbidas o melhor tempero para a comida, pois têm fome e sede de desgraça: já perderam há muito o senso de humanidade e civilidade, tornaram-se tão cretinos e irracionais como o Lou Bloom. Podem argumentar: "ah! Os fatos é que são sensacionalistas, não as notícias", achando, ingenuamente, que eles próprios - os expectadores do espetáculo jornalístico - não são os alimentadores das notícias, isto é, que não são os verdadeiros abutres.
O progresso tecnológico e econômico, a fixação das fábricas na civilização do século XX deixou lacunas enormes no cotidiano do homem, e fez com que o tédio ocupasse um papel central em sua vida. Este filme recria de forma sublime o impacto do tédio e a ausência de humanidade nas relações humanas; o amor ao homem e à natureza está embaçado por trás da névoa permanente, da fumaça tóxica das chaminés. O tédio provoca a fragilidade e a esterilidade cultural, é difícil de ser identificado: "Há algo terrível na realidade e eu não sei o que é. Ninguém me diz"; não é de se estranhar que, nesse filme, o único momento de libertação seja a estória que é contada ao filho doente, é a única ilusão de fuga de uma realidade esmagadora. Trata-se de uma obra-prima que merece ser vista.
"A melancolia se caracteriza por um desânimo profundamente doloroso, uma suspensão do interesse pelo mundo externo, perda da capacidade de amar, inibição de toda a atividade e um rebaixamento do sentimento de autoestima, que se expressa em autorrecriminações e autoinsultos, chegando até a expectativa delirante de punição." (Freud, em "Luto e Melancolia")
Tão problemática quanto o preconceito racial é classificação de caráter bom ou mau. Um homem violento pode ser um bom pai, assim como um bom policial pode cometer erros, alguns irreversíveis. O ódio, a vontade de vingança, a insubmissão, o instinto são características inerentes à condição humana, e o homem vive numa luta constante com esses sentimentos, mas não se sabe até que níveis de tensão ele é capaz de controlar sua hostilidade. Às vezes podemos recompensar alguém por um erro que cometemos mas, infelizmente, nem sempre isso é possível. E nesses casos impossíveis, é preciso seguir em frente e buscar ser alguém melhor.
O enorme conflito que é a dualidade do homem. Capacete "Born to kill" x Broche da paz, como se o capacete representasse os EUA, e o broche lembrasse os civis vietnamitas, vítimas de uma guerra que não era deles.
Acho que o tema desse filme deve entrar cada vez mais em evidência. Na minha opinião, o mundo tecnológico tende a se tornar uma via de alienação para os que têm acesso a este mundo, pois poucos se atrevem a questionar se o "avanço" é legítimo, se os usuários da tecnologia estão crescendo pessoalmente e fortalecendo as relações com as pessoas ao redor. O filme atesta essa situação:
Theodore vive bastante isolado da sociedade (talvez por ter sofrido um grande trauma), mas, ao mesmo tempo, ocupa um lugar comum, ou seja, tem o comportamento que é tido como algo absolutamente aceitável dentro da sociedade, de modo que a vida de Theodore é a regra, e não a exceção. O filme sugere uma sociedade na qual o isolamento causado pela tecnologia é uma tendência a ser seguida. Para mim, isso é assustador.
Deve existir um limite no qual o contato com a tecnologia passa a ser algo nocivo aos usuários e, por isso, é que cada um de nós deve conhecer o próprio limite. Realmente, esse filme é incrível.
Achei bem poético. Lembrou um pouco Godard: em alguns filmes, a poesia entra como um destaque, os personagens leem trechos de livros, criam cenas teatrais. Gostei bastante!
Os diálogos desse filme são mais diluídos do que os das telenovelas da globo, sinceramente, um texto bem na base do "enchimento de linguiça", muita coisa desnecessária. Uma boa ideia, porém mal aproveitada.
O livro de Mário de Andrade é um dos mais ricos da nossa Literatura, pois é quase totalmente baseado no folclore brasileiro, ou seja, foi influenciado por lendas de diversos autores, música popular, religiões populares, vários elementos ligados às nossas raízes indígenas.
Não acho que o "brasileiro" foi ridicularizado, mas, ao contrário, foi representado de forma (muito) bem humorada. É claro que a imagem do "herói sem nenhum caráter" é uma crítica forte à sociedade brasileira, que exalta os astuciosos e desonestos, mas julga como inferior aquele que é digno de respeito. Basicamente, havia (e ainda há) uma grande inversão de valores na sociedade.
Sinceramente, é um dos meus filmes preferidos pelo dinamismo dos personagens, pela riqueza dos cenários e qualidade da direção.
Cara, muito legal! São os questionamentos filosóficos que sempre ocorrem quando espero o ônibus; um tempo de profunda comunicação telepática com o ônibus. uhauahuah
O escritor, cuja vida está repleta de neuroses a ponto de não sobrar espaço para a entrada de pessoas reais na vida do mesmo. Está sempre construindo casas sobre a areia (ilusões), as quais acabam por tomar conta da vida dele.
Outra coisa: quando alguém faz a você um mal, consegues esquecer e ficar em paz ou faz questão de lembrar e alimentar um desejo por vingança? Esse é um dos grandes dilemas vividos por pessoas pacíficas e não-pacíficas. Quando se esquece de algo perverso, está sendo quebrada a cadeia do ódio. Este, assim, deixa de existir. Disse uma das personagens: "as pessoas vêm a esta ilha para esquecer".
Além de tudo, o filme mostra sempre uma integração do homem com os elementos da natureza, o que torna a história cada vez mais mística, rica em metáforas, e muito mais bela, é claro.
E o sexo? Apareceu como uma cereja no bolo, assim como Paz Vega, Elena Anaya e Najwa Nimri!
Outra coisa: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Xs2KQmVaqkg#at=153 kkkkkkkkk Pérola!
Uma grande alegoria sobre a eterna luta entre "bárbaros" invasores e as civilizações estigmatizadas. A história desse filme é semelhante à "Lenda dos Diamantes", que compõe o imaginário folclórico de Minas Gerais. Diz a lenda que uma tribo estava em constante defesa contra os bandeirantes que, sedentos pelo ouro, queria a terra dos nativos a todo custo. Logo surgiu um índio traidor que revelou aos bandeirantes que a secular árvore acaiaca, que dominava a colina, era sagrada para a tribo dos puris. A árvore dava-lhes força, segurança e espiritualidade, de modo tudo acontecia ao redor dela. Desde então a estratégia de ataque dos invasores seria derrubar a grande árvore, o deus da tribo, e assim fez-se. O pajé, ao ver a árvore morta e toda a aldeia devastada, jogou uma maldição eterna sobre a civilização que estava a surgir e incendiou a acaiaca. O fogo tomou conta da árvore e os pedaços de carvão, que se espalhavam em chamas por toda a região, semeando serras e vales, transformaram-se em diamantes. A aldeia sempre vivera pacificamente. Poderia então uma civilização destruir outra em nome de um progresso que só beneficiaria uma delas? É isso que acontece com as tribos na floresta amazônica. Isso é certo, por acaso? Basicamente, essa é lei do mais forte, que na verdade não se faz justa em uma democracia. Não se pode haver igualdade entre fortes e fracos: os fortes sempre dominarão.
Por isso é que esse filme é uma das metáforas mais incríveis que já vi sobre a sociedade.
Detalhe: o nome do filme em inglês é "neighboring sounds", que lembra a palavra "boring", que significa "chato", que pode sugerir que o cotidiano é chato, entediante. Mas o filme não é chato de forma alguma, ao contrário, o filme é genial.
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista Agora"The waldo moment" é mais verossímil do que parece: nas últimas eleições para prefeito, em uma pequena cidade do meu Estado, um grupo de moradores foi responsável pela candidatura de um bode, e adivinhem, o bode liderou todas as pesquisas de intenção de voto! Imaginem se ele falasse e fizesse tudo o que o waldo fazia...
Friends (10ª Temporada)
4.7 930Um olho mágico emoldurado numa porta. <3
Corisco & Dada
3.6 33 Assista Agora"As memórias queimam a alma da gente. Tem coisa que a gente vê e nunca mais esquece..."
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista Agora"Eat my shit!"
A Pele de Vênus
4.0 218 Assista Agora"E Deus o castigou e o colocou nas mãos de uma mulher"
Sense8 (1ª Temporada)
4.4 2,1K Assista AgoraConfesso que demorei a me deixar cativar por essa série apenas por não ter grandes afinidades com o gênero ficção científica, entretanto, desde o começo logo percebi que se tratava de uma obra de arte que traz uma perfeita conpreensão da complexidade e da condição características dos seres humanos. A perfeição dessa temporada foi se tecendo aos poucos, nos diálogos, na construção dos personagens, nas falas brilhantes, no enredo que não tem nada em excesso nem em falta.
Trata-se de uma série que pode de cara afastar o espectador preconceituoso e com pouca vivênvia, mas que não decepcionará aquele que persistir, pois é tão grandiosa como o nosso mundo contemporâneo globalizado, onde, agora mais do que nunca, vale o ditado "uma andorinha só não faz verão", além do célebre verso de João Cabral "Um galo sozinho não tece a manhã".
Sense8 existe pra mostrar que ainda devemos acreditar na gentileza, e que é preciso tecer hoje o mundo em que viveremos amanhã.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraO homem da nossa civilização adora ver sangue (alheio). Com toda a naturalidade e receptividade, completa suas refeições com as notícias trágicas e chocantes dos telejornais locais. Por mais que pareça estranho e embrulhe o estômago de alguns, muita gente, por sua vez, faz das imagens mórbidas o melhor tempero para a comida, pois têm fome e sede de desgraça: já perderam há muito o senso de humanidade e civilidade, tornaram-se tão cretinos e irracionais como o Lou Bloom. Podem argumentar: "ah! Os fatos é que são sensacionalistas, não as notícias", achando, ingenuamente, que eles próprios - os expectadores do espetáculo jornalístico - não são os alimentadores das notícias, isto é, que não são os verdadeiros abutres.
Alabama Monroe
4.3 1,4KLuto é coisa séria
O Deserto Vermelho
4.0 95O progresso tecnológico e econômico, a fixação das fábricas na civilização do século XX deixou lacunas enormes no cotidiano do homem, e fez com que o tédio ocupasse um papel central em sua vida. Este filme recria de forma sublime o impacto do tédio e a ausência de humanidade nas relações humanas; o amor ao homem e à natureza está embaçado por trás da névoa permanente, da fumaça tóxica das chaminés. O tédio provoca a fragilidade e a esterilidade cultural, é difícil de ser identificado: "Há algo terrível na realidade e eu não sei o que é. Ninguém me diz"; não é de se estranhar que, nesse filme, o único momento de libertação seja a estória que é contada ao filho doente, é a única ilusão de fuga de uma realidade esmagadora.
Trata-se de uma obra-prima que merece ser vista.
Melancolia
3.8 3,1K Assista Agora"A melancolia se caracteriza por um desânimo profundamente doloroso, uma suspensão do interesse pelo mundo externo, perda da capacidade de amar, inibição de toda a atividade e um rebaixamento do sentimento de autoestima, que se expressa em autorrecriminações e autoinsultos, chegando até a expectativa delirante de punição." (Freud, em "Luto e Melancolia")
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraO Mito de Ícaro contado da melhor maneira possível.
Crash: No Limite
3.9 1,2KTão problemática quanto o preconceito racial é classificação de caráter bom ou mau. Um homem violento pode ser um bom pai, assim como um bom policial pode cometer erros, alguns irreversíveis. O ódio, a vontade de vingança, a insubmissão, o instinto são características inerentes à condição humana, e o homem vive numa luta constante com esses sentimentos, mas não se sabe até que níveis de tensão ele é capaz de controlar sua hostilidade. Às vezes podemos recompensar alguém por um erro que cometemos mas, infelizmente, nem sempre isso é possível. E nesses casos impossíveis, é preciso seguir em frente e buscar ser alguém melhor.
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraO enorme conflito que é a dualidade do homem. Capacete "Born to kill" x Broche da paz, como se o capacete representasse os EUA, e o broche lembrasse os civis vietnamitas, vítimas de uma guerra que não era deles.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraAcho que o tema desse filme deve entrar cada vez mais em evidência. Na minha opinião, o mundo tecnológico tende a se tornar uma via de alienação para os que têm acesso a este mundo, pois poucos se atrevem a questionar se o "avanço" é legítimo, se os usuários da tecnologia estão crescendo pessoalmente e fortalecendo as relações com as pessoas ao redor. O filme atesta essa situação:
Theodore vive bastante isolado da sociedade (talvez por ter sofrido um grande trauma), mas, ao mesmo tempo, ocupa um lugar comum, ou seja, tem o comportamento que é tido como algo absolutamente aceitável dentro da sociedade, de modo que a vida de Theodore é a regra, e não a exceção. O filme sugere uma sociedade na qual o isolamento causado pela tecnologia é uma tendência a ser seguida. Para mim, isso é assustador.
Comida
4.5 78Bom apetite ;)
O Olho do Diabo
4.3 90"Todo o castigo do mundo é pouco para quem ama". Sem mais.
A Via Láctea
3.5 66 Assista AgoraAchei bem poético. Lembrou um pouco Godard: em alguns filmes, a poesia entra como um destaque, os personagens leem trechos de livros, criam cenas teatrais. Gostei bastante!
Encaixotando Helena
3.1 307Os diálogos desse filme são mais diluídos do que os das telenovelas da globo, sinceramente, um texto bem na base do "enchimento de linguiça", muita coisa desnecessária. Uma boa ideia, porém mal aproveitada.
E aquela cena do atropelamento? trash demais.
Macunaíma
3.3 274 Assista AgoraO livro de Mário de Andrade é um dos mais ricos da nossa Literatura, pois é quase totalmente baseado no folclore brasileiro, ou seja, foi influenciado por lendas de diversos autores, música popular, religiões populares, vários elementos ligados às nossas raízes indígenas.
Não acho que o "brasileiro" foi ridicularizado, mas, ao contrário, foi representado de forma (muito) bem humorada. É claro que a imagem do "herói sem nenhum caráter" é uma crítica forte à sociedade brasileira, que exalta os astuciosos e desonestos, mas julga como inferior aquele que é digno de respeito. Basicamente, havia (e ainda há) uma grande inversão de valores na sociedade.
Sinceramente, é um dos meus filmes preferidos pelo dinamismo dos personagens, pela riqueza dos cenários e qualidade da direção.
Simplesmente uma Mulher
2.9 36 Assista AgoraContinuação de Thelma & Louise?
O Paradoxo da Espera do Ônibus
3.8 413Cara, muito legal! São os questionamentos filosóficos que sempre ocorrem quando espero o ônibus; um tempo de profunda comunicação telepática com o ônibus. uhauahuah
Lúcia e o Sexo
3.7 216Filme muito belo, sem dúvidas!
O escritor, cuja vida está repleta de neuroses a ponto de não sobrar espaço para a entrada de pessoas reais na vida do mesmo. Está sempre construindo casas sobre a areia (ilusões), as quais acabam por tomar conta da vida dele.
Outra coisa: quando alguém faz a você um mal, consegues esquecer e ficar em paz ou faz questão de lembrar e alimentar um desejo por vingança? Esse é um dos grandes dilemas vividos por pessoas pacíficas e não-pacíficas. Quando se esquece de algo perverso, está sendo quebrada a cadeia do ódio. Este, assim, deixa de existir. Disse uma das personagens: "as pessoas vêm a esta ilha para esquecer".
Além de tudo, o filme mostra sempre uma integração do homem com os elementos da natureza, o que torna a história cada vez mais mística, rica em metáforas, e muito mais bela, é claro.
E o sexo? Apareceu como uma cereja no bolo, assim como Paz Vega, Elena Anaya e Najwa Nimri!
Outra coisa:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Xs2KQmVaqkg#at=153
kkkkkkkkk Pérola!
Avatar
3.6 4,5K Assista AgoraUma grande alegoria sobre a eterna luta entre "bárbaros" invasores e as civilizações estigmatizadas. A história desse filme é semelhante à "Lenda dos Diamantes", que compõe o imaginário folclórico de Minas Gerais. Diz a lenda que uma tribo estava em constante defesa contra os bandeirantes que, sedentos pelo ouro, queria a terra dos nativos a todo custo. Logo surgiu um índio traidor que revelou aos bandeirantes que a secular árvore acaiaca, que dominava a colina, era sagrada para a tribo dos puris. A árvore dava-lhes força, segurança e espiritualidade, de modo tudo acontecia ao redor dela. Desde então a estratégia de ataque dos invasores seria derrubar a grande árvore, o deus da tribo, e assim fez-se. O pajé, ao ver a árvore morta e toda a aldeia devastada, jogou uma maldição eterna sobre a civilização que estava a surgir e incendiou a acaiaca. O fogo tomou conta da árvore e os pedaços de carvão, que se espalhavam em chamas por toda a região, semeando serras e vales, transformaram-se em diamantes.
A aldeia sempre vivera pacificamente. Poderia então uma civilização destruir outra em nome de um progresso que só beneficiaria uma delas? É isso que acontece com as tribos na floresta amazônica. Isso é certo, por acaso? Basicamente, essa é lei do mais forte, que na verdade não se faz justa em uma democracia. Não se pode haver igualdade entre fortes e fracos: os fortes sempre dominarão.
Por isso é que esse filme é uma das metáforas mais incríveis que já vi sobre a sociedade.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraDetalhe: o nome do filme em inglês é "neighboring sounds", que lembra a palavra "boring", que significa "chato", que pode sugerir que o cotidiano é chato, entediante. Mas o filme não é chato de forma alguma, ao contrário, o filme é genial.