Assim como "Fargo", esse clássico dos Irmãos Coen não é pra todos os gostos. Eu gostei bastante do jeito como os diretores usaram alguns dos elementos de "Fargo" como o sotaque do sul dos E.U.A, diálogos curtos e sombrios, personagens muito críveis que ilustram bem pessoas comuns do cotidiano e, claro, um herói xerife, como a Marge Gunderson em "Fargo". Embora o personagem do Tommy Lee tenha uma participação menor na trama que a personagem da Frances McDomand. O vilão do filme também é memorável, Javier Bardem deu um show como o sociopata, obsessivo e calculista Anton Chigurh e seu coin-flipping. Eu notei algumas semelhanças entre esse filme e "Hell or High Water", principalmente porque os dois filmes têm um fim quase anti-climático, em que o xerife herói não confronta o vilão.
A mistura perfeita de ficção científica e filosofia. Desde o tema de seres humanos criando replicantes - seres que basicamente são mais que humanos, mas a princípio não têm livre arbítrio -, o que já é uma clara alegoria ao papel de Deus criando os anjos, ao fato de Roy descobrir os movimentos finais no jogo de xadrez com o proprietário da Companhia Tyrell (o "pai dele"), o que representa a batalha entre uma classe oprimida (Roy e seus Nexus-6) e uma opressora (a humanidade), Blade Runner é mais do que só mais um filme de ação com o Harrison Ford. Eu poderia escrever linhas e mais linhas sobre outros temas tratados no longa, como mudanças ambientais, troca de cultura (parece que a China vai mesmo superar os E.U.A), identidade, o que nos faz humanos, etc. Esse filme tem uma conexão muito forte com "Westworld" (o seriado da HBO), no sentido que ambos tratam de consciência e androides que lutam para desenvolvê-la, o que realmente diferencia um ser humano de uma máquina, que afinal pensa e age como um ser humano, e dá pra criar um paralelo bem interessante entre o Eldon Tyrell e o Robert Ford, entre o Roy Batty e a Maeve Millay e (dependendo da sua interpretação do filme) entre o Deckard e a Dolores Abernathy ... Eu não vou nem discutir a grande questão do filme:
Dito isso, eu achei o filme meio lento em algumas partes, mas isso é perdoável, e os efeitos especiais sensacionais pra época, os temas abordados bem profundos e as atuações boas.
Simplesmente magistral. Obra-prima de Walt Disney, um banquete para a imaginação e a visão, recheado de referências a grandes compositores e autores ( como Beethoven, Goethe, Tchaikovsky ) e à mitologia grega e cristã, bem como um toque científico no ato de Rite of Spring, contando o início da vida na Terra. A cena final é simplesmente linda, com o simbolismo da luz da alvorada vencendo sobre os poderes das trevas. Genial, a must-see.
Achei esse filme melhor do que Annie Hall, apesar de ter muitos dos elementos desse último: romance intelectual, referências cult, Woody Allen e seu tom auto depreciativo, Woody Allen e seu tom auto apreciativo. Achei que Manhattan fala mais ao coração, principalmente na cena final final em que o personagem do Allen lista as coisas que o fazem feliz e, entre elas está o rosto de sua namorada Tracy (se você puder esquecer que ele tinha 42 anos e ela, 18, é bem tocante). Achei interessante a adição de uma Meryl Streep bissexual, principalmente levando em consideração que o filme foi rodado 38 anos atrás, e achei que a discrição que a personagem dela faz do Isaac Davis em seu livro condiz muito com a impressão que tenho do próprio Woody Allen, o que deve ter sido proposital. Diane Keaton linda como sempre, com uma personagem ligeiramente mais digna dela nessa trama: achei a Mary mais madura e estável do que a Annie, e mais racional, por assim dizer ( o que é comum nos filmes do Allen, esse conceito de razão vs. coração. No geral, um bom filme, novamente se você consegue ignorar que o protagonista transava com uma garota de 18 anos ( "somewhere Nabokov is smiling, if you know what I mean.")
Quarto filme assistido desse diretor, e ainda não consigo compreender porquê as pessoas o colocam num pedestal. Em Annie Hall, assim como em Hannah and Her Sister, eu percebi uma tentativa desesperada do diretor de se mostrar cult; Allen joga um monte de referências a obras, poetas, movimentos históricos, pintores etc ... tudo com a aparente intenção de nos fazer sentir tão estúpidos quanto ele parece querer que seus pares românticos se sintam. Sim, eu noto um tom ligeiramente machista em Annie Hall: a personagem de Diane Keaton ( que a propósito era realmente linda!) diz pelo menos umas quatro vezes que o seu baixo, feio, quase careca, neurótico, possessivo namorado é mais inteligente do que ela; que ela não é esperta o suficiente para ele; exatamente como o par romântico de Woody em "Hannah" parece se sentir. Woody Allen, você já lisonjeia a si próprio demais, escrevendo um roteiro em que uma mulher linda e determinada como Annie Hall se apaixona por um personagem tão arrogante e deplorável como Alvy Singer, por favor nos poupe do seu machismo velado. Pra mim, o que salvou o filme foi mesmo o desempenho da Diane, que apesar de ter sido dada o papel de uma mulher psicologicamente instável e, claro, dependente da personagem do Allen durante a maior parte do filme ( até que ela decide abandoná-lo, só pra que Alvy pudesse escrever uma peça sobre como amar dói e mulheres são traíras), o fez com beleza e desenvoltura.
[/spoiler]Polêmico. Eu achei a premissa do filme genial, principalmente porque é uma história de racismo baseada numa ideia racista: a de que pessoas de cor têm mais animalidade, são mais bestiais, mais sexualmente ativas do que pessoas brancas. Daí toda a ideia da trama, que no melhor estilo Black Mirror, nos mostra pessoas brancas e velhas trocando de corpo com pessoas negras, jovens e sadias, num processo tão desumano quanto racista. Como os outros filmes do Jordan Peele, temos alguns elementos típicos de terror: cenas de susto, personagens agindo de maneira sinistra; mas Peele também cria situações únicas de seu trabalho, como plot twists tão óbvios que nem nos passam pela cabeça ( é claro que a namorada sabia de tudo ). Enfim, o filme tem os seus clichês, mas a trama é bastante original, e interpretação do Daniel Kaluuya foi incrível, principalmente na primeira cena do hipnotismo, em que Mrs.Armitage o força a lembrar de sua mãe. Aquela cena foi bem forte. Achei o final um tanto anticlimático, mas no geral foi um bom filme, abordando racismo e esteriótipos de uma maneira bem nova.
Nessa nova era do cinema, em que temas como política, corrupção e violência refletem cada vez mais a paisagem política mundial, esse filme foi simplesmente sensacional! Os diálogos rápidos e inteligentes dignos de House of Cards, a determinação, frieza, inteligência e ironia ácida da protagonista não poderiam ter sido melhor retratados; Jessica Chastain se superou como Miss Sloane. Apesar de seus clichês, e de em certas cenas ( como as tentativas frágeis da Elizabeth de se relacionar com o prostituto Forde, ou a "barata espiã") o filme ter forçado um pouco, eu achei um filme bem produzido, com uma protagonista cativante e uma trama relevante à vida real.
A síntese perfeita entre comédia, drama e ação. "Fargo" é centrado na simplicidade dos habitantes do sul dos E.U.A, ambientado na clássica "small-town" americana. O filme em si é diferente de tudo que eu já tenha visto, justamente por essa mistura entre violência e comédia, acho que poderia até dizer que o filme tem uma espécie de humor negro. Eu gostei bastante da protagonista principal, Margie, que na minha opinião representou bastante bem o espírito de small southern town que o filme traz. Steve Buscemi também interpretou muito bem (estou gostando bastante dele em "Boardwalk Empire" também). Achei bem interessante o diálogo final entre a Margie (gentil, justa, cativante) e o personagem do Peter Stormare (mórbido, cruel e mau ). Não é um filme pra todo mundo; eu gostei.
Simplesmente sensacional. O subtítulo "Do Luxo à Decadência" resume bastante esse filme baseado no documentário de 1975 sobre as vidas de Edith Senior e Junior Bouvier Beale, as primas socialites da Primeira Dama Jacqueline Kennedy. O filme nos mostra o passado ( luxo ) em que ambas as personagens eram vãs, ricas e constantemente procurando por fama e mais dinheiro. Jessica Lange dá um show como Big Edie, uma mulher presa em um casamento sem amor, privada de sua independência e carreira como cantora, e que projeta todas as suas aspirações na filha, Little Edie, também interpretada maravilhosamente pela Drew Barrymore - ela conseguiu toda a excentricidade e instabilidade da modelo, que facou famosa nos anos 60 e 70 por sua doença que a privava de cabelos, fazendo com que ela usasse lenços e suas roupas exóticas. O presente ( decadência ) nos mostra mãe e filha vivendo em condições sub-humanas na antiga propriedade dos Beale em Grey Gardens. A interação entre as duas atrizes é inacreditável, Lange volta a emocionar interpretando mais uma personagem enfrentando a velhice e decadência ( vide Fiona Goode em "American Horror Story" e Crawford em "Feud" ). A.cena final em que Little Edie é aplaudida de pé me emocionou porque a gente percebe o quanto ela desejava reconhecimento e atenção, mas não os obteve durante a vida por causa da alopecia universalis e do relacionamento conturbado com a mãe, enquanto a paixão e determinação da Big Edie em permanecer em Grey Gardens mostra o quanto a personagem estava decidida a ter algo só seu, a ser independente de alguma maneira. Fiquei com muita vontade de ver o documentário!
Um culto à beleza e delicadeza, à objetificação do artista para com sua musa/obra, à efemeridade da vida e à morte. Depois de ter lido esse conto maravilhoso do Thomas Mann, cujo protagonista é quase que o próprio Thomas, espelhando muitas das experiências do autor, eu me deslumbrei com todas as referências à cultura grega, ao conceito de artista, criação e como da relação entre os dois surge o belo, maior que os dois. Enfim, todos esses elementos foram bem retratados no filme, com algumas mudanças tais como Gustave ser um maestro e não um escritor, como no texto. Achei isso um ponto negativo pra quem leu o livro, pois toda a obsessão de Gustave por Tadzio tem raíz na sua carreira como escritor. Perdoável, no entanto, porque afinal a música é também uma forma de arte pura e refinada, também requerendo inspiração. Tadzio, assim como no livro, apesar de o ator ser um pouco mais velho do que a personagem no texto, cativa e encanta o telespectador ao mesmo tempo que ao protagonista. Nas vezes em que o vemos na praia, o garoto está sempre revestido de toalha branca, comendo frutas ou brincando despreocupadamente enquanto sua sedução de Gustave fica ambígua. Percebi uma coisa bastante grega nessas cenas, como se Tadzio fosse um Adonis ou Jacinto, belo e jovem e gracioso, vivendo em hedonismo. "Morte em Veneza" foi um filme a frente de seu tempo, abordando muito mais do que a objetificação de um pedófilo por uma criança, mas temas filosóficos. Quero agora ler "Lolita" de Nabokov e assistir ao filme, para comparar a esse filme, já que ambos parecem ter um roteiro similar.
[/spoiler]Pontos positivos: as atuações são bastante sólidas, as cores são lindas, os cenários de tirar o fôlego. Pontos negativos: Kurzel distorceu cenas vitais para a narrativa - o suicídio de Lady Macbeth, que o diretor cortou em uma cena anticlimática com ela já morta e deitada em um leito, a execução de Lady Macduff e seus filhos, que foi feita em público, e não de maneira privada e escusa como na peça original e, por fim, a parte de Birnam Wood, o coração dessa peça magistral do Shakespeare, a conclusão e o desenrolar da profecia das Wierd Sisters, e eles me mostram as árvores pegando fogo? Sério? Quem viu as versões anteriores de Macbeth ou leu o roteiro original da peça, sabe que os inimigos de Macbeth usaram galhos das árvores de Birnam para atacá-lo às escondidas, daí a "floresta" se mover ... foi um final que deixou a desejar e um filme que, apesar das grandes interpretações, não deu pra salvar.
O percursor do filme de Polanski ( 1971 ) não deixa nada a desejar, considerando a época que foi feito e sendo um filme low-budget. As atuações de Jeanette Nolan como Lady Macbeth e do Orson Welles como Macbeth foram maravilhosas. Assim como os atores do "Macbeth" de Polanski, esses conseguiram transmitir toda a loucura e paranoia que o casal experimentou depois de ter cometido tantos crimes. Welles também fez um bom trabalho como diretor, reproduzindo de maneira competente a essência do trabalho do Shakespeare. Merece um lugar no hall dos épicos.
Capturou, na medida do possível, a essência dessa peça genial, magistral, fenomenal e mágica de William Shakespeare. Gostei principalmente das performances do John Finch e da Francesca Annis, que transmitiram genialmente a loucura, a culpa e a sede de poder desse casal icônico da dramaturgia, os Macbeths. As cenas de luta foram um pouco fajutas, mas isso é justificável, visto que o filme era low-budget.
" A feast for the imagination." De fato, o filme traz uma nova perspectiva ao unir a violência, o sexo e a feiura do mundo real à magia dos contos fada traduzidos pelo poeta italiano Giambattista Basile. As atuações, a fotografia, os figurinos , as tramas unidas em um grande conto, tudo culmina em um filme lírico e ao mesmo adulto, como aconteceu com "Stardust", de 2007. Destaque para as personagens femininas que variam das determinadas Rainha de Long trellis e Princesa Violet à vã e cruel Dora.
Lento e mórbido, "Mrs. Brown" é um filme biográfico sobre o serviço e vida de John Brown, interpretado muito bem pelo Billy Connolly, empregado pessoal da Rainha Victoria do Reino Unido. O filme foca principalmente no período pós-viuvez da vida da Rainha, o que sempre me emociona porque historiadores concordam que ela amava o marido Albert grandemente e que perdê-lo fez dela depressiva, embora na época não houvesse um nome específico pra essa condição. No filme, Mr. Brown ajuda Victoria a lidar com sua depressão e com os problemas políticos que ela enfrentava à época, tanto no Parlamento inglês que queria a introdução do republicanismo, quanto com os rebeldes Fenians na Irlanda. A Rainha é brilhantemente interpretada pela Dama Judi Dench, uma das atrizes mais sensacionais da Grã-Bretanha, e sua relação com Mr. Brown ( que originou o título do filme, porque começou a correr um rumor de que ela era apaixonada por ele, daí "Mrs. Brown" ) é tocante e muito bem contracenada. A fotografia do filme é linda, mostrando as paisagens das Terras Altas escosesas , e os figurinos incríveis.
[/spoiler] O filme é baseado no episódio do massacre de escola de Columbine, nos EUA, e os protagonistas do filme - André e Calvin. - refletem os perpetradores originais. Achei isso bem perigoso da parte do diretor, pois havia-se passado um ano desde a tragédia, e abordar o assunto tão brutalmente como no filme talvez incentivasse mais daquele comportamento, mas, como as próprias personagens de "Zero Day" dizem: " isso é o que nós somos; faríamos isso de qualquer maneira, e não é culpa de ninguém." Dito isso, a produção é extremamente perturbadora, em parte por ter sido feita em estilo "found-footage" ( estilo esse que tem se tornado bem popular desde então, e sempre é mais assustador do que o uso de câmeras profissionais, na minha opinião ) e em parte pela atuação que eu achei genial dos atores principais. Eles conseguiram transmitir toda a instabilidade, ódio, vulnerabilidade, loucura e instinto assassino que refletem os atiradores originais e que foram tão bem mascarados que surpreenderam mesmo os pais quando do tiroteio. Os vinte minutos finais do filme talvez tenham sido uns dos mais chocantes que já vi: novamente Ben Coccio de vale se câmeras de segurança para passar um senso de realidade que, somado à atuação convincente dos atores principais e dos figurantes, recria o horror que deve ter sido o massacre real. Tive que dar uma pausa e respirar um pouco em diversos momentos, porque são imagens realmente fortes e o telespectador é imediatamente transportado ao terror que as vítimas de Columbine devem ter sentido. A cena final, em que um grupo de adolescentes ( também sob o estilo "found-footage" ) queima as cruzes que representam Calvin e Andre pra mim representou a continuidade do ciclo de violência juvenil que é um dos males dos século passado e desse. Em suma, achei um filme perturbador, assustador e, acima de tudo, diferente de tudo que já vi.
Depois de ter lido o livro espetacular de Umberto Eco, o filme me deixou muito satisfeito em termos de adaptação: a tradição católica medieval foi tão capturada no filme quanto no romance, os figurinos eram excelentes e as atuações bem fortes. Houve algumas mudanças ( como já era de se esperar ), mas no geral o filme preservou bem o espírito do livro genial do Eco.
Filme inteligente, cheio de alegorias filosóficas e com diálogos muito bem escritos. Adorei a temática abordada. Talvez um pouco teatral demais, e o fim ficou bastante vago. No geral, um clássico.
Enredo emocionante. Atuações solidas de Jacob Tremblay e Brie Larson. Interessante que o filme foca muito mais na vida das personagens pós-cativeiro do que no período em que elas ficaram presas, e tudo sob a perspectiva de Jack, brilhantemente interpretado por Tremblay. Então é como se o telespectador descobrisse o mundo, e como ele funciona pela primeira vez, como o protagonista. Um filme leve sobre um tema pesadíssimo.
Filme inteligente, com diálogos excelentes e interpretações brilhantes de Bette Davis e Anne Baxter. Eve pode ser comparada com Blanche DuBois ( A Streetcar Named Desire ) e Jasmine French ( Blue Jasmine ) no tocante a personagens capazes de tudo por glamour e fama. Novamente, a atuação da Bette Davis foi excelente e sua personagem roubou a cena.
Mais uma grande produção de Almodóvar. Atuações excelentes, cinematografia linda, história bastante original e personagens cativantes. Outro excelente filme desde diretor genial!
Ouvi falar tão mal desse filme que fui assistí-lo só por teimosia, e que bom que o fiz! Um filme literalmente gostoso de assistir! Atuações competentíssimas da Helena Bonham Carter e do Freddie Highmore ( vê-lo beijar outro homem já fez o filme valer a pena pra mim!). In short, um filme bastante divertido e colorido. Gostei.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraAssim como "Fargo", esse clássico dos Irmãos Coen não é pra todos os gostos. Eu gostei bastante do jeito como os diretores usaram alguns dos elementos de "Fargo" como o sotaque do sul dos E.U.A, diálogos curtos e sombrios, personagens muito críveis que ilustram bem pessoas comuns do cotidiano e, claro, um herói xerife, como a Marge Gunderson em "Fargo". Embora o personagem do Tommy Lee tenha uma participação menor na trama que a personagem da Frances McDomand. O vilão do filme também é memorável, Javier Bardem deu um show como o sociopata, obsessivo e calculista Anton Chigurh e seu coin-flipping. Eu notei algumas semelhanças entre esse filme e "Hell or High Water", principalmente porque os dois filmes têm um fim quase anti-climático, em que o xerife herói não confronta o vilão.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraA mistura perfeita de ficção científica e filosofia. Desde o tema de seres humanos criando replicantes - seres que basicamente são mais que humanos, mas a princípio não têm livre arbítrio -, o que já é uma clara alegoria ao papel de Deus criando os anjos, ao fato de Roy descobrir os movimentos finais no jogo de xadrez com o proprietário da Companhia Tyrell (o "pai dele"), o que representa a batalha entre uma classe oprimida (Roy e seus Nexus-6) e uma opressora (a humanidade), Blade Runner é mais do que só mais um filme de ação com o Harrison Ford. Eu poderia escrever linhas e mais linhas sobre outros temas tratados no longa, como mudanças ambientais, troca de cultura (parece que a China vai mesmo superar os E.U.A), identidade, o que nos faz humanos, etc. Esse filme tem uma conexão muito forte com "Westworld" (o seriado da HBO), no sentido que ambos tratam de consciência e androides que lutam para desenvolvê-la, o que realmente diferencia um ser humano de uma máquina, que afinal pensa e age como um ser humano, e dá pra criar um paralelo bem interessante entre o Eldon Tyrell e o Robert Ford, entre o Roy Batty e a Maeve Millay e (dependendo da sua interpretação do filme) entre o Deckard e a Dolores Abernathy ... Eu não vou nem discutir a grande questão do filme:
Dito isso, eu achei o filme meio lento em algumas partes, mas isso é perdoável, e os efeitos especiais sensacionais pra época, os temas abordados bem profundos e as atuações boas.
Fantasia
4.1 300 Assista AgoraSimplesmente magistral. Obra-prima de Walt Disney, um banquete para a imaginação e a visão, recheado de referências a grandes compositores e autores ( como Beethoven, Goethe, Tchaikovsky ) e à mitologia grega e cristã, bem como um toque científico no ato de Rite of Spring, contando o início da vida na Terra. A cena final é simplesmente linda, com o simbolismo da luz da alvorada vencendo sobre os poderes das trevas. Genial, a must-see.
Manhattan
4.1 596 Assista AgoraAchei esse filme melhor do que Annie Hall, apesar de ter muitos dos elementos desse último: romance intelectual, referências cult, Woody Allen e seu tom auto depreciativo, Woody Allen e seu tom auto apreciativo. Achei que Manhattan fala mais ao coração, principalmente na cena final final em que o personagem do Allen lista as coisas que o fazem feliz e, entre elas está o rosto de sua namorada Tracy (se você puder esquecer que ele tinha 42 anos e ela, 18, é bem tocante). Achei interessante a adição de uma Meryl Streep bissexual, principalmente levando em consideração que o filme foi rodado 38 anos atrás, e achei que a discrição que a personagem dela faz do Isaac Davis em seu livro condiz muito com a impressão que tenho do próprio Woody Allen, o que deve ter sido proposital. Diane Keaton linda como sempre, com uma personagem ligeiramente mais digna dela nessa trama: achei a Mary mais madura e estável do que a Annie, e mais racional, por assim dizer ( o que é comum nos filmes do Allen, esse conceito de razão vs. coração. No geral, um bom filme, novamente se você consegue ignorar que o protagonista transava com uma garota de 18 anos ( "somewhere Nabokov is smiling, if you know what I mean.")
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
4.1 1,1K Assista AgoraQuarto filme assistido desse diretor, e ainda não consigo compreender porquê as pessoas o colocam num pedestal. Em Annie Hall, assim como em Hannah and Her Sister, eu percebi uma tentativa desesperada do diretor de se mostrar cult; Allen joga um monte de referências a obras, poetas, movimentos históricos, pintores etc ... tudo com a aparente intenção de nos fazer sentir tão estúpidos quanto ele parece querer que seus pares românticos se sintam. Sim, eu noto um tom ligeiramente machista em Annie Hall: a personagem de Diane Keaton ( que a propósito era realmente linda!) diz pelo menos umas quatro vezes que o seu baixo, feio, quase careca, neurótico, possessivo namorado é mais inteligente do que ela; que ela não é esperta o suficiente para ele; exatamente como o par romântico de Woody em "Hannah" parece se sentir. Woody Allen, você já lisonjeia a si próprio demais, escrevendo um roteiro em que uma mulher linda e determinada como Annie Hall se apaixona por um personagem tão arrogante e deplorável como Alvy Singer, por favor nos poupe do seu machismo velado. Pra mim, o que salvou o filme foi mesmo o desempenho da Diane, que apesar de ter sido dada o papel de uma mulher psicologicamente instável e, claro, dependente da personagem do Allen durante a maior parte do filme ( até que ela decide abandoná-lo, só pra que Alvy pudesse escrever uma peça sobre como amar dói e mulheres são traíras), o fez com beleza e desenvoltura.
Corra!
4.2 3,6K Assista Agora[/spoiler]Polêmico. Eu achei a premissa do filme genial, principalmente porque é uma história de racismo baseada numa ideia racista: a de que pessoas de cor têm mais animalidade, são mais bestiais, mais sexualmente ativas do que pessoas brancas. Daí toda a ideia da trama, que no melhor estilo Black Mirror, nos mostra pessoas brancas e velhas trocando de corpo com pessoas negras, jovens e sadias, num processo tão desumano quanto racista. Como os outros filmes do Jordan Peele, temos alguns elementos típicos de terror: cenas de susto, personagens agindo de maneira sinistra; mas Peele também cria situações únicas de seu trabalho, como plot twists tão óbvios que nem nos passam pela cabeça ( é claro que a namorada sabia de tudo ). Enfim, o filme tem os seus clichês, mas a trama é bastante original, e interpretação do Daniel Kaluuya foi incrível, principalmente na primeira cena do hipnotismo, em que Mrs.Armitage o força a lembrar de sua mãe. Aquela cena foi bem forte. Achei o final um tanto anticlimático, mas no geral foi um bom filme, abordando racismo e esteriótipos de uma maneira bem nova.
[spoiler]
Armas na Mesa
4.0 223 Assista AgoraNessa nova era do cinema, em que temas como política, corrupção e violência refletem cada vez mais a paisagem política mundial, esse filme foi simplesmente sensacional! Os diálogos rápidos e inteligentes dignos de House of Cards, a determinação, frieza, inteligência e ironia ácida da protagonista não poderiam ter sido melhor retratados; Jessica Chastain se superou como Miss Sloane. Apesar de seus clichês, e de em certas cenas ( como as tentativas frágeis da Elizabeth de se relacionar com o prostituto Forde, ou a "barata espiã") o filme ter forçado um pouco, eu achei um filme bem produzido, com uma protagonista cativante e uma trama relevante à vida real.
Eraserhead
3.9 927 Assista AgoraNão tem de fazer sentido; é David Lynch.
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 921 Assista AgoraA síntese perfeita entre comédia, drama e ação. "Fargo" é centrado na simplicidade dos habitantes do sul dos E.U.A, ambientado na clássica "small-town" americana. O filme em si é diferente de tudo que eu já tenha visto, justamente por essa mistura entre violência e comédia, acho que poderia até dizer que o filme tem uma espécie de humor negro. Eu gostei bastante da protagonista principal, Margie, que na minha opinião representou bastante bem o espírito de small southern town que o filme traz. Steve Buscemi também interpretou muito bem (estou gostando bastante dele em "Boardwalk Empire" também). Achei bem interessante o diálogo final entre a Margie (gentil, justa, cativante) e o personagem do Peter Stormare (mórbido, cruel e mau ). Não é um filme pra todo mundo; eu gostei.
Grey Gardens: Do Luxo à Decadência
4.0 172 Assista AgoraSimplesmente sensacional. O subtítulo "Do Luxo à Decadência" resume bastante esse filme baseado no documentário de 1975 sobre as vidas de Edith Senior e Junior Bouvier Beale, as primas socialites da Primeira Dama Jacqueline Kennedy. O filme nos mostra o passado ( luxo ) em que ambas as personagens eram vãs, ricas e constantemente procurando por fama e mais dinheiro. Jessica Lange dá um show como Big Edie, uma mulher presa em um casamento sem amor, privada de sua independência e carreira como cantora, e que projeta todas as suas aspirações na filha, Little Edie, também interpretada maravilhosamente pela Drew Barrymore - ela conseguiu toda a excentricidade e instabilidade da modelo, que facou famosa nos anos 60 e 70 por sua doença que a privava de cabelos, fazendo com que ela usasse lenços e suas roupas exóticas. O presente ( decadência ) nos mostra mãe e filha vivendo em condições sub-humanas na antiga propriedade dos Beale em Grey Gardens. A interação entre as duas atrizes é inacreditável, Lange volta a emocionar interpretando mais uma personagem enfrentando a velhice e decadência ( vide Fiona Goode em "American Horror Story" e Crawford em "Feud" ). A.cena final em que Little Edie é aplaudida de pé me emocionou porque a gente percebe o quanto ela desejava reconhecimento e atenção, mas não os obteve durante a vida por causa da alopecia universalis e do relacionamento conturbado com a mãe, enquanto a paixão e determinação da Big Edie em permanecer em Grey Gardens mostra o quanto a personagem estava decidida a ter algo só seu, a ser independente de alguma maneira. Fiquei com muita vontade de ver o documentário!
Morte em Veneza
4.0 211 Assista AgoraUm culto à beleza e delicadeza, à objetificação do artista para com sua musa/obra, à efemeridade da vida e à morte. Depois de ter lido esse conto maravilhoso do Thomas Mann, cujo protagonista é quase que o próprio Thomas, espelhando muitas das experiências do autor, eu me deslumbrei com todas as referências à cultura grega, ao conceito de artista, criação e como da relação entre os dois surge o belo, maior que os dois. Enfim, todos esses elementos foram bem retratados no filme, com algumas mudanças tais como Gustave ser um maestro e não um escritor, como no texto. Achei isso um ponto negativo pra quem leu o livro, pois toda a obsessão de Gustave por Tadzio tem raíz na sua carreira como escritor. Perdoável, no entanto, porque afinal a música é também uma forma de arte pura e refinada, também requerendo inspiração. Tadzio, assim como no livro, apesar de o ator ser um pouco mais velho do que a personagem no texto, cativa e encanta o telespectador ao mesmo tempo que ao protagonista. Nas vezes em que o vemos na praia, o garoto está sempre revestido de toalha branca, comendo frutas ou brincando despreocupadamente enquanto sua sedução de Gustave fica ambígua. Percebi uma coisa bastante grega nessas cenas, como se Tadzio fosse um Adonis ou Jacinto, belo e jovem e gracioso, vivendo em hedonismo. "Morte em Veneza" foi um filme a frente de seu tempo, abordando muito mais do que a objetificação de um pedófilo por uma criança, mas temas filosóficos. Quero agora ler "Lolita" de Nabokov e assistir ao filme, para comparar a esse filme, já que ambos parecem ter um roteiro similar.
Macbeth: Ambição e Guerra
3.5 383 Assista Agora[/spoiler]Pontos positivos: as atuações são bastante sólidas, as cores são lindas, os cenários de tirar o fôlego.
Pontos negativos: Kurzel distorceu cenas vitais para a narrativa - o suicídio de Lady Macbeth, que o diretor cortou em uma cena anticlimática com ela já morta e deitada em um leito, a execução de Lady Macduff e seus filhos, que foi feita em público, e não de maneira privada e escusa como na peça original e, por fim, a parte de Birnam Wood, o coração dessa peça magistral do Shakespeare, a conclusão e o desenrolar da profecia das Wierd Sisters, e eles me mostram as árvores pegando fogo? Sério? Quem viu as versões anteriores de Macbeth ou leu o roteiro original da peça, sabe que os inimigos de Macbeth usaram galhos das árvores de Birnam para atacá-lo às escondidas, daí a "floresta" se mover ... foi um final que deixou a desejar e um filme que, apesar das grandes interpretações, não deu pra salvar.
[spoiler]
Macbeth: Reinado de Sangue
4.0 43 Assista AgoraO percursor do filme de Polanski ( 1971 ) não deixa nada a desejar, considerando a época que foi feito e sendo um filme low-budget. As atuações de Jeanette Nolan como Lady Macbeth e do Orson Welles como Macbeth foram maravilhosas. Assim como os atores do "Macbeth" de Polanski, esses conseguiram transmitir toda a loucura e paranoia que o casal experimentou depois de ter cometido tantos crimes. Welles também fez um bom trabalho como diretor, reproduzindo de maneira competente a essência do trabalho do Shakespeare. Merece um lugar no hall dos épicos.
Macbeth
3.9 51Capturou, na medida do possível, a essência dessa peça genial, magistral, fenomenal e mágica de William Shakespeare. Gostei principalmente das performances do John Finch e da Francesca Annis, que transmitiram genialmente a loucura, a culpa e a sede de poder desse casal icônico da dramaturgia, os Macbeths. As cenas de luta foram um pouco fajutas, mas isso é justificável, visto que o filme era low-budget.
O Conto dos Contos
3.4 176 Assista Agora" A feast for the imagination." De fato, o filme traz uma nova perspectiva ao unir a violência, o sexo e a feiura do mundo real à magia dos contos fada traduzidos pelo poeta italiano Giambattista Basile. As atuações, a fotografia, os figurinos , as tramas unidas em um grande conto, tudo culmina em um filme lírico e ao mesmo adulto, como aconteceu com "Stardust", de 2007. Destaque para as personagens femininas que variam das determinadas Rainha de Long trellis e Princesa Violet à vã e cruel Dora.
Sua Majestade, Mrs. Brown
3.4 27Lento e mórbido, "Mrs. Brown" é um filme biográfico sobre o serviço e vida de John Brown, interpretado muito bem pelo Billy Connolly, empregado pessoal da Rainha Victoria do Reino Unido. O filme foca principalmente no período pós-viuvez da vida da Rainha, o que sempre me emociona porque historiadores concordam que ela amava o marido Albert grandemente e que perdê-lo fez dela depressiva, embora na época não houvesse um nome específico pra essa condição. No filme, Mr. Brown ajuda Victoria a lidar com sua depressão e com os problemas políticos que ela enfrentava à época, tanto no Parlamento inglês que queria a introdução do republicanismo, quanto com os rebeldes Fenians na Irlanda.
A Rainha é brilhantemente interpretada pela Dama Judi Dench, uma das atrizes mais sensacionais da Grã-Bretanha, e sua relação com Mr. Brown ( que originou o título do filme, porque começou a correr um rumor de que ela era apaixonada por ele, daí "Mrs. Brown" ) é tocante e muito bem contracenada. A fotografia do filme é linda, mostrando as paisagens das Terras Altas escosesas , e os figurinos incríveis.
Dia Zero
3.7 32[/spoiler]
O filme é baseado no episódio do massacre de escola de Columbine, nos EUA, e os protagonistas do filme - André e Calvin. - refletem os perpetradores originais. Achei isso bem perigoso da parte do diretor, pois havia-se passado um ano desde a tragédia, e abordar o assunto tão brutalmente como no filme talvez incentivasse mais daquele comportamento, mas, como as próprias personagens de "Zero Day" dizem: " isso é o que nós somos; faríamos isso de qualquer maneira, e não é culpa de ninguém." Dito isso, a produção é extremamente perturbadora, em parte por ter sido feita em estilo "found-footage" ( estilo esse que tem se tornado bem popular desde então, e sempre é mais assustador do que o uso de câmeras profissionais, na minha opinião ) e em parte pela atuação que eu achei genial dos atores principais. Eles conseguiram transmitir toda a instabilidade, ódio, vulnerabilidade, loucura e instinto assassino que refletem os atiradores originais e que foram tão bem mascarados que surpreenderam mesmo os pais quando do tiroteio.
Os vinte minutos finais do filme talvez tenham sido uns dos mais chocantes que já vi: novamente Ben Coccio de vale se câmeras de segurança para passar um senso de realidade que, somado à atuação convincente dos atores principais e dos figurantes, recria o horror que deve ter sido o massacre real. Tive que dar uma pausa e respirar um pouco em diversos momentos, porque são imagens realmente fortes e o telespectador é imediatamente transportado ao terror que as vítimas de Columbine devem ter sentido. A cena final, em que um grupo de adolescentes ( também sob o estilo "found-footage" ) queima as cruzes que representam Calvin e Andre pra mim representou a continuidade do ciclo de violência juvenil que é um dos males dos século passado e desse. Em suma, achei um filme perturbador, assustador e, acima de tudo, diferente de tudo que já vi.
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O Nome da Rosa
3.9 775 Assista AgoraDepois de ter lido o livro espetacular de Umberto Eco, o filme me deixou muito satisfeito em termos de adaptação: a tradição católica medieval foi tão capturada no filme quanto no romance, os figurinos eram excelentes e as atuações bem fortes. Houve algumas mudanças ( como já era de se esperar ), mas no geral o filme preservou bem o espírito do livro genial do Eco.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KFilme inteligente, cheio de alegorias filosóficas e com diálogos muito bem escritos. Adorei a temática abordada. Talvez um pouco teatral demais, e o fim ficou bastante vago. No geral, um clássico.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraEnredo emocionante. Atuações solidas de Jacob Tremblay e Brie Larson. Interessante que o filme foca muito mais na vida das personagens pós-cativeiro do que no período em que elas ficaram presas, e tudo sob a perspectiva de Jack, brilhantemente interpretado por Tremblay. Então é como se o telespectador descobrisse o mundo, e como ele funciona pela primeira vez, como o protagonista. Um filme leve sobre um tema pesadíssimo.
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraFilme inteligente, com diálogos excelentes e interpretações brilhantes de Bette Davis e Anne Baxter. Eve pode ser comparada com Blanche DuBois ( A Streetcar Named Desire ) e Jasmine French ( Blue Jasmine ) no tocante a personagens capazes de tudo por glamour e fama. Novamente, a atuação da Bette Davis foi excelente e sua personagem roubou a cena.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraMais uma grande produção de Almodóvar. Atuações excelentes, cinematografia linda, história bastante original e personagens cativantes. Outro excelente filme desde diretor genial!
Toast: A História de uma Criança com Fome
3.6 503 Assista AgoraOuvi falar tão mal desse filme que fui assistí-lo só por teimosia, e que bom que o fiz! Um filme literalmente gostoso de assistir! Atuações competentíssimas da Helena Bonham Carter e do Freddie Highmore ( vê-lo beijar outro homem já fez o filme valer a pena pra mim!). In short, um filme bastante divertido e colorido. Gostei.
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 935 Assista AgoraInovador e divertido. Um filme como nunca vi antes, e um trabalho excelente do Wes Anderson. Deixou-me com vontade de ler o livro.