O melhor do filme-noir: uma trama inteligente, um assassinato, uma femme fatale ( aliás, que bela, que elegante, que sensual, que talentosa era Barbara Stanwyck ),uma trama psicológica interessante. Achei tanto a performance de Stanwyck quanto a de MacMurray excelentes; ambos excederam em transmitir a relação doentia e perversa entre Phyllis e Walter. No entanto, devo dizer que a personagem da Phyllis simplesmente me encantou: amei a maneira como ela manipulou aqueles ao seu redor, a maneira como ela identifica a si mesma como "podre", a sua natureza intrinsecamente má. Simplesmente apaixonante. O desfecho me pareceu um tanto sexista, contudo: ela, num momento de fraqueza, é incapaz de matá-lo; ele se redime no final ... Talvez tenha siso só uma impressão minha. No geral, mais uma joia de Billy Wilder.
Que filme adorável. Que simpatia e doçura por parte da Meryl Streep, e da Amy Adams. É um daqueles filmes que são simples mesmo, mas nem por isso menos cativantes. Amei.
A simplicidade de roteiro, e violência típicas dos filmes de Tarantino. Alguma coisa na trama, por mais sangue, palavrões, comentários racistas que seja, prendeu minha atenção. Talvez Quentin, assim como os irmãos Coen, tenha um talento pra fazer do sangrento interessante, talvez seja esse ambiente pulp e urbano que me fascina um pouco. Só sei que, apesar de definitivamente não ser o melhor de Tarantino, "Cães de Aluguel" não foi tão ruim assim...
Duas grandes performances. Dois grandes atores. Peter O'Toole e Katherine Hepburn fornecem uma sincronia, uma presença de cena, um toma-lá-dá-cá o qual jamais tinha visto antes. Os diálogos desse filme são sensacionais, as atuações estupendas. Assim perdoa-se as possíveis falhas históricas e o figurino que, ao contrário da maior parte dos filmes de época, não foi tão ostentoso.
Sem dúvidas, um dos filmes mais impressionantes visualmente da primeira década do século XXI; trabalha bem o tema de metafísica, e experiência espiritual; mas haja paciência pra assistir até o final.
Um filme lindo. Não um drama, com picos de emoção e climaxes, reviravoltas, ou mesmo uma trama propriamente dita; mas, ainda assim, quase uma experiência: a beleza da fotografia, os diálogos, os temas filosóficos e políticos constantemente discutidos ( aliás impossível não comparar a crise na educação mostrada no filme àquela pela qual o Brasil passou no ano passado; e ainda vem passando ), as cenas silenciosas, as referências à Rosseau por meio das aulas de Nathalie, o radicalismo jovem, de que Huppert afasta-se - "acho que estou velha demais para radicalidade." -; de fato o que eu percebi, por meio da atuação sucinta, minimalistas e simplesmente brilhante desse monstro da dramaturgia que é Isabelle Huppert, foi que Nathalie espera pel' "O que Está Por Vir", de fato. Huppert canaliza uma mulher determinada, introspectiva, emocional, sim - ela chora ( e aliás que habilidade tem essa mulher de demonstrar emoções por meio dos olhos ) em vários momentos do longa: depois da separação do marido, que foi um grande golpe para a personagem, apesar de ela não o demonstrar às pessoas ao redor, quando recebe a notícia da morte da mãe. Em suma, através de cenas singelas, de uma beleza cinematográfica tocante, uma narrativa que reflete a vida como ela é: trabalho, greve, perda, solidão, responsabilidades. Gostaria que esse filme recebesse maior reconhecimento.
Com a lentidão e delicadeza já típicas de Coppola, "The Virgin Suicides" é uma história de coming-of-age, ambientada nos anos '70, e que tem como seu principal tema o suicídio em tenra idade e, na minha opinião, a romantização dele. Temos rapazes que estão apaixonados por irmãs muito bonitas e, em sua maioria, virgens; eles estão deslumbrados por elas, elas, sofrem nas mãos dos pais, que apesar de não quererem demonstrar nada se não amor e zelo pelas filhas, torna-se seus carcereiros ao longo do filme. É tudo muito lugar-comum, tudo muito familiar ( o que a fotografia, sempre favorecendo um ambiente de subúrbio tópico americano, ajuda a reforçar). A frieza com que as meninas, uma a uma, experienciam a vida e dela se privam choca, de novo, de uma maneira muito familiar. Não existe um grande momento de drama e tensão; são cenas silenciosas. Achei que aquela repórter claramente fazendo sensacionalismo acerca do tema suicídio, bem como aquela festa de péssimo gosto no final do filme, podem, como disse antes, ter sido a maneira da diretora de criticar a romantização do suicídio/desordem mental. Eu gostei bastante da suavidade no ritmo do longa, do uso das cores, da beleza pura e encantadora das virgens do título.
Metafísico, belo e visualmente impressionante, recheado de analogias bíblicas e referências à vida, morte e renascimento, sob a perspectiva da cultura maia, "A Fonte da Vida" é um filme que me comoveu pela beleza de suas cenas, pela experiência que é assistí-lo, a exemplo de "A Árvore da Vida", do Terrence Malick; mas, ao contrário do último, achei que ficou faltando alguma coisa; as atuações , tanto do Hugh Jackman quanto da Rachel Weisz não deixaram nada a desejar, ainda assim tive a impressão de que o diretor almejou mais do que conseguiu transmitir. Talvez tenha sido a multiplicidade da trama, se passando em épocas e lugares diferentes, e não tenha havida uma precisão na narrativa. Talvez o filme só fosse louco demais mesmo. De qualquer forma, apesar de deixar uma impressão, "A Árvore da Vida", deixa também a desejar.
Achei uma adaptação aceitável de uma obra complexa e cheia de subtramas. Gostei, principalmente, da atuação do Robert Donat; acho que ele transmitiu bem o espírito de vingança do Edmond do romance. Francamente, precisamos de um Edmond Dantès desmascarando políticos corruptos no Brasil também ...
Elfos morrendo no Abismo de Helm à parte, mas uma adaptação sensacional do trabalho magistral, épico de J. R. R. Tolkien. A fotografia desse filme, a beleza das cenas, os efeitos especiais, tudo maravilhoso. Destaque para a atuação estupenda do Andy Serkis ( nenhum ator trabalhou tão bem na história do uso de CGI quanto esse homem, este é um fato. ), para a cena em que Gandalf chega trazendo a aurora à Batalha do Abismo de Helm - o contraste de luz e escuridão, a trilha sonora nessa cena são de arrepiar, a sequência em que Elrond narra o destino de Arwen, e amargura que ela terá de enfrentar depois da inevitável morte de Aragorn, foi uma sequência linda, a Liv Tyler coberta por um véu negro em sinal de luto, simplesmente incrível, gostei também da tomada de Isengard pelos Ents, novamente Jackson e sua equipe fazem história com os efeitos especiais dessa sequência, e, pessoalmente a minha cena predileta em toda a trilogia, o monólogo do Samwise sobre como a escuridão e a sombra de agora hão de passar, e a luz vai brilhar novamente: aquela cena sempre me reduz às lágrimas, e foi uma adição incrível por parte do diretor. Por fim, gostei muito da música pós-créditos dedicada ao Sméagol, "Gollum's Song", achei que ela capturou bem toda a solidão e escuridão profundas da personagem. Simplesmente, perfeito.
Vingança, amor e redenção em meio a cenários lindos. Embora eu tenha preferido os outros dois, achei a história de "A Igualdade é Branca" bastante interessante, mas parece que algo ficou faltando no resultado final ...
Um retrato da relação entre uma mãe honesta e determinada, e uma filha ingrata e ambiciosa, "Mildred Pierce" é um clássico americano, com forte liderança de Joan Crawford. Só não me agradou muito a maneira como o filme retratou Dorothy, a única personagem negra da trama, que é tola, infantil e simplória. Achei uma representação bem estereotipada ... Dito isso, um excelente drama familiar.
Beleza nas cenas, e na trama. Jean-Louis Trintignant mostrando todo o seu talento em uma perfomance singela, com diálogos excelentes. O final, casando os demais filmes da trilogia, foi sensacional.
Um filme doce, sobre solidão, amargura e a relação entre um pai e filha estranhados, e, derradeiramente, sobre redenção. Performances excelentes da eterna Katharine Hepburn, e do Henry Fonda. A fotografia do filme é linda.
A premissa do filme é super legal: um drama urbano em seu melhor, toda a sujeira e decadência de uma grande cidade, toda a sordidez de uma selva de pedra; e um protagonista, mentalmente instável e com um baita complexo de heroi, solitário e psicótico, que toma para si a missão de expurgar o mal. Robert De Niro deu um show no papel de Travis. A propósito, achei que ele, e a brilhante Jodie Foster, que com 14 anos interpretou muito bem uma jovem prostituta que se torna a nova obsessão de Travis; e que derradeiramente é salva por ele, finalmente preenchendo seu complexo de heroismo, foram a salvação de um filme, que não fosse por essas performances memoráveis, seria só mais um filme de violência gratuita.
Uma animação muito inteligente e imaginativa. "Os Mestres do Tempo", além de todos os elementos clássicos de ficção científica: espaço-naves, alienígenas, armas de laser, etc, ainda traz uma alegoria muito inetressante ao pensamento e comportamento humanos, observados e até cheirados pelos gnomos, que julgam nossas atitudes de uma maneira neutra, como observadores; e, também, o planeta Gamma 10, com sua aversão à pluralidade, e de livre-arbítrio, especialmente interessante foi o fato de as criaturas escravas nesse planeta parecem anjos, talvez uma referência aos anjos do Altíssimo, que devem servi-lo, sem a liberdade de escolha como nós, seres humanos. E o plot twist nop final ... Realmente, muito fácil de assistir, e muito bom. Ansiso por assistir mais filmes do mesmo diretor.
A solidão da busca pelo Sonho Americano apresentado de maneira magistral - senão um tanto maçante. - por Orson Welles. "Cidadão Kane" é um filme que, pra mim, toca bem no núcleo do Mundo Capitalista um pouco antes da segunda metade do século passado - justamente no peíodo de florescimento das grandes corporações bancárias, dos grandes movimentos políticos e sociais que viriam a moldar o século XX, e, portanto, a transição deste para o XXI. Charles Kane é um homem excepcional: rico, poderoso, influente - o exemplar perfeito da realização do tão procurado, tão explorado "American Dream"; Kane era "self-made", ou seja, começara pobre numa cidade no meio do nada e chegou, por seu próprio esforço e bravura, à posição de um dos homens mais poderosos da América. A incarnação do ideal americano cultivado desde a Guerra da Independência. Ao mesmo tempo, existe uma faceta do "Cidadão Kane" que é por poucos conhecida: a de um homem solitário, infeliz e desesperadamente em busca de seu "Rosebud", da inocência e simplicidade de uma vida que jamais lhe seria retornada. Agora, esse é um tema extremamente interessante, eu acho. E relevante, também. A grandeza e a solidão andam lado-a-lado, como se diz, e, na minha opinião, essa é a premissa de "Cidadão Kane", mais do que tudo. Sim, o filme é lento, e um tanto chato e, talvez, seja até superestimado, mas não deixa de ser um filme ideal sobre um ideal já estabelicido: o do protagonista que luta por alcançar a grandeza, ou os seus sonhos, e, no fim, encontra-se só e desamparado; é um filme sobre solidão, e eu acho que, por explorar o tema tão bem, "Cidadão Kane" merece um lugar no hall dos melhores filmes da Era Dourada Hollywoodiana.
Muito mais do que a história de um rapaz em guerra com sua própria sexualidade ... "C.R.A.Z.Y" é um filme sobre relações familiares, sobre como era crescer nos anos 60-70, sobre o uso de drogas e suas causas e consequências, sobre como música pode influenciar as pessoas, enfim. Um filme bom sobre a "vida como ela é" em um determinado período e lugar.
Um filme lindo, de fato. Uma mistura de diálogos singelos e reais, fotografia linda, ritmo lento e delicado, e uma trilha sonora simplesmente incrível.Sofia Coppola mereceu seu Oscar pelo trabalho nesse filme, pois "Lost in Translation" é original, com protagonistas que espelham a vida monótona e o desejo intrínseco de "estar em outro lugar" de cada um; ela, em um casamento infeliz, sempre deixada de lado pelo esposo, ele, também em uma união infeliz, com uma vida medíocre e sintética. A maneira como a trama foi se desenvolvendo devagar, com uso e abuso de paisagens de tirar o fôlego, e sem um momento de clímax, foi, como eu já li aqui nos comentários, uma antítese do drama Hollywoodiano. Dessa mesma diretora, quero agora ver "The Virgin Suicides" e o remake de "O Estranho que Nós Amamos". Espero ver da mesma simplicidade e beleza nesses filmes.
Que gema! Que filme bem escrito e bem feito, com atuações maravilhosas de todo o elenco, mas principalmente da Geraldine Page e do Clint Eastwood ( a.k.a Hugh Jackman ). Uma trama bastante original e , de certa maneira, moderna ( vide o beijo lésbico entre Miss Martha e Edwina, ainda que fosse apenas uma alucinação da desejosa Martha ), a maneira como o personagem do Eastwood manipula todas as integrantes da casa através de sua sexualidade reprimida, mas ao mesmo tempo nenhuma das mulheres no filme é exatamente uma vítima, provando-se capazes de machucar e torturar também, foi simplesmente genial. À altura dos minutos finais de "O Estranho que Nós Amamos", você já não sabe mais quem é o vilão, e quem é a vítima. Talvez não exista essa divisão. P.S. Tô sedento pelo remake da exclentíssima Sofia Coppola.
Pacto de Sangue
4.3 247 Assista AgoraO melhor do filme-noir: uma trama inteligente, um assassinato, uma femme fatale ( aliás, que bela, que elegante, que sensual, que talentosa era Barbara Stanwyck ),uma trama psicológica interessante. Achei tanto a performance de Stanwyck quanto a de MacMurray excelentes; ambos excederam em transmitir a relação doentia e perversa entre Phyllis e Walter. No entanto, devo dizer que a personagem da Phyllis simplesmente me encantou: amei a maneira como ela manipulou aqueles ao seu redor, a maneira como ela identifica a si mesma como "podre", a sua natureza intrinsecamente má. Simplesmente apaixonante. O desfecho me pareceu um tanto sexista, contudo: ela, num momento de fraqueza, é incapaz de matá-lo; ele se redime no final ... Talvez tenha siso só uma impressão minha. No geral, mais uma joia de Billy Wilder.
Julie & Julia
3.6 1,1K Assista AgoraQue filme adorável. Que simpatia e doçura por parte da Meryl Streep, e da Amy Adams. É um daqueles filmes que são simples mesmo, mas nem por isso menos cativantes. Amei.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraA simplicidade de roteiro, e violência típicas dos filmes de Tarantino. Alguma coisa na trama, por mais sangue, palavrões, comentários racistas que seja, prendeu minha atenção. Talvez Quentin, assim como os irmãos Coen, tenha um talento pra fazer do sangrento interessante, talvez seja esse ambiente pulp e urbano que me fascina um pouco. Só sei que, apesar de definitivamente não ser o melhor de Tarantino, "Cães de Aluguel" não foi tão ruim assim...
O Leão no Inverno
4.2 73Duas grandes performances. Dois grandes atores. Peter O'Toole e Katherine Hepburn fornecem uma sincronia, uma presença de cena, um toma-lá-dá-cá o qual jamais tinha visto antes. Os diálogos desse filme são sensacionais, as atuações estupendas. Assim perdoa-se as possíveis falhas históricas e o figurino que, ao contrário da maior parte dos filmes de época, não foi tão ostentoso.
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 870Sem dúvidas, um dos filmes mais impressionantes visualmente da primeira década do século XXI; trabalha bem o tema de metafísica, e experiência espiritual; mas haja paciência pra assistir até o final.
O Que Está Por Vir
3.8 102 Assista AgoraUm filme lindo. Não um drama, com picos de emoção e climaxes, reviravoltas, ou mesmo uma trama propriamente dita; mas, ainda assim, quase uma experiência: a beleza da fotografia, os diálogos, os temas filosóficos e políticos constantemente discutidos ( aliás impossível não comparar a crise na educação mostrada no filme àquela pela qual o Brasil passou no ano passado; e ainda vem passando ), as cenas silenciosas, as referências à Rosseau por meio das aulas de Nathalie, o radicalismo jovem, de que Huppert afasta-se - "acho que estou velha demais para radicalidade." -; de fato o que eu percebi, por meio da atuação sucinta, minimalistas e simplesmente brilhante desse monstro da dramaturgia que é Isabelle Huppert, foi que Nathalie espera pel' "O que Está Por Vir", de fato. Huppert canaliza uma mulher determinada, introspectiva, emocional, sim - ela chora ( e aliás que habilidade tem essa mulher de demonstrar emoções por meio dos olhos ) em vários momentos do longa: depois da separação do marido, que foi um grande golpe para a personagem, apesar de ela não o demonstrar às pessoas ao redor, quando recebe a notícia da morte da mãe. Em suma, através de cenas singelas, de uma beleza cinematográfica tocante, uma narrativa que reflete a vida como ela é: trabalho, greve, perda, solidão, responsabilidades. Gostaria que esse filme recebesse maior reconhecimento.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraCom a lentidão e delicadeza já típicas de Coppola, "The Virgin Suicides" é uma história de coming-of-age, ambientada nos anos '70, e que tem como seu principal tema o suicídio em tenra idade e, na minha opinião, a romantização dele. Temos rapazes que estão apaixonados por irmãs muito bonitas e, em sua maioria, virgens; eles estão deslumbrados por elas, elas, sofrem nas mãos dos pais, que apesar de não quererem demonstrar nada se não amor e zelo pelas filhas, torna-se seus carcereiros ao longo do filme. É tudo muito lugar-comum, tudo muito familiar ( o que a fotografia, sempre favorecendo um ambiente de subúrbio tópico americano, ajuda a reforçar). A frieza com que as meninas, uma a uma, experienciam a vida e dela se privam choca, de novo, de uma maneira muito familiar. Não existe um grande momento de drama e tensão; são cenas silenciosas. Achei que aquela repórter claramente fazendo sensacionalismo acerca do tema suicídio, bem como aquela festa de péssimo gosto no final do filme, podem, como disse antes, ter sido a maneira da diretora de criticar a romantização do suicídio/desordem mental. Eu gostei bastante da suavidade no ritmo do longa, do uso das cores, da beleza pura e encantadora das virgens do título.
Fonte da Vida
3.7 779 Assista AgoraMetafísico, belo e visualmente impressionante, recheado de analogias bíblicas e referências à vida, morte e renascimento, sob a perspectiva da cultura maia, "A Fonte da Vida" é um filme que me comoveu pela beleza de suas cenas, pela experiência que é assistí-lo, a exemplo de "A Árvore da Vida", do Terrence Malick; mas, ao contrário do último, achei que ficou faltando alguma coisa; as atuações , tanto do Hugh Jackman quanto da Rachel Weisz não deixaram nada a desejar, ainda assim tive a impressão de que o diretor almejou mais do que conseguiu transmitir. Talvez tenha sido a multiplicidade da trama, se passando em épocas e lugares diferentes, e não tenha havida uma precisão na narrativa. Talvez o filme só fosse louco demais mesmo. De qualquer forma, apesar de deixar uma impressão, "A Árvore da Vida", deixa também a desejar.
O Conde de Monte Cristo
3.9 34Achei uma adaptação aceitável de uma obra complexa e cheia de subtramas. Gostei, principalmente, da atuação do Robert Donat; acho que ele transmitiu bem o espírito de vingança do Edmond do romance. Francamente, precisamos de um Edmond Dantès desmascarando políticos corruptos no Brasil também ...
A Abadia de Northanger
3.8 132Uma boa adaptação desse trabalho de estreia da Austen; mas deixou a desejar ...
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres
4.4 1,1K Assista AgoraElfos morrendo no Abismo de Helm à parte, mas uma adaptação sensacional do trabalho magistral, épico de J. R. R. Tolkien. A fotografia desse filme, a beleza das cenas, os efeitos especiais, tudo maravilhoso. Destaque para a atuação estupenda do Andy Serkis ( nenhum ator trabalhou tão bem na história do uso de CGI quanto esse homem, este é um fato. ), para a cena em que Gandalf chega trazendo a aurora à Batalha do Abismo de Helm - o contraste de luz e escuridão, a trilha sonora nessa cena são de arrepiar, a sequência em que Elrond narra o destino de Arwen, e amargura que ela terá de enfrentar depois da inevitável morte de Aragorn, foi uma sequência linda, a Liv Tyler coberta por um véu negro em sinal de luto, simplesmente incrível, gostei também da tomada de Isengard pelos Ents, novamente Jackson e sua equipe fazem história com os efeitos especiais dessa sequência, e, pessoalmente a minha cena predileta em toda a trilogia, o monólogo do Samwise sobre como a escuridão e a sombra de agora hão de passar, e a luz vai brilhar novamente: aquela cena sempre me reduz às lágrimas, e foi uma adição incrível por parte do diretor. Por fim, gostei muito da música pós-créditos dedicada ao Sméagol, "Gollum's Song", achei que ela capturou bem toda a solidão e escuridão profundas da personagem. Simplesmente, perfeito.
A Igualdade é Branca
4.0 366 Assista AgoraVingança, amor e redenção em meio a cenários lindos. Embora eu tenha preferido os outros dois, achei a história de "A Igualdade é Branca" bastante interessante, mas parece que algo ficou faltando no resultado final ...
Alma em Suplício
4.2 140 Assista AgoraUm retrato da relação entre uma mãe honesta e determinada, e uma filha ingrata e ambiciosa, "Mildred Pierce" é um clássico americano, com forte liderança de Joan Crawford. Só não me agradou muito a maneira como o filme retratou Dorothy, a única personagem negra da trama, que é tola, infantil e simplória. Achei uma representação bem estereotipada ... Dito isso, um excelente drama familiar.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraSedento.
A Fraternidade é Vermelha
4.2 439 Assista AgoraBeleza nas cenas, e na trama. Jean-Louis Trintignant mostrando todo o seu talento em uma perfomance singela, com diálogos excelentes. O final, casando os demais filmes da trilogia, foi sensacional.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraMetafísico, belo, uma experiência, mais do que apenas um filme. Invariavelmente,não vai agradar a todos.
Num Lago Dourado
3.9 78 Assista AgoraUm filme doce, sobre solidão, amargura e a relação entre um pai e filha estranhados, e, derradeiramente, sobre redenção. Performances excelentes da eterna Katharine Hepburn, e do Henry Fonda. A fotografia do filme é linda.
A Liberdade é Azul
4.1 650 Assista AgoraCenas e fotografia lindas. Atuação magistral de Juliette Binoche.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraA premissa do filme é super legal: um drama urbano em seu melhor, toda a sujeira e decadência de uma grande cidade, toda a sordidez de uma selva de pedra; e um protagonista, mentalmente instável e com um baita complexo de heroi, solitário e psicótico, que toma para si a missão de expurgar o mal. Robert De Niro deu um show no papel de Travis. A propósito, achei que ele, e a brilhante Jodie Foster, que com 14 anos interpretou muito bem uma jovem prostituta que se torna a nova obsessão de Travis; e que derradeiramente é salva por ele, finalmente preenchendo seu complexo de heroismo, foram a salvação de um filme, que não fosse por essas performances memoráveis, seria só mais um filme de violência gratuita.
Os Mestres do Tempo
4.0 18Uma animação muito inteligente e imaginativa. "Os Mestres do Tempo", além de todos os elementos clássicos de ficção científica: espaço-naves, alienígenas, armas de laser, etc, ainda traz uma alegoria muito inetressante ao pensamento e comportamento humanos, observados e até cheirados pelos gnomos, que julgam nossas atitudes de uma maneira neutra, como observadores; e, também, o planeta Gamma 10, com sua aversão à pluralidade, e de livre-arbítrio, especialmente interessante foi o fato de as criaturas escravas nesse planeta parecem anjos, talvez uma referência aos anjos do Altíssimo, que devem servi-lo, sem a liberdade de escolha como nós, seres humanos. E o plot twist nop final ... Realmente, muito fácil de assistir, e muito bom. Ansiso por assistir mais filmes do mesmo diretor.
Cidadão Kane
4.3 992 Assista AgoraA solidão da busca pelo Sonho Americano apresentado de maneira magistral - senão um tanto maçante. - por Orson Welles. "Cidadão Kane" é um filme que, pra mim, toca bem no núcleo do Mundo Capitalista um pouco antes da segunda metade do século passado - justamente no peíodo de florescimento das grandes corporações bancárias, dos grandes movimentos políticos e sociais que viriam a moldar o século XX, e, portanto, a transição deste para o XXI. Charles Kane é um homem excepcional: rico, poderoso, influente - o exemplar perfeito da realização do tão procurado, tão explorado "American Dream"; Kane era "self-made", ou seja, começara pobre numa cidade no meio do nada e chegou, por seu próprio esforço e bravura, à posição de um dos homens mais poderosos da América. A incarnação do ideal americano cultivado desde a Guerra da Independência. Ao mesmo tempo, existe uma faceta do "Cidadão Kane" que é por poucos conhecida: a de um homem solitário, infeliz e desesperadamente em busca de seu "Rosebud", da inocência e simplicidade de uma vida que jamais lhe seria retornada. Agora, esse é um tema extremamente interessante, eu acho. E relevante, também. A grandeza e a solidão andam lado-a-lado, como se diz, e, na minha opinião, essa é a premissa de "Cidadão Kane", mais do que tudo. Sim, o filme é lento, e um tanto chato e, talvez, seja até superestimado, mas não deixa de ser um filme ideal sobre um ideal já estabelicido: o do protagonista que luta por alcançar a grandeza, ou os seus sonhos, e, no fim, encontra-se só e desamparado; é um filme sobre solidão, e eu acho que, por explorar o tema tão bem, "Cidadão Kane" merece um lugar no hall dos melhores filmes da Era Dourada Hollywoodiana.
C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
4.2 712Muito mais do que a história de um rapaz em guerra com sua própria sexualidade ... "C.R.A.Z.Y" é um filme sobre relações familiares, sobre como era crescer nos anos 60-70, sobre o uso de drogas e suas causas e consequências, sobre como música pode influenciar as pessoas, enfim. Um filme bom sobre a "vida como ela é" em um determinado período e lugar.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraUm filme lindo, de fato. Uma mistura de diálogos singelos e reais, fotografia linda, ritmo lento e delicado, e uma trilha sonora simplesmente incrível.Sofia Coppola mereceu seu Oscar pelo trabalho nesse filme, pois "Lost in Translation" é original, com protagonistas que espelham a vida monótona e o desejo intrínseco de "estar em outro lugar" de cada um; ela, em um casamento infeliz, sempre deixada de lado pelo esposo, ele, também em uma união infeliz, com uma vida medíocre e sintética. A maneira como a trama foi se desenvolvendo devagar, com uso e abuso de paisagens de tirar o fôlego, e sem um momento de clímax, foi, como eu já li aqui nos comentários, uma antítese do drama Hollywoodiano. Dessa mesma diretora, quero agora ver "The Virgin Suicides" e o remake de "O Estranho que Nós Amamos". Espero ver da mesma simplicidade e beleza nesses filmes.
O Estranho Que Nós Amamos
3.9 132 Assista AgoraQue gema! Que filme bem escrito e bem feito, com atuações maravilhosas de todo o elenco, mas principalmente da Geraldine Page e do Clint Eastwood ( a.k.a Hugh Jackman ). Uma trama bastante original e , de certa maneira, moderna ( vide o beijo lésbico entre Miss Martha e Edwina, ainda que fosse apenas uma alucinação da desejosa Martha ), a maneira como o personagem do Eastwood manipula todas as integrantes da casa através de sua sexualidade reprimida, mas ao mesmo tempo nenhuma das mulheres no filme é exatamente uma vítima, provando-se capazes de machucar e torturar também, foi simplesmente genial. À altura dos minutos finais de "O Estranho que Nós Amamos", você já não sabe mais quem é o vilão, e quem é a vítima. Talvez não exista essa divisão.
P.S. Tô sedento pelo remake da exclentíssima Sofia Coppola.