Revendo 007 CONTRA O FOGUETE ATÔMICO (Moonraker, 1979), depois de muito tempo, eu percebi que a geografia do Brasil é muito bizarra nesse filme. Depois de chegar no Rio de Janeiro e soltar a famosa frase "o que se faz no Rio, quando não se sabe sambar?" James Bond visita o Pão de Açúcar, onde luta com o Jaws (o maluco dos dentes de aço) em cima do bondinho.
Depois do capanga cortar os cabos do bondinho com os dentes, ele cai em um campo aberto, onde consegue fugir a cavalo e (depois de cavalgar por algum tempo) chega em uma cidade genérica qualquer da Bahia vestido um pala mexicano. Em seguida saí numa fuga alucinante pelo Rio Amazonas que desemboca, é claro, nas cataratas do Iguaçu, onde ele consegue fugir de asa-delta, tipo like a boss :)
Concentrado e focado na missão que só ele, Bond segue a pé pela mata uma bela mulher que o leva até um templo Maia, onde fica o harém do vilão. Wow, tô confuso! É daí que sai a Moonraker (uma moderna nave espacial capaz de entrar em órbita e retornar à Terra como um avião) levando todos para o espaço sideral. Ops, acho que isso já é spoiler :s
Em resumo foi: Pão de Açúcar > Cidade qualquer da Bahia > Rio Amazonas > Cataratas do Iguacú > Templo Maia > Espaço Sideral - tudo em um único dia. James Bond é muito foda.
VIRUNGA é um documentário inesquecível e devastador – uma obra extremamente poderosa sobre compaixão e heroísmo em meio ao caos. Só li verdades sobre o filme: o Los Angeles Times classificou o filme como um trabalho cheio de ternura de doer o coração. Já o The New York Times disse que o longa mostra o melhor e o pior da natureza humana, que o diretor Orlando Von Einsiedel cria uma narrativa lúcida de uma rede terrível de suborno, corrupção e violência.
VIRUNGA tem nota máxima no Rotten Tomatoes e é uma produção original Netflix. Sabe quem assina a produção executiva? O Leonardo DiCaprio. O filme já levou uma pá de premios e muito provavelmente estará entre os indicados ao Oscar de Melhor Documentário.
Eu quero muito ver Julianne Moore levando o Oscar esse ano - indicada 4 vezes, não levou nenhuma. Agora, se tem uma coisa que impressiona em PARA SEMPRE ALICE é a performance da atriz! Ao interpretar a Alice do título - uma mulher de 50 anos com uma trajetória acadêmica brilhante, expert em Linguística que é diagnosticada com Alzheimer - Julianne Moore transcende a qualidade da obra e nos faz ignorar o restante do elenco, tamanha é a força da sua presença em cena.
É no olhar da atriz que conseguimos sentir a deterioração da personagem - de uma mãe enérgica e comprometida com a carreira até o olhar vazio de uma mulher que já não sabe mais quem é - mas não antes de lutar consigo mesma. O filme é carregado de cenas fortes e de pura emoção: como quando reage ao vídeo que havia preparado para si mesma; nos diálogos com marido; na procura do celular; e principalmente no discurso dado em uma palestra - sem jamais cair nas armadilhas melodramáticas. É impossível assistir PARA SEMPRE ALICE e ficar indiferente a essa jornada rumo à demência.
Ontem, na contra mão da correria das compras de natal, a gente foi assistir OPERAÇÃO BIG HERO no cinema. Que filme agradável, divertido e visualmente estimulante - seu filho vai sair maluco do cinema.
Em um ano em que a Pixar não apresentou nenhum filme, a Disney (com a produção executiva do guru da Pixar, John Lasseter, claro) preencheu esse espaço com uma obra que mantem as origens divertidas e despretensiosas do estúdio e nos entrega uma história sobre a dor e a vingança que é pura emoção.
Eu particularmente gosto muito de UMA JORNADA INESPERADA. É longo? É. Precisava ser tão longo? Não. A verdade é que isso não me incomoda tanto assim - cada minuto é um minuto a mais na terra média. A sensação foi de revisitar aquele mundo fantástico tão bem adaptado para o cinema - e o Hobbit é visualmente uma obra belíssima com uma riqueza de detalhes que sinceramente não me cansam os olhos. A estrutura de UMA JORNADA INESPERADA me lembrou muito A SOCIEDADE DO ANÉL - é um filme mais leve, que não tem pressa pra acontecer ao mesmo tempo em que está ali pra pavimentar o terreno para os próximos filmes.
A DESOLAÇÃO DE SMAUG talvez seja o filme mais difícil de ser aceito da trilogia pelo grande público, basicamente, por ser o filme do meio e não ter início e nem fim - ah mas AS DUAS TORRES também era um filme do meio - AS DUAS TORRES tinha um centro narrativo que era a batalha de Helm's Deep e toda a ascensão do Aragorn como rei que esse agora não tem. A vantagem é que ele tem a presença do dragão smaug. Se tudo desse errado, o Smaug ia salvar o filme. Primeiro, porque ele é o dragão primordial da fantasia e, segundo, ele não é uma criatura irracional - tem personalidade e o vozerão do Benedict Cumberbatch.
Vamos ser honestos, quem leu o livro sabia o que ia acontecer em A BATALHA DOS CINCO EXÉRCITOS. Todos sabíamos que não tinha mais história pra contar e o que restava era uma batalha interminável de três horas - e foi exatamente o que aconteceu. Isso é ruim? Não. Assim, o filme tem um exército liderado por um lorde anão montado em um porco selvagem - que mata orcs a cabeçadas. Claro que o filme não tem o peso dramático necessário que sustentasse uma batalha épica dessas. Ah, mas daí eu já tinha me deixado levar pela brincadeira. E foi LINDO :)
Eu sei das limitações da trilogia O Hobbit como cinema e eu não vou ficar aqui repetindo o que o que já foi dito a exaustão por todos. No final das contas, O Hobbit apesar de tentar ser algo maior do que podia ser, em parte conseguiu - a Terra-média está tão bem estabelecida nos cinemas que transcende a qualidade das histórias que acontecem ali - a verdade é que a trilogia terminou muito próxima do que o livro realmente é na sua essência: uma aventura.
MIL VEZES BOA NOITE não é um filme excepcional, mas é um belo drama de consciência e paixão, que observa e reconhece o egoísmo do fotógrafo de guerra, bem como a sua coragem e obstinação. O longa tem limitações, claro, mas tem o talento de Juliette Binoche que traz um peso dramático todo especial pro longa do diretor norueguês.
P-U-T-A-M-E-R-D-A, que atriz, que mulher - Juliette Binoche é o filme. Está maravilhosa como uma fotografa de guerra passional e obcecada em contar a história de um conflito que ninguém se importa. Uma mulher disposta a fazer a diferença no mundo, ao mesmo tempo que prejudica aqueles que ama - a relação com a família, a volta pra casa, o marido, as duas filhas. Queria que todos aqueles que tem alguma relação com a fotografia tivessem a oportunidade de assistir.
Uma obra delicada demais para sentimentalismos. O longa não fala de redenção e sim de inconsequências afetivas - e seus efeitos colaterais - sem juízos morais. Kalmen não tem medo da solidão: tem medo da miséria. Só não entendi, porque traduzi-lo para O SOLTEIRÃO. É burrice direcionar esse belo drama sobre as relações humanos para um público que está buscando outra coisa com um título desses.
Ontem assisti JERRY MAGUIRE - A GRANDE VIRADA no netflix :) Sim, ainda não tinha visto, mas tudo bem, nunca vi FLASHDANCE também o_O Enfim, só queria dizer que o filme é muito Cameron Crowe mesmo e que todas as piadas e referências a atuação do Tom Cruise agora fazem sentido. E a Renée Zellweger, LINDA - eu achava que o primeiro papel de destaque dela tinha sido em O DIÁRIO DE BRIDGET JONES.
GAROTA EXEMPLAR é de cair o c# da bunda. Sério, a melhor definição que li sobre o que o filme foi "Gone Girl é um desfile de tipos ambíguos, distorcidos e doentes que vivem sob o verniz da normalidade".
Adaptado do romance de Gillian Flynn (que também assina o roteiro) o novo longa do David Fincher é um deboche só - não consigo imaginar outra pessoa no controle desse thriller denso e intrigante. É difícil escrever sem estragar o impacto que o diretor reservou para o público, logo, vou me limitar a dizer que este é o melhor papel de Ben Affleck. Eu já tinha feito as pazes com ele em ARGO, mas aqui ele esta digno de prêmio, não só ele como a bela Rosamund Pike também. ASSISTA :)
Definitivamente Cronenberg não faz mais sentido nenhum para mim - eu não entendo os seus filmes recentes. Porém, de uma forma bem estranha eu gostei de MAPS TO THE STARS. Não entendi, mas gostei! Acho que foi a atuação da Julianne Moore que deixou o filme mais palatável.
Na real, saí bem decepcionado com esse novo filme do Alexandre Bustillo. Depois de toda a poesia imagética de LIVIDE, achei que esse ficou meio comunzão demais. Ficou a impressão de ter visto um filme de terror genérico qualquer. Não curti :(
HOMENS, MULHERES E FILHOS é um ensaio 'interessante' sobre a sociedade atual e a sua relação com a tecnologia como um acelerador de solidão social, mas que está condenado a ficar ultrapassado antes mesmo do lançamento do próximo iphone.
A grande verdade é que Jason Reitman se esforçou para explorar a nossa relação cada vez mais complexa com a tecnologia e como ela vem se infiltrando insidiosamente em cada ritual social, pena que o Spike Jonze já tinha feito isso de forma deslumbrante, atemporal e lírica em HER. Minha dica é: se for assistir, seja rápido, pois o longa está fadado a perder a validade antes mesmo de chegar no Netflix.
INTERESTELAR é épico, é lindo e cheio de problemas. Ame ou odeie? Só indiferente talvez! A verdade é que faltou algo para que eu me conectasse por completo com a obra do Christopher Nolan. No fim da sessão, o meu pensamento foi: imagina isso tudo nas mãos do Spielberg. Não a toa, descobri depois que o roteiro foi pensado inicialmente para ele - isso justifica algumas cenas, o lance da família desfeita, a relação pai e filho. Tudo é muito Spielberg e acho que nas mãos do Nolan perderam um pouco a sincronicidade - ou deixaram o conceito um pouco mais forçado.
Bom, é inegável a forma como o filme bebe visualmente na fonte de 2001, UMA ODISSEIA NO ESPAÇO - nossa, aquele robô monolítico é muito Kubrick. Porém, sem a segurança de um mestre, Nolan mastiga demais a informação (fez isso em A ORIGEM e agora fez de novo) e desperdiça talentos como Anne Hathaway, Michael Caine e Casey Affleck - todos ótimos atores com personagens rasos e limitados a explicar uma pá de conceitos e teorias que estão ali para pavimentar o famoso 'high concept' do diretor. Enfim, INTERESTELAR é um belíssimo filme com bons atores, ótimas atuações e uma direção competente, mas que não sai da zona de conforto.
Se eu vou assistir o novo filme dos Cavaleiros do Zodíaco? Não obrigado! A batalha do santuário está majestosamente arquivada em minha memória de infância e não pretendo estragar isso.
Como fã de filmes de terror, entendo que surpreender em um gênero desgastado é um desafio e tanto para um diretor - James Wan sabe disso e, não a toa, segue transformando filmes de terror baratos em super franquias lucrativas. Digo isso, porque ANNABELLE - um spin-off de INVOCAÇÃO DO MAL - não chega a surpreender, mas é eficiente e cumpre a função de assustar.
O longa, mesmo pautado por clichês do gênero (o bebê ameaçado, o marido ausente que custa acreditar na esposa, a vizinha misteriosa) tem seus momentos. Duas coisas me chamaram a atenção, garantindo a minha simpatia pelo filme. A primeira é como foi trabalhada a presença sempre estática da boneca, caso contrário seria só uma variação bizarra do Chucky - solução narrativa essa que resulta em uma das melhores cenas do filme. A segunda é a forma como homenageia o clássico BEBÊ DE ROSEMARY - desde o nome da personagem Mia, a ambientação do prédio, até a utilização do icônico carrinho de bebê.
BOYHOOD - DA INFÂNCIA A JUVENTUDE é a coisa mais próxima de uma vida vivida que o cinema já produziu. Saí da sala de cinema com os olhos lacrimejando, encantado e agradecido por ter assistido uma das obras mais poderosas dos últimos anos.
Ao filmar uma história por 12 anos, acompanhando a vida do garoto Ellar Coltrane, dos 6 aos 18 anos, o diretor Richard Linklater foi além e deixou que a vida e o tempo, em si, construíssem um filme. Muito mais do que apenas a vida de um garoto, BOYHOOD é sobre "o rio do tempo mudando pessoas e paisagens, tecendo uma trama em parte inventada, em parte vivida. Como eu cheguei aqui?, o filme pergunta. Deixando os dias passarem, é a resposta, como na canção dos Talking Heads."
Esqueça por um instante o cinemão das tramas mirabolantes - e de muitos efeitos especiais - e se deixe levar por essa experiência belíssima de uma autenticidade emocional tão simples quanto uma afirmação de vida consegue ser.
SOB A PELE é bem mais do que só a Scarlett peladinha - digo isso, pois tenho a impressão de que o filme foi vendido como aquele com o nu frontal da atriz. O longa do diretor escocês Jonathan Glazer não é um sci-fi tradicional. É tipo A EXPERIÊNCIA dirigido pelo Stanley Kubrick - com o perdão da comparação, claro :)
Sim, é um filme difícil, de fotografia estéril e trilha sonora hipnotizante, mas é também muito provocador ao falar de solidão e desejo. Muito pouco é explicado. Quase não existem diálogos, só conversas improvisadas da Scarlett com os estranhos na van (todos não-atores) sempre com câmeras escondidas para não perder o realismo. Uma jornada solitária sobre o sentido das relações humanas com um final devastador e belo. Gostei do resultado - recomendo!
Aproveita que hoje é o Dia da Fotografia e veja esse ótimo longa nacional com uma fotografia linda do Gustavo Hadba – vi no final de semana :) É um belo drama sobre amizade com uma assinatura bem particular do Paulo Morelli que foi muito feliz ao explorar a dinâmica entre os atores como base narrativa.
TARTARUGAS NINJA é a constatação que as nossas queridas tartarugas adolescentes mutantes ninja tem uma empatia 'saudosista' tão forte com o público que conseguem carregar sozinhas um filme que, na real, é bem meia-boca. Sim, elas são incríveis, enchem a tela, são divertidas, frenéticas e dão muita porrada. Agora, o resto é bem chatinho.
Tudo bem que o que queremos é ver as tartarugas em ação, mas o roteiro é preguiçoso demais, é repetitivo, a Megan Fox não convence, o destruidor então, não passa de um mini transformer cuspidor de facas. A verdade é que nada funciona direito além do entrosamento entre Leonardo, Rafael, Donatello e Michelangelo e a fotografia do Lula Carvalho que consegue te colocar dentro das longas cenas de ação sem que você tenha uma crise de labirintite.
SERES RASTEJANTES é uma pequena ode ao cinema trash dos anos 80. O filme de estreia do diretor James Gunn (hoje integrante do time de elite da Marvel Studios) é uma divertida colcha de retalhos.
The Fly, A Nightmare on Elm Street, The Thing, The Return of the Living Dead, Tremors, The Evil Dead, todas essas grandes obras estão presentes de alguma forma: nos nomes dos personagens, nos objetos de cena, na fotografia, nos diálogos, mas principalmente no ritmo. Minha dica é: quer algo novo? Talvez SERES RASTEJANTES não seja uma boa ideia. Agora, se você quer resgatar um pouco daquele cinema viscoso e nojento que segue a cartilha do gênero, então SERES RASTEJANTES é uma boa opção.
GUARDIÕES DA GALÁXIA é bom demais! A Marvel nos cinemas nos ensinou que é possível contar histórias completamente diferentes sem perder aquela característica de unidade que o estúdio vem construindo tão bem desde 2008. Desde OS VINGADORES, em 2011, estou convencido que eles não só acertaram a mão, como vem se superando a cada filme.
Se em CAPITÃO AMÉRICA 2 - O SOLDADO INVERNAL eles nos entregaram um perfeito thriller de espionagem setentista (não a toa Robert Redford está em cena) aqui eles nos presenteiam com uma super aventura / comédia / juvenil / espacial que vai empolgar fácil até aqueles que não faziam ideia que a super equipe existia - tipo, eu :)
É o melhor filme da Marvel? Considerando que o Tony Stark é 'hors concours', com certeza GUARDIÕES DA GALÁXIA é o melhor - pelo menos até maio de 2015. O filme é uma diversão só, faz piada o tempo inteiro, os heróis são de um carisma sem igual e a música diegética é um personagem a parte - sem esquecer do colorido vivo e a forte influência oitentista. Tudo conspira para te colocar dentro das páginas desse incrível gibi épico espacial. Assista.. NOW!
Essa sequência de abertura + os créditos na voz de Adele é um desbunde só. Sam Mendes encontrou o equilíbrio perfeito entre o Bond clássico e o atual.
Preste a atenção na trilha sonora da sequência que antecede os créditos iniciais. É como se a melodia clássica ficasse ali esperando o momento certo para surgir - até existem alguns deslumbres quando 007 faz algo digno do agente mais famoso do mundo - mas ela nunca chega a se completar. Então, quando James Bond cai da ponte - SILÊNCIO TOTAL - ele falhou. Não foi dessa vez, tem muito filme pela frente ainda e no momento certo ela vai explodir e você vai perceber.
007 Contra o Foguete da Morte
3.2 175 Assista AgoraRevendo 007 CONTRA O FOGUETE ATÔMICO (Moonraker, 1979), depois de muito tempo, eu percebi que a geografia do Brasil é muito bizarra nesse filme. Depois de chegar no Rio de Janeiro e soltar a famosa frase "o que se faz no Rio, quando não se sabe sambar?" James Bond visita o Pão de Açúcar, onde luta com o Jaws (o maluco dos dentes de aço) em cima do bondinho.
Depois do capanga cortar os cabos do bondinho com os dentes, ele cai em um campo aberto, onde consegue fugir a cavalo e (depois de cavalgar por algum tempo) chega em uma cidade genérica qualquer da Bahia vestido um pala mexicano. Em seguida saí numa fuga alucinante pelo Rio Amazonas que desemboca, é claro, nas cataratas do Iguaçu, onde ele consegue fugir de asa-delta, tipo like a boss :)
Concentrado e focado na missão que só ele, Bond segue a pé pela mata uma bela mulher que o leva até um templo Maia, onde fica o harém do vilão. Wow, tô confuso! É daí que sai a Moonraker (uma moderna nave espacial capaz de entrar em órbita e retornar à Terra como um avião) levando todos para o espaço sideral. Ops, acho que isso já é spoiler :s
Em resumo foi: Pão de Açúcar > Cidade qualquer da Bahia > Rio Amazonas > Cataratas do Iguacú > Templo Maia > Espaço Sideral - tudo em um único dia. James Bond é muito foda.
Virunga
4.5 71 Assista AgoraVIRUNGA é um documentário inesquecível e devastador – uma obra extremamente poderosa sobre compaixão e heroísmo em meio ao caos. Só li verdades sobre o filme: o Los Angeles Times classificou o filme como um trabalho cheio de ternura de doer o coração. Já o The New York Times disse que o longa mostra o melhor e o pior da natureza humana, que o diretor Orlando Von Einsiedel cria uma narrativa lúcida de uma rede terrível de suborno, corrupção e violência.
VIRUNGA tem nota máxima no Rotten Tomatoes e é uma produção original Netflix. Sabe quem assina a produção executiva? O Leonardo DiCaprio. O filme já levou uma pá de premios e muito provavelmente estará entre os indicados ao Oscar de Melhor Documentário.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraEu quero muito ver Julianne Moore levando o Oscar esse ano - indicada 4 vezes, não levou nenhuma. Agora, se tem uma coisa que impressiona em PARA SEMPRE ALICE é a performance da atriz! Ao interpretar a Alice do título - uma mulher de 50 anos com uma trajetória acadêmica brilhante, expert em Linguística que é diagnosticada com Alzheimer - Julianne Moore transcende a qualidade da obra e nos faz ignorar o restante do elenco, tamanha é a força da sua presença em cena.
É no olhar da atriz que conseguimos sentir a deterioração da personagem - de uma mãe enérgica e comprometida com a carreira até o olhar vazio de uma mulher que já não sabe mais quem é - mas não antes de lutar consigo mesma. O filme é carregado de cenas fortes e de pura emoção: como quando reage ao vídeo que havia preparado para si mesma; nos diálogos com marido; na procura do celular; e principalmente no discurso dado em uma palestra - sem jamais cair nas armadilhas melodramáticas. É impossível assistir PARA SEMPRE ALICE e ficar indiferente a essa jornada rumo à demência.
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraOntem, na contra mão da correria das compras de natal, a gente foi assistir OPERAÇÃO BIG HERO no cinema. Que filme agradável, divertido e visualmente estimulante - seu filho vai sair maluco do cinema.
Em um ano em que a Pixar não apresentou nenhum filme, a Disney (com a produção executiva do guru da Pixar, John Lasseter, claro) preencheu esse espaço com uma obra que mantem as origens divertidas e despretensiosas do estúdio e nos entrega uma história sobre a dor e a vingança que é pura emoção.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraEu particularmente gosto muito de UMA JORNADA INESPERADA. É longo? É. Precisava ser tão longo? Não. A verdade é que isso não me incomoda tanto assim - cada minuto é um minuto a mais na terra média. A sensação foi de revisitar aquele mundo fantástico tão bem adaptado para o cinema - e o Hobbit é visualmente uma obra belíssima com uma riqueza de detalhes que sinceramente não me cansam os olhos. A estrutura de UMA JORNADA INESPERADA me lembrou muito A SOCIEDADE DO ANÉL - é um filme mais leve, que não tem pressa pra acontecer ao mesmo tempo em que está ali pra pavimentar o terreno para os próximos filmes.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraA DESOLAÇÃO DE SMAUG talvez seja o filme mais difícil de ser aceito da trilogia pelo grande público, basicamente, por ser o filme do meio e não ter início e nem fim - ah mas AS DUAS TORRES também era um filme do meio - AS DUAS TORRES tinha um centro narrativo que era a batalha de Helm's Deep e toda a ascensão do Aragorn como rei que esse agora não tem. A vantagem é que ele tem a presença do dragão smaug. Se tudo desse errado, o Smaug ia salvar o filme. Primeiro, porque ele é o dragão primordial da fantasia e, segundo, ele não é uma criatura irracional - tem personalidade e o vozerão do Benedict Cumberbatch.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista AgoraVamos ser honestos, quem leu o livro sabia o que ia acontecer em A BATALHA DOS CINCO EXÉRCITOS. Todos sabíamos que não tinha mais história pra contar e o que restava era uma batalha interminável de três horas - e foi exatamente o que aconteceu. Isso é ruim? Não. Assim, o filme tem um exército liderado por um lorde anão montado em um porco selvagem - que mata orcs a cabeçadas. Claro que o filme não tem o peso dramático necessário que sustentasse uma batalha épica dessas. Ah, mas daí eu já tinha me deixado levar pela brincadeira. E foi LINDO :)
Eu sei das limitações da trilogia O Hobbit como cinema e eu não vou ficar aqui repetindo o que o que já foi dito a exaustão por todos. No final das contas, O Hobbit apesar de tentar ser algo maior do que podia ser, em parte conseguiu - a Terra-média está tão bem estabelecida nos cinemas que transcende a qualidade das histórias que acontecem ali - a verdade é que a trilogia terminou muito próxima do que o livro realmente é na sua essência: uma aventura.
Mil Vezes Boa Noite
4.0 160 Assista AgoraMIL VEZES BOA NOITE não é um filme excepcional, mas é um belo drama de consciência e paixão, que observa e reconhece o egoísmo do fotógrafo de guerra, bem como a sua coragem e obstinação. O longa tem limitações, claro, mas tem o talento de Juliette Binoche que traz um peso dramático todo especial pro longa do diretor norueguês.
P-U-T-A-M-E-R-D-A, que atriz, que mulher - Juliette Binoche é o filme. Está maravilhosa como uma fotografa de guerra passional e obcecada em contar a história de um conflito que ninguém se importa. Uma mulher disposta a fazer a diferença no mundo, ao mesmo tempo que prejudica aqueles que ama - a relação com a família, a volta pra casa, o marido, as duas filhas. Queria que todos aqueles que tem alguma relação com a fotografia tivessem a oportunidade de assistir.
O Solteirão
2.6 156Uma obra delicada demais para sentimentalismos. O longa não fala de redenção e sim de inconsequências afetivas - e seus efeitos colaterais - sem juízos morais. Kalmen não tem medo da solidão: tem medo da miséria. Só não entendi, porque traduzi-lo para O SOLTEIRÃO. É burrice direcionar esse belo drama sobre as relações humanos para um público que está buscando outra coisa com um título desses.
Jerry Maguire: A Grande Virada
3.6 444 Assista AgoraOntem assisti JERRY MAGUIRE - A GRANDE VIRADA no netflix :) Sim, ainda não tinha visto, mas tudo bem, nunca vi FLASHDANCE também o_O Enfim, só queria dizer que o filme é muito Cameron Crowe mesmo e que todas as piadas e referências a atuação do Tom Cruise agora fazem sentido. E a Renée Zellweger, LINDA - eu achava que o primeiro papel de destaque dela tinha sido em O DIÁRIO DE BRIDGET JONES.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraGAROTA EXEMPLAR é de cair o c# da bunda. Sério, a melhor definição que li sobre o que o filme foi "Gone Girl é um desfile de tipos ambíguos, distorcidos e doentes que vivem sob o verniz da normalidade".
Adaptado do romance de Gillian Flynn (que também assina o roteiro) o novo longa do David Fincher é um deboche só - não consigo imaginar outra pessoa no controle desse thriller denso e intrigante. É difícil escrever sem estragar o impacto que o diretor reservou para o público, logo, vou me limitar a dizer que este é o melhor papel de Ben Affleck. Eu já tinha feito as pazes com ele em ARGO, mas aqui ele esta digno de prêmio, não só ele como a bela Rosamund Pike também. ASSISTA :)
Mapas para as Estrelas
3.3 478 Assista AgoraDefinitivamente Cronenberg não faz mais sentido nenhum para mim - eu não entendo os seus filmes recentes. Porém, de uma forma bem estranha eu gostei de MAPS TO THE STARS. Não entendi, mas gostei! Acho que foi a atuação da Julianne Moore que deixou o filme mais palatável.
Entre os Vivos
2.6 33Na real, saí bem decepcionado com esse novo filme do Alexandre Bustillo. Depois de toda a poesia imagética de LIVIDE, achei que esse ficou meio comunzão demais. Ficou a impressão de ter visto um filme de terror genérico qualquer. Não curti :(
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraHOMENS, MULHERES E FILHOS é um ensaio 'interessante' sobre a sociedade atual e a sua relação com a tecnologia como um acelerador de solidão social, mas que está condenado a ficar ultrapassado antes mesmo do lançamento do próximo iphone.
A grande verdade é que Jason Reitman se esforçou para explorar a nossa relação cada vez mais complexa com a tecnologia e como ela vem se infiltrando insidiosamente em cada ritual social, pena que o Spike Jonze já tinha feito isso de forma deslumbrante, atemporal e lírica em HER. Minha dica é: se for assistir, seja rápido, pois o longa está fadado a perder a validade antes mesmo de chegar no Netflix.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraINTERESTELAR é épico, é lindo e cheio de problemas. Ame ou odeie? Só indiferente talvez! A verdade é que faltou algo para que eu me conectasse por completo com a obra do Christopher Nolan. No fim da sessão, o meu pensamento foi: imagina isso tudo nas mãos do Spielberg. Não a toa, descobri depois que o roteiro foi pensado inicialmente para ele - isso justifica algumas cenas, o lance da família desfeita, a relação pai e filho. Tudo é muito Spielberg e acho que nas mãos do Nolan perderam um pouco a sincronicidade - ou deixaram o conceito um pouco mais forçado.
Bom, é inegável a forma como o filme bebe visualmente na fonte de 2001, UMA ODISSEIA NO ESPAÇO - nossa, aquele robô monolítico é muito Kubrick. Porém, sem a segurança de um mestre, Nolan mastiga demais a informação (fez isso em A ORIGEM e agora fez de novo) e desperdiça talentos como Anne Hathaway, Michael Caine e Casey Affleck - todos ótimos atores com personagens rasos e limitados a explicar uma pá de conceitos e teorias que estão ali para pavimentar o famoso 'high concept' do diretor. Enfim, INTERESTELAR é um belíssimo filme com bons atores, ótimas atuações e uma direção competente, mas que não sai da zona de conforto.
Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário
2.5 810 Assista AgoraSe eu vou assistir o novo filme dos Cavaleiros do Zodíaco?
Não obrigado! A batalha do santuário está majestosamente arquivada em minha memória de infância e não pretendo estragar isso.
Annabelle
2.7 2,7K Assista AgoraComo fã de filmes de terror, entendo que surpreender em um gênero desgastado é um desafio e tanto para um diretor - James Wan sabe disso e, não a toa, segue transformando filmes de terror baratos em super franquias lucrativas. Digo isso, porque ANNABELLE - um spin-off de INVOCAÇÃO DO MAL - não chega a surpreender, mas é eficiente e cumpre a função de assustar.
O longa, mesmo pautado por clichês do gênero (o bebê ameaçado, o marido ausente que custa acreditar na esposa, a vizinha misteriosa) tem seus momentos. Duas coisas me chamaram a atenção, garantindo a minha simpatia pelo filme. A primeira é como foi trabalhada a presença sempre estática da boneca, caso contrário seria só uma variação bizarra do Chucky - solução narrativa essa que resulta em uma das melhores cenas do filme. A segunda é a forma como homenageia o clássico BEBÊ DE ROSEMARY - desde o nome da personagem Mia, a ambientação do prédio, até a utilização do icônico carrinho de bebê.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraBOYHOOD - DA INFÂNCIA A JUVENTUDE é a coisa mais próxima de uma vida vivida que o cinema já produziu. Saí da sala de cinema com os olhos lacrimejando, encantado e agradecido por ter assistido uma das obras mais poderosas dos últimos anos.
Ao filmar uma história por 12 anos, acompanhando a vida do garoto Ellar Coltrane, dos 6 aos 18 anos, o diretor Richard Linklater foi além e deixou que a vida e o tempo, em si, construíssem um filme. Muito mais do que apenas a vida de um garoto, BOYHOOD é sobre "o rio do tempo mudando pessoas e paisagens, tecendo uma trama em parte inventada, em parte vivida. Como eu cheguei aqui?, o filme pergunta. Deixando os dias passarem, é a resposta, como na canção dos Talking Heads."
Esqueça por um instante o cinemão das tramas mirabolantes - e de muitos efeitos especiais - e se deixe levar por essa experiência belíssima de uma autenticidade emocional tão simples quanto uma afirmação de vida consegue ser.
Sob a Pele
3.2 1,4K Assista AgoraSOB A PELE é bem mais do que só a Scarlett peladinha - digo isso, pois tenho a impressão de que o filme foi vendido como aquele com o nu frontal da atriz. O longa do diretor escocês Jonathan Glazer não é um sci-fi tradicional. É tipo A EXPERIÊNCIA dirigido pelo Stanley Kubrick - com o perdão da comparação, claro :)
Sim, é um filme difícil, de fotografia estéril e trilha sonora hipnotizante, mas é também muito provocador ao falar de solidão e desejo. Muito pouco é explicado. Quase não existem diálogos, só conversas improvisadas da Scarlett com os estranhos na van (todos não-atores) sempre com câmeras escondidas para não perder o realismo. Uma jornada solitária sobre o sentido das relações humanas com um final devastador e belo. Gostei do resultado - recomendo!
Entre Nós
3.6 619 Assista AgoraAproveita que hoje é o Dia da Fotografia e veja esse ótimo longa nacional com uma fotografia linda do Gustavo Hadba – vi no final de semana :) É um belo drama sobre amizade com uma assinatura bem particular do Paulo Morelli que foi muito feliz ao explorar a dinâmica entre os atores como base narrativa.
As Tartarugas Ninja
3.1 1,3K Assista AgoraTARTARUGAS NINJA é a constatação que as nossas queridas tartarugas adolescentes mutantes ninja tem uma empatia 'saudosista' tão forte com o público que conseguem carregar sozinhas um filme que, na real, é bem meia-boca. Sim, elas são incríveis, enchem a tela, são divertidas, frenéticas e dão muita porrada. Agora, o resto é bem chatinho.
Tudo bem que o que queremos é ver as tartarugas em ação, mas o roteiro é preguiçoso demais, é repetitivo, a Megan Fox não convence, o destruidor então, não passa de um mini transformer cuspidor de facas. A verdade é que nada funciona direito além do entrosamento entre Leonardo, Rafael, Donatello e Michelangelo e a fotografia do Lula Carvalho que consegue te colocar dentro das longas cenas de ação sem que você tenha uma crise de labirintite.
Seres Rastejantes
2.9 298 Assista AgoraSERES RASTEJANTES é uma pequena ode ao cinema trash dos anos 80. O filme de estreia do diretor James Gunn (hoje integrante do time de elite da Marvel Studios) é uma divertida colcha de retalhos.
The Fly, A Nightmare on Elm Street, The Thing, The Return of the Living Dead, Tremors, The Evil Dead, todas essas grandes obras estão presentes de alguma forma: nos nomes dos personagens, nos objetos de cena, na fotografia, nos diálogos, mas principalmente no ritmo. Minha dica é: quer algo novo? Talvez SERES RASTEJANTES não seja uma boa ideia. Agora, se você quer resgatar um pouco daquele cinema viscoso e nojento que segue a cartilha do gênero, então SERES RASTEJANTES é uma boa opção.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraGUARDIÕES DA GALÁXIA é bom demais! A Marvel nos cinemas nos ensinou que é possível contar histórias completamente diferentes sem perder aquela característica de unidade que o estúdio vem construindo tão bem desde 2008. Desde OS VINGADORES, em 2011, estou convencido que eles não só acertaram a mão, como vem se superando a cada filme.
Se em CAPITÃO AMÉRICA 2 - O SOLDADO INVERNAL eles nos entregaram um perfeito thriller de espionagem setentista (não a toa Robert Redford está em cena) aqui eles nos presenteiam com uma super aventura / comédia / juvenil / espacial que vai empolgar fácil até aqueles que não faziam ideia que a super equipe existia - tipo, eu :)
É o melhor filme da Marvel? Considerando que o Tony Stark é 'hors concours', com certeza GUARDIÕES DA GALÁXIA é o melhor - pelo menos até maio de 2015. O filme é uma diversão só, faz piada o tempo inteiro, os heróis são de um carisma sem igual e a música diegética é um personagem a parte - sem esquecer do colorido vivo e a forte influência oitentista. Tudo conspira para te colocar dentro das páginas desse incrível gibi épico espacial. Assista.. NOW!
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraEssa sequência de abertura + os créditos na voz de Adele é um desbunde só. Sam Mendes encontrou o equilíbrio perfeito entre o Bond clássico e o atual.
Preste a atenção na trilha sonora da sequência que antecede os créditos iniciais. É como se a melodia clássica ficasse ali esperando o momento certo para surgir - até existem alguns deslumbres quando 007 faz algo digno do agente mais famoso do mundo - mas ela nunca chega a se completar. Então, quando James Bond cai da ponte - SILÊNCIO TOTAL - ele falhou. Não foi dessa vez, tem muito filme pela frente ainda e no momento certo ela vai explodir e você vai perceber.