Os judeus não são tão "iguais entre si" como a maioria das pessoas pensam, dentro das suas comunidades há enormes diferenças de classes sociais. Vittório De Sica, muito sensivelmente, mostra nesta obra prima do cinema que na Europa Central, antes da guerra, a segregação religiosa/racial judaica era voluntária, não era rígida, o judeu caminhava celeremente para o seu desaparecimento pela miscigenação (ver "As Mulheres de Rosenstrasse" de Margarethe von Trotta /2003). Ele mostra também que ao intelectual era lhe dada a oportunidade de ascensão no seio da elite judaica e, por outro lado, como toda "espécie animal", diante do perigo iminente a desesperada união num só desejo, a proteção. Na Alemanha, antes de tornar-se Nazista, os judeus não capitalistas, paradoxalmente, eram intelectuais assumidamente comunistas e pelos dois motivos, capitalismo e comunismo, foram perseguidos e quase totalmente exterminados, assim foi também, sob a ação nazista, na França, Itália, Holanda, na então Tcheco-Eslováquia, no Báltico, etc... Israel é hoje um Estado socialista harmonizado pela educação, saúde pública, transporte, lazer, enfim, por todos os serviços públicos essenciais para o bem estar de todos.
Na época quando o filme estreou em São Paulo, em plena ditadura, ele não foi bem compreendido dada a sua mutilação, com cortes idiotas, por parte dos censores do regime militar. Quanta coisa perdeu-se no espaço e no tempo sob um governo que proibia qualquer expressão da "verdade", daquilo que era real e não interessava ao poder permitir a sua divulgação. Para o nosso tempo, infelizmente, o filme perdeu a essência do seu conteúdo ideológico e transformou-se apenas numa crítica bem humorada do comportamento social, na época da burguesia. Eu digo burguesia porque a grande maioria da população era pobre e desinformada cujas diferenças para os, então, raros ricos eram literalmente astronômica, ao contrário dos dias de hoje com o enorme crescimento da classe média.
A proposta do filme é muito boa, denunciar o poder econômico das indústrias farmacêuticas que sem controle ou pudor e longe de qualquer ética atuam livremente num continente totalmente desprotegido, de uma população sem a mínima consciência dos riscos que corre , homens, mulheres e crianças na condição de cobaias humanas a serviço de experimentos químicos. A dramatização do roteiro serve apenas de pano de fundo para mostrar a ação criminosa dos "estrangeiros" na África.
Filme que contém uma carga emocional rara, mesmo porquê ele trata de um roteiro baseado em fatos reais. Insegurança para enfrentar um público ou reuniões importantes é muito comum se não se tratasse da estória do Rei mais importante de seu tempo, pai da atual Rainha mais importante do nosso tempo. Acredito que é mais difícil para um rei transpor a fronteira da sociedade civil do que o contrário, mesmo sendo ele, no contexto, o representante do seu povo. A relação de amizade que o filme aborda não é sem razão de uma raridade quase única devido a inacessibilidade da transposição das mencionadas barreiras sociais. Filme lindíssimo.
A vida de uma mulher não contaminada pelos vícios sociais num cenário da primeira metade do sec. XIX encenada fantasticamente por Judith Chemla sob a não menos espetacular direção, das rápidas colagens, de Stéphane Brizé adaptando o roteiro da novela de Guy de Maupassant "Une Vie" ou " L'Humble Vérité" (A humilde verdade) eu diria até que dever-se-ia titular como "Le Mensonge" (A Mentira) Karol (abaixo), como mulher, comentou sobre a sua indignação pela submissão involuntária de "Jeanne" e não é para menos, em pensar que mesmo nos dias hoje não é nem um pouco incomum a mulher ainda ser subjugada, subestimada e ser tratada como um objeto de posse. É inadmissível. A figura do padre, no filme, em nome de Deus, é aterradora para não dizer demoníaca, que desconstrói os princípios da verdadeira ética-moral.
Um filme para despertar na juventude o sentido do humanismo, da amizade pura onde os interesses materiais não encontram espaço. Um conto quase de "fadas", mas que não tira a seriedade dos verdadeiros sentimentos realçadas pelas belíssimas fotografias.
A primeira parte do filme é entediante, apesar de toda a agressividade entre o casal, parece que a estória derrapa, não sai do lugar, estático num problema sem solução, quase desisti. A segunda parte, sim, é a grande proposta do roteiro, ou seja, foca os terríveis desdobramentos das neuróticas relações conjugais e suas consequências nas cabecinhas dos inocentes. Filme triste.
Filme realizado ainda muito próximo ao fim da 2ª Guerra com tendências a enaltecer os heróis em combate. Pena que o argumento e a ação, apesar do fantástico elenco, são fracos, de qualquer maneira não deixa de ser um clássico.
No filme, a prostituição serve apenas de pano de fundo para um drama ainda mais cruel não só pouquíssimo abordado na sua época como, ainda pior, totalmente negado.
A pedofilia era uma anomalia que a sociedade recusava-se vê-la como uma realidade, principalmente, quando ela ocorria no seio das classes sociais mais priviligiadas economicamente.
Para se chegar ao grau de perfeição técnica da ação filmada dos "pickpoket" , muito provavelmente, Bresson deve ter contado com a "colaboração" dos próprios contraventores. Clássico dos clássicos do cinema francês.
O filme transita entre a comédia e a tragédia total, nem por isso se trata de uma tragicomédia. O tema central que faltava na filmografia do gênio Woody Allen era exatamente a abordagem sobre as "frustrações" que neste filme ele se aprofunda magnificamente. Pela primeira vez vi em Kate Winslet uma mulher amadurecida pela vida e pela idade, mostrada como uma quarentona que finalmente vê na sua existência a iniquidade.
Não poderia dizer se a biografia de Jesse James vista por Andrew Dominik é fidedigna, nunca li nada a respeito, mas a sua abordagem sobre a personalidade de um bandido é perfeita. Dominik realça focando com exatidão o "sexto sentido", o da premunição, como a principal arma do bandido frio. Filme muito interessante que se desenvolve numa paisagem excelentemente fotografada, captando perfeitamente a passagem das estações.
Uma obra literária transposta para um cenário natural onde o diálogo, declamado, expressa os valores que unem e/ou agridem os interesses das relações entre os homens e as mulheres. Wenders sempre encontrou a sua própria maneira unir a fotografia a um tema, só que desta feita, um palco, na intimidade de um teatro, para quem gosta, o resultado teria sido ótimo. A erudição de certos assuntos não encontra no cinema o seu melhor público, ele é popular demais e nem poderia ser diferente.
Eu não sei se o roteiro foi mal adaptado, pq não conheço o original, se foi pessimamente dirigido, consequentemente, as interpretações uma verdeira lástima. Em ralação ao tema "Aprendiz" de mau gosto, um tesão mórbido, de bobagens sem sentido, etc.etc.etc.
O diretor Wolfgang Petersen consegue segurar o espectador firmemente envolvido nesta excelente trama por mais de 3 horas. Não se trata apenas de mais um filme sobre a 2ª Guerra, aliás, são pouquíssimas as cenas de guerra. O seu o foco principal é mostrar o lado humano, ora feliz, ora tenso, encapsulado num submarino, totalmente preso num antagônico jogo de xadrez onde cada lance produz consequências inesperadas. Filme excelente.
Sem propor absolutamente nada, o filme tenta se passar por um laboratório de pesquisa comportamental, com amostras de materiais tão distintas cujas conclusões das análises, concluem-se em si mesmas, ou seja, nada muda. Plasticamente o filme é bonito.
Que merda de filme infantil, sem conteúdo, rebuscado, com imagens horrendas Deveria ser indicado para o "Pior filme do Ano", não para o "Oscar" cuja premiação prova ser um engôdo. A sua tendenciosa estatueta dourada é voltada somente para o faturamento das bilheterias, que arrecadam milhões com bobageiras como esta que saem dos bolsos dos desavisados que alimentam o ego assistindo suicidas fantásticos.
Três coroas comportando-se como três adolescentes, não dá!! Sou fã incondicional de Jeff Bridges, mas neste filme ele está um verdadeiro desastre, talvez por culpa do script totalmente incompatível com o seu imenso talento. Vale destacar apenas o breve momento do voo de Lebowsky, em que os irmãos Coen plagiam Busby Berkeley , fantástico coreógrafo das décadas 30/40 do século XX, claro.
Foi muito bom rever este filme após 30 anos e confirmar que o seu suspense e merda tem o mesmo cheiro e aspecto. O sentimento que o filme deixa é o mesmo quando se pisa nela, na merda, por descuido.
O Jardim dos Finzi-Contini
3.9 32Os judeus não são tão "iguais entre si" como a maioria das pessoas pensam, dentro das suas comunidades há enormes diferenças de classes sociais.
Vittório De Sica, muito sensivelmente, mostra nesta obra prima do cinema que na Europa Central, antes da guerra, a segregação religiosa/racial judaica era voluntária, não era rígida, o judeu caminhava celeremente para o seu desaparecimento pela miscigenação (ver "As Mulheres de Rosenstrasse" de Margarethe von Trotta /2003). Ele mostra também que ao intelectual era lhe dada a oportunidade de ascensão no seio da elite judaica e, por outro lado, como toda "espécie animal", diante do perigo iminente a desesperada união num só desejo, a proteção.
Na Alemanha, antes de tornar-se Nazista, os judeus não capitalistas, paradoxalmente, eram intelectuais assumidamente comunistas e pelos dois motivos, capitalismo e comunismo, foram perseguidos e quase totalmente exterminados, assim foi também, sob a ação nazista, na França, Itália, Holanda, na então Tcheco-Eslováquia, no Báltico, etc...
Israel é hoje um Estado socialista harmonizado pela educação, saúde pública, transporte, lazer, enfim, por todos os serviços públicos essenciais para o bem estar de todos.
O Fantasma da Liberdade
4.2 105Na época quando o filme estreou em São Paulo, em plena ditadura, ele não foi bem compreendido dada a sua mutilação, com cortes idiotas, por parte dos censores do regime militar. Quanta coisa perdeu-se no espaço e no tempo sob um governo que proibia qualquer expressão da "verdade", daquilo que era real e não interessava ao poder permitir a sua divulgação. Para o nosso tempo, infelizmente, o filme perdeu a essência do seu conteúdo ideológico e transformou-se apenas numa crítica bem humorada do comportamento social, na época da burguesia. Eu digo burguesia porque a grande maioria da população era pobre e desinformada cujas diferenças para os, então, raros ricos eram literalmente astronômica, ao contrário dos dias de hoje com o enorme crescimento da classe média.
A Região Selvagem
3.2 52 Assista AgoraFilme ridículo!!!!!!!!!
O Caçador
4.1 313Estarrecedor.
O Jardineiro Fiel
3.9 574 Assista AgoraA proposta do filme é muito boa, denunciar o poder econômico das indústrias farmacêuticas que sem controle ou pudor e longe de qualquer ética atuam livremente num continente totalmente desprotegido, de uma população sem a mínima consciência dos riscos que corre , homens, mulheres e crianças na condição de cobaias humanas a serviço de experimentos químicos. A dramatização do roteiro serve apenas de pano de fundo para mostrar a ação criminosa dos "estrangeiros" na África.
O Discurso do Rei
4.0 2,6K Assista AgoraFilme que contém uma carga emocional rara, mesmo porquê ele trata de um roteiro baseado em fatos reais. Insegurança para enfrentar um público ou reuniões importantes é muito comum se não se tratasse da estória do Rei mais importante de seu tempo, pai da atual Rainha mais importante do nosso tempo. Acredito que é mais difícil para um rei transpor a fronteira da sociedade civil do que o contrário, mesmo sendo ele, no contexto, o representante do seu povo. A relação de amizade que o filme aborda não é sem razão de uma raridade quase única devido a inacessibilidade da transposição das mencionadas barreiras sociais. Filme lindíssimo.
A Vida de Uma Mulher
3.1 43 Assista AgoraA vida de uma mulher não contaminada pelos vícios sociais num cenário da primeira metade do sec. XIX encenada fantasticamente por Judith Chemla sob a não menos espetacular direção, das rápidas colagens, de Stéphane Brizé adaptando o roteiro da novela de Guy de Maupassant "Une Vie" ou " L'Humble Vérité" (A humilde verdade) eu diria até que dever-se-ia titular como "Le Mensonge" (A Mentira)
Karol (abaixo), como mulher, comentou sobre a sua indignação pela submissão involuntária de "Jeanne" e não é para menos, em pensar que mesmo nos dias hoje não é nem um pouco incomum a mulher ainda ser subjugada, subestimada e ser tratada como um objeto de posse. É inadmissível.
A figura do padre, no filme, em nome de Deus, é aterradora para não dizer demoníaca, que desconstrói os princípios da verdadeira ética-moral.
O Jardim Secreto
4.0 1,2K Assista AgoraUm filme para despertar na juventude o sentido do humanismo, da amizade pura onde os interesses materiais não encontram espaço. Um conto quase de "fadas", mas que não tira a seriedade dos verdadeiros sentimentos realçadas pelas belíssimas fotografias.
O Crime
2.7 20Não há explicação que justifica o por quê investir num filme com um argumento tão idiota como deste.
Sem Amor
3.8 319 Assista AgoraA primeira parte do filme é entediante, apesar de toda a agressividade entre o casal, parece que a estória derrapa, não sai do lugar, estático num problema sem solução, quase desisti. A segunda parte, sim, é a grande proposta do roteiro, ou seja, foca os terríveis desdobramentos das neuróticas relações conjugais e suas consequências nas cabecinhas dos inocentes. Filme triste.
O Inferno É Para Os Heróis
3.3 10 Assista AgoraFilme realizado ainda muito próximo ao fim da 2ª Guerra com tendências a enaltecer os heróis em combate. Pena que o argumento e a ação, apesar do fantástico elenco, são fracos, de qualquer maneira não deixa de ser um clássico.
O Beijo Amargo
4.2 54 Assista AgoraNo filme, a prostituição serve apenas de pano de fundo para um drama ainda mais cruel não só pouquíssimo abordado na sua época como, ainda pior, totalmente negado.
A pedofilia era uma anomalia que a sociedade recusava-se vê-la como uma realidade, principalmente, quando ela ocorria no seio das classes sociais mais priviligiadas economicamente.
O Batedor de Carteiras
3.9 117Para se chegar ao grau de perfeição técnica da ação filmada dos "pickpoket" , muito provavelmente, Bresson deve ter contado com a "colaboração" dos próprios contraventores. Clássico dos clássicos do cinema francês.
Roda Gigante
3.3 309O filme transita entre a comédia e a tragédia total, nem por isso se trata de uma tragicomédia. O tema central que faltava na filmografia do gênio Woody Allen era exatamente a abordagem sobre as "frustrações" que neste filme ele se aprofunda magnificamente.
Pela primeira vez vi em Kate Winslet uma mulher amadurecida pela vida e pela idade, mostrada como uma quarentona que finalmente vê na sua existência a iniquidade.
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
3.6 478 Assista AgoraNão poderia dizer se a biografia de Jesse James vista por Andrew Dominik é fidedigna, nunca li nada a respeito, mas a sua abordagem sobre a personalidade de um bandido é perfeita. Dominik realça focando com exatidão o "sexto sentido", o da premunição, como a principal arma do bandido frio. Filme muito interessante que se desenvolve numa paisagem excelentemente fotografada, captando perfeitamente a passagem das estações.
Os Belos Dias de Aranjuez
2.5 17 Assista AgoraUma obra literária transposta para um cenário natural onde o diálogo, declamado, expressa os valores que unem e/ou agridem os interesses das relações entre os homens e as mulheres. Wenders sempre encontrou a sua própria maneira unir a fotografia a um tema, só que desta feita, um palco, na intimidade de um teatro, para quem gosta, o resultado teria sido ótimo.
A erudição de certos assuntos não encontra no cinema o seu melhor público, ele é popular demais e nem poderia ser diferente.
O Casamento de Romeu e Julieta
2.7 250 Assista AgoraTragicomédia única, magnífica, imperdível e é cinema nacional !!!!!!! Bruno Barreto e todo elenco nota 10, Luiz Gustavo nota 1000.
O Outro Lado
3.5 3 Assista AgoraO filme mostra cruamente um território inimaginável que coabita com o nosso. As pessoas, em geral, recusam-se enxergá-lo.
O Aprendiz
3.7 219 Assista AgoraEu não sei se o roteiro foi mal adaptado, pq não conheço o original, se foi pessimamente dirigido, consequentemente, as interpretações uma verdeira lástima. Em ralação ao tema "Aprendiz" de mau gosto, um tesão mórbido, de bobagens sem sentido, etc.etc.etc.
O Barco: Inferno no Mar
4.2 175 Assista AgoraO diretor Wolfgang Petersen consegue segurar o espectador firmemente envolvido nesta excelente trama por mais de 3 horas. Não se trata apenas de mais um filme sobre a 2ª Guerra, aliás, são pouquíssimas as cenas de guerra. O seu o foco principal é mostrar o lado humano, ora feliz, ora tenso, encapsulado num submarino, totalmente preso num antagônico jogo de xadrez onde cada lance produz consequências inesperadas. Filme excelente.
O Agente da Estação
3.8 58Sem propor absolutamente nada, o filme tenta se passar por um laboratório de pesquisa comportamental, com amostras de materiais tão distintas cujas conclusões das análises, concluem-se em si mesmas, ou seja, nada muda. Plasticamente o filme é bonito.
A Forma da Água
3.9 2,7KQue merda de filme infantil, sem conteúdo, rebuscado, com imagens horrendas Deveria ser indicado para o "Pior filme do Ano", não para o "Oscar" cuja premiação prova ser um engôdo. A sua tendenciosa estatueta dourada é voltada somente para o faturamento das bilheterias, que arrecadam milhões com bobageiras como esta que saem dos bolsos dos desavisados que alimentam o ego assistindo suicidas fantásticos.
O Grande Lebowski
3.9 1,1K Assista AgoraTrês coroas comportando-se como três adolescentes, não dá!! Sou fã incondicional de Jeff Bridges, mas neste filme ele está um verdadeiro desastre, talvez por culpa do script totalmente incompatível com o seu imenso talento. Vale destacar apenas o breve momento do voo de Lebowsky, em que os irmãos Coen plagiam Busby Berkeley , fantástico coreógrafo das décadas 30/40 do século XX, claro.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraFoi muito bom rever este filme após 30 anos e confirmar que o seu suspense e merda tem o mesmo cheiro e aspecto. O sentimento que o filme deixa é o mesmo quando se pisa nela, na merda, por descuido.