Não expande o universo, não desenvolve personagens, toda a elaboração dos ''clãs'' mandalorianos usam de diversos clichês e fórmulas batidas, não só dentro da fórmula star wars como de conteúdos de ação em geral.
A volta do Grogu não se justifica em nenhum momento. A Bo-Katan ganha mais espaço, mas em toda temporada episódica e caótica não fez diferença alguma. O que dizer então da volta do ''vilão''? Com direito a discurso revelando seus planos malignos e tudo mais.
Apesar de 1 primeiro episódio interessante e um episódio final legal, a temporada está cheia de momentos bizarros, como o episódio 6, o pior episódio de série que vi até agora no ano.
Ainda há várias ideia descontinuadas dentro da ''linha'' narrativa da temporada. Ou será que eram fracas demais para se manterem?
A não ser que o Quarto ano da série seja a finalização, não volto mais. Esse é o jeito. This is the Way.
Adaptação soberba. Como fã da obra original, mesmo com muitas mudanças, dá pra perceber a paixão despejada na produção dessa série, a vontade de fazer dar certo.
Esses primeiros arcos são os mais ''lineares e adaptáveis'' talvez de toda obra, a partir desse ponto será um grande desafio para a equipe.
Não concordei com a divisão da temporada, passa muito a sensação de quebra de ritmo, mas ainda assim, cheio de detalhes maravilhosos. Houve pouco tempo para o desenvolvimentos dos ''moradores'' da casa de Bonecas, mas o desfecho bem construído compensa demais.
Um grande cuidado com os personagens, ótimos atores e uma produção lindíssima.
Quando terminei esses 2 episódios finais fiquei bem feliz por terem conseguido entregar a série épica que vendiam. Os acontecimentos nessa temporada estão numa escala bem maior, com mais personagens, um vilão ''definitivo'' e, talvez, o melhor trabalho de CGI da série até aqui.
Como houve um pequeno hiato entre os episódios 7 e 8, ficou pra mim o sentimento bem misto que tive quanto a primeira parte. Como já disse, embora épico e grandioso, com ótimas doses de emoção, faltou algo mais, e aí é algo bem pessoal mesmo. Talvez algo que me marcasse, e inclusive aponto que o roteiro possa ter contribuído nesse sentimento.
Existe um turbilhão de sentimentos trabalhados nessa temporada, os romances (ditos e não ditos), a saudade, lealdade e coragem. Um dos pontos que deveria ser um alto, onde os personagens tem que lidar com uma consequência é bem forte, mas o roteiro prefere ir por um caminho mais convencional e até ilógico. (Ex: O vilão mata todos os personagens instantaneamente, mas quando é um dos protagonistas que está sendo atacado parecia que o Vecna tinha alguma indisposição física ou mental.)
Existem vários momentos legais, mas a maioria são gratuitos. Como a cena da guitarra, da espada, e vários momentos de batalha da 'Eleven'. Não que o estilo não satisfaça, mas nesses casos citados ele trabalha contra a progressão da trama. É uma quebra de ritmo que é sentida, principalmente nos últimos episódios onde a duração é maior.
Tem muita riqueza nos personagens, com diversas nuances, porém o trabalho de equipe não é bem executado, acaba se restringindo a apenas alguns deles, e outros acabam sobrando. E até agora estou pensando em quão inútil foi o arco do Hopper, com uma das desculpas mais fracas de toda a série.
Ainda assim, por incrível que pareça, Stranger Things consegue empolgar, emocionar (Pelo menos até a página 1) e encantar com o universo rico de personagens, elementos e referências à cultura pop americana dos anos 80.
É tão bobo que chega a ser quase que inocente. Mesmo com um humor tido como ''negro'', com mortes e afins, é uma série super leve, que não se leva a sério.
Os personagens e suas tramas simples, o carisma dos atores e as situações cotidianas exploradas na pequena cidade são charmosas e na maioria das vezes encontram um desfecho feliz. O grandíssimo destaque aqui é a entrega e resultados sensacionais do Alan Tudyk. Seus trejeitos faciais e dualidade em suas falas são o puro ouro dessa série.
Eu gostei bastante, mesmo não tendo nada de novo aqui. Apenas uma produção e atores dedicados e engajados com um pequeno projeto, entregando o seu melhor.
Doom Patrol sempre se manteve fiel à proposta de ser uma série diferente de super heróis. E isso é louvável. Porém, acredito que especialmente nesse terceiro ano, poucas coisas funcionaram, apesar de estar tudo lá, praticamente igual ao começo.
Parece que estava vendo os personagens enfrentarem os mesmo dilemas e situações da primeira e segunda temporada. Essa repetição e falta de novidade dentro da mesma história pode acabar se tornando problemática, como é o caso. Ainda mais porque a trama principal, Madame Rouge e a SIsterhood of Dada, é a mais fraca e deslocada de todas as temporadas.
Eu simplesmente não aguento mais ver a chatice que se tornou a Jane e toda a loucura na cabeça dela, é a mesma história todo episódio. O Cyborg até que teve algo relativamente interessante, A Rita ganhou mais espaço, o Cliff e Larry foram mais do mesmo.
A ligação com o final da segunda temporada é rápida demais, tudo é resolvido com muitas facilitações em 1 episódio. Apesar das bizarrices super legais, da galhofada nonsense e do humor negro em algumas situações, é tudo muito disperso dentro de uma trama que se arrasta com fórmulas repetidas.
Doom Patrol, ao tentar fugir das fórmulas convencionais, se acomodou em sua própria fórmula, não trazendo mais novidade e aquele brilho dos dois primeiros anos. Acho que não volto para a quarta temporada.
Essa é uma série que não faço a mínima ideia de como descobri. É descrita pelo próprio criador como um ''diário de memórias'', onde ele registra pequenos momentos cotidianos em Nova York. Me lembrou bastante ''Nova York, Vida na Cidade Grande'', HQ clássica do Will Eisner. Cada episódio começa com um esboço de raciocínio, que é desenvolvido de forma Irônica/Inocente brilhantemente.
A fusão desses dois conceitos em cima da observação do cotidiano e da vida é que entrega essa série tão especial. A dificuldade de encontrar vaga para seu carro termina em uma compra de lote em cemitério. A dificuldade de escolher e apreciar vinho termina num chá de bebê de uma esposa de um excêntrico magnata do ramo de energéticos. Como relembrar seus sonhos termina numa convenção de culto ao filme Avatar. Como descartar suas pilhas termina numa entrevista com um condenado de agressão sexual falando como é sua vida.
É imprevisível, cativante, emocionante, reflexiva e muito engraçada.
Durante a segunda temporada a HBO disponibilizava um conteúdo extra da série com os bastidores de gravação e com o Bill Hader comentando algumas coisas. Uma grande inspiração dele, sem sombra de dúvidas, é The Sopranos. Ele conta como tira algumas ideias legais que servem de inspiração para seus episódios. E acho que não para por aí, pois desde a ideia de um assassino fazer aulas de atuação até a situação ‘’surreal’’ que o Barry passa nessa terceira temporada me lembram demais a clássica série de máfia.
Esse paralelo entre ambas não fica somente no conteúdo, mas na qualidade de execução das ideias também. E que trabalho fantástico o Bill Hader vem fazendo como diretor, arrancando elogios até de Guillermo del Toro.
Essa nova temporada se aprofunda mais nos personagens secundários, construindo uma pirâmide de eventos que culminam naquele inesperado final. Lógico que ainda conta com as grandes marcas da série também, como o humor absurdo, cheio de situações pra lá de bizarras, personagens memoráveis e engraçados e muita violência.
A melhor série de 2022, e acho difícil aparecer algo melhor.
O grande destaque aqui é sem dúvidas pra Jean Smart, com uma interpretação completa e cheia de presença.
A série, entretanto, devido à grande repercussão e reconhecimento recebido não supriu todas as minhas expectativas. Os 5 primeiros episódios tem uma estrutura e situações bem conhecidas, com 2 personagens diferentes que vão se aproximando por meio de troca de farpas e piadas ácidas. As circunstâncias e acontecimentos são os mesmos que já vi em uma pá de séries até então.
Quando a personagem da Ava e Deborah começam a se conhecer melhor temos bons diálogos, e a grande temática da série é enfim verbalizada com todas as letras. Vi recentemente o especial de comédia ''Supernature'', do Ricky Gervais, e a primeira piada me lembrou bastante essa série, a dificuldade de mulheres se estabelecerem no cenário de comédia stand up ou de Talk Shows nos Estados Unidos.
Existe um momento que deveria ser o ápice da virada de mentalidade da Deborah, onde ela vai fazer um show num clube. Mas o personagem do comediante masculino é tão mal escrito que me tirou completamente qualquer sensação de satisfação que a série queria passar. É uma sequência grande de diálogos rasos e respostas prontas.
Os 2 últimos episódios me acertaram em cheio, e enfim vi a série chegando onde deveria. O drama aparece e traz uma carga emocional bem forte. Gostei muito de todas as escolhas. Ainda destaco a Kaitlin Olson, uma atriz super talentosa e pouco reconhecida, e o Christopher McDonald.
A primeira temporada termina com um Cliffhanger que achei desnecessário, e espero que não seja aquele artificio gratuito que será resolvida no primeiro episódio da próxima temporada.
Apesar da ótima trilha sonora, boa fotografia, uma ideia muito interessante e um elenco bem carismático teve algumas coisas que não me agradaram.
Com apenas 20-25 minutos por episódio, existe um excesso narrativo com idas e vindas desnecessárias na história. Também há arcos paralelos que não conversam em nada com a história, e apenas desperdiçam o tempo de tela.
Em certo momento parece que a série quer abrir seu alcance inserindo novos personagens, mas logo depois se fecha novamente, reestabelecendo seu foco. Uma indecisão que quebra o ritmo toda hora, ficando assim maçante, enfadonha e cansativa.
Acho que mesmo curta, tinha potencial pra algo mais interessante, mas é só achismo mesmo. Existe uma curiosidade e um suspense em relação ao bebê que é o que deve manter a maioria das pessoas minimamente interessadas, e até tem um bom desfecho no final das contas.
Não é a primeira vez que essa proposta de subversão é feita, mas é bem executada até. O problema é que fica por isso, e a piada cansa e fica repetitiva muito rápido. Um começo entusiasmante se dilui até virar uma série frustrante.
Desde a primeira cena se nota o aumento de orçamento da série, isso é óbvio. Porém, já nesse início vemos uma montagem e ritmo diferente, mais caprichado, mais melancólico, coisas que viriam ser tocadas em alguns momentos da temporada.
O peso de ser a escolhida é sentido pela Buffy, vemos aqui apenas mais uma das grandes sacadas da série. O surgimento da responsabilidade nesse momento de transição da vida, onde o amadurecimento do adolescente começa a se chocar com a realidade adulta, apenas os primeiros toques. A série consegue fazer excelentes paralelos desse tipo com todos os personagens em vários episódios.
Além de Buffy, Angel, Giles, Xander e Willow, outros personagens vão tomando seu espaço pouco a pouco, inclusive o casal de vilões dessa temporada, com uma dinâmica bem divertida. Aqui temos os primeiros episódios focados fora da Buffy, onde a responsabilidade da defesa da cidade (e do mundo) é compartilhada com seus amigos e aliados.
A mitologia se expande eficazmente, e graças ao incremento do número de episódios em relação a temporada anterior, doze a mais, não apenas a trama principal é trabalhada, temos tramas secundárias com conflitos e romances em arcos menores ao longo desse ano.
A transição da trama do 'anticristo' (da temporada anterior) pros novos vilões é muito abrupta, e com o aumento do número de histórias tivemos uns 3 ou 4 capítulos de qualidade duvidosa, realmente sobrando.
No entanto, acho que a série concluiu tudo que se propôs nesse segundo ano. A jornada de amadurecimento, os romances (secundários), Buffy e Angel, a dinâmica da escola, a ordem dos guardiões... tudo explorado de forma efetiva e criativa. Ainda destaco novamente as cenas de ação divertidíssimas, a maquiagem charmosa e o roteiro cativante.
Meus episódios favoritos foram (E foram muitos):
2x01 - When She Was Bad (Episódio da ICÔNICA dancinha da Buffy) 2x03 - School Hard 2x06 - Halloween (O Melhor Episódio de Halloween que já vi, criativo até a alma) 2x08 - The Dark Age 2x09 - What's My Line? Part One 2x13 - Surprise 2x14 - Innocence 2x15 - Phases 2x16 - Bewitched, Bothered and Bewildered 2x17 - Passion (De quebrar o coração) 2x21 - Becoming, Part One 2x22 - Becoming, Part Two
Uma retomada sensacional após a ótima primeira temporada.
No final da primeira temporada, eu podia jurar que era uma minissérie. O final era perfeito, ousado e fechava uma linha definida traçada desde o primeiro episódio.
Essa segunda temporada até que é justificável, mas se distancia bastante do grau de urgência e da coerência narrativa apresentadas. É um temporada sem muito foco, com vários arcos iniciando e se encerrando no episódio seguinte. Alguns personagens avulsos sobrando, ou aparecendo só por uma piada gratuita.
Ainda tem vários momentos ácidos e super engraçados, e a química da Elle com o Nicholas é ótima. Alguns personagens são melhores trabalhados do que na primeira temporada, mas da metade pro final são todos esquecidos em prol do que acredito que seja o principal tema.
A urgência de algumas ações e o perigo de outras são esquecidos completamente, exigindo minha boa vontade de acreditar em certas conveniência. Exemplificando, algumas vezes parece ser impossível assassinar alguém na corte, em outras é muito fácil, só sacar a arma e atentar.
Ainda continua charmosa, engraçada, porém sem consistência e com uma história ''sobrando''.
Cada episódio é uma viagem e tanto dentro desse universo maravilhoso e original. Dentre tantas produções pós-apocalípticas, é inusitado ver um foco assim em personagens, me lembrando bastante The Leftovers.
O Hiro murai, um grande diretor da tv, com grande participação no sucesso de Atlanta e Barry, pega uma série aqui do começo ao fim, e é demais! O visual é fantástico, a condução é cativante, dosando o mistério e o minimalismo presente nas relações entre os personagens.
O vai e vem na linha temporal, a là Lost, é uma fórmula que se mantém forte mais de 15 anos depois. Os cliffhangers no final dos episódios são ótimos pontos de conclusão dos arcos, apesar de não resultarem em nenhuma virada significativa no episódio seguinte. Pontualmente o ritmo pode ficar truculento para alguns, mas acho que essa alternância do drama pesado, recheado de lembranças e experiências, se alternando com o novo e leve jeito de viver livre é a dinâmica proposta.
Um elenco com alguns nomes famosos, o que pra mim impactou negativamente no aproveitamento de alguns personagens secundários. Não foi aquele gostinho de quero mais, e sim mais uma sensação de que faltou profundidade. Foi uma escolha narrativa, lógico, e vai gerar diferentes respostas no público.
O jeito que o teatro é utilizado em Station Eleven é brilhante. Não é uma concepção meramente barata e gratuita, é utilizada a favor de cada um dos protagonistas, e assim como em uma grande peça, o encaminhamento final se desenha de uma forma inesperada e esperada ao mesmo tempo, é confuso sim, mas marcante.
Assisti a algum tempo e lembro apenas de alguns momentos mais escatológicos e do episódio John and Sun-Hee, que foi o mais arriscado pra mim.
Talvez esse esquecimento meu se deva a algo pessoal ou talvez pelo fato desse spin off ser mais do mesmo. É o tipo do entretenimento fast food, um lugar comum, nada além de expandir o universo de The Boys sem personalidade.
Uma proposta com mais profundidade como o episódio que já mencionei, poderia elevar o nível da temporada que conta com boas animações e dublagem.
A ideia de trazer uma campanha é bem ousada ao meu ver, principalmente pelo trabalho de adaptação que julgo ser bem trabalhoso. E que bom que tem uma equipe competente e apaixonada por trás dessa série.
Rapidamente somos introduzidos aos personagens e aos poucos vamos entrando na trama da temporada. A forma como as pistas são deixadas é bem inteligente, e a divisão dos episódios ficou ótima. Os personagens são engraçados e complementares, e o contraponto dos vilões é bom também.
Um universo rico, de potencial ilimitado, muito bem explorado aqui. Apesar dos exageros no humor e aquelas situações pontuais de intervenções do roteiro, é sensacional. Pra quem curte universos fantásticos Vox Machina é imperdível.
É de um magnetismo visual de cair o queixo. Super colorido, bem coreografado com longas tomadas e sequências. As apresentações no Strip Club parecem peças da Broadway.
Quanto ao desenvolvimento da temporada, acho que me agradou mais que a temporada passada. Porém, são vários acontecimentos para apenas 8 episódios. Alguns arcos começam e acabam com 2, 3 episódios, e de forma bem abrupta pra mim.
Sinto também que alguns personagens e tramas estão passando um pouquinho do ponto no caricato. O pai da Miriam, a rede de negócios da mãe dela e os mafiosos. Minha impressão de que passa do ponto é que as viradas dramáticas acabaram não surtindo muito efeito em mim, talvez seja pessoal mesmo.
Ainda assim, tem ótimos momentos de palco, situações hilárias entre a Miriam e os pais, bons momentos com a Susie, Lenny e Joel.
Já tinha visto a primeira temporada uns anos atrás e agora decidi ver a série inteira. E uau! Que revisão ótima.
Aqui há todos os alicerces de uma série Teen: Problemas com os pais, com os amigos, triângulos amorosos, bullying e tudo que está na cartilha. O que me empolga de rever esses assuntos, já discutidos em outras obras exaustivamente, é a fusão com o terror.
Estamos em um microcosmo fantástico, num local místico, Hellmouth, onde confluem todas as energias ruins do mundo, não só trazendo vampiros e monstros atrás da Buffy, por ser a escolhida, mas potencializando a maldade humana. Na primeira temporada a escola Sunnydale é um lugar forte e chamativo, é onde Buffy e seus amigos se encontram, se desenvolvem e amadurecem. É onde também acontecem as coisas mais bizarras.
Existem alguns episódios dentro desse primeiro ano que tem um excelente toque Twilight Zone ou Tales from the Crypt, com finais macabros e assustadores. Existe uma violência velada que é muito bem aproveitada no episódio das hienas por exemplo, e que junto com temáticas fortes se comunica bem com o público adulto.
O roteiro traz o caricato, o previsível e a ação quase que pastelona, para um nível de divertimento absurdo. A divisão de arco dos personagens é muito boa, cada um bem característico, e ao longo da temporada vemos o crescimento gradual da interação deles. Talvez tenha faltado um pouco de desenvolvimento nos personagens, mas nada que tenha me atrapalhado.
A trama principal é bem distribuída entre os episódios procedurais nessa primeira temporada curta, e para minha alegria consegue terminar em alta. Talvez o episódio 11 tenha sido fruto de um desgaste natural da quantidade de episódios, e acaba ficando muito deslocado como penúltimo episódio de uma temporada.
Absolutamente cativante, personagens para amar e odiar, uma aventura regrada a terror, mistério e ação.
Um monte de atores péssimos reunidos numa baboseira que é surpreendentemente divertida.
Chucky, a série, faz homenagem e referencia os filmes clássicos da franquia. Dá uma boa atualizada no desenvolvimento dos personagens, com a abordagem mais ''moderninha''. Talvez exista alguns momentos em que a série explora os problemas de seus personagens de forma séria demais e a galhofa fique longe por algum momento.
As mortes continuam divertidas, a tosquice de um boneco assassino consegue ser a grande diversão em tela e o gore, os jumpscares e a mitologia são bem explorados. Quando a série se enche de flashbacks e explicações sobre o passado o ritmo se quebra e ela fica um tanto enfadonha, principalmente na segunda metade da temporada em que há um grande exagero disso tudo.
O canal FX costuma sempre trazer boas surpresas, e tem a grande habilidade de esconder ótimas séries. Depois de What We Do In The Shadows, o canal produz outra série com o Taika, que entrega um resultado muito interessante.
Os serviços de streaming e canais de tv estão lotados de séries com grandes histórias interligadas, praticamente filmes divididos em 6,8 ou 10 episódios. Existe sim, em Reservation Dogs, um fio narrativo que conduz toda a temporada, mas o ritmo e desenvolvimento são o grande diferencial aqui. Mr. Inbetween, série irretocável do FX que se encerrou em 2021, também apostava nesse formato, e acho que não só a divulgação ruim, mas esse formato tende a não atrair tanto o espectador acostumado a maratonas e cliffhangers todo santo episódio. Não que isso seja ruim, é apenas a fórmula mais comum nos grandes hits.
Cada episódio traz uma história, um desenvolvimento, um foco em um personagem diferente ou em mais de um. Cada episódio é fechado em si, mas contribui para a pintura como um todo que é essa temporada.
O elenco é maravilhoso, e se encaixam perfeitamente no estilo de humor que o Taika e o Harjo trazem para a série. Espere também por uma dose de drama considerável. Temas como luto, depressão, família, amizade, nostalgia e arrependimento são bem trabalhados.
Gostei demais do resultado. Apenas 8 episódios, e cada um despertando uma sensação diferente nessa atmosfera de familiaridade, misticismo e realismo.
Que perda o Alan Arkin é pra essa série. O contraponto ao Sandy, que ele fazia, com a amizade crítica, implicante, mas ao mesmo tempo companheira e dedicada foi substituída pela personagem da ex do Sandy, que consegue participar muito bem. O roteiro consegue dar uma boa sequência pra história apesar de tudo.
Dá pra sentir um pouco de pressa na condução, os filhos do Norman e a mãe do Martin estão sobrando demais, e essa última é jogada de paraquedas no final de tudo. O começo da temporada é fantástico, apresenta conflitos interessantes sem deixar de lado a comédia que está sensacional novamente.
O Método Kominsky, apesar dos problemas que citei, consegue ser engraçada e desafiadora, caminha naquele lugar que poucas comédias gostam de estar, no luto, na morte, na perda e no fim.
Gostei muito de como toda a história foi apresentada, gostei da divisão dos capítulos, do enquadramento, da trilha sonora, do ritmo e das personagens. Só fiquei me perguntando o tempo o todo o que isso tinha a ver com Master of None.
Acho que funcionaria muito bem como uma outra série independente, porque o que vi, apesar de bom e satisfatório, não apresenta nada do que eu considero como sendo Master of None.
De restante, apesar de deslocada, é uma boa história pequena, minimalista, com ótimos momentos realistas que me fizeram pensar minha relações, principalmente a de mãe e filho.
Uma pequena reflexão minha sobre Black Mirror até aqui:
Conheci Black Mirror quando ela ainda estava no Channel 4, que estava numa ótima leva de séries na época, como Utopia e mais a frente com Catastrophe. Vi alguns episódios apenas, e me surpreendi ao ver que ousavam no formato, apostando em histórias bem elaboradas em temporadas curtas.
As 2 primeiras temporadas são a essência da série. O ''espelho negro'' tem como objetivo muito mais falar sobre o que ele reflete do que propriamente nele próprio. Cada temporada, apesar de ter episódios independentes, são uníssonas, e sim, conversam entre si. É projetar e imaginar como nossas fraquezas e perversidades são filtradas pela tecnologia, que maximiza ou expõe esse lado oculto, negro, escondido.
A Netflix entra na jogada adquirindo a série, e consegue alavancá-la de um status 'cult' para 'pop'. A visibilidade e investimento fizeram daquela série criativa e de ótimas ideias se tornar um dos maiores hits da maior plataforma de streaming do mundo. Agora as novas temporadas, com o dobro de episódios, são gigantes e épicas. Mas o tom, já na terceira temporada, começou a me soar estranho.
Eu acho que a terceira temporada seja talvez a melhor de toda a série, mas ela representa uma virada na abordagem. Não todos os episódios, mas alguns começam a explorar a tecnologia de forma menos profunda, o fascínio pelo fascínio. Isso não necessariamente é ruim, e na terceira temporada não vi problemas nisso. A arte audiovisual deixa muito espaço pra criatividade, e caminhos ''fáceis'' podem resultar sim em ótimas histórias e boas experiências.
Num espaço de 3 anos no Channel 4, o criador da série, Charlie Brooker, escreveu e produziu um total de 6 episódios e 1 especial de natal. Em 4 anos de Netflix, foram 15 episódios e 1 filme. E é aí que comecei a entender o declínio tão grande a partir da quarta temporada. Black Mirror depende de ótimas histórias independentes para formar uma temporada concisa, e quando a proposta sai de um estudo de personagens pela tecnologia, para coisas horríveis que uma tecnologia pode causar, a coisa começa a ficar problemática.
Essa última proposta depende muito de se superar uma limitação, a criatividade. Ter novas ideias ou pensar em uma tecnologia diferentona não é tão fácil assim, ainda mais dobrando seu ritmo de criação e produção. A quarta temporada já contempla alguns episódios vazios que se preocupam com o choque e em causar aquela reação a alguma tecnologia assustadoramente perigosa. A quinta temporada parece aquela última gota que é despejada, que apresenta apenas 1 episódio relevante, enquanto outros caem no lugar comum, discutem muito pouco suas temáticas, e parece outra série quando comparada a segunda temporada, por exemplo.
Espero que caso haja novos episódios, que esse tempo ''inativo'' tenha servido para refrescar e renovar o ar da série, que ficou muito repetida. Não sou contra 1 episódio ou outro focar mais em ação, ou comédia, ou qualquer coisa, isso é completamente cabível, e foi feito até o terceiro ano da série, onde o fascínio andava de mãos dadas com o ótimo estudo de personagens e seus problemas mundanos ampliados pela nossa relação com a tecnologia.
Começa bem fraquinha, com muita dificuldade em definir seu tom, e felizmente acabei dando uma chance de ir até o final, por pura nostalgia, e acabei gostando.
A série vai melhorando, e lá pela metade consegue achar seu tom. Ao final consegue equilibrar as homenagens com os novos personagens, mas o caminho até aí é bem truculento.
Me diverti, tem uma temática que de certa forma complementa Universidade Monstro, sobre o emprego ideal, se o seu sonho é uma coisa boa ou não, sobre amizade, sobre mercado de trabalho, frustrações...Dá pra tirar muito proveito do subtexto.
Ted Lasso (3ª Temporada)
4.3 100Nesse momento não cabe nem comentários sobre a temporada, apenas por esse episódio final.
Eu acompanhei recentemente o desfecho de ótimas séries, até melhores que Ted Lasso, mas nenhuma vai me deixar tantas saudades quanto essa.
O Mandaloriano: Star Wars (3ª Temporada)
3.9 150 Assista AgoraNão expande o universo, não desenvolve personagens, toda a elaboração dos ''clãs'' mandalorianos usam de diversos clichês e fórmulas batidas, não só dentro da fórmula star wars como de conteúdos de ação em geral.
A volta do Grogu não se justifica em nenhum momento. A Bo-Katan ganha mais espaço, mas em toda temporada episódica e caótica não fez diferença alguma. O que dizer então da volta do ''vilão''? Com direito a discurso revelando seus planos malignos e tudo mais.
Apesar de 1 primeiro episódio interessante e um episódio final legal, a temporada está cheia de momentos bizarros, como o episódio 6, o pior episódio de série que vi até agora no ano.
Ainda há várias ideia descontinuadas dentro da ''linha'' narrativa da temporada. Ou será que eram fracas demais para se manterem?
A não ser que o Quarto ano da série seja a finalização, não volto mais. Esse é o jeito. This is the Way.
4/10
Sandman (1ª Temporada)
4.1 589 Assista AgoraAdaptação soberba. Como fã da obra original, mesmo com muitas mudanças, dá pra perceber a paixão despejada na produção dessa série, a vontade de fazer dar certo.
Esses primeiros arcos são os mais ''lineares e adaptáveis'' talvez de toda obra, a partir desse ponto será um grande desafio para a equipe.
Não concordei com a divisão da temporada, passa muito a sensação de quebra de ritmo, mas ainda assim, cheio de detalhes maravilhosos. Houve pouco tempo para o desenvolvimentos dos ''moradores'' da casa de Bonecas, mas o desfecho bem construído compensa demais.
Um grande cuidado com os personagens, ótimos atores e uma produção lindíssima.
Stranger Things (4ª Temporada)
4.2 1,0K Assista AgoraQuando terminei esses 2 episódios finais fiquei bem feliz por terem conseguido entregar a série épica que vendiam. Os acontecimentos nessa temporada estão numa escala bem maior, com mais personagens, um vilão ''definitivo'' e, talvez, o melhor trabalho de CGI da série até aqui.
Como houve um pequeno hiato entre os episódios 7 e 8, ficou pra mim o sentimento bem misto que tive quanto a primeira parte. Como já disse, embora épico e grandioso, com ótimas doses de emoção, faltou algo mais, e aí é algo bem pessoal mesmo. Talvez algo que me marcasse, e inclusive aponto que o roteiro possa ter contribuído nesse sentimento.
Existe um turbilhão de sentimentos trabalhados nessa temporada, os romances (ditos e não ditos), a saudade, lealdade e coragem. Um dos pontos que deveria ser um alto, onde os personagens tem que lidar com uma consequência é bem forte, mas o roteiro prefere ir por um caminho mais convencional e até ilógico. (Ex: O vilão mata todos os personagens instantaneamente, mas quando é um dos protagonistas que está sendo atacado parecia que o Vecna tinha alguma indisposição física ou mental.)
Existem vários momentos legais, mas a maioria são gratuitos. Como a cena da guitarra, da espada, e vários momentos de batalha da 'Eleven'. Não que o estilo não satisfaça, mas nesses casos citados ele trabalha contra a progressão da trama. É uma quebra de ritmo que é sentida, principalmente nos últimos episódios onde a duração é maior.
Tem muita riqueza nos personagens, com diversas nuances, porém o trabalho de equipe não é bem executado, acaba se restringindo a apenas alguns deles, e outros acabam sobrando. E até agora estou pensando em quão inútil foi o arco do Hopper, com uma das desculpas mais fracas de toda a série.
Ainda assim, por incrível que pareça, Stranger Things consegue empolgar, emocionar (Pelo menos até a página 1) e encantar com o universo rico de personagens, elementos e referências à cultura pop americana dos anos 80.
Nota: 7,5/10
Resident Alien (1ª Temporada)
4.0 24É tão bobo que chega a ser quase que inocente. Mesmo com um humor tido como ''negro'', com mortes e afins, é uma série super leve, que não se leva a sério.
Os personagens e suas tramas simples, o carisma dos atores e as situações cotidianas exploradas na pequena cidade são charmosas e na maioria das vezes encontram um desfecho feliz. O grandíssimo destaque aqui é a entrega e resultados sensacionais do Alan Tudyk. Seus trejeitos faciais e dualidade em suas falas são o puro ouro dessa série.
Eu gostei bastante, mesmo não tendo nada de novo aqui. Apenas uma produção e atores dedicados e engajados com um pequeno projeto, entregando o seu melhor.
Nota: 8,0/10
Patrulha do Destino (3ª Temporada)
3.7 35 Assista AgoraDoom Patrol sempre se manteve fiel à proposta de ser uma série diferente de super heróis. E isso é louvável. Porém, acredito que especialmente nesse terceiro ano, poucas coisas funcionaram, apesar de estar tudo lá, praticamente igual ao começo.
Parece que estava vendo os personagens enfrentarem os mesmo dilemas e situações da primeira e segunda temporada. Essa repetição e falta de novidade dentro da mesma história pode acabar se tornando problemática, como é o caso. Ainda mais porque a trama principal, Madame Rouge e a SIsterhood of Dada, é a mais fraca e deslocada de todas as temporadas.
Eu simplesmente não aguento mais ver a chatice que se tornou a Jane e toda a loucura na cabeça dela, é a mesma história todo episódio. O Cyborg até que teve algo relativamente interessante, A Rita ganhou mais espaço, o Cliff e Larry foram mais do mesmo.
A ligação com o final da segunda temporada é rápida demais, tudo é resolvido com muitas facilitações em 1 episódio. Apesar das bizarrices super legais, da galhofada nonsense e do humor negro em algumas situações, é tudo muito disperso dentro de uma trama que se arrasta com fórmulas repetidas.
Doom Patrol, ao tentar fugir das fórmulas convencionais, se acomodou em sua própria fórmula, não trazendo mais novidade e aquele brilho dos dois primeiros anos. Acho que não volto para a quarta temporada.
Nota: 6,0/10
How to with John Wilson (2ª Temporada)
4.3 8 Assista AgoraEssa é uma série que não faço a mínima ideia de como descobri. É descrita pelo próprio criador como um ''diário de memórias'', onde ele registra pequenos momentos cotidianos em Nova York. Me lembrou bastante ''Nova York, Vida na Cidade Grande'', HQ clássica do Will Eisner. Cada episódio começa com um esboço de raciocínio, que é desenvolvido de forma Irônica/Inocente brilhantemente.
A fusão desses dois conceitos em cima da observação do cotidiano e da vida é que entrega essa série tão especial. A dificuldade de encontrar vaga para seu carro termina em uma compra de lote em cemitério. A dificuldade de escolher e apreciar vinho termina num chá de bebê de uma esposa de um excêntrico magnata do ramo de energéticos. Como relembrar seus sonhos termina numa convenção de culto ao filme Avatar. Como descartar suas pilhas termina numa entrevista com um condenado de agressão sexual falando como é sua vida.
É imprevisível, cativante, emocionante, reflexiva e muito engraçada.
Barry (3ª Temporada)
4.2 74 Assista AgoraDurante a segunda temporada a HBO disponibilizava um conteúdo extra da série com os bastidores de gravação e com o Bill Hader comentando algumas coisas. Uma grande inspiração dele, sem sombra de dúvidas, é The Sopranos. Ele conta como tira algumas ideias legais que servem de inspiração para seus episódios. E acho que não para por aí, pois desde a ideia de um assassino fazer aulas de atuação até a situação ‘’surreal’’ que o Barry passa nessa terceira temporada me lembram demais a clássica série de máfia.
Esse paralelo entre ambas não fica somente no conteúdo, mas na qualidade de execução das ideias também. E que trabalho fantástico o Bill Hader vem fazendo como diretor, arrancando elogios até de Guillermo del Toro.
Essa nova temporada se aprofunda mais nos personagens secundários, construindo uma pirâmide de eventos que culminam naquele inesperado final. Lógico que ainda conta com as grandes marcas da série também, como o humor absurdo, cheio de situações pra lá de bizarras, personagens memoráveis e engraçados e muita violência.
A melhor série de 2022, e acho difícil aparecer algo melhor.
Nota: 10
Hacks (1ª Temporada)
4.2 91O grande destaque aqui é sem dúvidas pra Jean Smart, com uma interpretação completa e cheia de presença.
A série, entretanto, devido à grande repercussão e reconhecimento recebido não supriu todas as minhas expectativas. Os 5 primeiros episódios tem uma estrutura e situações bem conhecidas, com 2 personagens diferentes que vão se aproximando por meio de troca de farpas e piadas ácidas. As circunstâncias e acontecimentos são os mesmos que já vi em uma pá de séries até então.
Quando a personagem da Ava e Deborah começam a se conhecer melhor temos bons diálogos, e a grande temática da série é enfim verbalizada com todas as letras. Vi recentemente o especial de comédia ''Supernature'', do Ricky Gervais, e a primeira piada me lembrou bastante essa série, a dificuldade de mulheres se estabelecerem no cenário de comédia stand up ou de Talk Shows nos Estados Unidos.
Existe um momento que deveria ser o ápice da virada de mentalidade da Deborah, onde ela vai fazer um show num clube. Mas o personagem do comediante masculino é tão mal escrito que me tirou completamente qualquer sensação de satisfação que a série queria passar. É uma sequência grande de diálogos rasos e respostas prontas.
Os 2 últimos episódios me acertaram em cheio, e enfim vi a série chegando onde deveria. O drama aparece e traz uma carga emocional bem forte. Gostei muito de todas as escolhas. Ainda destaco a Kaitlin Olson, uma atriz super talentosa e pouco reconhecida, e o Christopher McDonald.
A primeira temporada termina com um Cliffhanger que achei desnecessário, e espero que não seja aquele artificio gratuito que será resolvida no primeiro episódio da próxima temporada.
Nota: 7,5/10
O Bebê
3.0 28 Assista AgoraApesar da ótima trilha sonora, boa fotografia, uma ideia muito interessante e um elenco bem carismático teve algumas coisas que não me agradaram.
Com apenas 20-25 minutos por episódio, existe um excesso narrativo com idas e vindas desnecessárias na história. Também há arcos paralelos que não conversam em nada com a história, e apenas desperdiçam o tempo de tela.
Em certo momento parece que a série quer abrir seu alcance inserindo novos personagens, mas logo depois se fecha novamente, reestabelecendo seu foco. Uma indecisão que quebra o ritmo toda hora, ficando assim maçante, enfadonha e cansativa.
Acho que mesmo curta, tinha potencial pra algo mais interessante, mas é só achismo mesmo. Existe uma curiosidade e um suspense em relação ao bebê que é o que deve manter a maioria das pessoas minimamente interessadas, e até tem um bom desfecho no final das contas.
Nota: 6,0/10
Kevin Can F*** Himself (1ª Temporada)
3.7 14Não é a primeira vez que essa proposta de subversão é feita, mas é bem executada até. O problema é que fica por isso, e a piada cansa e fica repetitiva muito rápido. Um começo entusiasmante se dilui até virar uma série frustrante.
Buffy: A Caça Vampiros (2ª Temporada)
4.2 96 Assista AgoraDesde a primeira cena se nota o aumento de orçamento da série, isso é óbvio. Porém, já nesse início vemos uma montagem e ritmo diferente, mais caprichado, mais melancólico, coisas que viriam ser tocadas em alguns momentos da temporada.
O peso de ser a escolhida é sentido pela Buffy, vemos aqui apenas mais uma das grandes sacadas da série. O surgimento da responsabilidade nesse momento de transição da vida, onde o amadurecimento do adolescente começa a se chocar com a realidade adulta, apenas os primeiros toques. A série consegue fazer excelentes paralelos desse tipo com todos os personagens em vários episódios.
Além de Buffy, Angel, Giles, Xander e Willow, outros personagens vão tomando seu espaço pouco a pouco, inclusive o casal de vilões dessa temporada, com uma dinâmica bem divertida. Aqui temos os primeiros episódios focados fora da Buffy, onde a responsabilidade da defesa da cidade (e do mundo) é compartilhada com seus amigos e aliados.
A mitologia se expande eficazmente, e graças ao incremento do número de episódios em relação a temporada anterior, doze a mais, não apenas a trama principal é trabalhada, temos tramas secundárias com conflitos e romances em arcos menores ao longo desse ano.
A transição da trama do 'anticristo' (da temporada anterior) pros novos vilões é muito abrupta, e com o aumento do número de histórias tivemos uns 3 ou 4 capítulos de qualidade duvidosa, realmente sobrando.
No entanto, acho que a série concluiu tudo que se propôs nesse segundo ano. A jornada de amadurecimento, os romances (secundários), Buffy e Angel, a dinâmica da escola, a ordem dos guardiões... tudo explorado de forma efetiva e criativa. Ainda destaco novamente as cenas de ação divertidíssimas, a maquiagem charmosa e o roteiro cativante.
Meus episódios favoritos foram (E foram muitos):
2x01 - When She Was Bad (Episódio da ICÔNICA dancinha da Buffy)
2x03 - School Hard
2x06 - Halloween (O Melhor Episódio de Halloween que já vi, criativo até a alma)
2x08 - The Dark Age
2x09 - What's My Line? Part One
2x13 - Surprise
2x14 - Innocence
2x15 - Phases
2x16 - Bewitched, Bothered and Bewildered
2x17 - Passion (De quebrar o coração)
2x21 - Becoming, Part One
2x22 - Becoming, Part Two
Uma retomada sensacional após a ótima primeira temporada.
Nota: 9,6/10
The Great (2ª Temporada)
4.2 29 Assista AgoraNo final da primeira temporada, eu podia jurar que era uma minissérie. O final era perfeito, ousado e fechava uma linha definida traçada desde o primeiro episódio.
Essa segunda temporada até que é justificável, mas se distancia bastante do grau de urgência e da coerência narrativa apresentadas. É um temporada sem muito foco, com vários arcos iniciando e se encerrando no episódio seguinte. Alguns personagens avulsos sobrando, ou aparecendo só por uma piada gratuita.
Ainda tem vários momentos ácidos e super engraçados, e a química da Elle com o Nicholas é ótima. Alguns personagens são melhores trabalhados do que na primeira temporada, mas da metade pro final são todos esquecidos em prol do que acredito que seja o principal tema.
A urgência de algumas ações e o perigo de outras são esquecidos completamente, exigindo minha boa vontade de acreditar em certas conveniência. Exemplificando, algumas vezes parece ser impossível assassinar alguém na corte, em outras é muito fácil, só sacar a arma e atentar.
Ainda continua charmosa, engraçada, porém sem consistência e com uma história ''sobrando''.
Nota: 7,1/10
Station Eleven
4.0 75Ahhh, que bacana essa série!
Cada episódio é uma viagem e tanto dentro desse universo maravilhoso e original. Dentre tantas produções pós-apocalípticas, é inusitado ver um foco assim em personagens, me lembrando bastante The Leftovers.
O Hiro murai, um grande diretor da tv, com grande participação no sucesso de Atlanta e Barry, pega uma série aqui do começo ao fim, e é demais! O visual é fantástico, a condução é cativante, dosando o mistério e o minimalismo presente nas relações entre os personagens.
O vai e vem na linha temporal, a là Lost, é uma fórmula que se mantém forte mais de 15 anos depois. Os cliffhangers no final dos episódios são ótimos pontos de conclusão dos arcos, apesar de não resultarem em nenhuma virada significativa no episódio seguinte. Pontualmente o ritmo pode ficar truculento para alguns, mas acho que essa alternância do drama pesado, recheado de lembranças e experiências, se alternando com o novo e leve jeito de viver livre é a dinâmica proposta.
Um elenco com alguns nomes famosos, o que pra mim impactou negativamente no aproveitamento de alguns personagens secundários. Não foi aquele gostinho de quero mais, e sim mais uma sensação de que faltou profundidade. Foi uma escolha narrativa, lógico, e vai gerar diferentes respostas no público.
O jeito que o teatro é utilizado em Station Eleven é brilhante. Não é uma concepção meramente barata e gratuita, é utilizada a favor de cada um dos protagonistas, e assim como em uma grande peça, o encaminhamento final se desenha de uma forma inesperada e esperada ao mesmo tempo, é confuso sim, mas marcante.
Nota: 8,5/10
The Boys Apresenta: Diabólicos (1ª Temporada)
3.6 66 Assista AgoraAssisti a algum tempo e lembro apenas de alguns momentos mais escatológicos e do episódio John and Sun-Hee, que foi o mais arriscado pra mim.
Talvez esse esquecimento meu se deva a algo pessoal ou talvez pelo fato desse spin off ser mais do mesmo. É o tipo do entretenimento fast food, um lugar comum, nada além de expandir o universo de The Boys sem personalidade.
Uma proposta com mais profundidade como o episódio que já mencionei, poderia elevar o nível da temporada que conta com boas animações e dublagem.
Nota: 6,1/10
A Lenda de Vox Machina (1ª Temporada)
4.1 67 Assista AgoraA ideia de trazer uma campanha é bem ousada ao meu ver, principalmente pelo trabalho de adaptação que julgo ser bem trabalhoso. E que bom que tem uma equipe competente e apaixonada por trás dessa série.
Rapidamente somos introduzidos aos personagens e aos poucos vamos entrando na trama da temporada. A forma como as pistas são deixadas é bem inteligente, e a divisão dos episódios ficou ótima. Os personagens são engraçados e complementares, e o contraponto dos vilões é bom também.
Um universo rico, de potencial ilimitado, muito bem explorado aqui. Apesar dos exageros no humor e aquelas situações pontuais de intervenções do roteiro, é sensacional. Pra quem curte universos fantásticos Vox Machina é imperdível.
Nota: 8,8/10
Maravilhosa Sra. Maisel (4ª Temporada)
4.3 81É de um magnetismo visual de cair o queixo. Super colorido, bem coreografado com longas tomadas e sequências. As apresentações no Strip Club parecem peças da Broadway.
Quanto ao desenvolvimento da temporada, acho que me agradou mais que a temporada passada. Porém, são vários acontecimentos para apenas 8 episódios. Alguns arcos começam e acabam com 2, 3 episódios, e de forma bem abrupta pra mim.
Sinto também que alguns personagens e tramas estão passando um pouquinho do ponto no caricato. O pai da Miriam, a rede de negócios da mãe dela e os mafiosos. Minha impressão de que passa do ponto é que as viradas dramáticas acabaram não surtindo muito efeito em mim, talvez seja pessoal mesmo.
Ainda assim, tem ótimos momentos de palco, situações hilárias entre a Miriam e os pais, bons momentos com a Susie, Lenny e Joel.
Nota: 7,5/10
Buffy: A Caça Vampiros (1ª Temporada)
4.0 181 Assista AgoraEstou começando esse ano minha jornada com Buffy.
Já tinha visto a primeira temporada uns anos atrás e agora decidi ver a série inteira. E uau! Que revisão ótima.
Aqui há todos os alicerces de uma série Teen: Problemas com os pais, com os amigos, triângulos amorosos, bullying e tudo que está na cartilha. O que me empolga de rever esses assuntos, já discutidos em outras obras exaustivamente, é a fusão com o terror.
Estamos em um microcosmo fantástico, num local místico, Hellmouth, onde confluem todas as energias ruins do mundo, não só trazendo vampiros e monstros atrás da Buffy, por ser a escolhida, mas potencializando a maldade humana. Na primeira temporada a escola Sunnydale é um lugar forte e chamativo, é onde Buffy e seus amigos se encontram, se desenvolvem e amadurecem. É onde também acontecem as coisas mais bizarras.
Existem alguns episódios dentro desse primeiro ano que tem um excelente toque Twilight Zone ou Tales from the Crypt, com finais macabros e assustadores. Existe uma violência velada que é muito bem aproveitada no episódio das hienas por exemplo, e que junto com temáticas fortes se comunica bem com o público adulto.
O roteiro traz o caricato, o previsível e a ação quase que pastelona, para um nível de divertimento absurdo. A divisão de arco dos personagens é muito boa, cada um bem característico, e ao longo da temporada vemos o crescimento gradual da interação deles. Talvez tenha faltado um pouco de desenvolvimento nos personagens, mas nada que tenha me atrapalhado.
A trama principal é bem distribuída entre os episódios procedurais nessa primeira temporada curta, e para minha alegria consegue terminar em alta. Talvez o episódio 11 tenha sido fruto de um desgaste natural da quantidade de episódios, e acaba ficando muito deslocado como penúltimo episódio de uma temporada.
Absolutamente cativante, personagens para amar e odiar, uma aventura regrada a terror, mistério e ação.
Nota: 8,8/10
Chucky (1ª Temporada)
3.7 344 Assista AgoraUm monte de atores péssimos reunidos numa baboseira que é surpreendentemente divertida.
Chucky, a série, faz homenagem e referencia os filmes clássicos da franquia. Dá uma boa atualizada no desenvolvimento dos personagens, com a abordagem mais ''moderninha''. Talvez exista alguns momentos em que a série explora os problemas de seus personagens de forma séria demais e a galhofa fique longe por algum momento.
As mortes continuam divertidas, a tosquice de um boneco assassino consegue ser a grande diversão em tela e o gore, os jumpscares e a mitologia são bem explorados. Quando a série se enche de flashbacks e explicações sobre o passado o ritmo se quebra e ela fica um tanto enfadonha, principalmente na segunda metade da temporada em que há um grande exagero disso tudo.
Nota: 6,5/10
Reservation Dogs (1ª Temporada)
4.0 17 Assista AgoraO canal FX costuma sempre trazer boas surpresas, e tem a grande habilidade de esconder ótimas séries. Depois de What We Do In The Shadows, o canal produz outra série com o Taika, que entrega um resultado muito interessante.
Os serviços de streaming e canais de tv estão lotados de séries com grandes histórias interligadas, praticamente filmes divididos em 6,8 ou 10 episódios. Existe sim, em Reservation Dogs, um fio narrativo que conduz toda a temporada, mas o ritmo e desenvolvimento são o grande diferencial aqui. Mr. Inbetween, série irretocável do FX que se encerrou em 2021, também apostava nesse formato, e acho que não só a divulgação ruim, mas esse formato tende a não atrair tanto o espectador acostumado a maratonas e cliffhangers todo santo episódio. Não que isso seja ruim, é apenas a fórmula mais comum nos grandes hits.
Cada episódio traz uma história, um desenvolvimento, um foco em um personagem diferente ou em mais de um. Cada episódio é fechado em si, mas contribui para a pintura como um todo que é essa temporada.
O elenco é maravilhoso, e se encaixam perfeitamente no estilo de humor que o Taika e o Harjo trazem para a série. Espere também por uma dose de drama considerável. Temas como luto, depressão, família, amizade, nostalgia e arrependimento são bem trabalhados.
Gostei demais do resultado. Apenas 8 episódios, e cada um despertando uma sensação diferente nessa atmosfera de familiaridade, misticismo e realismo.
Nota: 8,5/10
O Método Kominsky (3ª Temporada)
4.0 50Que perda o Alan Arkin é pra essa série. O contraponto ao Sandy, que ele fazia, com a amizade crítica, implicante, mas ao mesmo tempo companheira e dedicada foi substituída pela personagem da ex do Sandy, que consegue participar muito bem. O roteiro consegue dar uma boa sequência pra história apesar de tudo.
Dá pra sentir um pouco de pressa na condução, os filhos do Norman e a mãe do Martin estão sobrando demais, e essa última é jogada de paraquedas no final de tudo. O começo da temporada é fantástico, apresenta conflitos interessantes sem deixar de lado a comédia que está sensacional novamente.
O Método Kominsky, apesar dos problemas que citei, consegue ser engraçada e desafiadora, caminha naquele lugar que poucas comédias gostam de estar, no luto, na morte, na perda e no fim.
Nota: 7,5/10
Master of None: Moments in Love (3ª Temporada)
3.8 62 Assista AgoraGostei muito de como toda a história foi apresentada, gostei da divisão dos capítulos, do enquadramento, da trilha sonora, do ritmo e das personagens. Só fiquei me perguntando o tempo o todo o que isso tinha a ver com Master of None.
Acho que funcionaria muito bem como uma outra série independente, porque o que vi, apesar de bom e satisfatório, não apresenta nada do que eu considero como sendo Master of None.
De restante, apesar de deslocada, é uma boa história pequena, minimalista, com ótimos momentos realistas que me fizeram pensar minha relações, principalmente a de mãe e filho.
Nota: 7,8/10
Black Mirror (5ª Temporada)
3.2 959Uma pequena reflexão minha sobre Black Mirror até aqui:
Conheci Black Mirror quando ela ainda estava no Channel 4, que estava numa ótima leva de séries na época, como Utopia e mais a frente com Catastrophe. Vi alguns episódios apenas, e me surpreendi ao ver que ousavam no formato, apostando em histórias bem elaboradas em temporadas curtas.
As 2 primeiras temporadas são a essência da série. O ''espelho negro'' tem como objetivo muito mais falar sobre o que ele reflete do que propriamente nele próprio. Cada temporada, apesar de ter episódios independentes, são uníssonas, e sim, conversam entre si. É projetar e imaginar como nossas fraquezas e perversidades são filtradas pela tecnologia, que maximiza ou expõe esse lado oculto, negro, escondido.
A Netflix entra na jogada adquirindo a série, e consegue alavancá-la de um status 'cult' para 'pop'. A visibilidade e investimento fizeram daquela série criativa e de ótimas ideias se tornar um dos maiores hits da maior plataforma de streaming do mundo. Agora as novas temporadas, com o dobro de episódios, são gigantes e épicas. Mas o tom, já na terceira temporada, começou a me soar estranho.
Eu acho que a terceira temporada seja talvez a melhor de toda a série, mas ela representa uma virada na abordagem. Não todos os episódios, mas alguns começam a explorar a tecnologia de forma menos profunda, o fascínio pelo fascínio. Isso não necessariamente é ruim, e na terceira temporada não vi problemas nisso. A arte audiovisual deixa muito espaço pra criatividade, e caminhos ''fáceis'' podem resultar sim em ótimas histórias e boas experiências.
Num espaço de 3 anos no Channel 4, o criador da série, Charlie Brooker, escreveu e produziu um total de 6 episódios e 1 especial de natal. Em 4 anos de Netflix, foram 15 episódios e 1 filme. E é aí que comecei a entender o declínio tão grande a partir da quarta temporada. Black Mirror depende de ótimas histórias independentes para formar uma temporada concisa, e quando a proposta sai de um estudo de personagens pela tecnologia, para coisas horríveis que uma tecnologia pode causar, a coisa começa a ficar problemática.
Essa última proposta depende muito de se superar uma limitação, a criatividade. Ter novas ideias ou pensar em uma tecnologia diferentona não é tão fácil assim, ainda mais dobrando seu ritmo de criação e produção. A quarta temporada já contempla alguns episódios vazios que se preocupam com o choque e em causar aquela reação a alguma tecnologia assustadoramente perigosa. A quinta temporada parece aquela última gota que é despejada, que apresenta apenas 1 episódio relevante, enquanto outros caem no lugar comum, discutem muito pouco suas temáticas, e parece outra série quando comparada a segunda temporada, por exemplo.
Espero que caso haja novos episódios, que esse tempo ''inativo'' tenha servido para refrescar e renovar o ar da série, que ficou muito repetida. Não sou contra 1 episódio ou outro focar mais em ação, ou comédia, ou qualquer coisa, isso é completamente cabível, e foi feito até o terceiro ano da série, onde o fascínio andava de mãos dadas com o ótimo estudo de personagens e seus problemas mundanos ampliados pela nossa relação com a tecnologia.
Nota: 6,5 / 10
Monstros no Trabalho (1ª Temporada)
3.6 30Começa bem fraquinha, com muita dificuldade em definir seu tom, e felizmente acabei dando uma chance de ir até o final, por pura nostalgia, e acabei gostando.
A série vai melhorando, e lá pela metade consegue achar seu tom. Ao final consegue equilibrar as homenagens com os novos personagens, mas o caminho até aí é bem truculento.
Me diverti, tem uma temática que de certa forma complementa Universidade Monstro, sobre o emprego ideal, se o seu sonho é uma coisa boa ou não, sobre amizade, sobre mercado de trabalho, frustrações...Dá pra tirar muito proveito do subtexto.
Foi muito bom revisitar esse universo.
Nota: 6,8/10