Detalhe importante também que deve ser lembrado: Filosofia não é auto-ajuda. Então não digam o que é cheio de filosofia e etc se não sabem o que diabos é filosofia nesse contexto; o que se tem é uma passagem transcendental, uma mescla de misticismo barato e os toques clássicos de auto-ajuda. "a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori." ->
Incrível como qualquer pequena ousadia que finda em menos que nada consegue chamar atenção do povão.
Uma realidade onde as pessoas são impelidas a se acharem livres, onde se tem a capacidade de consumir, transar e realizar quase qualquer coisa e o onde quase nada é, de certa forma, mal visto.
Mas também é uma realidade onde as pessoas são incapazes de sentir.
Deixo aqui a dica de um filme que tem uma temática parecida, só que ao contrário desta mescla que só impulsa o emocional como justificativa dos que ousam chamar de "perfeito" (exagero de adjetivo seria eufemismo), tem conteúdo e não se utiliza dos artifícios do cinema de massa para ser chamado de bom filme -> "Fonte da Vida", do Darren Aronofsky ;-)
3 horas de maquiagem tenebrosa, com um roteiro que falta coesão e atuações medonhas, com exceção de Tom Hanks e outros. Um grito de nada transvestido de conteúdo. Uma pena.
Desnecessário define bem. Um pouco mais fiel aos quadrinhos que a trilogia de Raimi, mas que não cativa e nem chama atenção. Algumas coisas são corridas, outras longas, sem um equilíbrio que justifique essa atenção a mais ou a menos para algumas partes do roteiro que apresenta fragilidades. Em alguns momentos até diverte, mas nada mais que isso. Novamente: desnecessário.
Paul Thomas Anderson mostra suas habilidades que ficariam reconhecidas na sua não vasta, mas relevante produção cinematográfica. Personagens que nos envolvem; diálogos que aprisionam e dramas que nos identificamos mesmo que nunca tenhamos passado por situações se quer parecidas. As longas tomadas acompanhando o desenrolar das tramas dentro da trama são uma verdadeira obra de arte. Não é atoa que poucos diretores americanos no cinema se destaquem atualmente como artistas, já que é mais fácil e mais lucrativo produzir horas e horas de cenas clichês envolvendo alto orçamento em efeitos especiais e atores terríveis. Paul mostra que cinema pode ser muito mais do que isso e que não precisa arrasar quarteirões para mostrar o seu impacto. Filmaço!
Se propõe ousado, mas finda sendo mais do mesmo: personagens passando por perigosos testes com um vilão caricato a ser derrotado. Ser baseado em fatos reais não tira o fato dos próprios personagens serem mal explorados e o filme só aparenta começar a fluir depois de uma hora de duração. No final das contas essas tentativas dos últimos anos de trazer de volta para o cinema o estilo máfia dos anos 20 vem fracassado miseravelmente. Quem finda se destacando são os seriados de TV, como "Boardwalk Empire".
"O Hobbit" devidamente assistido. Muito bonito esteticamente falando e tecnicamente também, mas em muitas partes se torna cansativo e nos anexos feitos para conectar o filme com a trilogia de "The Lord of the Rings" a qualidade dos diálogos cai num nível assustador. Se tivessem cortado uma meia hora talvez o dinamismo se tornasse mais visível. O 3D se mostrou totalmente dispensável na sessão que assisti. Enfim, torcer pra que o 2° filme dê mias brecha para os anões se mostrarem mais que um alívio cômico e para que os enxertos não sejam tão ruins.
Ah, e fanboys, antes de virem tentar esculhambar qualquer coisa que eu tenha escrito, aprendam a ver um filme sem a cegueira de ser fã, pois isso o emocional que aparece na hora da sessão não é argumento a favor da qualidade do filme ;-)
Engana ao parecer mais um filme sobre educação, e se mostrou uma boa surpresa sobre os tempos sem significado que vivemos. Alguns clichês se mostram presentes, mas isso não se destaca frente ao ritmo frenético do filme; a cada cena um novo impacto aparece e não chorar realmente pode ser um desafio. O mal estar de pós-modernidade nunca se mostrou tão presente, onde nada mais importa, onde tudo perde sentido e onde as bases são demolidas.
Trabalho técnico excelente, principalmente os filtros usados e as câmeras lentas, mas a trama que parte de uma boa premissa se torna enfadonha, tentando levar o público ao choro a cada 5 minutos de forma ensaiada, ao contrários de outros filmes de "Guerra" que não sofrem desse problema (O Pianista, A Lista de Schindler).
Um cinema que poderia ser mais oriental e peca ao tentar se ocidentalizar, o que rende um desfecho previsível a todos que já assistiram filmes com essa mesma pegada (A Lista de Schindler). Também não precisava ter quase 2h e meia de duração.
Bonitinho naquilo que se propõe, ultrapassando a leva de comédias românticas sem sentido que vemos por aí. Steve Carell mostra mais uma vez que sabe atuar além do gênero besteirol que é conhecido e a Keira Knightley, surpreendentemente, não se torna um incômodo na tela.
Um filme difícil pra quem não está disposto a colocar a cachola pra funcionar; cheio de referências à guerra fria e ao crescente cenário de tensão. Erra aquele que vai assistir este achando que é somente sobre a tentativa de descobrir quem é o agente-duplo, pois é um filme muito mais sobre o tipo de vida que tais indivíduos possuem: Tensão, medo, ansiedade, numa luta nas sombras. Fodástico.
Skyfall é o melhor 007 que já, mas os que vi não foram obras de arte e esse ficou acima da média. O filme é bom? É! Sam mendes se mostra um profissional de primeira linha na técnica. A fotografia, a montagem, o papel da luz em algumas cenas foi realmente um trabalho primoroso. A abertura do filme é um espetáculo a parte, assim como os jogos de sombra e cores, mas algumas coisas também pecam no filme: Primeiro, a sua duração; sua trama não é tão complexa a ponto de exigir tanto tempo em tela, o que tornou alguns momentos massivos. Segundo, alguns pontos da história poderiam ser mais amarrados, muita coisa fica ao prazer do mistério e sabe-se lá como aconteceram. Outra coisa que incomodou a mim e a outros é que, ingenuamente, fui esperando ver um filme de espionagem, mas no decorrer do filme fica claro que não há mais lugar para a espionagem clássica no mundo onde computadores reinam - não me entendam mal, eu não esperava coisas capengas como carros invisíveis ou vilões querendo dominar o mundo. Javier Bardem toma a cena é o melhor personagem do filme. Um verdadeiro psicopata que até poderia ter sido melhor aproveitado se não lembrasse tanto um Joker do The Dark Knight (não em performance somente, mas sim na arquitetação do seu plano). Enfim, Operação Skyfall é um filme mais sério que não possui uma ação desprovida de neurônios como aconteceu com o filme que o antecedeu; diverte, às vezes cansa, tem seus altos e baixos, poderia ser mais curto, mas foi um bom recomeço caso pretendam filmar mais filmes do agente britânico.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraDetalhe importante também que deve ser lembrado: Filosofia não é auto-ajuda. Então não digam o que é cheio de filosofia e etc se não sabem o que diabos é filosofia nesse contexto; o que se tem é uma passagem transcendental, uma mescla de misticismo barato e os toques clássicos de auto-ajuda.
"a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori." ->
Incrível como qualquer pequena ousadia que finda em menos que nada consegue chamar atenção do povão.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraUma realidade onde as pessoas são impelidas a se acharem livres, onde se tem a capacidade de consumir, transar e realizar quase qualquer coisa e o onde quase nada é, de certa forma, mal visto.
Mas também é uma realidade onde as pessoas são incapazes de sentir.
É a nossa realidade.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraDeixo aqui a dica de um filme que tem uma temática parecida, só que ao contrário desta mescla que só impulsa o emocional como justificativa dos que ousam chamar de "perfeito" (exagero de adjetivo seria eufemismo), tem conteúdo e não se utiliza dos artifícios do cinema de massa para ser chamado de bom filme -> "Fonte da Vida", do Darren Aronofsky ;-)
A Viagem
3.7 2,5K Assista Agora3 horas de maquiagem tenebrosa, com um roteiro que falta coesão e atuações medonhas, com exceção de Tom Hanks e outros. Um grito de nada transvestido de conteúdo. Uma pena.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraDesnecessário define bem. Um pouco mais fiel aos quadrinhos que a trilogia de Raimi, mas que não cativa e nem chama atenção. Algumas coisas são corridas, outras longas, sem um equilíbrio que justifique essa atenção a mais ou a menos para algumas partes do roteiro que apresenta fragilidades. Em alguns momentos até diverte, mas nada mais que isso. Novamente: desnecessário.
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraPaul Thomas Anderson mostra suas habilidades que ficariam reconhecidas na sua não vasta, mas relevante produção cinematográfica. Personagens que nos envolvem; diálogos que aprisionam e dramas que nos identificamos mesmo que nunca tenhamos passado por situações se quer parecidas. As longas tomadas acompanhando o desenrolar das tramas dentro da trama são uma verdadeira obra de arte. Não é atoa que poucos diretores americanos no cinema se destaquem atualmente como artistas, já que é mais fácil e mais lucrativo produzir horas e horas de cenas clichês envolvendo alto orçamento em efeitos especiais e atores terríveis. Paul mostra que cinema pode ser muito mais do que isso e que não precisa arrasar quarteirões para mostrar o seu impacto. Filmaço!
Os Infratores
3.8 895 Assista AgoraSe propõe ousado, mas finda sendo mais do mesmo: personagens passando por perigosos testes com um vilão caricato a ser derrotado. Ser baseado em fatos reais não tira o fato dos próprios personagens serem mal explorados e o filme só aparenta começar a fluir depois de uma hora de duração. No final das contas essas tentativas dos últimos anos de trazer de volta para o cinema o estilo máfia dos anos 20 vem fracassado miseravelmente. Quem finda se destacando são os seriados de TV, como "Boardwalk Empire".
Na Estrada
3.3 1,9KCochilei várias vezes.
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista Agora"O Hobbit" devidamente assistido. Muito bonito esteticamente falando e tecnicamente também, mas em muitas partes se torna cansativo e nos anexos feitos para conectar o filme com a trilogia de "The Lord of the Rings" a qualidade dos diálogos cai num nível assustador. Se tivessem cortado uma meia hora talvez o dinamismo se tornasse mais visível. O 3D se mostrou totalmente dispensável na sessão que assisti. Enfim, torcer pra que o 2° filme dê mias brecha para os anões se mostrarem mais que um alívio cômico e para que os enxertos não sejam tão ruins.
Ah, e fanboys, antes de virem tentar esculhambar qualquer coisa que eu tenha escrito, aprendam a ver um filme sem a cegueira de ser fã, pois isso o emocional que aparece na hora da sessão não é argumento a favor da qualidade do filme ;-)
O Tricolor Voltou
4.0 21Terrível xD
5 Centímetros por Segundo
3.9 383Um espetáculo na fotografia. Um roteiro fraco que poderia ser mais coeso.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraEngana ao parecer mais um filme sobre educação, e se mostrou uma boa surpresa sobre os tempos sem significado que vivemos. Alguns clichês se mostram presentes, mas isso não se destaca frente ao ritmo frenético do filme; a cada cena um novo impacto aparece e não chorar realmente pode ser um desafio. O mal estar de pós-modernidade nunca se mostrou tão presente, onde nada mais importa, onde tudo perde sentido e onde as bases são demolidas.
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraApenas um teste de tecnologia, com um enredo fraco e mal explorado.
Deu a Louca nos Nazis
2.5 393Terrível.
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista Agora"I drink your... MILKSHAKE!!"
Flores do Oriente
4.2 774 Assista AgoraTrabalho técnico excelente, principalmente os filtros usados e as câmeras lentas, mas a trama que parte de uma boa premissa se torna enfadonha, tentando levar o público ao choro a cada 5 minutos de forma ensaiada, ao contrários de outros filmes de "Guerra" que não sofrem desse problema (O Pianista, A Lista de Schindler).
Um cinema que poderia ser mais oriental e peca ao tentar se ocidentalizar, o que rende um desfecho previsível a todos que já assistiram filmes com essa mesma pegada (A Lista de Schindler). Também não precisava ter quase 2h e meia de duração.
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista AgoraBonitinho naquilo que se propõe, ultrapassando a leva de comédias românticas sem sentido que vemos por aí. Steve Carell mostra mais uma vez que sabe atuar além do gênero besteirol que é conhecido e a Keira Knightley, surpreendentemente, não se torna um incômodo na tela.
P.s: A trilha sonora não poderia ser melhor.
O Espião que Sabia Demais
3.4 744 Assista AgoraUm filme difícil pra quem não está disposto a colocar a cachola pra funcionar; cheio de referências à guerra fria e ao crescente cenário de tensão. Erra aquele que vai assistir este achando que é somente sobre a tentativa de descobrir quem é o agente-duplo, pois é um filme muito mais sobre o tipo de vida que tais indivíduos possuem: Tensão, medo, ansiedade, numa luta nas sombras. Fodástico.
Mary e Max: Uma Amizade Diferente
4.5 2,4KSincero, adulto, profundo e emocionante. Mary e Max é uma das melhores animações que já vi e, infelizmente, não é muito conhecido pelo público geral.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraSkyfall é o melhor 007 que já, mas os que vi não foram obras de arte e esse ficou acima da média. O filme é bom? É! Sam mendes se mostra um profissional de primeira linha na técnica. A fotografia, a montagem, o papel da luz em algumas cenas foi realmente um trabalho primoroso. A abertura do filme é um espetáculo a parte, assim como os jogos de sombra e cores, mas algumas coisas também pecam no filme: Primeiro, a sua duração; sua trama não é tão complexa a ponto de exigir tanto tempo em tela, o que tornou alguns momentos massivos. Segundo, alguns pontos da história poderiam ser mais amarrados, muita coisa fica ao prazer do mistério e sabe-se lá como aconteceram. Outra coisa que incomodou a mim e a outros é que, ingenuamente, fui esperando ver um filme de espionagem, mas no decorrer do filme fica claro que não há mais lugar para a espionagem clássica no mundo onde computadores reinam - não me entendam mal, eu não esperava coisas capengas como carros invisíveis ou vilões querendo dominar o mundo. Javier Bardem toma a cena é o melhor personagem do filme. Um verdadeiro psicopata que até poderia ter sido melhor aproveitado se não lembrasse tanto um Joker do The Dark Knight (não em performance somente, mas sim na arquitetação do seu plano). Enfim, Operação Skyfall é um filme mais sério que não possui uma ação desprovida de neurônios como aconteceu com o filme que o antecedeu; diverte, às vezes cansa, tem seus altos e baixos, poderia ser mais curto, mas foi um bom recomeço caso pretendam filmar mais filmes do agente britânico.