Bem, já percebi que é uma opinião totalmente subjetiva (e não faço questão de não ser) não por buscar um significado para o filme, mas sim pelo que senti com ele. Conseguiu prender minha atenção do primeiro ao último minuto, não apenas com o mistério em torno dele, mas também pelas imagens. Cenas agressivas alternam com cenas paranoicas e calmas, a obsessão por saber o que viria, qual tom de cor a próxima cena viria a dar, qual ritmo, e se haveria algum desfecho na história foram a isca (pelo menos pra mim) para eu ficar com os olhos grudados no início ao fim do filme. Esse foi o prazer; a excitação que o filme me proporcionou, e o que poderia esperar de uma obra arte além disso? Vi o filme só sabendo de prévia o título, não li sinopse, nem trailer, nem tinha lido nada a respeito, talvez isso tonificou meu espanto prazeroso. Ofereceu o que de melhor o cinema tem pra dar, nada mais nada menos que imagem em movimento de forma solene. Talvez a última cena seja uma dica de como apreciá-lo, apenas se deixe imaginar, leve-se pelas situações mesmo paranoicas, e sentirá, escutará, verá e se entreterá com um jogo de tênis, que não há bola, raquete, ou se quer realmente um jogo. Assim como o filme todo, entretive-me com a história, mesmo não havendo história (comum).
Sensível ao extremo, delicado e belo. Não sei sé é possível expressar com palavras o que senti com esse filme. A oração que Alexander faz sensibilizará até o ateu mais niilista possível.
"Você não deveria se angustiar tanto. Você não deveria esperar nada, isto é o mais importante, não deve esperar nada." Alexander esqueceu que a mudança deveria ser interna, o sacrifício é interno. Até escultou os conselhos do carteiro, mas tomou uma atitude de puro desespero, sinal de que ainda esperava algo. Ele deveria incendiar seus desejos e suas vaidades. Pois não é o mundo que nos faz sofrer, e sim a visão que temos desse mundo.
Filmes que não são auto-explicativos numa primeira contemplação geralmente serão ou amados ou odiados. Alguns acolhem o convite à reflexão e se instigam com isso, enquanto outros rejeitarão e atacarão por serem incapaz de dialogar com o filme. Os que atacam tentam de toda maneira abafar o fato de não terem competência para refletir sobre o filme, eles se sentem ameaçados, e tratam de tachá-lo de pseudo-intelectual, é o orgulho se defendendo. Não vejo problema algum em confessar que não entendi na primeira nem na segunda vez que assisti, o filme me tocou, abracei o convite à reflexão ferozmente e isso não foi nada cansativo. Não sei se foi o primeiro filme no estilo, mas até hoje as pessoas não têm o hábito de refletir seja lá sobre o que for. Ninguém necessita ser intelectual para simplesmente tentar entendê-lo, o problema realmente está na disposição para tal. Os que atacam reconhecem esse problema, é tanto que tratam logo de atacar quem se dispõem a refletir, tudo isso para se defender de qualquer acusação de incompetência. Já fisguei a isca desde as primeiras cenas, não consegui tirar os olhos logo depois da aparição do monolito. Há filmes que realmente tentam o selo de cult-intelectual a toda custa. Mas sei que não é o caso desse, ele realmente tem conteúdo, um pouco de paciência e honestidade já é o suficiente para reconhecer isso. 2001 se destaca em qualquer quesito cinematográfico. Simplesmente uma obra-prima. É claro que não agradará todo mundo, mas qualquer crítica negativa sem uma prévia reflexão é "um crime"(ironia, claro!) e ao mesmo tempo uma confissão. Mas que com certeza é consenso é que o filme foi um marco para o cinema, se não num quesito, em outro. Eu o reconheci em todos!!!
É interessante tentar decifrar as cenas: O Big Bang; o início da vida; a terra sendo engolida pelo sol; o garoto perdendo sua inocência desejando a bela moça; ele se masturbando e de pois se livrando dos vestígios; o complexo de édipo desenvolvido; o primogênito vendo como ameaça o irmão recém-nascido; a pai se reconhecendo no filho mais novo, e a mais velho o vendo como ameaça; o deus omisso fisicamente se manifestando na natureza; o garoto submerso na água representando seu estado de conforto espiritual antes de nascer;... ... e várias outras que ainda não decifrei, mas não faço o mesmo que certos palermas fazem, que simplesmente rejeitam por serem preguiçosos mentais, muito pelo contrário, faz é me instigar, fiquei atento a cada cena. É claro que muitos que fisgaram o filme apenas por causa da isca( Brad Pitt ) não irão apreciar, como já se nota com os comentários abaixo. É um filme simbólico que remete à reflexões existenciais, é narrado por imagens delicadas, e só quem tem disposição do olhar para esse tipo de cinema mais artístico se sentirá instigado. Não obstante, não consegue causar o mesmo impacto com imagens como um Béla Tarr ou Tarkovsky. Mas também não fica para trás. É o primeiro filme que vejo do diretor, e aprovei-o, pretendo assistí-lo novamente e à outros filmes do diretor.
Tudo e todos caindo lentamente numa sepultura, e observar isso ao som de uma música fúnebre, pode ser hipnotizante. O único momento de vida é num pequeno diálogo com um cachorro. Dependendo das circunstâncias em que se assisti ao filme, há total rejeição, mas se estiver em sintonia com o clima mórbido, pode ser um bom passa tempo.
Ao contrário do que muitos pensam, o filme não tem como escopo principal fazer apologia à violência gratuita. O alvo do filme, que inclusive condiz muito bem com o livro, é o Estado. O vilão no filme é o Estado. Ele que nos aliena, e nos deixa como laranja mecânicas. Oprime nossas naturezas. que no caso do protagonista era violenta. Conseguem alienar Alex e seus amigos, mas Alex é o único que consegue se curar e voltar a ser o que realmente é. Conseguiu solenemente passar a mesma crítica do livro. Não entende o porquê de tanta crítica a adaptação.
Para mim é o melhor filme de Haneke. Algumas pessoas se irritam com a monotonia do filme, mas as cenas repetidas e cansativas têm um objetivo no filme e tonificam seu significado. Se se irritaram é porque não captaram o real objetivo do filme.
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Blow-Up: Depois Daquele Beijo
3.9 370 Assista AgoraBem, já percebi que é uma opinião totalmente subjetiva (e não faço questão de não ser) não por buscar um significado para o filme, mas sim pelo que senti com ele. Conseguiu prender minha atenção do primeiro ao último minuto, não apenas com o mistério em torno dele, mas também pelas imagens. Cenas agressivas alternam com cenas paranoicas e calmas, a obsessão por saber o que viria, qual tom de cor a próxima cena viria a dar, qual ritmo, e se haveria algum desfecho na história foram a isca (pelo menos pra mim) para eu ficar com os olhos grudados no início ao fim do filme. Esse foi o prazer; a excitação que o filme me proporcionou, e o que poderia esperar de uma obra arte além disso? Vi o filme só sabendo de prévia o título, não li sinopse, nem trailer, nem tinha lido nada a respeito, talvez isso tonificou meu espanto prazeroso. Ofereceu o que de melhor o cinema tem pra dar, nada mais nada menos que imagem em movimento de forma solene.
Talvez a última cena seja uma dica de como apreciá-lo, apenas se deixe imaginar, leve-se pelas situações mesmo paranoicas, e sentirá, escutará, verá e se entreterá com um jogo de tênis, que não há bola, raquete, ou se quer realmente um jogo. Assim como o filme todo, entretive-me com a história, mesmo não havendo história (comum).
O Sacrifício
4.3 148Sensível ao extremo, delicado e belo. Não sei sé é possível expressar com palavras o que senti com esse filme.
A oração que Alexander faz sensibilizará até o ateu mais niilista possível.
"Você não deveria se angustiar tanto. Você não deveria esperar nada, isto é o mais importante, não deve esperar nada."
Alexander esqueceu que a mudança deveria ser interna, o sacrifício é interno. Até escultou os conselhos do carteiro, mas tomou uma atitude de puro desespero, sinal de que ainda esperava algo. Ele deveria incendiar seus desejos e suas vaidades. Pois não é o mundo que nos faz sofrer, e sim a visão que temos desse mundo.
Uma genuína obra de arte
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraFilmes que não são auto-explicativos numa primeira contemplação geralmente serão ou amados ou odiados. Alguns acolhem o convite à reflexão e se instigam com isso, enquanto outros rejeitarão e atacarão por serem incapaz de dialogar com o filme. Os que atacam tentam de toda maneira abafar o fato de não terem competência para refletir sobre o filme, eles se sentem ameaçados, e tratam de tachá-lo de pseudo-intelectual, é o orgulho se defendendo. Não vejo problema algum em confessar que não entendi na primeira nem na segunda vez que assisti, o filme me tocou, abracei o convite à reflexão ferozmente e isso não foi nada cansativo. Não sei se foi o primeiro filme no estilo, mas até hoje as pessoas não têm o hábito de refletir seja lá sobre o que for. Ninguém necessita ser intelectual para simplesmente tentar entendê-lo, o problema realmente está na disposição para tal. Os que atacam reconhecem esse problema, é tanto que tratam logo de atacar quem se dispõem a refletir, tudo isso para se defender de qualquer acusação de incompetência. Já fisguei a isca desde as primeiras cenas, não consegui tirar os olhos logo depois da aparição do monolito. Há filmes que realmente tentam o selo de cult-intelectual a toda custa. Mas sei que não é o caso desse, ele realmente tem conteúdo, um pouco de paciência e honestidade já é o suficiente para reconhecer isso. 2001 se destaca em qualquer quesito cinematográfico. Simplesmente uma obra-prima.
É claro que não agradará todo mundo, mas qualquer crítica negativa sem uma prévia reflexão é "um crime"(ironia, claro!) e ao mesmo tempo uma confissão. Mas que com certeza é consenso é que o filme foi um marco para o cinema, se não num quesito, em outro. Eu o reconheci em todos!!!
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraÉ interessante tentar decifrar as cenas:
O Big Bang; o início da vida; a terra sendo engolida pelo sol; o garoto perdendo sua inocência desejando a bela moça; ele se masturbando e de pois se livrando dos vestígios; o complexo de édipo desenvolvido; o primogênito vendo como ameaça o irmão recém-nascido; a pai se reconhecendo no filho mais novo, e a mais velho o vendo como ameaça; o deus omisso fisicamente se manifestando na natureza; o garoto submerso na água representando seu estado de conforto espiritual antes de nascer;...
... e várias outras que ainda não decifrei, mas não faço o mesmo que certos palermas fazem, que simplesmente rejeitam por serem preguiçosos mentais, muito pelo contrário, faz é me instigar, fiquei atento a cada cena. É claro que muitos que fisgaram o filme apenas por causa da isca( Brad Pitt ) não irão apreciar, como já se nota com os comentários abaixo.
É um filme simbólico que remete à reflexões existenciais, é narrado por imagens delicadas, e só quem tem disposição do olhar para esse tipo de cinema mais artístico se sentirá instigado.
Não obstante, não consegue causar o mesmo impacto com imagens como um Béla Tarr ou Tarkovsky. Mas também não fica para trás. É o primeiro filme que vejo do diretor, e aprovei-o, pretendo assistí-lo novamente e à outros filmes do diretor.
Danação
4.1 51Tudo e todos caindo lentamente numa sepultura, e observar isso ao som de uma música fúnebre, pode ser hipnotizante. O único momento de vida é num pequeno diálogo com um cachorro. Dependendo das circunstâncias em que se assisti ao filme, há total rejeição, mas se estiver em sintonia com o clima mórbido, pode ser um bom passa tempo.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraÉ bom, mas não vejo o porquê de tanta euforia. Alguém pode me explica por favo,r o que esse filme tem que outro na mesma linhagem não tenha?
Mal dos Trópicos
4.0 85Arrebatador pela imagem.
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista AgoraForçado para conseguir o selo de cult
Laranja Mecânica
4.3 3,8K Assista AgoraAo contrário do que muitos pensam, o filme não tem como escopo principal fazer apologia à violência gratuita. O alvo do filme, que inclusive condiz muito bem com o livro, é o Estado. O vilão no filme é o Estado. Ele que nos aliena, e nos deixa como laranja mecânicas. Oprime nossas naturezas. que no caso do protagonista era violenta. Conseguem alienar Alex e seus amigos, mas Alex é o único que consegue se curar e voltar a ser o que realmente é. Conseguiu solenemente passar a mesma crítica do livro. Não entende o porquê de tanta crítica a adaptação.
O Castelo
3.2 40Puro desconforto, às vezes fica hilário,
como a cena do armário.
Violência Gratuita
3.8 739 Assista AgoraHaneke deixou claro o que queria no diálogo final dos rapazes: "O herói está na vida real ou na ficção?"
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraPersonagens estereotipados, achei muito besta.
71 Fragmentos de uma Cronologia do Acaso
3.7 74Achei o menos bom, mas é muito bom! A última cena foi muito bem feita, e conseguiu passar bem sua crítica à mídia para a própria mídia.
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 870Ainda emplaca a melhor introdução na história do cinema!!!!!!!!!
Enter The Void: Viagem Alucinante
4.0 870Um dos mais criativos e originais que já vi.
Sozinho Contra Todos
4.0 313Gaspar é genial. Mostrou bem como a lucidez nasce da dor e se perde em uma verdade nada agradável.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraExcelente filme, o significado tácito do filme instiga e causa admiração nos mais sagazes, e irrita os palermas.
O Sétimo Continente
4.0 174 Assista AgoraPara mim é o melhor filme de Haneke. Algumas pessoas se irritam com a monotonia do filme, mas as cenas repetidas e cansativas têm um objetivo no filme e tonificam seu significado. Se se irritaram é porque não captaram o real objetivo do filme.