Composição, êxtase, sensação, pele. Não é Klimt, Schiele ou Picasso: é Emma uma obra-prima para Adéle. É Azul a obra-prima de Kechiche, que com sua narrativa fluída, me tomou por 3 horas com belas construções de cenas e excelentes picos de tensão e descoberta.
É um excelente drama-familiar de Benton. Bem escrito, com atuações emocionantes, Kramer vs Kramer arrebatou o Oscar de Apocalypse Now. Ironia que fez os cinéfilos odiarem esse filme. Bobagem. Assim como Melhor é Impossível e Laços de Ternura, este filme tem seus valores que fazem dele um interessante documento cinematográfico.
O Segredo dos Seus Olhos pode com certeza ser incluído nos melhores filmes da primeira década do século XXI.
Campanella explora de várias formas uma história de crime, desenvolvendo seus personagens, instruindo o espectador não só no processo que desvenda a história mas plenamente no fato de levantar questões morais e eternas ao ser humano: o perdão, a culpa e o amor. Sim, o amor aqui é uma questão moral.
E o filme também não é só uma obra excelente pelo que ele apenas aparenta ser, mas do que podemos tirar dele. São conclusões óbvias: história fantástica, produção geral marcante, atores equilibrados e um plano sequência do estádio de tirar o fôlego. São coisas a ser observar no cinema bom argentino.
acabei de ver a versão sueca, e gostei bem mais que o remake americano. a direção desse aqui e o roteiro são melhor desenvolvidos. não puseram a mutilação de Eli, que na verdade é um garoto, como pretendiam na sequência final, e concordo com isso. algumas passagens não precisam ser idênticas ao livro, o que faz do filme um cinema de verdade e não uma mera reprodução literária. os dois jovens são ótimos, assim como no americano, no entanto esse está um passo a frente quando se fala em movimento de câmera.
Partindo da tragédia em Columbine, Moore traça um perfil americano sobre a posse de armas de fogo pela sociedade civil, enquanto faz intensas críticas aos sistemas sociais, políticos e econômicos da América.
O melhor do doc é a ironia vigente em toda sua narrativa, ao mesmo tempo em que compartilha realidades que poderiam ser iguais em países vizinhos e distantes dos EUA, o diretor não elabora uma resposta, mas cria campos de discussões proveitosos sobre o tema.
Um ótimo filme-retrato do que significou, e ainda significa, as mudanças ideológicas com um certo grupo de pessoas.
O parágrafo 175 vai contra o direito universal de liberdade, mas também mostra que a sociedade pode surpreender quando vai de encontro com as diferenças sociais dos outros.
Há muitos meses queria ver esse maravilhoso filme de De Sica, e enfim, pude saboreá-lo!
Tive uma grande surpresa por se tratar do holocausto na SGM. De Sica é um diretor magnífico e sua narrativa é diferente de qualquer outra. As bicicletas, um símbolo em boa parte de seus filmes, dão movimento e frescor na história, o que na verdade significa movimento, jovialidade e o intenso passar do tempo.
Fincher é um diretor extraordinário, e sua narrativa em Seven impressiona pelos enquadramentos e fotografia angulares!
Mas do roteiro de Walker nem tudo é bom. Ele conta bem a história de um serial killer que usa dos artifícios dos sete crimes capitais, no entanto a sequência final, o ápice, não explora o sentimento que todo o filme resgatou durante todas as cenas perturbadoras e repletas de metáforas sociais e psicológicas.
Matt Damon e Ben Affleck podem não ter construído o melhor roteiro original da década de 90, e Gus Van Sant pode não estar em sua melhor condição de direção nesse filme; mas Gênio Indomável de uma forma agradável possui uma mise-en-scéne ludibriante.
A história recorre a um profundo sentimento de busca, apesar de haver uma certa ironia nisto, já que o personagem principal conhece boa parte de muitas coisas. A busca na verdade dá encontro com a razão legítima de Will (Matt Damon), definir com a ajuda de Sean (o ótimo Robin Williams), um ponto de partida para recorrer as suas habilidades natas. Tanto no profissional, em empresas de tecnologia e segurança nacional, quando no amor.
O amor, na verdade, assim como em todos os gênios conhecidos, é uma área bastante problemática, e isso o filme explora positivamente. E são essas cenas de entender o amor através da visão de um ser humano super dotado, que têm boa parte de seu cérebro voltado às nuances de um problema matemático ou a resolução de sua própria defesa em um tribunal, que o filme ganha proporções: analisar o sentimento em pessoas que veem o amor como objeto intocável e ao mesmo tempo maniqueísta.
O filme venceu categorias no Oscar legítimas, mas poderia muito bem ter oferecido o prêmio de melhor atriz coadjuvante, invés de Kim Basinger à excelente Minnie Driver por sua atuação deplorável, no bom sentido, se é que existe, em Gênio Indomável.
Alfonso Cuarón arrasa! Manter interessante um road movie não é fácil, e ele faz da viajem de dois adolescentes levados pelos hormônios, e de uma mulher que se rende aos prazeres e a vingança de ser traída pelo seu marido, à flor-da-pele. É tamanha sexualidade e qualidade cinematográfica. Alfonso Cuarón aborda questões além dos prazeres do sexo e das relações amorosas. Originalidade, prazer narrativo e estudo cultural dá a grande sensação de que E Sua Mãe Também, com piadas experimentais ligeiras e naturais, é uma história qualquer, antiga e marcante.
Sou culpado, afinal sou fã de James Stewart e Frank Capra, mas na verdade, além da participação impressionante desses dois gênios da atuação e direção, acho o roteiro de Foster algo tridimensional abordando sentimentos e a moral do ser humano. Tão bem desenvolvido como encenado, o texto incorpora, ou vice-versa, o ator principal, e a atmosfera criada faz relação tamanha com o sentido da inocência e da justiça.
O filme para saborear, onde tudo é majestoso. O cinema nada modesto de Hollywood, mas de qualidade incontestável.
Se você, cinéfilo tem vergonha de chorar e se emocionar (chame do que quiser a profusão de sentimentos que uma pessoa pode sentir ao assistir um filme espetacular) ao final da sessão, ou quem sabe, durante todo o filme, não veja O Impossível.
Você pode até se fazer de durão, mas acredite, não vai adiantar.
O Impossível, novo filme de Juan Antonio Bayona, é uma maravilha! É um verdadeiro cinema, bem realizado, com todos os aspectos que faz de uma sessão a mais marcante possível.
Uma família acometida por um desastre natural se vê desesperadamente separados, em meio aos mortos, à destruição. Esse é o ápice do cinema autoral de Bayona.
Esse é o verdadeiro cinema do século XXI, que utiliza a tecnologia de seus efeitos especiais a favor narrativo, e não destrutivo de sua própria intenção.
O Impossível é um daqueles filmes surpreendentes, que funciona de forma magnífica nas salas de cinema.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraComposição, êxtase, sensação, pele. Não é Klimt, Schiele ou Picasso: é Emma uma obra-prima para Adéle. É Azul a obra-prima de Kechiche, que com sua narrativa fluída, me tomou por 3 horas com belas construções de cenas e excelentes picos de tensão e descoberta.
Cine Holliúdy
3.5 609 Assista AgoraMuita diversão durante uma sessão honesta e fiel (por que não, extravagante!) do cearês nordestino. :)
Sleepers: A Vingança Adormecida
3.9 465 Assista AgoraQuando o filme trata de contar a história dos três garotos já grandes, torna-se um clichê irritante.
O Vídeo de Benny
3.6 231Acabei de ver o filme, e gostei bastante.
Um interessante estudo da psico do adolescente não problema social, mas enigma individual de si mesmo.
A Parte dos Anjos
3.5 98 Assista AgoraDivertida comédia que encena muito bem a dramática relação entre rixas de uma família ao tempo que releva temas sociais.
Faroeste Caboclo
3.2 2,4KRené Sampaio a todo momento mostra que sabe o que está fazendo.
Bela homenagem, bom filme!
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraMuito divertido! Um bom cinema-pipoca!
Meu Namorado é um Zumbi
2.9 2,6K Assista AgoraUm filme para se curtir sem grandes pretensões, mas que dá algumas reflexões interessantes.
Umberto D.
4.4 124 Assista AgoraAo lado de Ladrões de Bicicleta, é uma das maiores obras-primas de um diretor que fala do social da forma mais didática e bela possível.
Depois de Lúcia
3.8 1,1K Assista AgoraBem mais seco que o habitual, é o tipo de trabalho que instiga reflexões.
Kramer vs. Kramer
4.1 546 Assista AgoraÉ um excelente drama-familiar de Benton.
Bem escrito, com atuações emocionantes, Kramer vs Kramer arrebatou o Oscar de Apocalypse Now. Ironia que fez os cinéfilos odiarem esse filme. Bobagem.
Assim como Melhor é Impossível e Laços de Ternura, este filme tem seus valores que fazem dele um interessante documento cinematográfico.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraO Segredo dos Seus Olhos pode com certeza ser incluído nos melhores filmes da primeira década do século XXI.
Campanella explora de várias formas uma história de crime, desenvolvendo seus personagens, instruindo o espectador não só no processo que desvenda a história mas plenamente no fato de levantar questões morais e eternas ao ser humano: o perdão, a culpa e o amor. Sim, o amor aqui é uma questão moral.
E o filme também não é só uma obra excelente pelo que ele apenas aparenta ser, mas do que podemos tirar dele. São conclusões óbvias: história fantástica, produção geral marcante, atores equilibrados e um plano sequência do estádio de tirar o fôlego. São coisas a ser observar no cinema bom argentino.
Deixa Ela Entrar
4.0 1,6Kacabei de ver a versão sueca, e gostei bem mais que o remake americano. a direção desse aqui e o roteiro são melhor desenvolvidos. não puseram a mutilação de Eli, que na verdade é um garoto, como pretendiam na sequência final, e concordo com isso. algumas passagens não precisam ser idênticas ao livro, o que faz do filme um cinema de verdade e não uma mera reprodução literária. os dois jovens são ótimos, assim como no americano, no entanto esse está um passo a frente quando se fala em movimento de câmera.
Tiros em Columbine
4.2 350Partindo da tragédia em Columbine, Moore traça um perfil americano sobre a posse de armas de fogo pela sociedade civil, enquanto faz intensas críticas aos sistemas sociais, políticos e econômicos da América.
O melhor do doc é a ironia vigente em toda sua narrativa, ao mesmo tempo em que compartilha realidades que poderiam ser iguais em países vizinhos e distantes dos EUA, o diretor não elabora uma resposta, mas cria campos de discussões proveitosos sobre o tema.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KCenografia, fotografia, roteiro e direção, além das atuações incríveis de Jodie Foster, Christoph Waltz e Kate Winslet, fazem de Carnage...
Parágrafo 175
4.2 26Um ótimo filme-retrato do que significou, e ainda significa, as mudanças ideológicas com um certo grupo de pessoas.
O parágrafo 175 vai contra o direito universal de liberdade, mas também mostra que a sociedade pode surpreender quando vai de encontro com as diferenças sociais dos outros.
O Jardim dos Finzi-Contini
3.9 32Há muitos meses queria ver esse maravilhoso filme de De Sica, e enfim, pude saboreá-lo!
Tive uma grande surpresa por se tratar do holocausto na SGM.
De Sica é um diretor magnífico e sua narrativa é diferente de qualquer outra.
As bicicletas, um símbolo em boa parte de seus filmes, dão movimento e frescor na história, o que na verdade significa movimento, jovialidade e o intenso passar do tempo.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraFincher é um diretor extraordinário, e sua narrativa em Seven impressiona pelos enquadramentos e fotografia angulares!
Mas do roteiro de Walker nem tudo é bom. Ele conta bem a história de um serial killer que usa dos artifícios dos sete crimes capitais, no entanto a sequência final, o ápice, não explora o sentimento que todo o filme resgatou durante todas as cenas perturbadoras e repletas de metáforas sociais e psicológicas.
Salò, ou os 120 Dias de Sodoma
3.2 1,0KA liberdade narrativa de Saló além de ser altamente impactante, faz de Pasolini um dos realizadores mais impressionantes da Itália moderna.
Seria uma comparação ínfima, mas sua estética se iguala a de Calígula, onde o poder da imagem está em sua própria fascinação da história.
Admiro filmes corajosos e seus diretores autorais.
Gênio Indomável
4.2 1,3K Assista AgoraMatt Damon e Ben Affleck podem não ter construído o melhor roteiro original da década de 90, e Gus Van Sant pode não estar em sua melhor condição de direção nesse filme; mas Gênio Indomável de uma forma agradável possui uma mise-en-scéne ludibriante.
A história recorre a um profundo sentimento de busca, apesar de haver uma certa ironia nisto, já que o personagem principal conhece boa parte de muitas coisas. A busca na verdade dá encontro com a razão legítima de Will (Matt Damon), definir com a ajuda de Sean (o ótimo Robin Williams), um ponto de partida para recorrer as suas habilidades natas. Tanto no profissional, em empresas de tecnologia e segurança nacional, quando no amor.
O amor, na verdade, assim como em todos os gênios conhecidos, é uma área bastante problemática, e isso o filme explora positivamente. E são essas cenas de entender o amor através da visão de um ser humano super dotado, que têm boa parte de seu cérebro voltado às nuances de um problema matemático ou a resolução de sua própria defesa em um tribunal, que o filme ganha proporções: analisar o sentimento em pessoas que veem o amor como objeto intocável e ao mesmo tempo maniqueísta.
O filme venceu categorias no Oscar legítimas, mas poderia muito bem ter oferecido o prêmio de melhor atriz coadjuvante, invés de Kim Basinger à excelente Minnie Driver por sua atuação deplorável, no bom sentido, se é que existe, em Gênio Indomável.
Um bom filme com atuações originais
E Sua Mãe Também
4.0 518Alfonso Cuarón arrasa!
Manter interessante um road movie não é fácil, e ele faz da viajem de dois adolescentes levados pelos hormônios, e de uma mulher que se rende aos prazeres e a vingança de ser traída pelo seu marido, à flor-da-pele.
É tamanha sexualidade e qualidade cinematográfica. Alfonso Cuarón aborda questões além dos prazeres do sexo e das relações amorosas.
Originalidade, prazer narrativo e estudo cultural dá a grande sensação de que E Sua Mãe Também, com piadas experimentais ligeiras e naturais, é uma história qualquer, antiga e marcante.
A Mulher Faz o Homem
4.3 171 Assista AgoraSou culpado, afinal sou fã de James Stewart e Frank Capra, mas na verdade, além da participação impressionante desses dois gênios da atuação e direção, acho o roteiro de Foster algo tridimensional abordando sentimentos e a moral do ser humano. Tão bem desenvolvido como encenado, o texto incorpora, ou vice-versa, o ator principal, e a atmosfera criada faz relação tamanha com o sentido da inocência e da justiça.
O filme para saborear, onde tudo é majestoso. O cinema nada modesto de Hollywood, mas de qualidade incontestável.
Uma grande obra-prima.
Forrest Gump: O Contador de Histórias
4.5 3,8K Assista AgoraHanks em sua jornada inocente, ao encontro da simplicidade do amor, e a aguda angústia de perder o que tanto ama..
Forrest Gump talvez seja o personagem do cinema que retrata melhor o ser humano, que sempre está em busca de algo.
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraSe você, cinéfilo tem vergonha de chorar e se emocionar (chame do que quiser a profusão de sentimentos que uma pessoa pode sentir ao assistir um filme espetacular) ao final da sessão, ou quem sabe, durante todo o filme, não veja O Impossível.
Você pode até se fazer de durão, mas acredite, não vai adiantar.
O Impossível, novo filme de Juan Antonio Bayona, é uma maravilha! É um verdadeiro cinema, bem realizado, com todos os aspectos que faz de uma sessão a mais marcante possível.
Uma família acometida por um desastre natural se vê desesperadamente separados, em meio aos mortos, à destruição. Esse é o ápice do cinema autoral de Bayona.
Esse é o verdadeiro cinema do século XXI, que utiliza a tecnologia de seus efeitos especiais a favor narrativo, e não destrutivo de sua própria intenção.
O Impossível é um daqueles filmes surpreendentes, que funciona de forma magnífica nas salas de cinema.